Sergio Moro ajuda Doria a fazer campanha eleitoral, diz defesa de Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A defesa de Lula usou a recente foto de Sergio Moro ao lado de João Doria Junior (PSDB), em evento do grupo LIDE em Nova York, para apresentar mais uma ação de suspeição contra o juiz da Lava Jato. Na peça, os advogados alegam que é “evidente” que Moro está ajudando o tucano a alavancar sua candidatura ao governo de São Paulo, inclusive usando a condenação de Lula para capitalizar apoiadores.

“É evidente que a participação em ato de natureza política antagônico ao Excipiente (e com referência indireta a um de seus processos originários desta 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba) com o claro objetivo de alavancar uma futura campanha do PSDB ao Governo do Estado de São Paulo — e explorar, com essa finalidade, os processos e a condenação imposta ao Excipiente — exibe-se imprópria, incompatível com a conduta que se espera do julgador da causa, que deve ser pautada pela equidistância, isenção e imparcialidade”, disparou a defesa.

Segundo os advogados, “houve também violação da imparcialidade subjetiva, uma vez que a participação nesse evento reforça um posicionamento político de Vossa Excelência — antagônico ao Excipiente e ao partido político do qual ele é a principal referência.”

A defesa ainda disse que “perdeu as contas de quantos eventos da LIDE Vossa Excelência participou” e que “tal presença nesses atos é incompatível com a imparcialidade e a independência que se esperam de quem deverá julgar esta causa criminal.”

Os advogados citaram também o evento do grupo LIDE, de setembro de 2015, quando Doria perguntou a Moro sobre a prisão de Lula e o juiz respondeu que era “uma questão de tempo”.

“Isento de dúvida se mostra, porque notório e de todos sabido, que aquele ato público tinha por objetivo alavancar a então pré-candidatura do Sr. DÓRIA ao cargo de Prefeito de São Paulo mediante a exploração indevida de procedimentos judiciais contra o Excipiente e que estavam sendo conduzidos por Vossa Excelência. Tratava-se de evento de natureza política, portanto.”

Leia a petição na íntegra, abaixo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Golpe começou quando Aécio

    Golpe começou quando Aécio Neves do PSDB perdeu, o juiz que condenou e prendeu Lula, vive cercado e tirando fotos com políticos do PSDB, o comprador do tal triplex, tem ligações com o primo do Alckmin do PSDB, muita coincidência… mas não acredito que seja coincidência, tá mais para armação.

  2. Faz isso porque o sistema judicial virou bordel

    São tantas as violações de imparcialidade desse juiz, purê de batatinha! O Sergio Moro deve estar pensando que João Doria apos o governo de SP chegara à presidência. E assim ele tera uma cadeira assegurada no Supremo. Isso se não for ja com Gerarrrrrrrrrrrrrrdo.

    Fico aqui pensando depois do Fux, do Alexandre de Morais, da Rosa vai com os outros, um Sergio Moro no Supremo. A gente ja pode ir pensando em pedir asilo politico em Cuba ou no Uruguai. Nem pensem em Portugal. Virou asilo de coxinhas de todas as idades revoltados com…  o quê, mesmo?

  3. Apesar de expor mais ainda a mediocridade, em nada dará

    Quem não consegue vencer pela tão propalada conversa furada modernosa da tal meritocracia, basta encostar naqueles que LIDAM e faturam em cima de reuniões e instituições macônicamente arquitetadas. Protegidos pela injusta “justissa”, financiados pelo estado e bem público e desrespeitosos com os destinos das populações.  

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