PM de São Paulo ganha sua própria versão da Lava Jato com esquema de R$ 200 milhões

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: EBC

Jornal GGN – O Ministério Público de São Paulo investiga um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 200 milhões da Polícia Militar. A operação vem sendo apelidada, nos corredores do Tribunal de Justiça Militar do Estado, de “Operação Lava Jato da PM”, pelos valores e posição de poder das figuras envolvidas. As informações do El País.

Segundo reportagem veiculada nesta quinta (21), o MP está negociando um acordo de delação premiada com o tenente-coronel José Afonso Adriano Filho que está preso no presídio militar Romão Gomes desde março passado.

Filho promete entregar o modus operandi e os beneficiários do esquema. Ele teria enviado uma carta à Corregedoria da PM denotando lealdade à instituição e antecipando alguns dos fatos que pretende relatar. O El País afirma que teve acesso ao documento.

Uma das informações divulgadas é a de que pelo menos 18 militares e 1 deputado estadual teriam recebido os recursos desviados da PM. Ele disse que tem provas apreendidas pela polícia em sua prisão e ainda relatou que depósitos foram efetuados aos vários oficiais, em épocas distintas, para atender a diversos interesses.

Filho ainda disse que a Corregedoria tem sido “parcial” nas investigações e poupado figuras de alto escalão.

“No fim de agosto, Adriano foi condenado pelo Tribunal de Justiça Militar de São Paulo à perda de patente e de aposentadoria. Ainda responde a uma ação penal por peculato e é investigado em mais de 20 inquéritos. Adriano tenta uma delação premiada para receber punição mais branda em troca de revelações às autoridades.”

Leia a reportagem completa do El País aqui.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nao vou nem ler alem da

    Nao vou nem ler alem da chamada:  se destruir a primeira PM do Brasil, a de Sao Paulo, ta bom DEMAIS pra mim.

    Que se fodam!  Que desaparecam do Brasil!  VAI CONTAR COM SUA DIREITALHA CANALHA, FILHOS DA PUTA!

  2. A imprensa de fora parece saber mais do Brasil que a mídia que

    se vende aqui e faz parte do que acontece aqui, já que se gabam de ser o quarto poder.

  3. PM de SP….

    Se abrir o bico de como funciona o esquema de explosões de caixas eletrônicos e carros fortes, não sobra nem o Governador. Se O DENARC/SP abrir bico de como funciona o esquema de tráfico de drogas, aí cai até a República.  

  4. Este oficial vai ser morto

    Este oficial vai ser morto antes de falar. Os assassinos nunca serão encontrados.

    Se falar ao MP ele morrerá antes de depor em juízo.

    Se depor em juízo o TJSP, metido na corrupção junto com o comando da PM, decidirá que ele é louco. E ele será preso e vai morrer durante uma rebelião de presidiários.

    No inferno tucano-paulista tudo é previsível.

  5. Atenção ao que comentaram Francisco Andrade e Fábio Ribeiro

    Para os que conhecem ou percebem o nível de corrupção das polícias (todas elas, inclusive as PMs) uma notícia grave como essa não constitui novidade nem surpreende. As polícias sempre foram, e continuam sendo, extremamente corruptas, além de muito violentas.

    Francisco Andrade e Fábio de Oliveira Ribeiro fizeram comentários graves, que devem ser levados a sério.

    Qualquer cidadão bem informado sabe que não há fábrica de armas ou de drogas em favelas, morros e bairros periféricos pobres. Quem se beneficia do tráfico, do roubo de cargas? Quem facilita a chegada de armas a esses locais? Quem são os donos de helicópteros apreendidos com centenas de kg de pasta base de cocaína e outras drogas?

    Luís Nassif já fez grandes reportagens sobre esses temas espinhosos.

    Claramente há um oportunismo do MP-SP ao anunciar uma versão lavajateira paulista. Se essa versão paulista tiver os mesmos vícios daquela nacional-curitibana, oriunda de investigações que, teoricamente, visavam apurar desvio de dinheiro em contratos firmados pela Petrobrás com fornecedores, já começa seguindo um mal exemplo.

    Certamente o presidenciável Geraldo Alckmin, ele mesmo citado em lista de beneficiários de propinas, pagas pelas grandes empresas investigadas na Fraude a Jato Nacional, quer fazer do  limão uma limonada. Essa versão paulista da Fraude a Jato parece uma jogada marqueteira do atual governador, há anos pretendente da presidência da república, mas que hoje não consegue sequer 5% das intenções espontâneas de voto; tudo isso apesar da blindagem e proteção que lhe dão o PIG/PPV e o sistema judiciário, que o tucano sempre teve na mão, sobretudo em SP. Basta ver que NENHUMA denúncia contra os tucanos graúdos de SP prospera, apesar do esquema de corrupção no sistema metroferroviário paulista ser exatamente o mesmo que é alardeado pela Fraude a Jato Nacional em relação à Petrobrás ou em obras públicas envolvendo governo federal.

    Geraldo Alckmin luta desesperadamente contra o ostracismo, contra o esquecimento e contra outras serpentes que habitam o ninho tucano, como JS tarja-preta e o afilhado/pupilo que lhe trai e apunhala pelas costas,  à luz do dia: o prefake paulistano joão dória jr.

     

     

  6. Enquanto os soldados matam,
    Enquanto os soldados matam, espantam e violam o direito à liberdade de manifestação, o comando da tropa ROUBA dinheiro público de montão. A PM/SP é a maior organização criminosa de São Paulo.A questão agora é saber como tudo isto se tornou possível sem a colaboração ativa e eventualmente venal do TJSP.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador