PF abriu 2 inquéritos para investigar uso de faixas contra abuso de autoridade na UFSC

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Estadão divulgou nesta quarta (1º) reportagem informando que a Polícia Federal instaurou não 1, mas 2 inquéritos para apurar o uso de faixas em protestos contra o abuso de autoridade no âmbito da operação Ouvidos Moucos por frequentadores da Universidade Federal de Santa Catarina. 
 
Há alguns dias, a Folha revelou que o professor Aureo Lopes, ex-chefe de gabinete de Luís Carlos Cancellier (o reitor que cometeu suicídio após ser preso a mando da delegada Erika Marena), foi interrogado em um destes inquéritos. Pelos relatos, os investigadores queriam saber quem eram os responsáveis por elaborar e dar divulgação aos protestos contra a delegada e outras autoridades.
 
A imagem acima foi o que fez Aureo ser procurado pela PF. Em evento de comemoração de aniversário da UFSC, o professor discursou em frente a uma faixa que dizia que Erika Marena e outras autoridades são responsáveis pelo sofrimento e vexame que levou Cancellier ao suicídio. O então reitor era investigado por tentativa de obstrução de Justiça.
 
Segundo o Estadão, um dos inquéritos foi instaurado em dezembro de 2017 e outro, em março deste ano. Questionada, a PF negou que esteja investigando pessoas selecionadas, como o professor Aureo.
 
“Foram instaurados dois inquéritos policiais para apurar os fatos. Como em todos os inquéritos conduzidos pela PF, é pertinente esclarecer que são investigados fatos e não pessoas, sendo a política do órgão não comentar investigações ainda em andamento”, informou a corporação por meio de nota.
 
“O Estado apurou que o primeiro inquérito teve como objeto uma faixa que havia sido instalada em um muro da UFSC. Uma fonte com acesso a apuração disse que esse primeiro caso já foi concluído. O outro inquérito, por sua vez, teve início após outra faixa com o mesmo conteúdo sobre suposto abuso de poder de autoridades que participaram da Ouvidos Moucos ser utilizada em um evento na UFSC.”
 
Assista abaixo o vídeo que motivou um dos inquéritos e levou o professor Auréo Lopes a ser interrogado pela PF:
 
https://www.youtube.com/watch?v=yqylIM0_8Wk
 
Leia mais: A imagem que fez o professor da UFSC virar alvo da PF e da delegada que prendeu Cancellier
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Leis que espero como

    Leis que espero como compromissos de campanha a ser explicitado pelos candidatos de esquerda:

    Membros da PF, MPF e juizes que derem entrevistas ou declarações públicas envolvendo sua atuação a qualquer pretexto deverão ser sumariamente exonerados. Informes e declarações a imprensa só através de porta-voz de forma impessoal.Membro da PF ou MPF só podem abrir investigação quando solicitados por membros do legislativo/executivo em defesa da união ou do interesse público.

    A palhaçada dessas crianças mimadas procurando auto-afirmação já deu.

     

  2. Prato Feito

    E abriram inquérito para investigar os procedimentos nesse caso que levou uma pessoa a se matar por parte da delegada e da juiza ou foi so aquela coisa pro forma para depois afirmarem que elas apenas cumpriram seu trabalho?

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