Um indicativo de que Lula pode aceitar a ideia da prisão domiciliar

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A jornalista Mônica Bergamo divulgou nesta terça (4) uma nota que abre fomenta a possibilidade de que Lula deve, enfim, ceder à pressão para buscar o regime domiciliar no caso triplex. De acordo com a jornalista, o advogado Sepúlveda Pertence foi procurado pelo presidente do Instituto Lula para voltar a atuar mais ativamente na defesa do ex-presidente nas instâncias superiores.

“Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, está conversando com o advogado Sepúlveda Pertence. A ideia é que ele volte a ter atuação ativa na defesa do ex-presidente nos tribunais superiores de Brasília”, anotou.

Sepúlveda vinha atuando com maior destaque no Supremo Tribunal Federal quando, em meados de julho, entrou em conflito com o escritório dos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que cuidam dos processos nas primeira e segunda instância. À época, Pertence havia traçado a estratégia jurídica para garantir a Lula a prisão domiciliar, mas foi desautorizado e acabou se afastando da defesa. 

Ontem, a Folha de S. Paulo noticiou que amigos e familiares do ex-presidente têm insistido com ele para que aceite a prisão domiciliar. Lula vem insistindo que quer ver sua inocência reconhecida e, por isso, não admite mudar de regime apenas: quer um habeas corpus para aguardar em liberdade o julgamento na última instância.

Até o momento os ministros do STF não garantiram o direito de Lula à presunção de inocência até o trânsito em julgado. Mas a imprensa vem divulgando, há alguns meses, que haveria a possibilidade de os magistrados concordarem com a prisão domiciliar.

A aproximação de Okamoto com Sepúlveda é revelada dias após o ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, ter rejeitado, unilateralmente, recurso de Lula contra a sentença do triplex.

Além disso, nesta terça (4), a segunda turma do Supremo julga um novo pedido de habeas corpus de Lula, agora tendo como base a suspeição de Sergio Moro, que aceitou ser ministro de Jair Bolsonaro – presidente eleito após a Lava Jato ajudar a manter Lula fora da disputa presidencial de 2018.

Segundo a jornalista Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil, a tendência é que o habeas corpus seja rejeitado. Mas a defesa pode mudar a estratégia e pedir, no meio do julgamento, o regime domiciliar.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Essa justicinha vagabunda

    Essa justicinha vagabunda quer impor ao Lula  que ele peça a prisão domiciliar, mas Lula tem toda razão em não pedir: não cabe ao inocente pedir relaxamento da prisão e sim a revogação, porque essa prisão é totalmente injustica, inconstitucional, política e vergonhosa. O stf não está só acovardado, esta acanalhado também!  

  2. Contagem Regressiva 02

    FALTA APENAS 27 (vinte e sete) DIA PARA SE INSTALAR A DESGRAÇA NACIONAL!

    Nassif: se o SapoBarbudo aceitar esse obséquio de “prisão domiciliar” então vou começar a suspeitar que o triplex do Guaruja realmente era dele, apesar de não ter nem o domínio e nem a posse do imóvel.

    E vou botar em cheque a ideia de que a luta judicial, como fala a defesa, nada mais foi que perseguição política.

    Isto, sem duvidar que Savonarola dos Pinhas foi plantado no Judiciário pela CIA, treinado no BANESTADO e estagiado no gabinete de Rosinha (minha canoa), com aulas magnas do Carrasco de Diamantino.

    Acreditar, ainda, que os verdeolivas estão por tras de todas as safadezes desse Pais, desde 16 de novembro de 1889, quando deram seu primeiro golpe. E, de lá pra cá, nunca mais pararam de tais atos. Culminando com a deposição da presidenta Dilma, com o condicional apoio dos ladrões do Congresso.

    Pois um homem que se diz honrado e inocente não aceitaria favores políticos-judiciais para responder “em casa”, no conforto do bembom, os crimes que se lhes imputam e que insiste ele em negar. Até as supostas “provas” (de ambos os lados) acreditarei serem parte de espetáculo.

    E nuca mais quero ouvir seu nome…

    1. Desculpe jcordeiro

      mas entre aguardar preso na cadeia, fora do próprio domicílio, cercado de inimigos e com restrições de toda ordem ao contato com pessoas,  e aguardar em casa uma decisão judicial definitiva de uma condenação de que se sabe inocente, poucas pessoas mentamente saudáveis aceitariam a primeira opção.

      Se Lula vai ter que esperar sentado por um julgamento justo, que espere confortavelmente instalado em sua casa, ora pois.

       

  3. Recuar para avançar

    1 – Essa alternativa só interessa ao STF: à esquerda – “olha como somos magnânimos, permitimos a prisão domiciliar e ele terá mais conforto junto à sua família”, à direita – “olha como somos punitivistas, ele continua preso, mesmo que esteja em casa, é uma amostra da nossa caridade burguesa de Natal, vocês entendem nossa necessidade de passar a consciência a limpo para a ceia e a missa do galo”; ao mercado – “precisamos economizar dinheiro público com a prisão, para investir em vocês!”.  

    2 – Concordo com Lula sobre a necessidade de não conciliar com o arbítrio, que só favorece os agiotas judiciais. Mas entendo  a pressão de amigos e familiares: ele precisa de descanso da batalha, recarregar as energias junto aos seus, e nada impede que ele continue sua luta de casa. Às vezes é preciso dar um passo atrás para avançar na luta. 

    3 – Se os ministros do STF optarem pela prisão domiciliar poderão passar seu Natal como Pilatos mas não pensem que o problema da sua covardia estará resolvido, apenas adiado. Uma  trégua. Não aceitamos nada menos que a Constituição Federal de 1988 sendo cumprida – o aumento não é suficiente para convencê-los de sua utilidade?

    4 – Não tenham medo do cabo e do major, tenham medo da consciência da qual ninguém foge por muito tempo impunemente. Já pensaram se o povo recebe a consciência da injustiça como presente de Natal e resolve comer brioches na ceia burguesa da injustiça nacional?   

     

    Sampa/SP, 04/12/2018 – 18:04 – alterado às 18:08 (em luto). 

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