Xadrez de Bolsonaro e o impeachmentômetro, por Luis Nassif

A leitura do cenário é a seguinte: se não mudar o estilo e não surgirem fatos novos, o resultado final será o impeachment.

Peça 1 – o impeachment é um ato eminentemente político

Desde a queda  de Fernando Collor e de Carlos Andrés Peres, da Venezuela, no início dos anos 90,  o impeachment se tornou o modelo de golpe adotado pelas recém nascidas democracias latino-americanas depois do período militar. É um golpe que tem como agentes principais a mídia, o Congresso e o Judiciário. E, em alguns casos, a ajuda externa através de instituições ligadas ao Departamento de Estado e Departamento de Justiça norte-americanos.

O modelo é de simples entendimento:

1. O modelo democrático tem inúmeras vulnerabilidades, a principal das quais é o financiamento de campanha. Trata-se de uma vulnerabilidade que afeta todos os partidos que ganharam expressão. Só são “puros” os partidos pequenos, sem dimensão nacional.

2. Países desenvolvidos conseguiram montar modelos que blindam o Executivo contra interferências dos demais poderes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Presidente tem o poder de demitir procuradores, sem precisar justificar. Há uma estrutura federativa que atrapalha articulações de golpe e um Judiciário que, preferências políticas à parte, tem compromisso com os chamados princípios fundadores.

3. Nos países menos desenvolvidos, o Executivo é fraco. Não é por outro motivo, por aqui historicamente floresceram as ditaduras militares e criou-se, na oposição, uma inclinação irresistível aos golpes, sempre que se perdem os discursos políticos.

O modelo do impeachment é simples.

1. Se um presidente não consegue atender às demandas políticas e permite a criação de maiorias contrárias no Congresso, entra na linha de fogo, que ganha enorme dimensão com a adesão de grandes grupos de mídia.

2. A escandalização é uma ferramenta grosseira, mas eficaz, pela qual a mídia bombardeia diariamente a opinião pública com escândalos verdadeiros ou falsos, grandes ou irrelevantes, pouco importa, mas criando um clima opressivo insuportável, que em geral explode em grandes manifestações de descontentamento.  Era um ensaio do que, depois, foi potencializado pelas redes sociais com seus algoritmos.

3. No pós-guerra, as Constituições foram elaboradas para impedir a ditadura de maiorias eventuais. Mas, nas catarses que antecedem o impeachment, o Judiciário é cooptado por ser, em geral, submisso ao establishment, influenciada pela mídia e, no caso de alguns juízes, encantados com a possibilidade de fazerem parte de blocos de poder.

Não há  governo latino-americano que consiga resistir à dobradinha mídia-Justiça. O único a resistir foi a Venezuela, mas à custa de um gigantesco esquema de cooptação das Forças Armadas e da Justiça, e com a formação de milícias populares. Enfim, atropelando todos os princípios democráticos.

Peça 2 – o impeachment brasileiro

Em três momentos, mídia, partidos e Justiça tentaram o golpe do impeachment. Foram bem sucedidos em dois casos – Fernando Collor e Dilma Rousseff – e falharam em um – o “mensalão”.

Em todos os casos, a motivação central foram demandas não atendidas.

O primeiro ensaio do impeachment de Lula foi no “mensalão”, uma enorme armação da Procuradoria Geral da República e do ex-procurador Joaquim Barbosa, indicado para ministro do Supremo. Todas as armas utilizadas pela Lava Jato foram testadas, inicialmente, no “mensalão”, desde provas falsas – o tal desvio da Visanet, que jamais ocorreu – até correlações enfiadas no processo  a golpes de martelada – como a tentativa de relacionar pagamento de campanhas eleitorais dos partidos com votações ocorridas no Congresso.

Foi consequência de  um dos grandes erros políticos do PT, ao conferir poder autônomo total ao MPF, com a aceitação tácita da indicação do procurador mais votado na lista tríplice para Procurador Geral da República. E a despreocupação na escolha dos Ministros do STF – um, para contentar o aliado Sérgio Cabral; outro, por que fez a defesa de um terrorista italiano ameaçado de deportação; outra, pela amizade com a filha da presidente; outro, por se apresentar como defensor do MST; outro por ser negro, sendo que havia outros juristas negros com convicção democrática comprovada.

