Secretário da Previdência é envolvido em investigação por emenda parlamentar

Em resposta ao GGN, o ex-deputado federal disse que "não é investigado e nem mesmo parte do mencionado processo", sobre emenda que favoreceu hospital fechado

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Matéria atualizada com a resposta de Rogério Marinho

Jornal GGN – O secretário especial da Previdência do governo de Jair Bolsonaro, Rogério Simonetti Marinho, está envolvido em uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), por suspeita de favorecer empresa com a liberação de uma emenda, enquanto ele era deputado federal, que posteriormente depositou R$ 41,2 mil na conta de seu primo, Ruy Aranha Marinho Júnior. Em resposta ao GGN, o atual secretário disse que “não é investigado e nem mesmo parte do mencionado processo”.

No fim do mês passado, quando foi deflagrada a Operação Tiro, que gerou a prisão de um empresário ligado ao caso, os investigadores chegaram a encontrar uma mala com R$ 265 mil em espécie na casa de Ruy Marinho. Além do parentesco do ex-deputado do PSDB pelo Rio Grande do Norte, o primo era assessor na Assembleia Legislativa do estado.

O envolvimento que recai sobre o hoje integrante do governo Bolsonaro tem como base a emenda parlamentar nº 81000450, liberada por ele durante sua atuação parlamentar, que era destinada à compra de medicamentos e insumos hospitalares para o Hospital Municipal Ministro Paulo de Almeida Machado.

A liberação do dinheiro para o hospital foi feita entre novembro e dezembro de 2016, durante a gestão do prefeito Ney Rocha Leite no município de Touros. Mas o hospital estava fechado no período já há 60 dias. Ainda assim, a empresa Artmed Comercial recebeu cinco repasses de R$ 195 mil, outro na quantia de R$ 26 mil e um terceiro de R$ 41 mil.

Como o hospital estava fechado, os investigadores então rastrearam as movimentações bancárias do sócio da Artmed, Gabriel Delanne Marinho, e detectaram que ele transferiu três quantias que totalizaram R$ 41.200,00 a Ruy Aranha Marinho Júnior, primo do ex-deputado e hoje secretário especial da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.

Durante a deflagração da Operação, no dia 28 de março, a PF apreendeu na casa de Ruy Marinho Júnior, em Natal, uma mala de R$ 265,9 mil, mais 2.330 euros e 10.825 dólares, todos em espécie.

No entendimento do juiz que investiga o caso, Hallison Rego, da Vara Federal do Rio Grande do Norte, “é clara a ligação entre Gabriel Delanne Marinho e Ruy Aranha Marinho Júnior [o sócio da empresa e o primo do ex-deputado e hoje secretário da Previdência]”.

“Não se pode descartar a hipótese de que expressiva cifra encontrada em poder deste último [Ruy Marinho], durante a busca e apreensão realizada em 28 de março, tenha origem em operações ilícitas levadas a refeito recentemente por ambos”, disse o magistrado do Rio Grande do Norte.

Rogério Marinho contesta que ele seja suspeito no caso, afirmando que “não tem qualquer relação com os fatos narrados, bem como não mantém vínculo com o parente distante citado”, e disse que espera que “todo eventual mau uso de emendas seja profundamente investigado e punido, caso comprovado”.

Leia, abaixo, a nota completa:

“Ao contrário do que publicou o site, o secretário especial Rogério Marinho não é investigado e nem mesmo parte do mencionado processo. O secretário não tem qualquer relação com os fatos narrados, bem como não mantém vínculo com o parente distante citado. É importante pontuar que após liberação de emendas parlamentares, cabe, única e exclusivamente, ao Poder Executivo a execução das verbas e a fiscalização cabe aos órgãos competentes. Espera-se que todo eventual mau uso de emendas seja profundamente investigado e punido, caso comprovado.”

Redação

6 Comentários

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  1. Se Henrique Alves tivesse sido preso como foram os delatores de Lula, sem provas, possivelmente teria aberto a boca e contado muito do que sabe sobre seus amigos do crime aqui no RN, com provas.
    Quando vejo esse Rogério Marinho, cheio de autoridade para levar avante um projeto indecente como esse da Reforma da Previdência, sendo ele um norte-riograndense, sabedor das agruras sofridas pelo seu povo, sinto um verdadeiro asco, por sempre imaginar que ele, como H.Alves, Agripino, e tantos outros, nunca foram pessoas sensíveis aos problemas do Estado do RN; pelo contrário, sempre foram eleitos e reeleitos para agirem em causa própria.
    Tomara que as denúncias avancem, e Rogério Marinho seja incriminado mesmo para pagar pelos seus crimes.
    Por essas e outras é que a gente fica cada vez mais indignada com a prisão de Lula. Deste ninguém viu até hoje nada que o comprometesse. como ele bem diz, até o colchão que dormia foi revirado, ou a coifa da cozinha. Não encontraram nadica de nada.

  2. Todos ja sabiam do carater deste sem carater por que eles querem ser politicos pra fazer o que querem e nao ser punido ja era pra ta na cadeia este bandido nunca fez nada pelo rn por isso o estado ta falido em tudo segurança saude educaçao pois tudo vai pro bolso deles

  3. Gente, já repararam que não há efetivamente nenhum integrante deste governo, que seja ficha limpa ?
    Credo !
    Isso é que dá, leiloar os cargos do 1* escalão, para os aliados políticos e não para técnicos …

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