Armando Coelho Neto
Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo.
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Pra não dizer que não falei do Moro, por Armando R. Coelho Neto

Pra não dizer que não falei do Moro 

por Armando R. Coelho Neto

Parem a Lava Jato! Vamos todos para o tanque. Vamos lavar peça por peça, tirar mancha por mancha e até, quem sabe, tentar ver de onde vem e como começou a sujeira. Afinal, posso imaginar que por US$ 100 milhões, nos quais figura como aparente beneficiada a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é possível retomar o mote de Aécio Neves, durante campanha presidencial de 2014: “vamos conversar?”

Por um descuido qualquer, seja da Polícia ou Justiça Federal, quem sabe do Ministério Público Federal, furou a “seletividade de vazamento”. Não deu mais pra segurar, o que, aliás, nunca foi novidade: a corrupção na Petrobras é antiga, antecede a gestão petista e, Paulo Francis que o diga, sabe-se lá como, ainda que por psicografia.

Agora, e não tão agora assim, que pelo menos temos uma cifra, quem sabe será possível conversar sobre corrupção, sem que nos acusem de estar defendendo ladrões; sem que nossos opositores nos mandem para Cuba, o que aliás nunca foi má ideia – dizem que Cuba é linda! Uma conversa com menos rótulos, onde termos como bolivariano, venezuelação, lulopetismo, comunização fiquem fora do debate.

Agora, quem sabe, fique claro, que não existe combate à corrupção. Existe guerra contra o Partido dos Trabalhadores, por razões que não podemos especular, posto que vão desde bravatas sobre o tal “Fórum de São Paulo” à tentativa de transformar o Brasil numa Venezuela. Percorrem a trilha do quem roubou mais ou menos (quando se admite que antes se roubava). Aliás, sempre causou perplexidade ouvir que a “corrupção passou de todos os limites”, sem que alguém explique esse limite supostamente aceitável.

Quem sabe eu possa explicar que não sou filiado ao PT, que tenho severas críticas à sigla, ainda que de há muito tenha reconhecido na legenda a única força política organizada, capaz de enfrentar a cultura vira-lata e entreguista das supostas elites brasileiras. Aliás, uma elite que namora e financia forças políticas que saqueiam alguns estados brasileiros há décadas. A propósito, saques sem investigações, denúncias, cobertura da dita “grande mídia” –  que de grande só tem mesmo o poder de enganar, de manipular.

Dito isso, recorro ao mais alienado dos chavões políticos para dizer que, agora que sabemos “que é tudo farinha do mesmo saco”, quem sabe possa ser possível aprofundar o debate, sem fulanizar, sem partidarizar, sem reverberar o cinismo dos jornalões, dos panfletos políticos disfarçados de revistas ou das criminosas vozes difundidas por emissoras de rádio e televisão de significativa audiência.

“Vamos conversar?”

Permitam-me, pois, ser repetitivo nos bordões: bolivarismo, venezuelação, lulopetismo, comunização, nunca se roubou tanto, a corrupção passou dos limites.

Tudo bem. Ouvir ou ler isso de pessoas sem formação escolar, de pessoas sem educação doméstica, desapetrechada de educação formal qualquer é tolerável. Que tais chavões partam de políticos entreguistas oportunistas, armados para retomar as rédeas da Nação para por em prática seus projetos pessoais, também é incômodo, mas aceitável. Do mesmo modo, seria ou é suportável digerir a leitura distorcida dos veículos de comunicação, cujos donos vivem atrelados a interesses inconfessáveis. Do mesmo benefício gozam os jornalistas que se venderam por alguns dólares para fomentar a discórdia e disseminar ódio.

O que nos incomoda é quando esses chavões reverberam dentro da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Justiça Federal, entre outros. Sejamos econômicos da lista. Causa perplexidade a precariedade de visão reinante em parte dos integrantes dessas instituições, pois além de não especificarem o limite da corrupção e ou violência, ficam a reverberar que tais anomalias “passaram dos limites”, reverberando às turras os chavões de políticos ladrões não investigados ou “não investigáveis” (blindados).

