Segovia diz a Barroso que foi ‘mal interpretado’

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A novela iniciada pelas declarações do diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia tem mais um capítulo. Depois de ser interpelado por associações de policiais e delegados federais, ser enquadrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, Segovia apresenta sua defesa.
 
O diretor-geral da PF enviou uma mensagem de texto por telefone ao ministro Barroso, solicitando audiência para se explicar das declarações sobre o inquérito em que o presidente Michel Temer é o investigado.
 
Barroso marcou a visita para o dia 19 de fevereiro.

 
À Folha, alguém do gabinete do ministro informou que não houve telefonema, mas sim uma troca de mensagens escritas, em que Segovia diz ter sido ‘mal interpretado’ na entrevista dada à Reuters e veiculada na sexta-feira, dia 9.
 
Barroso não gostou do teor da fala e intimou Segovia no sábado, dia 10, para que confirmasse suas declarações de que a tendência é que a investigação sobre Temer seja arquivada, aquela que trata da suspeita de propina na edição do decreto dos Portos. O ministro relator do tal processo, em despacho, disse ter considerado a fala de Segovia ‘manifestamente imprópria’, e que ela poderia, em tese, ‘caracterizar infração administrativa e até mesmo penal’.
 
Além disso, Barroso puxou a orelha de Segovia, determinando que o diretor-geral da PF se abstenha de novas manifestações a respeito do tema.
 
O ministro lembrou ao diretor-geral que o inquérito aiinda está em andamento, com várias diligências pela frente e que ele não recebeu o relatório final do delegado responsável, Cleyber Malta, do Ministério Público e nem dele próprio, razão mais do que suficiente para que não seja objeto de comentários públicos.
 
Determina, ainda, que o Ministério Público seja informado do ocorrido para que tome as ‘providências que entender cabíveis’.
 
Na malfadada entrevista, Segovia diz que não há provas de crime contra o presidente da Republica no inquérito que trata do decreto da área portuária e que, caso o presidente acionar formalmente a PF pelo tom das perguntas formuladas pelo delegado responsável, poderia ser aberto um procedimento administrativo disciplinar contra ele.
 
Com informações da Folha
 
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

7 Comentários

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  1. Barroso curioso

    Como Pepe Vargas chama a atenção em sua página no twitter, é muito curioso que, para casos ainda mais graves, o Barroso tenha fica caladinho. Diz Pepe Vargas: “O ministro Barroso do STF intimou o diretor da PF por ter antecipado resultado de investigação em curso. E o Moro e o presidente do TRF4 não deram entrevistas antecipando a condenação do Lula? O que fez o STF ou o CNJ frente a esta grave violação do devido processo legal?”

  2. Não há dúvidas.
    O clichê mais

    Não há dúvidas.

    O clichê mais embaroçoso pra embaraçados é ; FUI mal interpretado.

    Então, interpreta bem . agora.

    Eu acredito nas instituiçoes brasileiras, como acredido num tomate Carmem.

    Todo mundo gosta do tomate Débora,mas os mercados compram o Carmem;

    Se não tem outro,vai tu mesmo ?

    Eu, não;

    Na feira de quinta tem o Débora.

    Dois BUZÃO pra chegar lá;

    Mas eu vouj.

  3. A canoa vai virar

    A canoa faz água lentamente. Mas faz. Logo logo vai virar. Os canalhas que nela navegam já começam a sentir que ventos fortes se aproximam. Caiam fora safados enquanto é tempo.

  4. Mas Barroso já o intimou.
    Mas Barroso já o intimou. Esta querendo fazer pose dando a impressão de que se ofereceu para explicar a barbeiragem. Poderia até tentar subir as escadas do STF de joelhos que daria no mesmo.

  5. O chefe

    do semvergovia não é o juiz-palhaço

    o palhaço do juiz não tem o direito de “cobrar” explicações de ninguem, deve julgar conforme as leis.

     

    eu, se fosse o semvergovia, diria exatamente como nos estadios de futebol: Ei juiz, vai tomar no cu

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