Também incorreu em uma enorme cegueira ao não perceber que não tinha espaço para se valer das mesmas ferramentas políticas dos adversários, de cooptação de partidos e empresas.

O álibi da “pedalada” foi endossado pelo Supremo e por juristas que, hoje em dia, se apresentam como defensores da Constituição.

Peça 3 – as táticas golpistas de Bolsonaro

Bolsonaro é a continuação destrambelhada do governo Michel Temer. Seguiu a mesma cartilha de desmonte de políticas sociais, destruição do Estado e abertura das estatais aos grandes negócios privados. Graças a isso, conseguiu salvo-conduto para governar, mesmo com acusações de envolvimento com milícias, com o Escritório da Morte, inquéritos contra filhos, interferências nas máquinas públicas, enfim, a síntese, às avessas, do “Iluminismo” preconizado pelo Ministro Luis Roberto Barroso, quando ajudou a construir o desastre político-institucional que levou a Bolsonaro.

Até agora, o jogo de Bolsonaro com as instituições segue um roteiro óbvio.

Seu objetivo final é a tomada de poder e o controle absoluto das instituições. Disso não há dúvida. Mas é um sem-noção, que age pavlovianamente em duas frentes.

No primeiro tempo, Bolsonaro agiu explicitamente, com os filhos clamando abertamente pela intervenção militar, no fechamento do Supremo. A ofensiva perdeu impulso com o surto em que Bolsonaro entrou, quando as investigações do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro chegaram perto dos filhos. Bolsonaro perdeu o rumo, tentou antecipar o golpe, buscando a adesão das Forças Armadas.

Foi impedido por uma tática brilhante do STF.

Primeiro, encontros de Gilmar Mendes e Dias Toffoli com fontes militares para sentir o pulso da corporação. Perceberam que os militares não entrariam na aventura do golpe. Depois, Alexandre de Moraes e Celso de Mello pagando  para ver. Bolsonaro  tentou uma convocação militar, não encontrou eco, e recuou.

Se fossemos montar um impeachmentometro, naquele momento provavelmente Bolsonaro teria chegado perto dos 90o – 100o é a fervura final.

Mudou o estilo e ingressou no segundo tempo do jogo, mais tático, certamente com a colaboração dos militares que levou para o Palácio. Passou a falar menos em público, cooptou partidos políticos, colocou militares em cargos-chave de todos os setores, ampliou a entrada de armamentos, em um quadro claro de preparativo para a segunda tentativa do golpe. Com a renda básica – que caiu no seu colo – melhorou a popularidade, a ponto dos idiotas da objetividade terem descoberto insondável talento político em seu estilo.

Hoje, a tática silenciosa emula o Exército de Brancaleone, do diretor italiano Mario Monicelli. O filme trata de temas bastante atuais, a peste negra, as relações feudais do país, e Brancaleone, que quer reivindicar um feudo e vai para a guerra cercado por um grupo de elementos mal-armados, mal encarados, temerosos, que procuram fugir das situações de maior risco. Não há melhor paralelo para o exército de Bolsoleone, com seus generais estranhos comandando as tropas formais, e trocando sopapos com os filhos, incumbidos da guerrilha pelas redes sociais.

Peça 4 – as espadas de Dâmocles

A apatia do Supremo não desarmou as várias espadas de Dâmocles que continuam pairando sobre a cabeça de Bolsonaro Há propostas de impeachment na Câmara, denúncias apuradas pelo Supremo Tribunal Federal e um processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o uso de esquemas de Fakenews nas eleições de 2018. Trata-se de um processo menos doloroso que o impeachment formal, que teria que passar pelo Congresso, ou os crimes de responsabilidade, que teriam que ser julgados pelo Supremo.

Se a chapa fosse condenada em 2020, haveria a convocação de novas eleições. Em 2021, quem assumiria seria o presidente da Câmara. Por aí se entende a tentativa do Supremo de garantir a reeleição de Rodrigo Maia, manobra frustrada quando Luiz Fux e Luís Roberto Barroso recuaram, intimidados pelas críticas gerais à interferência do STF. Ou seja, o STF teve todo poder do mundo para derrubar um governo legitimamente eleitor, mas “de esquerda”, e teria gastos seu arsenal de arbitrariedades para defender o país de um governo genocida.

