Segovia vai para Itália e Galloro defende Lava Jato “forte”

Em discurso de posse, novo comandante da Polícia Federal falou ainda em valorização de servidores e maior integração das unidades 
 
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Foto Valter Campanato ABr)
 
Jornal GGN – No discurso para marcar a sua posse como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (02), Rogério Galloro declarou que a Operação Lava Jato continuará “forte” e com equipe “integra”, completando que a sua gestão irá prezar pela integração das unidades da PF. 
 
Já o ex-comandante da instituição, Fernando Segovia, demitido pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann sob o argumento de preencher nos cargos da cúpula da instituição nomes de confiança, foi designado para o cargo de adido da Polícia Federal na embaixada do Brasil em Roma, na Itália. A recondução de Segovia já havia sido adiantada por Temer em entrevista a rádio Jovem Pan, na última quarta-feira (28). 
 
Segovia, na verdade, foi afastado após uma série de desgastes junto aos subordinados provocados por ele mesmo. O mais recente foi uma entrevista à Reuters onde transpareceu defender a inocência do presidente Michel Temer no inquérito que investiga o favorecimento de empresas no porto de Santos por meio de um decreto em troca de propinas. Para a agência de notícias, Segovia também fez críticas ao trabalho do delegado responsável pelo caso, Cleyber Malta Lopes.
 
No discurso desta sexta, Galloro pontuou que a equipe responsável pela Operação Lava Jato continuará “íntegra”.
 
“As conquistas dos últimos anos são marcantes para a PF e indeléveis para a história da instituição. Essa responsabilidade só será respeitada com dedicação, fidelidade constitucional e coragem”, acrescentando que dará prioridade a valorização dos servidores sob seu comando.
 
“O crime não é mais forte do que o Estado brasileiro. Iniciei minha carreira em uma unidade descentralizadas em São Paulo. Elas devem ser objeto de nossa dedicação, porque é lá que entendemos estar o desafio de ser da Polícia Federal”
 
Galloro fez também a escolha dos nomes para preencher os cargos da nova gestão: a Diretoria-Executiva será ocupada por Silvana Helena Borges; o diretor de Combate ao Crime Organizado será Elzio Vicente da Silva; a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) ficará a cargo de Umberto Ramos Rodrigues. Já a Diretoria de Gestão de Pessoal terá no comando Delano Bunn, e a Diretoria de Logística, Fabricio Kelmer.
 
Finalmente no cargo
 
Galloro era considerado o número 2 na hierarquia da Polícia Federal na gestão de Leandro Daiello, responsável pela direção mais longa da história da PF, seis anos e dez meses. Galloro também estava entre os membros da lista tríplice aprovados pela Associação dos Delegados da Polícia Federal e enviados ao presidente Temer no final do ano passado sendo o preferido do ministro da Justiça, Torquato Jardim. 
 
Porém, Temer decidiu pela condução do ex-superintendente da PF no Maranhão, Fernando Segovia, a pedido do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes e, nos bastidores, do ex-presidente José Sarney (MDB).
 
*Com informações do Congresso em Foco
 
Redação

3 Comentários

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  1. O crime não é mais forte nem mais fraco do que o Estado

    Alguém lembra que em 2006 o estado negociou o fim do “Salve Geral” com o PCC?

    Isso demonstra que o crime não é mais forte nem mais fraco do que o Estado Brasileiro.

    Definitivamente, trocaram bosta por merda.

  2. Irrita os discursos recheados

    Irrita os discursos recheados de lugares-comuns proferidos por esses burocratas do Serviço Público. Num país assolado pela criminalidade derivada do tráfico de armas e de drogas, vem o recém nomeado para o comando de um dos órgãos pela repressão nessa área falar em “Lava a Jato forte” como se a vida do país girasse em torno dessa contrafação política-policial. 

    É o tributo que todos pagam à imprensa e a tribo de reacionários que confundem o país com uma reles delegacia de Polícia.

    Só numa conjuntura na qual o besteirol e a mediocridade dão as cartas a nomeação e investidura de um servidor de quarto escalão vira manchete. 

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