Costumo dizer que o Partido dos Trabalhadores ganhou eleições sem nunca ter chegado ao poder. Reservo-me a visão de que quem tem poder, pode. Ganhar o direito de gerir normas (escritas, não escritas, com “por foras” e ressalvas) preestabelecidas num país, sem poder nada transformar, não é poder. Portanto, o poder está nas mãos de quem sempre esteve. No caso, o capital nacional e estrangeiro que financiou a campanha do gestor de plantão. O resto é acreditar em capitalismo samaritano.

Nos doze anos de gestão petista, o partido não conseguiu fazer uma reforma tributária; não conseguiu fazer uma reforma política; não conseguiu fazer uma significativa reforma no ensino; não conseguiu tributar grandes fortunas; não conseguiu regulamentar de forma livre e democrática os pequenos veículos de comunicação – tratados vergonhosamente por “piratas”; não conseguiu fazer o básico que é a democratização dos meios de comunicação – no mínimo a exemplo das que existe nos Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Japão e até Argentina.

Pois bem. Como que um partido que não fez sequer isso, pode transformar, por decreto, o Brasil num país comunista? Como poderia transformar o Brasil numa Cuba ou Venezuela por simples decreto? Como poderia fazer isso, tendo instituições como o Exército, cujas escolas de formação são regidas por ideias medievais? Um simples exame dos currículos das Escolas Superiores de Guerra ou suas congêneres como Associações de Diplomados da Escola Superior de Guerra revela quão conservadores são seus princípios. Como poderia isso acontecer diante do poder de entidades igualmente medievais (até nos ritos) como as Lojas Maçônicas? Como fazer isso numa sociedade cuja “elite” não assimilou a Lei Áurea e reclama das migalhas capitais jogadas aos miseráveis? Sem contar com as entidades ligadas a entidades da indústria e do comércio… Também aqui, é conveniente encurtar a lista.

Entretanto, respeitadas as exceções, integrantes da Polícia Federal, Ministério Público, Justiça Federal repetem como qualquer ser precariamente informado o refrão “bolivariano”, termo aqui empregado como sinônimo dos demais “mantras da desinformação ou do golpismo”. No caso específico da Polícia Federal, exaustivas vezes ouviu-se falar do aparelhamento da instituição, sem que um único cargo expressivo fosse ocupado por qualquer petista até a presente data.

Na condição de operador do direito, certamente dos menos preparados, devo limitar-me a obviedades do gênero: “o atentado de 11 de setembro/2001 nos Estados Unidos mudou o mundo”. Mas, desde então, a indiferença para com os paraísos fiscais era gritante. Eram responsáveis não apenas pela guarda do dinheiro do tráfico, sonegação, contrabando, corrupção, mas também o dinheiro que financiava aquilo que os financiadores das mais sangrentas guerras do mundo chamam de terrorismo. E foi daí que a leitura mudou: hoje, até bancos da Suíça estariam notificando seus clientes “sem nome”, de que não têm mais interesse “nesse tipo de conta”. A recente lei de repatriação de capitais, sancionada pela Presidência da República fala por si.

Um pouco antes, sabe-se, em que pese criada em 1948, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi reformulada em 1961, tinha princípios rigorosos, mas queixou-se mais tarde de que, até 1998, apenas 14 países seus associados negavam a possibilidade de dedução de impostos relacionados ao suborno de autoridades em diversos países. Leia-se, suborno pago a países como o Brasil eram deduzidos do imposto de renda. A Alemanha, por exemplo, a duras penas, só interrompeu a prática em 1999.