De qualquer modo, é uma hipótese que fica parada no ar.

Peça 5 – o aumento do impeachmentômetro

Nas últimas semanas, o impeachmentômetro voltou a subir perigosamente devido aos seguintes pontos:

  1. Caso Abin e Receita

Um caso de banditismo explícito. O governo mobilizou a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) contra funcionários públicos que investigaram o filho do presidente. O último caso similar foi de Gregório Fortunato e sua “guarda negra”, que fazia a segurança de Getúlio Vargas.

  1. Liberação geral de armas

Em plena explosão de assaltos armados, de ampliação das milícias armadas, Bolsonaro dá mais um passo para a liberação geral de armas e de flexibilizaçao nos sistemas de identificação dos projéteis.

2. O genocídio da saúde.

Nas últimas semanas, a ofensiva de João Döria Jr, de lançar na frente a vacina do Butantã, produziu um novo tilt na cabeça de Bolsonaro, que tomou as seguintes medidas com ameaças diretas à saúde pública:

  • ameaçou boicotar a aprovação da vacina do Butantã
  • já está claramente tipificada sua responsabilidade no fracasso da política de saúde contra o Covid e na morte adicional de dezenas de milhares de pessoas.

https://twitter.com/i/status/1337704500119932934

3. Desperdiçou R$ 250 milhões em cloroquina.

Para ser colocado em farmácias populares, meramente para tentar entrar de carona na redução previsível dos casos, com a vacinação.

4. Até agora não aprovou o orçamento para 2021;

5. Promoveu uma represália direta contra a Globo, 

Proibiu o bônus de veiculação (pagamentos para agências que trazem publicidade) apenas para ela. A Globo tem ampla influência junto a dois Ministros chaves, Luiz Fux, presidente do STF, e Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. O editorial extravagantemente virulento da Folha, neste domingo, mostra que a mídia quer subir a fervura de Bolsonaro.

6. Enviou documento fraudado ao STF

Pressionado a entregar o plano de vacinação, o governo entregou um plano com a assinatura de dezenas de cientistas. Constatou-se que eram assinaturas falsas.

O ponto de fervura será a partir de janeiro se Bolsonaro não mudar o comportamento em relação às vacinas. A segunda onda de Covid estará no auge, as indecisões de Paulo Guedes estarão sob escrutínio diário

Não significa que o impeachment sao favas contadas.

A leitura do cenário é a seguinte: se não mudar o estilo e não surgirem fatos novos, o resultado final será o impeachment.

No meio do caminho, ocorreram eventos não planejados – como a derrota da manobra do STF para permitir a reeleição de Rodrigo Maia.

No movimento anterior, Bolsonaro chegou a abrir mão do ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo, como forma de acender o cachimbo da paz com o Supremo.

Pressionado, poderá até recuar nas represálias contra a Globo e voltar a despejar publicidade nos veículos de mídia recalcitrantes. Para o Supremo, este é o ponto mais sensível, não o acréscimo de dezenas de milhares de pessoas à morte, com suas loucuras à frentre da saúde.

De qualquer modo, o impeachmentômetro voltou a subir para o índice de 90o.

Luis Nassif

51 Comentários

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  1. Depois de todo esse arrazoado, esperava um escore de 93, 95 graus. A barba, então, continua de molho. Nessa batida, de morde e sopra, o Demente eplaca o fim de mandato. Só não se sabe de que país. É melhor, então, inverter a análise: dado que ele fica, como estaremos nós, as vítimas, ao fim de 2022?

  2. Estamos muito próximo de dois eventos que se não derrubar o atual governo, aniquilará o bolsonarismo. O mercado e a extrema direita terão que procurar outro representante.

    Nós próximos meses ficará claro que o atual presidente será carta fora do baralho, nas próximas eleições.

    As cicatrizes provocadas pelo fim do bolsonarismo, dificilmente permitirá a direita apresentar um representante competitivo nas próximas eleições.

    O centrão vai ser um dos primeiros a abandonar o barco, qualquer um que ficar abraçado vai afundar junto.

    O PSD E O PP, são de direita, mas antes disso são pragmático, e boa parte dos prefeitos eleitos, principalmente no nordeste são alinhados com governos do PT, PSB E PDT.

