PF busca conexão de Lúcio Vieira Lima aos R$ 51 milhões

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
 
Jornal GGN – A Polícia Federal realizou uma Operação de buscas no gabinete e na casa do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro e ex-assessor de Temer, Geddel Vieira Lima, na manhã desta segunda-feira (16). Como desdobramento da Cui Bono, é a primeira operação deflagrada a pedido da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
 
Os alvos dos investigadores foram o gabinete do peemedebista no 6º andar da Câmara dos Deputados e a sua residência em Salvador, Bahia. O apartamento de Lúcio é ao lado do de seu irmão Geddel, que está preso desde setembro na Papuda, Distrito Federal.
 
O assessor de Lúcio e atuante também para Geddel, Job Ribeiro Brandão, também foi alvo da Operação de hoje, sob a suspeita de atuar como laranja do parlamentar. A ação é relacionada aos R$ 51 milhões encontrados pela PF em um apartamento em Salvador, usado como uma espécie de “bunker” do dinheiro atribuído a Geddel.
 
Além das impressões digitais do ex-ministro de Temer, nas notas também foram identificadas as impressões do aliado Gustavo Ferraz, que também foi preso em setembro junto com Geddel, como consequência das investigações sobre desvios na Caixa Econômica Federal, que está tramitando na Justiça Federal de Brasília.
 
Entretanto, desde que um recibo assinado por uma funcionária do deputado, Marinalva de Jusus, foi encontrado junto com o “bunker”, as investigações relacionadas ao parlamentar com o caso foram remetidas ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que detém foro privilegiado.
 
Ainda assim, a Polícia Federal não acredita que haja conexão de Lúcio com fraudes na Caixa, que Geddel atuou como vice-presidente entre os anos de 2011 e 2013. Os investigadores querem verificar se há mais alguma relação do deputado com as malas e caixas de dinheiro encontradas no apartamento.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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    1. Não vem ao caso

      Geddel já declarou que ele e seu querido irmão estavam apenas usando o apartamento para guardar uma poupancinha para a compra de um IPhone novo no Natal.

      O Moro assinou embaixo e despachou dizendo que, a exemplo de Dona Cunha Esbugalhada, os dois foram um tanto quanto negligentes, nada mais.

       

  1. Essa montanha de dinheiro

    Essa montanha de dinheiro encontrada se assemelha a valores de prêmios da mega sena da cef, onde o suposto fora vice presidente.

    Tem “certos sorteios”, com ganhadores em cidades minúsculas que levantam suspeitas de “bolas marcadas”.

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