Foto: Marcelo Elias
Do blog de Marcelo Auler
Parceiro no filme, inocentado na Carne Fraca
Estranhamente, na hora em que apareceu uma outra grande empresa – o Grupo Madero, com sede no Paraná – revelando um cuidado que não teve antes, a Polícia Federal de Curitiba fez questão de apontá-la como vítima. Através de um de seus porta-vozes extra oficiais, o Estado de S. Paulo, delegados esclareceram:
“Dois fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, alvos de mandados de prisão na Operação Carne Fraca, ‘apropriavam-se’ de hambúrgueres, picanhas e filés mignon do restaurante Madero. Segundo os investigadores, antes de exigir propina em dinheiro, os inspetores Renato Menon e Celso Dittert de Camargo se serviam à farta de carnes nobres“. (Estadão, 18 Março 2017, Fiscais da Carne Fraca ‘apropriavam-se’ de carnes nobres e propinas).
Pode ser mera coincidência. O Grupo Madero – que os federais fizeram questão de inocentar, ao contrário dos demais grupos – aparece nas páginas do Facebook do filme “Polícia Federal, a Lei é para todos” como um dos parceiros da produção do longa metragem, como mostra a foto acima. Verdade que a postagem é de novembro de 2016, mas isto significa que enquanto aconteciam as investigações da Operação Carne Fraca, policiais federais, como Igor Rosário de Paulo, o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR) da Superintendência do DPF no Paraná, frequentava o restaurante e se confraternizava com seu “chef” e os atores da filmagem. É de se questionar, àquela altura, já haviam inocentado o Grupo Madero? Por que a extorsão ao mesmo não foi divulgada na entrevista coletiva, mas somente dias depois? Iriam tentar esconder?
A página do Facebook não apenas revela um primeiro “parceiro” – ou “apoiador”, como eles preferem – do filme, algo que vem sendo guardado a sete chaves.Um outro janta, só com atores, ocorreu em dezembro em restaurante do Grupo Madero.
As fotos do Facebook também demonstram que a estrutura da polícia Federal está sendo usada para as filmagens. E não apenas da Superintendência do Paraná. Quem conhece o velho e reformado prédio da Superintendência do Rio de Janeiro, onde outrora foi o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) da ditadura getulista, reconhece na foto ao lado a suntuosa sala do superintendente do Rio.
Na página do Facebook do filme, a foto de filmagens feitas dentro do gabinete do superintendente do DPF no Rio de Janeiro
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De boba a nossa zelite zelote não tem nada
Tem hora que tenho que me beliscar pra ver se tudo isso – o uso de um processo para a produção de um filme – é verdade,…,.o que esperar dessa nossa zelite zelote que de boba não tem nada além do sorriso maroto e sem graça dessa gente que se espelha nas Globos, Vejas, Estadões, Folhas, Efeagacês e cia…
Como aponta o Wilson Ferreira neste artigo, é tudo muito bem pensado apesar da aparência de espontaneidade, e foi assim desde o inicio, quando diziam que os atos eram “apartidários” e “espontâneos”, tá bom…quanto a terem consciência limpa, isso eles não tem, dá prá ver nos risos forçados na imagem que ilustra o post.
“(…) Desde as grandes manifestações de 2013-14, os movimentos que resultaram no impeachment e a posse do desinterino Michel Temer funcionaram com a precisão de um relógio suíço ou como fosse uma tacada certeira num jogo de sinuca – uma bolinha bate na outra até todas caírem nas caçapas”(…)”.
Wilson Ferreira: Guerra total na crise política com filmes como Policia Federal…
https://jornalggn.com.br/blog/wilson-ferreira/guerra-total-na-crise-politica-com-os-filmes-policia-federal-e-real-por-wilson-ferreira
Lembra muito o caso do
Lembra muito o caso do Helicoca dos Perrela, a PF correu para livrar a cara do amigos de Aécio, até o piloto do helicoca foi liberado.
Corriqueiros no Brasil destroçado
O escárnio e a suruba. De preferência juntos.
A rede esgoto faz o que quer, tomou conta do pedaço.
Sem disfarces, na cara-dura.