Tolentino diz à CPI que conhece Bolsonaro e os filhos Eduardo e Flávio, mas nega “amizade”

Empresário explica histórico com empresas Benetti e Pico do Juazeiro, que são sócias do FIB Bank. O fundo garantidor de crédito está envolvido no Covaxingate

Jornal GGN – O empresário Marcos Tolentino disse à CPI da Covid, na manhã desta terça (14), que conhece Jair Bolsonaro e os filhos Eduardo e Flávio, que são deputado federal e senador, respectivamente. Ele negou amizade com a família presidencial e que conheça também Renan Bolsonaro. “Conheço o presidente desde o período que era deputado federal, mas não possuo nenhuma amizade pessoal. Estive com ele em alguns encontros meramente casuais.”

Tolentino é amigo de Ricardo Barros, atual deputado federal, líder do governo Bolsonaro e ex-ministro da Saúde no governo Temer. O empresário também é advogado e, para a CPI, é sócio oculto do FIB Bank, o fundo garantidor de crédito que teria avalizado a compra da vacina Covaxin pela Precisa Medicamentos, para revenda ao Ministério da Saúde.

Em sua manifestação inicial, Tolentino explicou que, no passado, foi sócio do falecido advogado Edson Benetti em algumas empresas. Após a morte, o herdeiro da família Benetti, dividiu o comando das várias empresas com Tolentino. Ricardo Benetti teria ficado no controle da Pico do Juazeiro, que é sócia do FIB Bank. Tolentino nega que faça parte do quadro societário da Pico, mas admitiu que tem procuração para advogar por alguns interesses empresariais de Benetti.

A maioria do senadores da CPI desconfia que o FIB Bank não tinha capital para dar garantia ao Ministério da Saúde pela compra bilionária da Covaxin. As negociações entre a Pasta e a Precisa Medicamentos foi denunciada à CPI pelos irmãos Miranda. A Precisa faz parte do Grupo Global, do empresário Francisco Maximiano, que teria sido favorecida durante a gestão Barros na Saúde.

Tolentino negou que tenha negócios com a Precisa, mas apontou que foi advogado de Maximiano e, por sigilo profissional, não dará detalhes do trabalho.

Acompanhe a CPI da Covid pela TVGGN:

Redação

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