Moro diz que trocou magistratura para “consolidar avanços e afastar retrocessos”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Nota de Sergio Moro à imprensa, após aceitar fazer parte do governo Bolsonaro como ministro da Justiça e da Segurança Pública

Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão.

Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.

Curitiba, 01 de novembro de 2018.

Sergio Fernando Moro

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Imaginem que, em uma partida

    Imaginem que, em uma partida de fubetol decidindo o campeonato, um time desse ao árbitro a presidência do time após a disputa. É o que aconteceu agora! E o Moro não largará a magistratura: será nomeado, por Bolsonaro, como ministro do STF. Esse foi provavelmente o acordo.

  2. Há, sim, aspectos positivos
    Há, sim, aspectos positivos nessa nomeação do JUIZECO Sérgio Moro para super ministro do governo do “COISO”:
    1) Cai a máscara do operador político travestido de operador do Sistema Judicial. 
    2) Ficam, enfim, clarificadas todas as ações do dito cujo no decorrer dessa malsinada Lava a Burra, ou melhor, Lava a Jato.
    3) Despido da toga e retornando à planície onde vivem os comuns dos mortais, poderá ser questionado da forma mais dura possível acerca das suas ações pretéritas e presentes.
    Decerto que será dos ministros do próximo governo o primeiro a ser convocado pelo Congresso.

     

    1. ACREDITA NISSO ?

      O “Congresso” é parte do jogo… continua na lesma lerda… mudaram alguns figurantes… mas o enredo continua o mesmo, em ambas as casas de prostituição…

  3. Em Nome de Um Bem Maior, Hitler tomou o Poder na Alemanha

    Foi “em Nome de Um Bem Maior”,

    que, na Década de 1940,

    os Nazistas Alemães exterminaram

    6 milhões de gays, negros, judeus e comunistas,  e todxs os que se opunham ao III Reich.

     

  4. Última chamada ao STF
    A consolidação da Lesa-Pátria, é realmente o que os contratantes esperam.
    Pra consumo interno, significa uso da lei e da coação para intimidar adversários e proteger aliados, ou seja, manter isso aí que a JBS comprou para o Cunha que foi repassado para o vampirão: apoio parlamentar no congresso, blindagem de investigações, luta política mediada pelo lawfare.
    Aprofundar o estado de exceção, mas agora sob o olhar atento e informado do mundo civilizado.
    O estilingue vai virar vidraça, e já começa com vários vidros quebrados.
    Em breve, nos livraremos dessa quadrilha. O país precisa passar por esse expurgo do farisaismo institucional pra amadurecer.
    Derradeira oportunidade de o STF fazer a diferença pela democracia, ou ser o avalista definitivo da destruição institucional brasileira. Poucas vezes a vida oferece uma segunda chance, que o STF pense no caminho trilhado pelo país entre o golpe por ele autorizado e a data de hoje, e projete o que pode se tornar essa província em pouco tempo, se ele se mantiver acovardado. A responsabilidade histórica renova o chamado.

    Sampa/SP, 01/11/2018 – 20:32

    1. Cultura versus entretenimento
      Pra quem estranha que o rábula tenha aceitado participar de um desgoverno eleito por uso de crimes eleitorais como caixa 2, doação empresarial ilegal, burla do uso de redes sociais e divulgação massiva de mentiras, calúnias, difamação e desinformação, não deveria pois foi exatamente o método empregado pelo rábula na operação Lesa-Pátria, com a diferença apenas de que a imprensa tradicional foi substituída pelo Whatsapp. Ou se esqueceram da indústria da delação premiada, e da denúncia da operação abafada contra os doleiros no RJ de que a Lesa-Pátria tinha começado como venda de proteção por advogados e procuradores a empresários e doleiros? É o já famoso truque de gritar “pega ladrão” para desviar a atenção enquanto quem grita realiza o que anuncia ser obra de terceiros.
      Que a mídia independente aproveite o holofote e a sede de poder do rábula e de seu chefe fascista para expor a farsa e a fraude que os dois representam e que está sob orientação e comando internacional – quem nunca comeu doce, quando come se lambuza, diz a sabedoria popular. Para quem dizia que acusar os EUA de operar mais um golpe na América Latina era teoria da conspiração, que defenda sua ingenuidade com outro disfarce. A conspiração nunca esteve tão pouco teórica e tão escancarada. E não será necessário série da Ratflix para manipular os fatos, a rede RecorDiabólica o fará com ares de superprodução bíblica, onde os Dez Mandamentos e as dez medidas contra a corrupção finalmente se encontrarão no último capítulo desta tragédia brasileira mais pra Nelson Rodrigues que pra velho testamento.
      E eu que pensava que o rábula seria ator na Globélica, parece que a RecorDiabólica ofereceu melhor cachê, e o povo continuará consumindo ficção de péssima qualidade, enquanto o país é “subtraído em tenebrosas transações” ((Vai passar, Chico Buarque). que se repetem como uma eterna e cansativa reprise de sessão da tarde. Mas “Vai passar”! É a promessa da Cultura contra o Entretenimento.

      [video:https://m.youtube.com/watch?v=IKKLQ3XL9p%5D

      https://m.youtube.com/watch?v=IKKLQ3XL9p

      Sampa/SP, 01/11/2018 – 22:01 (alterado às 22:51).

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