Valério delata suposta relação entre partido e PCC para sair da prisão

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Agência Brasil

Jornal GGN – Marcos Valério decidiu delatar a suposta ligação de um “partido político” ainda não revelado à imprensa com a facção criminosa PCC. Depois disso, pediu proteção extra dentro do presídio onde cumpre pena, em Belo Horizonte, e usou a ameaça à sua integridade física para demandar ao Supremo Tribunal Federal a transferência para o regime domiciliar. É o que informa O Globo desta sexta (7).

Segundo o jornal, não há detalhes sobre o envolvimento do partido com a facção “porque os depoimentos estão protegidos pelo sigilo judicial.”

A informação chegou ao diário porque “foi utilizada em um pedido da defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) por maior proteção ao réu – e, se possível, a transferência dele para a prisão domiciliar. Segundo os advogados, o empresário corre risco de vida.”

Marcos Valério contou à Promotoria que “um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) ‘apresentou-se como protetor do depoente nas dependências daquela unidade prisional’ sem que ele tenha solicitado ‘qualquer proteção dessa estirpe'”.

Atualmente, o operador do mensalão do PSDB em Minas Gerais está preso numa “cela comum na Penitenciária Nelson Hungria, na região metropolitana de Belo Horizonte. Diante do pedido da defesa, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou na última quarta-feira que a Justiça tome medidas necessárias ‘para assegurar ao sentenciado o respeito à sua integridade física e moral’.”

Valério já poderia ter encaminhado a migração par ao regime semi-aberto, mas como cometeu “falta grave” na prisão, foi punido, diz O Globo.

O delegado da Polícia Federal solicitou reforço na segurança do delator, alegando que “declarações já prestadas sobretudo referente ao anexo 57, quando cita o envolvimento de facção criminosa com partido político, entendemos mais adequado para a proteção do colaborador outras medidas como progressão de pena ou prisão domiciliar, cujos pleitos cabem a sua defesa diretamente ao Judiciário.”

A delação de Marcos Valério foi homologada pelo ministro Celso de Mello, no Supremo, em outubro. Os depoimentos estão em sigilo. “Como as delações foram feitas depois das condenações, é pouco provável que ela atenue as penas já impostas a ele no mensalão petista e no mensalão tucano”, acrescentou.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Hoje, pela manhã, na

    Hoje, pela manhã, na rádio(??) bandeirantes deram essa notícia, inclusive fizeram menção ao caso Celso Daniel, que segundo a polícia civil de são paulo já foi devidamente esclarecido. Aí tem coisa. Acho que irão tentar algo contra o P.T. Enquanto isso, o relatório da coaf vai pro “cesto” arquivo, com certeza.

  2. Deve ser o P$DB, que negociou com o PCC em 2006
    Deve ser o PSDB, pois o governo tucano de $P negociou com o Marcola em 2006 e o Aécio/Perrela eram abastecido a grosso, por helicóptero

  3. O acordo de 2006 em SP

    O senador eleito Major Olímpio, no programa Roda Viva (TV Cultura) da última segunda-feira, 03/12, afirmou com todas as letras que em 2006 houve acordo do Governo do Estado de São Paulo* com o PCC, por ocasião da crise dos “atentados” que estavam sendo praticados. 

    A afirmação está no início da entrevista dele, em resposta a uma das primeiras perguntas.  O programa entrevistou os dois senadores eleitos por SP, Mara Gabrilli primeiro e Major Olímpio depois (se alguém puder postar o vídeo, ilustraria esse meu texto).

    Ele afirmou que se dá bem com diversos partidos, inclusive com a esquerda, mas não com o PSDB, devido à desvalorização que o partido impõe à polícia e a esse episódio do acordo.

    Perguntado se o acordo realmente envolvia o governo de SP,  reiterou que sim,  que o advogado de Marcola foi levado ao presídio para selar o acordo e para que as ordens fossem enviadas da prisão pelo chefe. É possível ouvir alguns dos entrevistadores, apresentados como jornalistas, perguntarem como se fossem freiras surpresas se tal acordo realmente teria envolvido o governo.

    Se a afirmação dele retrata a verdade dos fatos, não sei, mas ouço essa história desde aquela época e nunca ouvi uma autoridade eleita ou não ser tão categórica quanto a isso.

    Sendo verdade, seria um dos elementos a comprovar ligação de algum partido político com a facção?

    * O Estado de São Paulo também é conhecido nas últimas duas décadas como Tucanistão.  O partido político que se pretende destruir com delações seguidas é outro.

  4. ????…

     

    É impressionante como de repente, e de assalto, uma notícia bomba passa a tomar conta do noticiário e começa a produzir um efeito “cortina de fumaça” sobre outra recente notícia, que deve estar incomodar bastante e deixar muitas perguntas sem respostas.

     

  5. Tem como apresentar PROVAS ou

    Tem como apresentar PROVAS ou bastará somente a palavra? Bem, aí depende. 

    Se for por acaso for  o PSDB o aludido partido,  serão exigidas provas concretas, materiais, irrecusáveis, com registro em Cartório, além, é claro, de umas duzentas testemunhas. 

    Já se for o PT basta a palavra do Valério. Talvez nem isso.

    Pessoalmente acho isso apenas lorota do candidato a delator. 

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