PGR pede condenação de 80 anos a Geddel Vieira Lima

Mãe e irmão de ex-braço-direito de Temer também respondem à acusação de lavagem de dinheiro e associação criminosa 
 

Foto: Lula Marques/Agência PT
 
Jornal GGN – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta terça-feira (09) ao Supremo Tribunal Federal a condenação de Geddel Vieira Lima (MDB), a 80 anos de prisão, o ex-ministro da Secretaria de Governo, de maio a novembro de 2016, no governo Michel Temer.
 
Geddel está preso desde 2017 no presídio da Papuda, em Brasília. Ele é réu junto com o irmão, deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que não conseguiu se reeleger, e a mãe Marluce Vieira Lima, em uma ação do Ministério Público Federal acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
 
O caso foi aberto após uma denúncia anônima que levou a Polícia Federal até o apartamento de um amigo de Geddel, em Salvador, onde foram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro. 
 
A defesa de Geddel alega que os valores encontrados integram o patrimônio legal da família e tem origem na atividade agropecuária. Mas, para a PGR, os valores têm origem em práticas criminosas realizadas entre 2010 e 2017 e relevadas em investigações das Operações Lava Jato e Cui Bono – a última apura esquemas de corrupção na Caixa. Uma parte do dinheiro teria origem no desvio de salários de funcionários dos gabinetes dos irmãos Vieira Lima na Câmara.
 
 
Além de sugerir 80 anos de condenação, Dodge pediu ao STF que a prisão preventiva do ex-braço-direito de Temer seja mantida até o julgamento do caso. A defesa do ex-ministro insiste na soltura, justificando que a fase de instrução processual está encerrada e o cliente não apresenta mais ameaças às investigações. Mas a PGR entende que há risco de fuga. 
 
O relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin, desmembrou o processo inicial, enviando a investigação contra Marluce Vieira Lima para ser julgado na 10ª Vara Federal da Bahia. 
 
O executivo da construtora Cosbat, Luiz Fernando Machado, também é investigado no esquema de lavagem. Para ele, a PGR pediu 26 anos prisão, por ser cúmplice dos irmãos Vieira Lima na lavagem de R$ 12,7 milhões, entre 2011 e 2016, por meio de sete contratos em empreendimentos imobiliários. A Procuradoria-Geral pediu, ainda, perdão judicial do ex-secretário parlamentar Job Ribeiro de Brandão, porque colaborou com as investigações. 
 
*Com informações da Agência Brasil 
 
Redação

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. É só dizer “Lula na delação”, e Geddel ficará livre.

    Como diria Luciano Zaffir no engraçadíssimo “Você decide”. “Situação difícil a sua, Geddel.”.

    Mas, não há problema. É só o “Boca de Jacaré” falar a palavra mágica “Lula” na delação, que os 300 anos de cadeia que o MP e os “ínclitos” juízes direitistas que impor-lhe serão convertidos em 6 meses de prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

    Como os governos neoliberais que pilham o Brasil desde 2016 cortaram a verba do acessório, fica sem tornozeleira eletrônica mesmo. E gozando dos R$51 milhões que teriam sido apreendidos “por engano”. Igual ao caso do heliPóptero.

  2. E o temerista, hein?
    Sairia

    E o temerista, hein?

    Sairia preso do palácio… Sairia embaixador em Lisboa… Saiu pelos fundos e foi para casa sem qualquer incomodação.

    Nem a dita mérdia, nem os whatsapp, nem os bolsonarísticos, nem os blog, nem os sites, ninguém fala nada.

    A dodge polara, então, boquitinha fechada.

    Pelo menos a tal pgr (minúscula, como sempre) já mandou o papelório pra algum primeiro piso?

    O temerista-quadrilhista-ladrão-golpista tá mais solto que o agronegócio-da-zona-total.

  3. Caracas
    Vá lá que o título é a manchete e não esteja faltando com a verdade, mas não custa lembrar que o referido indivíduo já vinha transitando nos bastidores de alguns governos anteriores.

  4. Caracas
    Vá lá que o título é a manchete e não esteja faltando com a verdade, mas não custa lembrar que o referido indivíduo já vinha transitando nos bastidores de alguns governos anteriores.

  5. “O caso foi aberto após uma

    “O caso foi aberto após uma denúncia anônima que levou a Polícia Federal até o apartamento de um amigo de Geddel, em Salvador, onde foram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro. “

     

    Não teve uma importante operação da PF que foi cancelada justamente por ser denúncia anõnima? Não estaria o boca de jacaré esperando em sua suíte simplesmente o esqueçãm de mim

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador