STJ autoriza quebra de sigilo telefônico de governador de Santa Catarina

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
 
Jornal GGN – No começo da noite de ontem (5), o juiz Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a quebra do sigilo telefônica de Raimundo Colombo (PSD), governador de Santa Catarina. 
 
Colombo é investigado em um desdobramento da Operação Lava Jato e seria o suposto beneficiário de R$ 2 milhões em caixa dois na campanha de 2014, valor pago por executivos da Odebrecht. 
 
Segundo a decisão, a quebra do sigilo abrange o período de 1º de junho de 2012 a 28 de fevereiro de 2015, e também atinge Antônio Gavazzoni, ex-secretário estadual da Fazenda e Ênio Branco, ex-secretário de Comunicação que é apontado como intermediário do caixa dois. 

 
Também foi quebrado o sigilo de Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, executivos da Odebrecht e delatores do suposto pagamento. 
 
Ao atender à solicitação do Ministério Público Federal, Salomão afirmou que a medida é essencial para “identificar eventual comunicação entre os agentes e a confirmação de sua localização nas datas e períodos apontados”.
 
O juiz também disse que a quebra do sigilo telefônico só é justificado diante da relevância dos fatos praticados e deu seu impacto para a sociedade. O magistrado citou decisões do STJ e do STF sobre a legalidade desta quebra de sigilo em casos semelhantes.
 
A assessoria do governo catarinense afirmou que Colombo “apoia integralmente a decisão da Justiça e que a medida é a melhor forma de esclarecer os fatos”.
 
JBS
 
O governador de Santa Catarina também aparece nas delações da JBS. Ricardo Saud, diretor da companhia, afirmou para a Procuradoria-Geral da República que o grupo pagou R$ 10 milhões em troca de favorecimento na licitação da Companhia de Água e Esgoto de Santa Catarina. Deputados catarinenses protocolaram dois pedidos de impeachment contra Colombo na Assembleia Legislativa. 
 
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Redação

2 Comentários

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  1. Quer fazer, não, se os

    Quer fazer, não, se os catarinenses “adoram” votar em suspeitos de tranpolinagens? Esse (ovo de) Colombo é o exemplo escarrado de alguém que nunca fez nada na vida, por isso, seu sucesso entre os catarinas. Está no sétimo ano de total omissão governamental e, no entanto, ano que vem será eleito senador com a maior votação da história. Os outros dois (ex-secretários, creio) citados também são exemplos do que não se deve fazer de ilegalidades. Em todas as ações que geram desconfianças, lá estão os mesmos. O dito Branco, então, é useiro entre Santa Catarina e Goiás. Os catarinenses adoram: só ver o caso do Pavan recebendo os R$ 100 mil reais no banheiro do aeroporto de Florianópolis em novembro de 2008, até hoje, nadica de julgamento. O outro deputado, envolvido até o pescoço no “poço sem fundo”, reelegeu-se quase dobrando sua votação anterior e, julgamento que é bom, nem pensar. Agora, para completar, a OAB indicou o cara-e-coroa para desembargador e, depois, foi obrigada a retirar o nome do “pretenso” em virtude de fraude. Santa Catarina é assim…

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