Procuradoria ameaça Temer com punição por não aceitar recomendações à Caixa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Senado
 
 
Jornal GGN – A força-tarefa da operação Greenfield encaminhou a Michel Temer, por meio da procuradora-geral Raquel Dodge, um ofício alertando para a possibilidade do presidente ser punido por não acolher as mudanças sugeridas no comando da Caixa Econômica Federal.
 
No final do ano passado, o Ministério Público Federal enviou ao governo um documento defendendo que a Caixa deixe de ter vice-presidentes e outros diretores escolhidos por indicação (cargo comissionado). A proposta era de abertura de uma espécie de concurso público para preencher os cargos que, na visão da Procuradoria, devem ser livres de influência política.
 
“Esclarece-se desde já que, caso não seja observada a recomendação, eventuais novos ilícitos cometidos pelos atuais vice-presidentes da Caixa Econômica Federal poderão gerar a responsabilização civil de Vossa Excelência, por culpa in eligendo”, diz o ofício assinado por 5 procuradores da República.
 
Segundo o Estadão, interlocutores do governo disseram que “a recomendação não pode ser ameaça”, “ainda mais por quem não teria competência para processar o presidente”.
 
Para que a Caixa troque os vices e contratar novos, a Procuradoria deu prazo de 45 dias. O Ministério Público Federal ainda deu um mês para que a instituição financeira adote novos meios de fiscalizar as atividades de gestores e funcionários e dois meses para aprovar o novo estatuto.
 
O banco informou que vai responder os procuradores dentro do prazo estabelecido.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. Até quando

    Até quando os servidores públicos concurseiros vão querer mandar no Executivo.

    Se deixamos passar essas intromissões o Lula em 2019 vai ficar sendo um boneco nas mãos deste pessoal

    Já é demais!!

    “Esclarece-se desde já que, caso não seja observada a recomendação, eventuais novos ilícitos cometidos pelos atuais vice-presidentes da Caixa Econômica Federal poderão gerar a responsabilização civil de Vossa Excelência, por culpa in eligendo”

    Essa frase acima está demais. Grande coisa! O Temer já tem cometido delitos piores e continua lá.

    1. Ô, meu Deus…

      Daqui a pouco algum deputado da base governista propõe uma emenda à Constituição extinguindo o concurso público – com maciço apoio da esquerda, pelo que vejo acima – e todos os ocupantes de cargo público serão escolhidos por análise de currículo e entrevista. Só vai entrar amigo do rei. E no caso do MP e do Judiciário só vai ter posse por eleição. Todos os juízes terão o perfil Bolsonaro-Dória-Alckmin-Alexandre Frota, que são os reis do povo. 

      Tudo porque surgiu um mito infantil de que o concurso público não seleciona o mais preparado e sim o decorador de apostila. Sempre desafiei a quem quiser: compre uma apostila, decore e seja aprovado num concurso. Me prove que é decoreba que passa em concurso público – principalmente nesse caso do MPF, que tem provas discursivas e exame oral. Decoreba não aprova ninguém nem na 5ª série do ensino fundamental…

  2. Sugiro o mesmo para os cargos

    Sugiro o mesmo para os cargos da justiça,

     

    já que querem mandar no país que se candidatem e se elejam com o voto popular, porque legitimidade popular não é alcançado através de concurso, ao contrário do que pensam…..

  3. MP e Mercado

    Fechados para dar o golpe na Caixa, afastar os VPs e realizar um processo seletivo para VPs ligados ao mercado financeiro, começar a estruturar a empresa para uma privatização no próximo governo.

    1. É o que o Vicente Fox fez no México

      É exatamente isso que o presidente Fox fez no México: contratar head-hunters intenacionais para selecionar ministros e altos executivos de empresas públicas mexicanas. Veja o que aconteceu com a Pemex. A propósito, vide o vai-e-vem do Diretor de Governança e Conformidade. pescado via headhunter no ensejo do pós-lava jato.Teve que passar por uma comissão de ética para ser reconduzido ao cargo, naquilo que se esperava uma conduta ilibada e sem manchas.

  4. Segundo o entendimento do

    Segundo o entendimento do MPF, todos os cargos de livre provimento na administração pública devem ser ocupados por servidores concursados. Ora, vários delatores da lava jato eram funcionários da Petrobrás. É a receita para acabar com a corrupção?

    Trata-se de “recomendação” grotesca. Diante dos arroubos do MP, é preciso defender até o governo Temer.

     

  5. Temer tá com dificuldade em

    Temer tá com dificuldade em governar.

    Não pode mais nem distribuir os cargos entre os correligionários dos correligionários, não dá…

  6. Nenhuma novidade

    O MPF sempre fez isso. Sempre que quer algo o qual não tem o poder de ordenar, ele “recomenda” e logo ameaça você de ação penal e de improbidade, se você não “atender” à recomendação. Processo administrativo disciplinar, por exemplo: eles não podem determinar a instauração de processo disciplinar, então recomendam a instauração, mas desde já ameaçando jogar o mundo na sua cabeça, se você não atender a recomendação.

    A novidade aí é que procurador de 1° grau se acha no direito de encaminhar (via a PGR) ofício recomendando ao Presidente da República. Mas isso é culpa mais do STF do que do MPF, os procuradores vão testando as barreiras legais e constitucionais, e quando acham algum espaço avançam. Caberia ao Judiciário atalhar esses avanços, quando extrapolassem competências. Mas quando juízes de 1º grau se acharam no direito de suspender por liminar a nomeação de ministro de estado (estou falando do Lula), ato privativo do Presidente da República e que por isso mesmo só deveria poder ser desafiado no foro do STF, o próprio STF ficou calado, e até hoje não se manifestou quanto a isso. O que permitiu o Judiciário agora atacar a posse da Cristiane Brasil e impor ao Presidente da República a humilhação que ele está passando.

  7. Como o Banco Central tambem

    Como o Banco Central tambem entrou no apoio ao MPF para tirar os Vices da Caixa, o site de extrema direita O ANTAGONIOSTA propõe Ilan Goldfajn, presidente do BC, para Presidente da Republica.

    A sugestão do O ANTAGONISTA é impossivel porque Ilan não é brasileiro nato, requisito constitucional para ser candidato à Presidente. Na proxima O ANTANISTA propõe declarar o Brasil Estado associado aos EUA, o mesmo status de Porto Rico.

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