Petrobras anuncia o novo modelo de controle interno

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A Petrobras emitiu comunicado, na manhã deste domingo (30), apontando as iniciativas que foram adotadas, desde as denúncias e investigações da Operação Lava Jato, e afirmou estar determinada, “mais do que nunca, no aprimoramento de sua governança e controles”.

Na última terça-feira (25), o Conselho de Administração da estatal aprovou a função de Diretor de Governança, Risco e Conformidade, um cargo fiscalizador, para assegurar “a conformidade de processos” e impedir riscos, como fraudes e corrupção.

A nova função verificará o cumprimento de leis e normas internas e externas da Petrobras. Pelo novo Diretor, também serão submetidos as decisões e negócios, antes de chegar à Diretoria da Petrobras. A estatal informou, ainda, que o trabalho dessa Diretoria terá duração de sessenta dias, depois de definidas toda a estrutura e forma de atuação do cargo.

O Diretor será eleito por indicação de lista tríplice, selecionada por outra empresa, especializada em busca de executivos do mercado. Também haverá uma votação pelo Conselho de Administração, que integre pelo menos um conselheiro eleito pelos acionistas minoritários.

Além dos anúncios, a Petrobras informou que já finalizou as comissões internas de apuração e que foram celebrados contratos “com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação, um brasileiro e outro norte-americano”, também para apurar os ilícitos.

“Concomitante às investigações e ao aprimoramento de sua governança, a Petrobras seguirá com as medidas jurídicas visando ao ressarcimento dos supostos recursos desviados e eventuais sobrepreços, bem como dos danos à imagem da Companhia”, concluiu a estatal.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Oba!

    Diretor de compliance eleito em lista tríplice elaborada por uma empresa terceirizada? Que modelo maravilhoso!

    O mais engraçado é que inventam essa jabuticaba apenas pq sabem que, se deixar a escolha ‘livre’ pelo Governo, ninguém vai levar o novo cargo a sério.

     

  2. Eu estaria rico com 3% dos gastos da PETROBRAS em computação.

    Quer dizer, a PETROBRAS não tinha um sistema de auditoria interno? Quem decidia se os computadores teriam processador Intel ou AMD? E placas de vídeo? Variam de R$ 250,00 a R$ 7.000,00. E saindo da computação, quem escolhia a marca do papel higiênico usado nos banheiros da empresa? O café consumido pelos funcionários? Os veículos da empresa? Lâmpadas? Refeições consumidas nas plataformas de petróleo? Uniformes, capacetes, carimbos, o diabo a quatro? Isso é de arrepiar. Mesmo numa empresa desse tamanho, grandes roubos guardados em segredo por uma grande estrutura mafiosa, podem durar anos, décadas, se bobear, séculos. Rennó roubou ou Paulo Francis tinha a boca grande? Um professor da Escola Politécnica da USP, Ildo Sauer, quando foi empossado diretor em 2003, chamou o Lula e disse que era caso de polícia. Lula botou panos quentes para não parecer perseguição política contra o tucanato. E agora, José, o PT vai ser acusado de ladrão mais uma vez? Naquele momento, não cabia diplomacia, só polícia. Lula errou.

  3. Jogo de cena?
    Imagino o novo diretor chegando. O rapaz do departamento pessoal já o informa que precisa de documentos pessoais, e que é preciso que ele tenha conta em banco para receber o salário. Também pergunta ao incauto diretor se ele tem conta na Suiça. Se não tem, é para abrir uma, ok? Brincadeiras à parte, acho complicado alguém em uma posição tipo outsider ter poder suficiente para enfrentar gente como o Renan Calheiros, que hoje eu soube com pesar, que ainda indicará diretores para a Petrobras. Será que não aprendemos que não há razão para haver indicações políticas nesta empresa? Boa sorte ao novo diretor.

  4. Bem, se for seguido mesmo

    Bem, se for seguido mesmo esse ritual de escolha anunciado, pelo menos o tal diretor não sairá da quota do Sarney que passará para o Temer.

    Ou ? …

  5. É de espantar esse informe.

    É de espantar esse informe. Quer dizer que só agora a maior empresa brasileira vai incorporar o que desde o final da década de 90 se tornou prática de gestãoo  em qualquer empresa de média e grande porte?

    Fosse ela – Petrobrás – nem divulgaria essa “grande novidade”. Mas que vergonha!

  6. Ao analisar melhor o seu 

    Ao analisar melhor o seu  primeiro governo e as obras que foram concluídas e as que serão concluídas em vários Estados.

    Analisando melhor os déficits que serão computados neste exercício, déficits estes provocados por uma boa causa, isto é: lastreados em obras e em infelizmente juros da dívida, também.

    O Caminho a ser trilhado para o próximo exercício será um aperto, conforme anunciado, creio que para o semestre.

    No entanto, o economista Barbosa daria conta do recado, isto é: não precisava gerar confusão política, pois temos sérios economistas não neoliberais para executar o programa.

    As Reservas que foram acumuladas servem para poupança externa e, por esse motivo devem ser utilizadas para situações não favoráveis. Temos condições de cobrir os déficits em transação correntes com parte das Reservas, pois temos o suficiente para zerar a conta externa sem prejudicar nossas reservas, ou seja mossa Poupança Externa.

    Desta forma não precisamos subir o juros para arrecadar capital externo, creio que isso já daria um alívio para o começo do ano, minimizava a conta externa para 2015, pois o capital que retorna é superior ao que entra.

    E novamente a questão é exportar, isto é: o Pré sal é a salvação para o Brasil reduzir os juros à níveis civilizados.

    O ataque à Petrobras é na verdade briga por mais juros, pois o Brasil em breve será um exportador de petróleo e seus derivados, sem dizer o razoável nível de preço que praticará no mercado interno, ou seja: não vai pressionar a inflação, melhor: os Juros não terão motivos para controle de inflação.

    .Isso tem um impacto enorme no orçamento do Barbosa, isto é: O Brasil não será mais colônia.

    Mais que nunca temos que apoiar o PT para consolidação da Democracia e existência deste País para todos.

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