Perícia da PF confirmou que material da Suíça não prova nada contra Lula, diz Zanin

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
 
Jornal GGN – A defesa do ex-presidente Lula anunciou na noite de quarta (8) que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que negou, por unanimidade, pedido para suspender decisão de Sérgio Moro, que deferiu o uso de material complementar encaminhado pela autoridade suíça relativamente ao Sistema Drousys.
 
O sistemta foi supostamente utilizado pelo Grupo Odebrecht para gerenciamento do pagamento de propinas a agentes públicos, políticos e partidos. A 8ª Turma confirmou decisão liminar proferida pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto em dezembro do ano passado, que autorizou a ampliação das provas periciadas pela Polícia Federal, contrariando a defesa de Lula. 
 
Segundo a defesa, além da decisão de Moro configurar um abuso, pois insere no processo provas que apareceram após o término da instrução, o material ainda se demonstrou inútil quanto à comprovação de qualquer ilícito que tenha sido praticado em favor de Lula.
 
“No mesmo laudo, os peritos também constataram que o material encaminhado pela Suíça contém os mesmos elementos presentes em outros dispositivos analisados e em relação aos quais houve a constatação de ‘destruição deliberada de dados’ (p. 301), além de manipulação de conteúdo”, acrescentou.
 
A perícia no Drousys acontece dentro do processo que apura se a Odebrecht desembolsou propina para a compra de um imóvel nunca usado pelo Instituto Lula, e de um apartamento que pertence a Glaucos da Costamarques. A unidade é vizinha a que pertence ao ex-presidente, em São Bernardo do Campo.
 
Segundo Gebran, a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba não estaria analisando provas paralelas, mas o próprio objeto de outro recurso movido pela defesa, o incidente de falsidade, dentro do mesmo processo, no qual é questionada a veracidade dos dados disponibilizados pela Odebrecht.
 
Para o desembargador, foi adequada a realização de perícia em material complementar, recebido em acordo de cooperação internacional. 
 
Leia, abaixo, a nota completa da defesa de Lula.
 
Recorreremos da decisão proferida hoje (07/03) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4) no julgamento da Correição Parcial nº 50716793020174040000. O TRF4 confirmou a decisão do juiz Sérgio Moro que ampliou prova pericial sobre os sistemas da Odebrecht para incluir “dispositivos eletrônicos” provenientes da Suíça desconhecidos pela defesa e que foram apresentados após término da fase de coleta de provas do processo.
 
Além disso, estes “dispositivos eletrônicos” também foram examinados pela Polícia Federal no laudo entregue no último dia 23/02, que desmontou a acusação do Ministério Público Federal contra Lula ao deixar de identificar qualquer elemento que possa vincular o ex-presidente a valores provenientes de contratos firmados pela Petrobras, ao sistema de contabilidade paralela da Odebrecht ou, ainda, aos imóveis indicados na denúncia.
 
No mesmo laudo, os peritos também constataram que o material encaminhado pela Suíça contém os mesmos elementos presentes em outros dispositivos analisados e em relação aos quais houve a constatação de “destruição deliberada de dados” (p. 301), além de manipulação de conteúdo.
 
A defesa do ex-presidente Lula está com prazo em curso para analisar o laudo da Polícia Federal. Os peritos da defesa poderão acrescentar outros elementos para reforçar que o material analisado, além de não comprovar qualquer acusação contra Lula, não é idôneo”.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Perícia da PF confirmou que material da Suíça não prova nada con

    Será? Num acho não. Ah para oh!!! Eu hem? Tô fora. Aff!!!

     

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