Até onde se sabe, a Alemanha é grande parceira econômica do Brasil e tem aqui larga prática comercial. Sem alongar a lista, países como Suécia não permitia a dedução no imposto de renda, mas aceitava tais despesas desde que a corrupção fosse prática institucional no país. Enquanto isso, o Japão aceitava essas mesmas despesas, desde que figurassem como “gastos de viagens”. A rigor, o Brasil era, do ponto de vista econômico, atrelado a um bloco de países corruptores e isso era “consenso”, consentido, tolerado. Havia corruptores e não havia corruptos. E quem eram os governantes de até  então?

Aceitemos, pois, que os operadores do direito da PF, MPF e JF, ainda que ignorassem o jargão de que “a corrupção no Brasil é endêmica”, não tivessem conhecimento desse consenso global, nem conseguissem cruzar dados e constatar que comunismo não se faz por decreto. Por desconhecerem a realidade, por partidarismo (?), repetiam os mantras da ignorância e do oportunismo político. Pelo mesmo motivo, no caso especial a PF, alguns delegados sobem em palanques de manifestações para alardear a suposta corrupção inusitada. Outros passaram a usar as redes sociais para postagens agressivas contra a presidenta Dilma Rousseff. A propósito, o jornal O Estado de S. Paulo chegou a acusar delegados federais de fazer comitê eletrônico contra a então candidata.

Nessa trilha, sendo igualmente generoso, aceitemos que integrantes da PF, MPF e JF também desconheçam que os principais instrumentos de combate à corrupção, entre eles o Portal da Transparência e a Controladoria Geral da União foram criadas nos doze últimos anos.

O grande problema é aceitar que esses operadores do direito ignorem a autoria da Lei nº 12.850, (Colaboração Premiada, tratada pela mídia como “delação”), editada em 2013. Que além dessa norma, foram aprovadas as Leis 12.403/2011, 12.683/2012, 12.694/ 2012, 12.737/2012, 12.830/2013, 12.855/2013, 12.878/2013, 12.961/2014, Lei Complementar 144/2014, 13.047/ 2014. Tratam-se de normas  que deram outra dinâmica ao combate à corrupção e, de forma especial fortaleceram a PF, que teve até alguns “mimos”. Serve de exemplo o afago ao ego dos delegados federais, que por lei passaram a serem tratados por excelência. As policiais tiveram a aposentadoria reduzida e o comando da instituição tornou-se privativo do cargo de delegado federal.

Colocados esses pontos, tomando por referência os apregoados US$  100 milhões pró governo FHC, quem sabe dá pra conversar, sem que digam que estou defendendo a corrupção ou que sou comunista. De todo modo, que fique claro: quero passear em Cuba e visitar a Venezuela, pois segundo a Wikipédia, a terra do Chávez tem mulheres lindíssimas e já conquistou sete vezes o concurso de Miss Universo.

Armando Rodrigues Coelho Neto é delegado aposentado da Policia Federal e jornalista

Armando Coelho Neto

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo.

31 Comentários

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  1. Pra não dizer que não falei do Moro

    O título sugere uma canção

    Delatando e premiando
    a corrupto e ladrão
    Somos todos culpados
    Mas tucanos não
    Nas escolas, nas ruas
    Campos, construções
    Delatando e premiando
    a corrupto e ladrão.

    Vem, vamos com Moro
    Delatando sem saber
    Quem sabe cala a boca
    Se não sabe é do PT (bis)

  2. Clareza de Explanação

    Realmente não há o que se discutir sobre esta matéria, pois está completíssima e didaticamente exposta como se encontra a situação do MPF, PF e JF após o advento da “Lei nº 12.850, (Colaboração Premiada, tratada pela mídia como “delação”), editada em 2013. Que além dessa norma, foram aprovadas as Leis 12.403/2011, 12.683/2012, 12.694/ 2012, 12.737/2012, 12.830/2013, 12.855/2013, 12.878/2013, 12.961/2014, Lei Complementar 144/2014, 13.047/ 2014. Tratam-se de normas  que deram outra dinâmica ao combate à corrupção e, de forma especial fortaleceram a PF, que teve até alguns “mimos”. Serve de exemplo o afago ao ego dos delegados federais, que por lei passaram a serem tratados por excelência. As policiais tiveram a aposentadoria reduzida e o comando da instituição tornou-se privativo do cargo de delegado federal”.