    Com o fim do bolsonarismo, reforçaråo estas alianças para disputa do legislativo em 2022.

    O bolsonarismo foi um movimento do acaso, fruto de uma coincidência de vários fatores, essencialmente oportunista, que para nossa sorte não tem nenhum pensamento consistente.

    Tudo indica que não será derrubado,. Mas está desmoronando por falda de um alicerce fundamental, um pensamento ideológico consistentemente.

    1. Roberto SP

      Excelentes comentários.

      Cabe questionar sua afirmação: “O bolsonarismo foi um movimento do acaso, fruto de uma coincidência do vários fatores, essencialmente oportunistas”.

      Há evidências em contrário, principalmente nos eventos que resultaram na inabilitação do ex-presidente Lula às eleições de 2018. Afinal, ninguém realiza um “golpeachment” de uma presidenta, para dois anos depois permitir que seu padrinho retorne a presidência nos “braços do povo”.

      Como ignorar o famoso twitter do general Villas-Boas, ameaçando o STF, durante a votação da permanência de Lula como candidato a presidência em 2018.

      Há também um vídeo do “capetão”, já empossado, agradecendo e declarando ter sido fundamental a participação do general Villas-Boas para sua ascensão a presidência.

      Naturalmente, a “Elite do Atraso” tupiniquim sempre desejou um candidato alinhado com seus ideais e seus métodos de espoliação, como Geraldo Alckmin.

      Infelizmente, apesar deste apoio de peso, sua candidatura não convenceu os eleitores, e recebeu apenas 5% dos votos no primeiro turno. Outros candidatos do mesmo naipe, João Amoedo, Henrique Meirelles, …, tiveram desempenho ainda pior.

      Pesquisa eleitorais preliminares indicavam que o ex-presidente Lula tinha 40% das intenções de voto e o “capetão” tinha 20%, um indício de que, uma vez Lula inabilitado pelos STE e STF, o segundo colocado tinha chances de vencer a eleição.

      Para maiores informações a mostrarem que a eleição do Bozo não foi apenas coincidência, essencialmente oportunista, existem três livros versando sobre “revoluções coloridas” e guerras híbridas”, e sua aplicação ao caso brasileiro.

      1 – “Guerras Híbridas: das Revoluções Coloridas aos Golpes”, de Andrew Korybko, disponível na Amazon.

      2 – “A Guerra Contra o Brasil”, do inigualável sociólogo Jessé Souza.

      3 – “O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida”, de Piero C. Leirner, professor da UFSCar.

  3. Melhor falar do que posso intervir.

    Bozo e familia agradecem compungidos o auxílio do PT aos seus planos de instalação dum reinado. Não era bem o tipo de apoio que ele queria, mas ja que veio, vamos aproveitar.

    O PT da Gleisi e do Zé Dirceu, perderam a eleição e 2020. Muito pelo esforço deles. Agora, as ruas vão ensinar mais uma lição aos burocratas.

    A união de quem esta entendo o problema vai se dar, queiram os burocratas ou não, na ação pratica e não no gabinete.

    O protagonismo que o PT diz que tem devia ser investido isso sim na construção duma grande frente pro-democracia que é o que mais falta atualmente.

    1. Não adianta insistir: o rabo não abana o cachorro. O Ciro e seus 12 %, não vão conseguir convencer ninguém de que quem tem maioria na sociedade, e de intensão de votos, possa deixar de exercer a hegemonia que tem, para concretizar o sonho do Ciro de ser presidente.

      1. Entendi não. Sou filiado ao PT e to falando do meu partido. Muita gente comenta mas mais pra se comportar como robo que como um ser crítico e pensante. A Direção do PT de hoje é bem isso. Descerebrada.

        1. Não basta ser filiado, tem que vestir a camisa. Um inimigo interno é bem pior que os inimigos declarados, faz mais estrago um infiltrado na retaguarda, que os inimigos conhecidos.

          1. Amigo não estamos falando da mesma coisa. Tô falando de Partido Politico e vc de igreja. Desculpe. estamos conversando a toa.

