Vendedor da Coaf presta depoimento sobre máfia da merenda

Jornal GGN – Junto com os documentos apreendidos nas investigações da Operação Alba Branca, da Polícia Civil, chama atenção a foto de um homem extasiado com uma grande quantidade de dinheiro. Ele é Carlos Luciano Lopes, vendedor da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf). Os investigadores acreditam que o dinheiro foi ganho de propina no esquema da máfia da merenda escolar. A foto estava no celular de um dos investigados.

Carlos Luciano prestou depoimento em 20 de janeiro, no dia seguinte ao início da operação policial. Ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), o deputado tucano Fernando Capez, recebia uma parte da comissão entregue ao lobista Marcel Ferreira Júlio por contratos superfaturados na venda de produtos agrícolas para o poder público.

Segundo Lopes, Capez era tratado pela quadrilha como “nosso amigo”. “Parte do dinheiro da comissão entregue a Marcel tinha como destinatário o deputado Fernando Capez e a outra parte ficava com o próprio Marcel”, afirmou. O deputado teria usado o dinheiro para financiar sua campanha em 2014. Ele nega.

De acordo com o vendedor, em 2014, o então presidente da Coaf, Cássio Chababi, chegou a ceder um automóvel Gol “para uso na campanha do deputado Capez”. O carro ficou com o comitê do tucano por 90 dias, período em que recebeu diversas multas de trânsito por uso irregular na capital paulista.

Lopes disse que em duas ocasiões acompanhou um colega, César Bertholino, e o lobista Marcel Ferreira Júlio. “Numa dessas vezes que César levava dinheiro para ele [Marcel], era combinado que se encontrariam na cidade de Pirassununga, onde o pagamento era realizado na distribuidora de bebidas de propriedade do deputado Nelson Marquezelli”, relatou.

Capez diz que não interferiu em nenhum contrato ou pagamento, não conhece nem manteve contato com nenhum dos investigados e não recebeu nenhum valor ou bem, para ele ou para a campanha. “Esse massacre vai se revelar no futuro uma enorme injustiça e um processo de desgaste político desumano”.

Com informações do Estadão

Redação

5 Comentários

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  1. você votou no governador bandido ? …

    …  então vai lá, … liga pra ele, … pede a sua parte…

     

    enquanto isso, as crianças nas escolas tomam suco em pó e comem bolacha seca…

  2. Olha,…

    Segundo o UOL (vou exagerar, mas o UOL não passou longe disso), o sujeito apenas aparece em foto com o que aparenta ser dinheiro verdadeiro. O Datafolha, sagazmente, observou que há mais supostas cédulas de reais azuis e amarelas do que vermelhas. Estimou quinhentos mil em cédulas azuis  e amarelas e cinquenta mil em vermelhas (ressalvando que elas podem ser apenas papel colorido). A Polícia Federal ainda irá investigar se o suposto dinheiro pode ter suposta origem supostamente criminosa, e se essa suposta origem criminosa tem algo a ver com o suposto desvio de dinheiro de merendas – ressalvando que não há indiciamento de nenhuma pessoa de nome Capez até o momento – “há que se agir com cautela!…”

    Um blogueiro limpinho já aventou que a oposição (no Tucanistão, qualquer coisa que não seja o PSDB é oposição) está claramente fazendo uso político rasteiro de um episódio que, com certeza, será aclarado satisfatoriamente. Um outro disse que as dúvidas seriam espancadas, mas não tenho certeza se foi um jurista ou um PM.

    Outro blogueiro limpinho lembrou um precedente – não o da Escola Base, mas o do caseiro Francenildo. Como bem registra a história, Francenildo foi acusado de receber dinheiro da oposição (no caso, a oposição era o PSDB e seus amiguinhos) para delatar o ex-ministro Palocci. Francenildo, lembrou o blogueiro,  teve seu sigilo bancário criminosamente quebrado, e os R$ 25 mil depositados na véspera em sua conta foram apontados como pagamento. Ora, eis que surgiu a verdade impávida: o modesto e humilde Francenildo recebera esse dinheiro, por uma coincidência lotérica, de seu pai biológico, que o renegara a vida inteira, mas naquele exato momento da história do Brasil e da história pessoal do mencionado bastardo, resolveu mimá-lo com esse pequeno depósito. Concluindo: esquerdistas, não sejam maldosos! Pode ser que o rapaz da foto também tenha recebido dinheiro de seu paizinho-querido-que-até-então-o-renegava. Ou seja, não se trataria de um ladrão, mas de um filho de quenga..

    Ou quem sabe esse dinheiro não veio de algum neto de Catão, tipo assim um Covas, e era para comprar um carro com ele? Essa alegação já foi usada recentemente e, sabemos, colou…

     

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