  3. Vamos conversar ?

    A proposta do ex-Del.da PF Armando R.C.Neto, deve ser extendida a toda a sociedade civil, e especialmente aos seus colegasda PF na ativa, que deveriam ter vergonha do que estão fazendo, crentes que seus arroubos, farão a sociedade acreditar no Poder Judiciário.

    O convite também deveria ser feito ao Congresso, para que reveja seus conceitos de legislar, e percebam que batendo de frente com o Executivo, não somente travarão o país, como perderão a oportunidade de exercer em plenitude, os cargos legislativos para os quais foram eleitos.

    E finalmente, o convite para conversar, deve ser feito à imprensa, que deveria cumprir o que comprometeram-se a fazer, quando conseguiram a concessão jornalística, de formar opiniões e não virar partidos políticos.

    Criticado por cometer êrros clássicos e rotineiros(com os quais não concordo)o PT, uma vez no poder, foi obrigado pelas circunstâncias e pela pressão dos aliados, a “jogar o jôgo” republicano, senão não conseguiria um mínimo de governabilidade, a situação vê-se agora, refém de partidos oposicionistas, para quem “O quanto pior, melhor” e mesmo os hipoteticamente aliados, que só aliam-se, quando lhes é conveniente, financeiramente falando.

    Outra crença errada, foi a Pres. Dilma, dar autonomia total à P.F, e deixar que o M.P.F e seus afiliados nos Estados,assim como à Proc. Geral da União, a plena liberdade, de investigar, apurar, punir, prender,a quem quer que fosse, e eles terem entendido, que tudo de ruim, que ocorre no Brasil, começou nos governos petistas, quando todos sabemos que isto é endêmico, e começou no dia em que a República foi proclamada, e apenas não era investigado, nem era punido pelos governos anteriores.

  4. Contra o unilateralismo

    Muito bom, o texto é um libelo contra o unilateralismo. Vindo de alguém qualificado (formado na própria PF) merece a atenção de todos.

  5. Tudo que sempre soube e que estava entalado nas minhas guélas

    Belo texto Sr. Armando … vc traz LUZ a uma discussão desenfreada que gera toda esta polarizações que tem poucos interessados. Essa divergência toda significa um fôlego a mais para os pulhas instituidos, enquanto o povo caduca na miséria. Sucessos.

  6. Parabéns Armando , li um

    Parabéns Armando , li um excelente texto.

    Continue escrevendo pois são pessoas como Vc que fazem diferença no Jornalismo  e no dia a dia!

  7. Pois é, Sr. delegado aposentado

    A ideia é acabar com o PT e voltar tudo a ser como antes no quartel de abrantes.

    O PT incomoda.

    No mais, seu comentário resume tudo que se tem falado desde o “mensalão”.

  8. Excelentente artigo! Imperdível a leitura !

    Desconstruindo o discurso da direita (aliás ,caricatura da direita !): implantar Bolivarianismo,  Venezuelizaçāo…tudo uma grande piada!

    “Nos doze anos de gestão petista, o partido não conseguiu fazer uma reforma tributária; não conseguiu fazer uma reforma política; não conseguiu fazer uma significativa reforma no ensino; não conseguiu tributar grandes fortunas; não conseguiu regulamentar de forma livre e democrática os pequenos veículos de comunicação – tratados vergonhosamente por “piratas”; não conseguiu fazer o básico que é a democratização dos meios de comunicação – no mínimo a exemplo das que existe nos Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Japão e até Argentina.

