Senado está com vontade de corrigir os rumos do País, diz Alessandro Viera à TVGGN

Segundo ele, senadores e senadoras foram impactos pela tragédia humana provocada pelo descontrole da pandemia do novo coronavírus

Jornal GGN – O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente na CPI da Covid, disse à TVGGN, na noite de sexta (23), que o Senado está “com vontade de corrigir os rumos” do País.

Segundo ele, senadores e senadoras foram impactos pela tragédia humana provocada pelo descontrole da pandemia do novo coronavírus. “Nem o político mais poderoso” conseguiu atender a pessoas próximas, eleitores que, no desespero, pediram ajuda para encontrar uma vaga em UTI ou atendimento médico básico. “Há um sentimento claro de fracasso. O Estado brasileiro fracassou e isso custou quase 400 mil vidas. E há uma vontade grande de corrigir os rumos. Se a gente vai conseguir fazer isso de forma concreta, é um desafio que cabe a cada um de nós”, declarou.

Com mais de 20 anos de experiência em investigações na Polícia Civil, Vieira afirmou que o caminho da CPI da Covid, que será instalada na próxima terça-feira (27), é buscar os fatos. “As pessoas aparecem em seguida. Temos que buscar os contratos, as datas, ofícios, atas de reunião, e dali você tem as decisões tomadas e as circunstâncias em que foram tomadas. Esse somatório leva a pessoas e a indiciamentos. Mas os fatos são muito graves. Esperamos começar a CPI na terça, com toda a intensidade que a sociedade espera.”

Segundo Vieira, o ex-chefe da SECOM, Fábio Wajngarten, deverá ser ouvido a respeito da entrevista que concedeu à revista Veja nesta semana, tentando eximir Jair Bolsonaro de responsabilidade pelo fracasso em uma negociação com a Pfizer, pela compra de mais de 70 milhões de doses de vacinas contra Covid. Para o publicitário, a culpa foi toda do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que não teve “competência” para gerir a crise sanitária.

Na visão do senador, o ex-secretário terá de confirmas as declarações perante o colegiado da CPI, e apresentar os documentos que alega ter, que supostamente provariam “uma omissão deliberada por parte do ex-ministro Pazuello. Da mesma forma, Pazuello será ouvido.”

A declaração de Wajngarten é, no mínimo, curiosa, já que o general Pazuello foi gravado, ao lado de Bolsonaro, dizendo que era apenas um soldado no Ministério da Saúde, obedecendo a todas as ordens do presidente. Em outubro de 2020, na ocasião em que gravou tal vídeo, Pazuello fora desautorizado por Bolsonaro na compra antecipada de vacinas da Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

“Essa imagem foi talvez um dos momentos mais claros daquilo que se tem na gestão pública atual. É um mandonismo, coisa autoritária, onde se desconsidera técnica, qualidade. O Ministério da Saúde passou processo por militarização, e o militar é capacidato para a atividade militar. Está muito longe de ter capacidade possível para a área da saúde, ainda mais na maior crise sanitária da história do Brasil”, declarou Vieria.

Confira a entrevista completa:

Redação

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