Pessoa não deve falar em ação eleitoral do PSDB contra Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Mesmo liberado para depor na ação apresentad apelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral solicitando a cassação da chapa Dilma Roussef e Michel Temer na Justiça Eleitoral, o delator da Lava Jato, Ricardo Pessoa, deve permanecer em silência na audiência marcada para ocorrer na sexta-feira (18), às 9h, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Segundo informações do Painel da Folha, a defesa do dono da UTC lembrou que parte de seu depoimento sobre a campanha de Dilma segue sob sigilo no STF e teme que se ele falar ao TRE-SP, sua situação pode se complicar e o acordo ser desmanchado. “O mesmo vai valer nesta terça na CPI da Petrobras”, publicou o jornal nesta terça-feira (15).

Na segunda (14), o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, permitiu que Pessoa, dono da UTC – uma das empresas investigadas por formação de cartel na Petrobras -, prestasse depoimento no processo do PSDB contra a reeleição de Dilma. Nas redes sociais, o líder tucano na Câmara, deputado Carlos Sampaio, comemorou o despacho.

“Seu depoimento é fundamental para confirmarmos o que ele já disse em sua delação premiada, ou seja, que depositou dinheiro de propina na conta do PT, em benefício da campanha da presidente Dilma”, disparou o parlamentar.

O depoimento de Pessoa à Justiça Eleitoral havia sido marcado para julho, mas foi suspenso porque sua delação premiada estava sob sigilo. Segundo informações da Agência Estado, entretanto, as informações prestadas pelo delator já são de conhecimento público e constam em um relatório enviado pela Procuradoria Geral da República ao STF.

Ainda assim, Pessoa conseguiu de Zavascki autorização para se manter em silêncio na CPI da Petrobras, na sessão desta terça.

Em sua colaboração, o empresário disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014 por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral. A campanha petista nega irregularidades e ressalta que a prestação de contas foi aprovada pelo TSE.

Nesta terça, o jornal Valor Econômico publicou que Pessoa classificou como “caixa 2” o dinheiro doado ao senador Aloysio Nunes (PSDB) na campanha de 2010. Naquele ano, o próprio tucano, em encontro em São Paulo, teria acertado a doação de R$ 500 mil, sendo, R$ 300 mil em depósito oficial e R$ 200 mil em dinheiro.

O delator também implicou outras campanhas, como a do ministro Aloisio Mercadante, que concorreu ao governo de São Paulo em 2010.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Em sua colaboração, o

    Em sua colaboração, o empresário disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014 por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral. 

    A justificativa desse empresário vai do ridículo ao patético. “Santa ingenuidade”, diria o Robin(falar nisso onde andará o Dr. Joaquim Barbosa?)ao Batman(ou seria o contrário?).

    Seria muito mais digno e consoante com sua condição de homem de negócios, uma atividade onde não cabem abestados, simplesmente declarar: “doei, sim, e daí?”

    Por que, então, essa conversa fiada de doar por temer prejuízos com negócios com a Petrobras? 

    Quem respondeu que foi uma maneira de alcançar as graças da delação premiada por envolver o PT ganha uma foto do Dr. Moro autografada. 

  2. Ah! Se eu tivesse poder.
    Sabe

    Ah! Se eu tivesse poder.

    Sabe quando a empresa desse empresário iria receber do governo? Depois que tivesse atolado em dívidas nos bancos.

    Na política a vingança é um ótimo recurso para encurralar empresários que com a delação “premiadíssima”  contavam com a queda rápida da presidente e por isso colaboraram com a república golpista do paraná. 

     

     

     

     

  3. CAIXA 2?

    De novo essa farsa? Como no Mensalão tucano mineiro prestes a prescrever e no qual ainda estão todos soltos?

    Caixa 2 ou propina? chantagem, formação de quadrilha, desvio de dinheiro público? O tesoureiro tucano da campanha não vai a masmorra de Curitiba para abrir o bico?

    Ficamos assim… Como Caixa 2 não é crime, e se tiver penalização é mínima, a partir de agora todo envolvimento de tucanos será catalogado assim.

    Ninguém será condenado e como a imprensa não noticia, todos os emplumados ficarão livres e impunes para dar suas entrevistas ao JN posando de impolutos vestais.

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