    Pois bem. Como que um partido que não fez sequer isso, pode transformar, por decreto, o Brasil num país comunista? Como poderia transformar o Brasil numa Cuba ou Venezuela por simples decreto? Como poderia fazer isso, tendo instituições como o Exército, cujas escolas de formação são regidas por ideias medievais? Um simples exame dos currículos das Escolas Superiores de Guerra ou suas congêneres como Associações de Diplomados da Escola Superior de Guerra revela quão conservadores são seus princípios. Como poderia isso acontecer diante do poder de entidades igualmente medievais (até nos ritos) como as Lojas Maçônicas? Como fazer isso numa sociedade cuja “elite” não assimilou a Lei Áurea e reclama das migalhas capitais jogadas aos miseráveis? Sem contar com as entidades ligadas a entidades da indústria e do comércio… Também aqui, é conveniente encurtar a lista.”

     

  9. Prá não dizer que não falou do Lula

    Em entrevista à rádio livre Pega Eu FM, o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, Armando Coelho Neto, defende a legalidade das rádios livres e comunitárias; diz que o PT fechou proporcionalmente mais rádios que o governo FHC; critica o projeto da prefeitura de SP de criar rádios comunitárias atreladas ao estado e defende a desobediência civil como forma de luta. 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=4RxNUdmrvZA%5D

  10. ótimo post
    mais textos como

    ótimo post

    mais textos como esse para a arqueologia da lava-jato e dos vazamentos…

    parabéns ao autor do texto…

    finalmente algúem do meio com senso crítico e perfeita lucidez

    para clarear  um pouco mais o que, para os leigos, ficava

    cada vez mais difpícil de entender….

  11. Atitude

       Não esperaria nada alem deste texto, do Dr. Armando, uma pessoa que conheço, na qual votei, duas vezes, independente do partido politico ( ele é ainda filiado ao PMN ), votei para deputado estadual e vereador, um cara ótimo, canta bem, tem um bom repertório, mas tem um problema : acha que é percussionista.

        Atitude : Por histórico familiar, eu tinha problemas com ” policiais federais “, meu irmão mais velho teve, na ditadura, problemas com esta instituição, e outra coisa que nunca suportei de agentes publicos, ainda mais de segurança, é ainda, a famosa “carteirada”.

        Uma vez, há alguns anos atrás ( muitos, tipo mais de 10 ), estavamos em um grupo, após as 01:00, na “balada”, um povo tocando ao vivo, a massa acompanhando, tipo umas 15 pessoas – na “prainha” da Alfonso Bovero – chamaram a policia devido ao barulho, obvio que os PMs ( 2 equipes ) até chegaram “na boa ” ( bairro de classe média, policia não chega arrasando ), colocou todo mundo “na parede” – normal – e o Dr. Armando e um amigo nosso agente da PF, todos, incluindo as mulheres, eu estava com a minha, foram revistados, claro que o Armando não se identificou previamente como Delegado, os PMs descobriram depois, quando da identificação ( mostrar a identidade, o RG ).

         O sargento que comandava as equipes, ficou pasmo, ” Me desculpe Doutor, o Senhor não se identificou antes “.

         O Armando respondeu para as equipes : Parabens, vcs. estão fazendo seu trabalho, agiram como eu agiria, se eu estou no horario de folga, sou um cidadão, vc. sargento, foi correto.

         Dr. Armando, era até estranho, quando estavamos em grupo – tipo no Camisa Verde – nunca vi ele se identificar como Delegado Federal, Presidente da Associação, mas como jornalista, um defensor da liberdade de imprensa, das radios comunitárias, dos jornais alternativos, de uma midia livre – nunca o vi armado, “montado no ferro”, aliás nem precisa, o cara briga para ca..lho.

          Gente fina, tanto ele como sua esposa, é pena que perdemos o  contato.

