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Jornal GGN – O ministro da Economia Paulo Guedes disse em entrevista à Folha de S. Paulo que o governo Bolsonaro aposta na agenda de reformas e na criação de um novo programa social ainda este ano, para reeleger o ex-capitão em 2022.
Segundo Guedes, com apoio co centrão, o governo tem condições de aprovar a reforma administrativa e reforma tributária, mesmo com o “empurra-empurra”. Em entrevista ao Valor Econômico, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, disse que, para isso, impedir a prorrogação da CPI da Covid será uma estratégia necessária.
Guedes ainda marcou na entrevista os “feitos” econômicos do governo Bolsonaro até agora. “Foi só eleger os presidentes da Câmara e do Senado que veio a aprovação de várias medidas — o Banco Central independente, novo marco fiscal, saneamento, gás natural, Correios, Eletrobras, Lei das Startups, Lei de Falências. Tudo começou a andar, está acelerando o ritmo de reformas.” Ele ainda lembrou da aprovação da Reforma da Previdência e disse que a reforma tributária será “fatiada”. “E vamos acelerar as privatizações.”
As privatizações, de acordo com Guedes, servirão para criar um “fundo social” e edificar um novo programa de combate à pobreza. “(…) se você quer reduzir a pobreza, tem que desenhar uma política social. O governo deve fazer um programa forte, robusto e sustentável, dentro do teto. (…) O presidente não quer tirar do pobre para dar ao paupérrimo. De acordo. Então, vamos devolver as estatais ao povo brasileiro. Cada estatal vendida dá ganho de capital para o povo. E se não vender? Pega um pedaço dos dividendos e coloca para eles. Cria um fundo de distribuição de riqueza, capitalismo popular. Isso está formulado e pronto”, apontou.
“Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos, controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP [Bônus de Inclusão Produtiva], o BIQ [Bônus de Incentivo à Qualificação], vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palma. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão.”
O “Chicago boy” ainda jogou panos quentes em decisões tomadas por Bolsonaro que saíram na mídia como esvaziamento do poder do ministro da Economia. Segundo Guedes, tudo é justificável pela “habilidade” de Jair Bolsonaro, a quem o economista chamou de “animal político”, com super instinto para decisões que precisam balancear os anseios do mercado e da classe política.
Guedes desabafou: “Alguns liberais amigos falam: ‘Saia, saia’. Tem o custo-benefício de ficar. Se saio porque estão pedindo para substituir um presidente de estatal por inabilidade política, será que teria acontecido a independência do BC, a aprovação do marco do gás, Lei de Falências, saneamento, privatização da Eletrobras? Tem seis ou sete ganhos expressivos.”
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Como assim, reeleger Bolsonaro? Os compradores das estatais são em maior quantidade do que os prejudicados, ou seja, o resto da população beneficiária dos serviços prestados por elas?