          2. Te dar 4 exemplos práticos do “vestir a camisa” . 4 cidades.
            Rio, SP, Curitiba e Niteroi. O único lugar que o PT “ganhou” foi em Niteroi onde tava numa coligação encabeçada pelo PDT. Nas outras 3 cidades desempeno politico-eleitoral compativel com o do Bragantino no Campeonato Brasileiro . Seguiram a orientação do Ze Diceu de so se coligar no 2º turno e ai , não teve 2º turno. NO PR onde a Gleisi foi, o PT se ferrou. Isso e camisa pra se vestir?

          3. Esse negócio de “é proibido discordar” foi inventado pelo Lenin, em 1921, diante das terríveis circunstâncias da União Soviética, arrasada por 3 anos de uma guerra civil selvagem, que matou mais de 10 milhões de pessoas. Tornou-se obrigatório a todos os membros do Partido Comunista seguirem as determinações da cúpula do partido. Isso foi chamado de “centralismo democrático”.
            Gleisi Hoffmann adora essa medida de controle partidário.
            O PT sempre foi um partido totalitário, não tem militantes, tem fanáticos, e funciona como uma igreja evangélica.

          4. “Um inimigo interno é bem pior que os inimigos declarado”…

            Esse é um mandamento do fanático, e é por ele que Bozo receberá muitos votos de petistas, ciristas e tucanos. Outro mandamento é inventar inimigos, ter a dispensa cheia deles, ou fazer daquele amigo um cara que não é tão amigo assim – já tem gente achando que talvez Trump fosse melhor para as esquerdas.

            Conspiracionistas não tem limites no delírio. Limites e severos limites o fanático tem para enxergar os podres do próprio partido, que o fanático vê como seita que tem autoridade de definir o que ele, o fanático, deve “pensar”.

  4. Nassif sempre descreve de forma competente as tramas da nossa republiqueta.
    Republiqueta…
    Eu sei, é pejorativo, mas qual termo seria mais adequado a um democracia que sempre é abalada por retrocessos que, diferente do mestre Nassif, eu acredito ter sempre a mesma origem: o descumprimento do papel constitucional constitucional das forças armadas.
    O poder judiciario e o legislativo, a midia, empresarios, e religioes, sao cooptados pelas benesses que lhes são apresentadas conjunto golpista do momento.
    Porém, o que mais atraí os que se tornarão cumplices, é a garantia do perdão com o processo amnésico que será desenvolvido junto à população.
    Temer (Porto de Santos. Preso por 30 min tornou-se “comandante” de 1 aviao com víveres para ajuda no libano após a explosão onde morreram aprox 200 pessoas. Enquanto isso no Brasil mais de 100 mil morriam na pandemia e o governo apresentava a cloroquina ), Lava Jato (destruição da industria e do emprego com apoio do DoJ e Israel em favorecimento das irmãs do petroleo e da cessão criminosa da Amazônia brasileira ), Aecio (propina, helicoca, hj deputado ), Eduardo Cunha (Propina. Preso mas com mulher solta pois nao a encontraram para intimar. Hj em casa),
    No xadrez de Nassif, leio a possibilidade de liberação de um troco para a Globo como uma trégua do governo bozo, e aí aos poucos sumirão informações sobre o volume de mortos pela covid, sobre o plano fraudulento, sobre a atuação inconstitucional da Abin na defesa de um dos filhotes, sobre a consultoria grátis para outro filhote, sobre a destruição do meio ambiente, da fundação palmares, do desvio de verbas doadas, etc.etc
    Então, todos os mortos estarão enterrados, as doações terao sido manipuladas por igrejas, os generais irao calçar suas sandalinhas e vestir seus pijamas, e tudo será perdoado até a proxima agressão à nossa democracia.
    Cicero percebeu que “O hábito de tudo tolerar pode ser a causa de muitos erros e de muitos perigos.“
    Não atender a este conselho foram os maiores erros de Dilma e Lula.