       

       

  12. Destruir em nome do poder e do dinheiro.

    Caramba !  Que a sua lucidez, Sr Armando, inunde a mente dessas pessoas diretamente envolvidas nessa encruzilhada em que o país está envolvido. É um apelo à consciência, à decência e ao bom senso. Que essas pessoas entendam que estao mergulhando o país num caos e que o sofrimento vai ser extremo. Valerá mesmo a pena destruir tudo apenas para cumprir ordem de quem quer o Brasil terra arrasada e povo em desgraça? O que podemos fazer para parar essa gente, meu Deus!?

  13. LAMENTAVEL

    Então, já que governates do passado roubaram e corromperam os atuais gestores públicos também possuem salvo conduto e direito de roubar, corromper e pilhar o país? LAMENTAVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

      1. É aí que mora o perigo.

        É aí que mora o perigo. Alugmas pessoas não enxergam os fatos nem quando os veem. Sobram-lhes esforços, mas faltam-lhes educação. 

      2. Certo… sem duvida sua alta

        Certo… sem duvida sua alta intelectualidade te eleva a niveis supremos de entendimento… continue sendo manipulado e acreditando em fabulas… 

        Sou contra esquerda e contra direita. Contra socialismo, comunismo ou capitalismo. TOTALMENTE CONTRA a politica atual e a falsa democracia na qual vivemos.

  14. Um Feliz 2016

    A leitura deste artigo me fez começar o ano esperançoso. Nele têm-se a base para a defesa do estado de direito e um contraponto a metodologia torta e viciada da Lava-Jato.

    Chama Moro, PSDB, o PIG, O Diabo para uma conversa!

    Parabéns

  15. Irretocável a reflexão do delegado federal aposentado Armando Ne
    Perfeitas, corajosas e honestas as suas sábias reflexões, sobre os momentos de terror que vivemos no Brasil, com tanta distorção dos fatos, mentiras repetidas incansavelmente, manipulações infindáveis contra o governo trabalhista e o PT. Sua manifestação deverá abrir espaço para que outros que pensem como o senhor, criem coragem para expor seus pontos de vista, que difiram do pensamento único das classes dominantes.

  16. Em uma unidade da pf que
    Em uma unidade da pf que contasse com quadros como o dr. Armando, tortura, crimes diversos, nunca seriam aceitos como um meio válido para se atingir QQ fim.
    Ainda mais um fim espúrio e inaceitável como esse, FAZER POLITICA ATRAVES DA POLICIA!!!

    VERGONHA DESSA PF, MPF E JUDICIARIO DO PARANÁ.

    Mas o sistema sempre se auto corrige.
    Aguardamos com fé.

  17. A Lei Áurea e as migalhas jogadas aos miseráveis…

    Não se pode negar a bem feitura do artigo escrito por um Delegado da PF aposentado e jornalista. O cidadão sabe tudo mais um pouco dos curriolas e mazelas na “idolatrada e santificada” PF. Bem, mas o que dizer da Lei Áurea que há mais de cem anos jogou os miseráveis ao vento, mas a gente pode dizer alguma coisa da roubalheira desde antes da Lei.

    Ninguém de sã consciência entende que a corrupção chegou com os petistas no poder, mas uma coisa é certa e que foi reconhecido por alguém que os conhece desde o nascedouro, o Dr. Hélio Bicudo, o PT foi com muita sede ao pote.

    Votei no Lula, acreditei no Zé Dirceu, apostei que o PT, sendo o partido das classes populares, viesse realmente dar uma cara nova neste país; ledo engano, o PT, a meu ver, institucionalizou a corrupção, adotou a mentira como estratégia de se limpar da “lama” que cobriu o país, o resto está aí.

    A Lava Jato não é a “palmatória do mundo”, mas era necessário que algo se fizesse para desmascarar esses bandidos que se encastelaram desde a “Lei Áurea”… Vamos acabar com a corrupção? Também creio que não, mas o Brasil tem que dar uma demonstração de que a índole do povo não pode ser medida por essa canalice que assola o mundo político.

     

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