Paulo Preto é condenado em ação que Gilmar e Aloysio tentariam atrasar

A condenação contra o operador do PSDB ocorre a apenas um dia antes da prescrição. Há suspeitas de que Aloysio tentava postergar a sentença, com ajuda de Gilma

Foto: Agência Câmara

Jornal GGN – O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, operador de esquemas ilícitos do PSDB, foi condenado pela segunda vez na Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (06). Desta vez, a sentença partiu da Justiça Federal de São Paulo e ocorre a apenas um dia antes da prescrição.

A condenação é ainda a mesma que o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) teria atuado para atrasar a investigação, por meio do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo os investigadores da Lava Jato.

Trata-se de acusação de formação de quadrilha, desvio calculado de R$ 7,7 milhões (mais de R$ 10 milhões atuais) de dinheiro público e inserção de dados falsos em sistema público de informação, no esquema de reassentamentos do trecho sul do Rodoanel, obra do estado de São Paulo.

Paulo Preto teria intercedido a favor de quatro funcionárias suas por meio de unidades da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e auxílios-mudança, que eram destinados aos atingidos pela obra, os reassentados.

Além disso, outros 1773 pagamentos indevidos de indenizações pelas obras foram identificados, ainda, com supostos desalojados para as obras de prolongamento do complexo viário de Jacu Pêssego.

A denúncia da Lava Jato de São Paulo havia sido apresentada no dia 22 de março do ano passado, mas ao longo deste tempo, Paulo Vieira negava as irregularidades e recorria das acusações. Ele chegou a ser preso preventivamente duas vezes no último ano, sendo solto por habeas corpus concedidos por Gilmar.

A defesa estaria tentando tramitar a investigação de maneira mais lenta, pedindo inclusive a suspensão do caso. Paulo Preto completa 70 anos hoje (07), que é a idade limite para que as acusações fossem reduzidas à metade do tempo, pela prescrição.

Ele foi condenado 145 anos e oito meses de prisão, mas os benefícios da progressão do regime são dados a partir de 30 anos, dependendo de cada caso.

Há suspeitas, ainda, de que o ex-senador Aloysio Nunes teria contatado o ministro do Supremo, Gilmar Mendes, para conceder os habeas corpus e tentar retrasar a ação. O tucano teria intercedido para que o ministro fosse favorável ao recurso que tentava retornar a investigação desdo o início, com a produção de novas provas.

Caso aceitasse, Gilmar faria com que a investigação prescrevesse, uma vez que Paulo Preto completa 70 anos hoje. O ministro chegou a aceitar parcialmente a tese da defesa do operador tucano, no dia 13 de fevereiro, mas na última sexta-feira (01), reconsiderou a decisão e voltou atrás.

A decisão parte da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Também nesta quarta-feira (06), a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, havia enviado uma manifestação ao ministro Gilmar Mendes, negando que o caso investigado tinha relação com a Lava Jato do Paraná, aonde o ministro também poderia remeter o caso, para ser iniciada a investigação desde zero.

Redação

1 Comentário

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  1. Gilmar Mendes quer simplesmente atender um pedido JUSTO da Defesa que solicita uma análise dos documentos anexados ao processo (autos) para se verificar a vericidade dos mesmos.
    Tal qual ocorreu no processo do triplex “do Lula”, os documentos foram FORJADOS!
    Entendam uma coisa: TODAS as operações da Lava Jato são uma imensa farsa com objetivos que nada tem a ver com “combate à corrupção”!! TODAS!!

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