  5. Como descrito no próprio texto,o impeachment se tornou o modelo de golpe adotado pelas recém nascidas democracias latino-americanas depois do período militar.
    O que muitos ainda não tem claro é que não temos democracia. O golpe e o impeachment já ocorreram.
    Se engana quem pensa que o sujeito que ocupa a presidência da república e seus milicos amestrados tem qualquer preocupação com a democracia.STF e Congresso são apenas termômetros para a estocada final,se necessário. No caso do STF,de quem sabem o que fizeram no verão passado,parece não haver necessidade nenhuma de ajuste,ainda mais que o sujeito indicará mais ministros no lugar dos sonolentos que irão aposentar-se.
    Quanto ao congresso,bem,verão passado é pouco.São muitos verões e o exemplo da prisão sem qualquer materialidade do presidente Lula serviu e serve para um comportamento dócil,ainda que finjam o contrário.
    Falta a mídia? Bem,a mídia não conta,nem mesmo a mais golpista das emissoras,todos envolvidos em casos e causos dos mais cabeludos e mantidos,ou pela cota governamental ou pela cota do financismo,quando não,dos dois.
    Restaria a vontade popular e esta,ainda que nos recusemos a ver,ainda é majoritariamente pró golpe-e não podemos censurá-los-é nossa própria arrogância de não conversar com essa gente que os deixa uma presa fácil demais para a escumalha governamental e suas mamadeiras de piroca.
    Ainda ontem,em nova pesquisa de um instituto dos golpistas,sempre utilizado como termõmetro nessa situações,ficou constatado que o percentual dos indivíduos que não querem se vacinar atingiu a espantosa marca de 22%,algo que, transformado em votos, levaria qualquer um a um provável segundo turno.
    No entanto,nessa mesma pesquisa,foi constatado que 50%-cinquenta por cento- não aceitariam a vacina chines o que,também transformado em votos,daria a vitória em primeiro turno.
    Parecem comparações exdrúxulas mas são termômetros que analisam a temperatura dos apoiadores do golpismo e,em todas as temperaturas aferidas,o golpismo tem mantido-se estável,até porque,a economia,o grande calcanhar de Aquiles,”está ótima,está bombando,recuperando-se em V,etc e tal,conforme a narrativa monocórica reinante em nossa mídia,mesmo aquela que tenta disfarçadamente fingir atacar o sujeitinho miliciano.
    Assim,se o impechmentômetro funcionar,terá de marcar zero e somente começará a aumentar quando o povo,já acostumado com a miséria,entender que miséria é uma deformação da sociedade e quando nós entendermos que cabe a nós fazê-los entender isso.

    1. Enquanto a direita se aproxima e influi no povo via exacerbação dos preconceitos e bitolação religiosa, o que está francamente surtindo resultados eleitorais – a máquina de fakenews pode cautelosamente reduzir sua produtividade, mas não está desativada não, temos a esquerda se comportando com amadorismo, dialogando apenas entre seus adeptos as suas verdades já conhecidas. Falam para nichos específicos, que não tiveram força ou visibilidade suficientes para reverter nas ruas o golpe contra Dilma. O que fariam de diferente agora, quando a agenda continua?
      E o povo que exaltou Lula pelo bolsa família e demais políticas foi o mesmo que não deixou Bozo cair de popularidade por conta do auxílio emergencial…. esta falta de consciência política é a ferida que eclode a vista de todos, ignoram o bode na sala. Qualquer tentativa de reviver as glórias do lulismo, pela mera comparação com o caos que se instala, é de uma falta de visão incompreensível. Porque a ferida continua lá, pronta para ser acionada num próximo ataque, e não será ignorando-a que ela deixará de existir por obra da divina providência.

    2. Bolsonaro estará no segundo turno, só quem vive de ilusões e autoengano duvida disso, de resto uma probabilidade confirmada mais uma vez pela “centésima” pesquisa sobre sua popularidade – Datafolha, ontem, dando 37% de Ótimo/Bom para o capitão desclassificado.
      O que não temos a mínima condição de prever, considerando que a oposição está irremediavelmente estilhaçada, é quem será o outro candidato no segundo turno, quem é que vai enfrentar Bolsonaro.

        1. E Renato está certo; mais ainda, periga você, Marco, votar em Bozo tal a disputa entre lulistas, ciristas e tucanos sobre quem é o maior antagonista de Bozo, todos se secando.

  6. No Brasil 247 o jornalista americano Brian Mier comenta a indicação de Temer para chanceler lembrando que foi Biden que articulou o golpe no Brasil junto com Temer. Então Bolsonaro fica. A ordem vem da sede do império decadente.

