Queiroz afastado dos holofotes: revista mostra onde está o desaparecido mais famoso do país

A investigação até hoje não foi concluída e não se tinha conhecimento nem sequer sobre o paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente

Jornal GGN –Achamos finalmente o desaparecido mais famoso do país”, escreveu a revista Veja, para a reportagem de destaque desta sexta-feira (30). “O paradeiro de Queiroz” é a manchete da revista, que foi atrás nos últimos três meses de onde se localizava o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, investigado em uma apuração que leva mais de 600 dias sem ser concluída.

Fabrício Queiroz hoje vive no bairro Morumbi, na zona oeste de São Paulo, próximo ao hospital Albert Einstein, aonde realiza tratamento contra um câncer no intestino. Sua última aparição, no dia 12 de janeiro, havia sido no hospital, quando publicou um vídeo na internet em que dançava, após a recuperação de uma cirurgia.

Policial militar aposentado, Queiroz atuava ao lado do filho do mandatário no gabinete da Assembleia Legislativa do Rio, quando Flávio era deputado estadual. O ex-assessor foi exposto em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por manter movimentações financeiras atípicas, juntamente com outras dezenas de assessores.

O caso que começou a ser investigado ainda no ano passado, tramitou até janeiro na Procuradoria-Geral de Justiça do Rio, pelo foro privilegiado de Flávio. No dia 3 de janeiro deste ano, os relatórios e a investigação chegou ao Ministério Publico do Estado. E foi com base nas informações do Coaf que os investigadores vinham avançando nas apurações.

Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro chegou a modificar toda a estrutura do Coaf, acabando com o órgão, que passou a ser Unidade de Inteligência Financeira, e retirando do Ministério da Economia para o poder Banco Central. Na Medida Provisória que impôs estas mudanças, Bolsonaro também criou regras que permitem a nomeação e a indicação, política ou não, dos membros do Conselho Deliberativo.

Sem saber se tais mudanças feitas pelo mandatário, não somente na estrutura organizacional, como também na possibilidade de alterar a composição do órgãos, terão influência nas investigações do antigo Coaf, e mais especificamente na que tem como mira o filho do mandatário, a apuração até hoje não foi concluída e não se tinha conhecimento nem sequer sobre o paradeiro do ex-assessor de Flávio.

A pergunta “Onde está Queiroz?” passou a dominar as redes sociais e as reivindicações contra o governo de Jair Bolsonaro e as mudanças que Bolsonaro vem adotando como presidente da República para proteger seus filhos. E o objetivo da revista era resolver esta indagação.

Queiroz hoje reside no Morumbi, o mesmo bairro da Zona Sul de São Paulo onde se encontra o Einstein. A proximidade facilita os deslocamentos até o hospital, normalmente feitos de táxi ou Uber. Queiroz, que raramente sai de casa, luta contra o mesmo câncer no intestino que o levou para a mesa de cirurgia no fim do ano passado, pouco antes do estouro do escândalo da movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais (600 000 entrando e 600 000 saindo) em sua conta na época em que trabalhava para Flávio Bolsonaro”, escreveu a revista.

No tratamento contra o câncer, a Veja apontou que a cirurgia feita em janeiro não resolveu o tumor e que Queiroz teria se descuidado ao tentar estar longe dos holofotes, em seu desaparecimento dos últimos meses. “As ‘férias’ forçadas do tratamento cobraram um preço: há sinais de que a doença continua ameaçando perigosamente seu organismo. Um de seus amigos, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), trocou mensagens com Queiroz há alguns meses. ‘Ele escreveu que ainda estava baqueado’, conta.”

Ainda, a revista, que captou fotos de Fabricio Queiroz, descreveu que ele não aparenta em seu aspecto físico o delicado estado de saúde, estando somente um pouco mais magro do que no ano passado. Acompanhe algumas imagens abaixo:

ROTINA HOSPITALAR - O ex-assessor chega sozinho, de boné preto e óculos de grau...

...faz hora na lanchonete...

 

Redação

13 Comentários

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  1. Matéria fraquinha, a reportagem nem sequer tentou abordar o laranja da família Bolsonaro para lhe fazer perguntas inconvenientes! De tanto servir ao PSDB, o jornalismo brasileiro ficou amestrado!

  2. A revista não deveria trazer o aviso “Informe Publicitário”, “Matéria Paga” ou algo assim? Arrancar a pergunta “Cadê o Queiroz?” das mentes e corações democráticos e republicanos sai de graça, pela camaradagem dos editores da revista aos golpistas?

    Se eu fosse o PC Farias… ops! o Fabrício Queiroz não dormiria de pijama…

  3. A principal preocupação é sobre a atuação do MP e PF.

    Ora, essas pessoas faziam blitz semanais nos petistas, e a mídia, divulgava grampos
    diários. O que prova que essas instituições tornaram-se políticas. E agora reina
    o silêncio, frente a todos os escândalos, principalmente os deles próprios.

    Esse sistema precisa ser reformado, quem somente poderia fazer isso é o Poder Legislativo,
    e precisariamos de políticos honestos e inteligentes nesse poder. Ou seja, ou Brasil não
    mudará tão cedo. Pelo menos nesses próximos mandatos legislativos.

  4. Ou seja, todos os que trabalham no hospital Albert Einstein sabiam onde poderia ser encontrado o foragido. Pelo jeito só mesmo a polícia e o MP não sabiam.

  5. Depois do Alexandre Frota levantar a suspeita de que Queiroz estava morto, curiosamente a Veja descobriu onde estava o cúmplice da família Bolsonaro, o PM muito bem relacionado com as milícias.

  6. Há muito oba oba sobre a Polícia Federal. A verdade é que ela é cara, espalhafatosa, parcial, truculenta e ineficiente. Pergunte a qualquer advogado criminal militante.

  7. A pergunta agora é : onde estão os investigadores do caso Queiroz?
    Até agora não o obrigaram a ir depor, por que?
    Condução coercitiva é só para ex-presidente sofrendo perseguição?
    Por que não dão ao miliciano o mesmo tratamento que deram ao ex-presidente Lula?
    Por que o processo contra o miliciano anda a passos de tartaruga e não com a rapidez que andou o processo contra o Lula?
    O Moro não quer melindrar o Queiroz também?
    Cadê os coxinhas e bozoloides que ocupavam as ruas para “acabar com a corrupção”?

  8. Eh um dos canceres mais fatais de todos, 80 por cento em 5 anos, se nao me engano.

    Queiroz, morre beeeeem devagarinho pra nos, viu? Sadico, eu? Sadico foi o que voce fez com o Brasil.

  9. Folgo em ver que não apareceu ninguém batendo panela e exigindo a retirada de Queiroz do ambiente. Quem sabe aquela clientela tenha aprendido regras de civilidade, depois daquele comportamento embaroçoso ( por falta de palavras) que tiveram com Mantega e com Lula.

    PS: Não acredito

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