Partidos vão ao STF para frear impeachment enquanto propina a Temer não for investigada

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – É muito mais grave a denúncia de que Michel Temer teria recebido propina da Odebrecht, segundo revelações da Lava Jato, do que Dilma Rousseff ter comedito crime de responsabilidade fiscal – principalmente quando o Ministério Público Federal desabona essa versão para o impeachment.

Com esse argumento, o senador Humberto Costa (PT) diz que os partidos que apoiam a presidente afastada irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal para desacelerar o julgamento de Dilma até que as investigações contra Temer sejam encaminhadas. Para petistas, Temer quer concluir o impeachment rápido, antes que outras informações da Lava Jato tragam problemas para seu governo.

Por Hylda Cavalcanti

Na RBA

Líder do PT pedirá a Lewandowski que adie votação de relatório de Anastasia

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que as legendas que apoiam a presidenta Dilma Rousseff pedirão ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a suspensão da sessão programada para amanhã (9), para votar a pronúncia do processo de impeachment. A alegação é que não é possível esse processo ser votado diante de tantas denúncias feitas contra o presidente interino, Michel Temer, nos últimos dias.

Costa afirmou que é de se estranhar que a presidenta Dilma Rousseff, que está sendo julgada por suposta violação a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao cometer as chamadas “pedaladas”, na assinatura de decretos de crédito suplementar e no plano de safra, nunca foi citada em delação premiada por receber recursos no Palácio do Planalto nem no Palácio da Alvorada negociados por meio de caixa 2. “Enquanto Temer, que foi acusado de ter recebido R$ 10 milhões no período eleitoral pela maior empresa do país, a Odebrecht, está sentado lépido e fagueiro no cargo de presidente interino da República”.

O líder disse que não está afirmando que as denúncias – feitas nos últimos dias por meio de delação premiada por parte de executivos da Odebrecht –, sejam verdadeiras. “Mas defendo que se investigue o que está acontecendo antes de ser votado processo referente ao afastamento da presidenta. Porque, à luz das comparações, é uma situação muito mais grave o que se tem contra o presidente em exercício”, ressaltou.

O senador pernambucano afirmou ainda que a bancada que hoje faz oposição ao governo provisório pretende discutir amplamente o tema com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o presidente do STF – Lewandowski será, na sessão de amanhã, quem conduzirá os trabalhos. Costa acrescentou que se for necessário, a sessão será adiada para que antes sejam apuradas as denúncias feitas contra Temer.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Prá cima dos golpistas.

    Agora sim a coisa tá entrando nos eixos.

    Tem que botar pressão em cima os golpistas.

    Será que Lewandowski vai assumir a responsabilidade de manter um presidente corrupto?

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    Relator do impeachment delatado por usar esquema de caixa 2.

    Anastasia teria recebido caixa 2 da Odebrecht em uma de suas campanhas eleitorais.

    Esse é o senador que fez o relatório golpista contra a presidente Dilma, com acusações de pedaladas fiscais, prática que ele adotava frequentemente quando governador de Minas Gerais:

     

    “Executivos da Odebrecht prometem à PF detalhar propina paga a tucanos graúdos

    (…)

    “O ex- governador mineiro e hoje senador Antônio Anastasia (PSDB) também teria sido citado. O senador tucano aparece nas negociações para a delação também como destinatário de caixa dois em uma de suas campanhas. Os nomes dos dois estão entre os 13 governadores e 35 senadores já listados pela construtora na negociação da delação

    Se, por um lado, a delação da Odebrecht soltou fagulhas no ninho de Anastasia, o Ministério Público de Minas Gerais promete pôr fogo. O MP abriu investigação para apurar se Anastasia se beneficiou da desapropriação de terreno utilizado na construção da Cidade Administrativa, a Aeciolandia. A área, de 830 mil metros quadrados, pertencia ao Jockey Club de Minas Gerais, que tinha Anastasia como sócio e conselheiro deliberativo.O projeto foi apresentado pelo governador Aécio Neves, que assinou decreto de desapropriação do terreno de 804 mil metros quadrados.

    O valor pago pelo Estado foi de R$ 24 milhões. Anastasia foi secretário de Planejamento no primeiro mandato do atual senador Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas, de 2003 a 2006, quando o terreno foi desapropriado.  Segundo a representação à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Anastasia na época participou “simultaneamente do processo de desapropriação como desapropriado e desapropriante” e “sendo cotista proprietário foi o beneficiário direto do valor a ser pago pela desapropriação da área”.

    Aécio foi reeleito tendo Anastasia como vice na chapa. Ele assumiu o governo estadual em março de 2010, quando Aécio deixou o cargo e disputou o Senado. Por sua vez, Anastasia foi reeleito governador naquele mesmo ano. A Cidade Administrativa foi inaugurada em março de 2010. O valor gasto declarado oficialmente à época foi de R$ 1,2 bilhão. O pagamento da desapropriação ao Jockey Club também ocorreu em 2010.

    (…)

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2016/08/aberta-a-temporada-de-caca-aos-tucanos-executivos-da-odebrecht-prometem-delatar-propina-a-tucanos-graudo-2202.html

     

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