PF foi impedida de realizar buscas contra secretário de Comunicação

Em junho do ano passado, a PF pediu buscas e apreensões contra o empresário Fabio Wajngarten, investigado em inquérito por atos antidemocráticos

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, o empresário Fabio Wajngarten é investigado em inquérito por atos antidemocráticos. Mas um pedido da Polícia Federal, de junho do ano passado, de busca e apreensão contra ele foi barrado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

À época, a PF também solicitou vasculhar o gabinete do empresário na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Os investigadores apuram que o governo de Jair Bolsonaro repassava dinheiro de publicidade, por meio da Secom, para páginas bolsonaristas que estimularam atos antidemocráticos.

Além disso, Wajngarten teria repassado informações internas do governo federal, enviadas pelo Google, ao bolsonarista Allan dos Santos, do site Terça-Livre, também alvo do inquérito. Uma busca feita naquele mesmo período na casa do blogueiro apreendeu cópias de documentos do Google ao governo.

O argumento da PGR foi de falta de justificativa para realizar a busca na residência de Wajngarten e que a investigação poderia prosseguir com medidas menos invasivas. A informação foi divulgada pelo Painel, da Folha de S.Paulo.

O pedido da PF tramita no inquérito dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), com a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Ao receber o pedido de busca e apreensão, Moraes pediu um posicionamento da PGR, que se manifestou contrária à ações, no final de agosto, o que impediu as buscas.

Em novembro, o ministro do Supremo encaminhou a resposta da Procuradoria à PF, para nova manifestação dos investigadores. Naquele mês, a delegada Denisse Ribeiro opinou não ser mais necessária a diligência, pelo tempo que havia transcorrido, de mais de 4 meses.

Se feitas à época, as buscas pretendiam coletar informações com servidores, documentos e contratos para entender o repasse da publicidade federal a sites como o Terça-Livre, que provocaram ataques às instituições e antidemocráticos.

Redação

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