Para procurador, Lava Jato não teve nada a ver com multa bilionária da Petrobras aos EUA

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Procuradores da Lava Jato. Imagem: reprodução

Jornal GGN – O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima não quis comentar o valor de quase 3 bilhões de dólares que a Petrobras ofereceu pagar para encerrar uma ação coletiva nos Estados Unidos, mas indicou, nas redes sociais, que a Lava Jato não teve nada a ver com esse processo. Na visão dele, a culpa pelo “triplo prejuízo” da estatal é dos ex-dirigentes da Petrobras e aqueles que detinham poder de indicá-los, pois não tiveram “competência” para “roubar”. 

Segundo Santos Lima, Paulo Roberto Costa e outros condenados na Lava Jato deveriam saber que quando a Petrobras decidiu vender títulos no mercado dos EUA, ela atraiu a jurisdição daquele país para seus negócios. “Mesmo para roubar uma estatal é preciso ter alguma competência” é o título da postagem do procurador no Facebook, nesta quinta (4).

Lima ainda colocou o pagamento aos EUA na lista de motivos para a Lava Jato culminar na responsabilização de todos os denunciados. “Que recebam as penas devidas pelos crimes que cometeram, que sejam multados administrativamente, e que respondam com seu patrimônio pelos prejuízos”, disse.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Manja aquele tipo, que vc já

    Manja aquele tipo, que vc já viu, que diz ter executado sua função, pois não consegue (?) reconhecer as consequências e as relações de determinado ato ou situação com um contexto maior?

    Não é provocação. Um “técnico do saber prático” desta espécie é um intelectual. (sim, existe, sem ironias, esqueçam o Jessé ou o Saudi… eles não entram nesse bololô). 

    O procurador… parece-me um intelectual. 

    1. O pior, caro Antonio, eh que

      O pior, caro Antonio, eh que esta ameba arrogante de cavanhaque eh permanentemente insensada como intelectual ponderado e culto por jornais e midias. Tambem, Merval eh filosofo, na acedemia de filosofia e tudo. O que mais podiamos esperar?  

  2. Carlinhos…de novo!

    Se a competencia era e eh a capacidade de escapar de qualquer investigação ou processo, independente da qualidade, da coerencia e da consistencia deste, realmente nao tinham. O problema eh que, a luz de TODOS os fatos que emergiram e foram revelados, independente da vontade dos procuradores e juizes, ser competente para roubar eh muito semelhante, ou se confunde, com ser amigo, ter a admiraçao ou a cumplicidade de promotores e juizes, e agora desembargadores, envolvidos no processo. Neste ponto, todos os responsabilizados por Carlinhos, por nao serem amigos, ou terem a admiraçao e etc destes procuradores e juizes se mostraram moralmente dignos, e eles nao.   

  3. que cara de pau…

    quem o vê assim falando de jurisdição estrangeira pode até pensar que quem fez as leis brasileiras passarem a não valer nada não foi a lava jato

    mas pode voltar a valer quando chegar a hora de indenizar brasileiros……………………………..

    vai ser muito engraçado ver a justiça alegar que em não havendo causa para os casos em que a empresa é reconhecida como vítima, não há obrigação de pagar

  4. Competência malufista ou pessedebista?

    É ler e pensar:

    1. Os governos anteriores ao PT tinham “competência para roubar” ou “não vem ao caso”?

    2. “A lei é para todos” ou “não vem ao caso” ou usamos o efeito Barrichello para prescrever os processos dos “amigos do rei”?

    3. Melhor, as denúncias feitas sobre os “amigos do rei” têm acolhimento judiciário ou a “competência para roubar” é tanta que chega ao judiciário?

    3. Vivemos  em Passárgada, na Crespública de Curitiba ou Res-pública judiciária?

    “Perguntar não ofende”, diz o refrão

  5. Contabilidade e Fatos Mostram: Petrobras é Vítima da Lavação.

    Antes de dizer qualquer coisa aos cidadãos brasileiros a partir de agora, o servidor público por nós remunerado para defender interesses constitucionais do Brasil, deveria responder:

    Se ouviu falar no cidadão Tacla Durán, se tem conhecimento do mesmo acusar terceiros muitos próximos de expressiva personagem da lava jato, de oferecerem-lhe, mediante ‘comissão’, facilitar o encaminhamento de possível delação premiada e se sabe explicar por que o ministério público e outros no caso, não se interessam em ouvi-lo por video-conferência, para tomarem conhecimento das acusações e documentos, investiga-los e esclarecer a justiça e a sociedade brasileira?

    Se tem conhecimento que a Petrobras, “de 2003 a 2013, durante os governos Lula e Dilma, teve em média, lucro líquido anual superior a R$25 bilhões e que após iniciada a operação Lava Jato, em março de 2014, primeiro ano lavajateiro expondo a Petrobras, prejuízo de R$21,6 bilhões, em 2015, segundo ano, prejuízo de R$34,8 bilhões, em 2016, terceiro ano, prejuízo de R$ 14,8 bilhões e em 2017, quarto ano lavajateiro, em declínio [e desmonte da empresa], lucro de R$5 bilhões”, e se ao tomar conhecimento das informações, mantém a opinião que a Lava Jato nada tem a ver com os percalços que a Petrobras enfrenta desde então, culminando com a ação acordada no montante de R$10 bilhões para recompensar juridicamente ‘investidores prejudicados’ (olhando-se os resultados acima), por quem mesmo?

  6. Procuradores mafiosos atuaram
    Procuradores mafiosos atuaram contra o interesse nacional ao darem suporte para que os EUA nos roubassem: merecem prisão perpétua por crime de lesa-patria.

    A Farsa Jato foi criada para destruir nossa economia, como parte do golpe de estado.

  7. O que é que o doutor quer dizer com competência pra roubar ?

    Não entendo o porquê , de um procurador tão atuante , sobre tudo nas mídias sociais , falar em competência pra roubar , como se um crime contra o patrimônio público , fosse natural ; como se o desvio de tantos milhões fosse permitido , desde que fosse algo que não pudesse ser descoberto , ou bem arquitetado de tal forma que as instituições brasileiras e internacionais não pudessem descobrir. TIpo uma apologia ao crime , o que deveria ser por ele reprovado . Acredito que o doutor foi muito infeliz em suas declarações e deveria se retratar perante a sociedade , pois é muito trite saber que quem pensamos que está trabalhando pra combater desvios e desmandos em uma empresa do porte da Petrobrás , não rechace veementemente todo e qualquer tipo de ilícito , por mais simples que seja e mesmo que este não seja de conhecimento público.Fico muito decepcionado com o ministério público do nosso Brasil . E como sempre acredito que só DEUS , pode nos salvar.

  8. Discordo do marajá
    Tiveram competência para roubar e para “molhar mãos”.
    Ficaram com um bom quinhão do butim. e, segundo tacla duran, distribuíram outra parte salomonicamente para garantir bons acertos e usufruir boa vida.
    Do jeito q vai, faltará óleo de peroba no mercado.

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