    1. E você acredita, é um eterno tema de estudo o prazer que um fanático sente em encontrar ou inventar inimigos, o norte do fanático e o fator de coesão dos rebanhos são dois: medo e ódio. Se aglutinam assim, se livram do desconforto de pensar assim. Que se promova medo e ódio, e disso aí teorias conspiratórias que tornem o mundo mais compreensível e simples: lado bom, lado mau. Então Trump era melhor para as esquerdas e Biden é o malvado?…Que saco…

      1. Os noticiosos de direita um pouco menos insanos são frequentados e comentados por pessoas menos delirantes. Este aqui está atraindo uma gente meio esquisita, que faz comparações descabidas, análises esdrúxulas, proposições desconexas. Esse leitor acima parece ser um deles. Já tarda a hora de reajustar os critérios de liberação de comentários sem sentido, estapafúrdios, mentirosos, falaciosos como o do leitor acima.

  7. Maia e Paulo Guedes são quase a mesma pessoa. O plano de destruição do Brasil em proveito dos parasitas do mercado financeiro é o mesmo. Logo, desistam de esperar qualquer iniciativa de Maia a favor do impeachment. Como o tal mercado é quem manda de fato nas ditas Instituições, nada acontecerá. O Brasil, enquanto isso, que se dane.

  8. Um impeachment nos deixando o Mourão ? Já deu para sacar qual é a do Mourão, então essa direita Bozó vai sair dividida e minada em 2022. Por outro lado, a esquerda também não se aglutina, não fortalece projetos e pactos. A esquerda não aprendeu a reagir adequadamente ao bombardeio que sofreu, com ações e estratégia no lugar de reclamações. Então, o que teríamos pra 2022? Um fantoche centro-direita-esquerda, qualquer rótulo palatável com fachada de civilizado , sorridente e “novo”. Tá mais pra isso, Nassif. Uma continuidade soft da agenda de desmonte.

  9. E o centrão? Ainda está fechado com o miliciano, não há votos para passar um impeachment e o pusilânime rodriguinho maia parece não estar nem um pouco interessado nisso.

  10. Caia ou não Bolsonaro, havendo ou não um novo presidente, o problema permanece o mesmo, desde Sarney: não é possível um governo funcionar, qualquer governo, sem formar uma maioria no Congresso. A saída dessa eterna desordem política, não seria forçar a aprovação de uma cláusula de barreira, para impedir um grande número de partidos pequenos no Congresso?
    Se houver algo como uma barreira de 5% dos votos nacionais, como na Alemanha, os atuais 20 e poucos partidos seriam forçados a se tornarem 5 ou 6. Isso tornaria mais barato o custo de passar leis e medidas na Câmara, começando pelo orçamento do governo federal, além de descomplicar imensamente o negócio da política cotidiana.
    Estivemos bem perto de conseguir essa barreira, em 2005, acho, ou talvez depois, mas o Supremo liquidou a ideia. Não tenho certeza, mas acho que lembro do Marco Aurélio de Mello e da Carmem Lúcia votando contra o saneamento do ambiente politico.

    1. “Cláusula de barreira”, “descomplicar a política cotidiana”…Isso tem cheiro de fascismo. Ou de criptobolsonarismo, o que dá no mesmo. Só que com mais cinismo.

  11. Ai,ai o Bolsonaro é a bola da vez agora,é o Ptnaro ou Lulonaro,vamos nos ocupar em tirar esta besta fera anticientífica da extrema direita e vamos deixar em paz quem realmente está fazendo estragos no País,o psdb/ tucanos,ops,escapuliu esta palavra,foi mal,ninguém vai ver,tá em minúsculo e no finalzinho do comentário !!
    Obs:governo Lula o governo do bucho cheio,dinheiro no bolso e da paz,vcs erraram muito hein!?Só fizeram cagada,ainda bem q o psdb e amigos não erram nada,só a dita esquerda q erra…e feio !!!

  12. E não, Nassif, o mais escandaloso não foi a liberação de importação de armas com imposto zero quando acontece assaltos a bancos. Foi criminoso e atroz o anúncio no dia seguinte ao assassinato com tiro de fuzil de duas crianças, menininhas de 4 e 6 anos . O Brasil de hoje destruiu todos os meus sonhos de fazer parte de uma nação, mas jamais conseguirão destruir a minha indignação e a dor que sinto ao ver inocentes assassinados sem qualquer reação desses malditos que comandam o país. Criminosos das forças armadas, do judiciário, da imprensa, banqueiros, empresários e todos os malditos que fazem desse país um inferno de indiferença com a banalidade morte e com a nossa dor.

