Paulo Preto guardava R$ 1,5 milhão em parede falsa, afirma Adir Assad em depoimento

Empresário e lobista contou em delação premiada que chegou a retirar até 15 malas com R$ 1,5 milhão da casa de ex-diretor da Dersa

Jornal GGN – O empresário e lobista Adir Assad contou aos investigadores da Lava Jato detalhes de como o ex-diretor da Dersa nos governos Geraldo Alckmin (PSDB) e José Serra (PSDB), em São Paulo, fazia transações como operador da Odebrecht.

Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, Assad disse que chegou a retirar até 15 malas com R$ 1,5 milhão de uma casa localizada na Vila Nova Conceição, que seria de Paulo Preto. O imóvel tinha uma espécie de edícula usada como ateliê de pintura, acessado por uma escada a partir da garagem. 

Ainda, segundo Assad, no cômodo havia uma quadro grande que era, na verdade, uma parede falsa. “Um vão com prateleiras, onde Paulo deixou guardadas diversas malas, todas cheias de dinheiro”.

Paulo Preto foi preso dia 19 de fevereiro na última fase da Operação Lava Jato, batizada de Ad Infinitum. Ele é acusado de ter movimentado cerca de R$ 130 milhões em contas na Suíça, entre 2007 e 2017, e o acordo de delação premiada de Assad foi central para justiça decretar a prisão do engenheiro.

Suspeitas de desvios em obras tucanas não serão investigadas

Apesar de estar envolvido em suspeitas de desvios em obras de São Paulo, decorrente de suas atividades quando era diretor da Dersa, a nova fase da Lava Jato investiga apenas a relação de Paulo Preto como operador da Odebrecht (ele teria ajudado a empreiteira a pagar propinas a políticos e executivos da Petrobras).

Segundo a Folha, o objetivo da Lava Jato é evitar que a investigação seja retirada do Paraná e enviada ao Supremo Tribunal Federal, caindo no colo do ministro Gilmar Mendes, pois envolveria ligação com políticos com foro privilegiado do PSDB, entre eles José Serra.

Na terça-feira (19), a PF também cumpriu mandado de apreensão em endereços ligados a Aloysio Nunes. Por causa disso ele pediu demissão do cargo de secretário pelo governador João Doria (PSDB), mesmo negando irregularidades.

Segundo a PF, Nunes recebeu um cartão de crédito entre o Natal e Ano Novo de 2007, em um hotel em Barcelona, Espanha, quando era secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, na gestão Serra. O cartão estava ligado a uma das contas movimentadas por Paulo Preto na Suíça.

Redação

6 Comentários

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  1. Ora, ora e ora, não há e nunca houve qualquer “picaretagem” nas obras pessedebistas: aí estão o alkminista, o cerra, o fhc e tantos outros urubus-disfarçados-de-tucanos que não deixam uns e outros ministrecos, desprocuradores et caterva a mentir (sozinhos). Tal os 3 mosquiteiros (epa, eram 4: algum foi surrupiado|): um rouba por um, outro rouba por todos e versa-vice.

    1. Na verdade a mídia está deixando claro que foi o delator quem disse isso.
      Mas se o Paulo Preto fosse do PT “estaria claro” que isso é uma verdade.
      Alias, na busca e apreensão na casa do Paulo Preto foram encontrados 10 carregadores de celular e NENHUM celular.
      Por que não examinaram os encanamentos das privadas da casa?

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