  13. O que ainda está faltando? (1) – Janio de Freitas, em 12.12.2020, na Folha

    Janio de Freitas, do alto e da autoridade dos seus 88 anos, chamou o gal. Augusto “Quasímodo” Heleno de “VELHO MENTIROSO”, assim mesmo:
    Janio de Freitas

    A conduta na balbúrdia da vacina basta para justificar impeachment de Bolsonaro

    Diante de todos os desastres que o corroem, o Brasil parece morto
    12.dez.2020 às 23h15

    É impossível imaginar o que falta ainda para a única providência que salve vidas —quantas, senão muitos milhares? — da sanha mortífera de Jair Bolsonaro. Mas não é preciso imaginar a indecência da combinação de “elites” e políticos, para ver o que e quem concede liberdade homicida em troca de ganhos.

    Pessoas com autoridade formal para o conceito que têm emitido, além de suas respeitabilidades, como o jurista Oscar Vilhena Vieira, o ex-ministro da Justiça e criminalista José Carlos Dias e o médico Celso Ferreira Ramos Filho, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, entre outros altos quilates, têm qualificado com clareza e destemor a anti-ação de Bolsonaro e seus militares na mortalidade pandêmica. Crime, criminoso(s), organização familiar criminosa, homicidas, desumanidade —são algumas das palavras e expressões aplicadas ao que é feito contra a vida. Contra o próprio país, portanto.

    A conduta da Presidência e de seus auxiliares na Saúde, na balbúrdia da vacina, basta para justificar o processo de interdição ou de impeachment, sem precisar dos anteriores crimes de responsabilidade e outros cometidos por Bolsonaro e pelo relapso general Eduardo Pazuello. Nem se sabe mais o número de requerimentos para processo de impeachment apresentados à Câmara. Sobre eles, Rodrigo Maia, presidente da casa, lançou uma sentença sucinta: “Não há agora exame de impeachment nem vai haver depois”.

    Nítido abuso de poder, nessa recusa a priori. É dever do presidente da Câmara o exame de tais requerimentos, daí resultando o envio justificado para arquivamento ou para discussão em comissões técnicas. Rodrigo Maia jamais explicou sua atitude. Daí se deduz que não lhe convém fazê-lo, com duas hipóteses preliminares: repele a possível entrega da Presidência ao vice Mourão ou considera a iniciativa inconveniente a eventual candidatura sua a presidente em 2022.

    Seja como for, Rodrigo Maia macula sua condução da Câmara, bastante digna em outros aspectos, e se associa à continuidade do desmando igualado ao crime de índole medieval. Os constituintes construíram um percurso difícil e longo para o processo de impeachment, e que assim desestimulasse sua frequência. Mas deixaram com um só político o poder de consentir ou não na abertura do processo. Fácil via para o abuso do poder. E sem alternativa para o restante do país, mesmo na dupla calamidade de uma pandemia letal e um governo que a propaga.

    Há denúncias protocolares da situação por entidades, não muitas, e por um número também baixo de pessoas tocadas, de algum modo, pelo senso de responsabilidade, a inquietação, a dor. Movimento para que os genocidas vocacionais sejam enfrentados, nenhum. As camadas sociais que continuam tranquilas com seus rendimentos são, entende-se, as que podem manipular os ânimos públicos. São também as que têm mais noção do que se passa, mas sem que isso atenue o seu egoísmo e desprezo pelas camadas abaixo. Assim, não há reação ao duplo ataque. Diante de todos os desastres que o corroem, o Brasil parece morto.

    Mas nem com esse aspecto, ou essa realidade, precisaria descer tão baixo na imoralidade. Sobrassem alguns resquícios de decência nas classes que, a rigor, são o poder no Brasil, a descoberta de que a Abin, a abjeta Agência Nacional de Informação, foi mobilizada para ajudar Flávio Bolsonaro no processo criminal da “rachadinha” criaria alguma indignação. E levaria ao pronto afastamento de todos os beneficiários e comprometidos com esse crime contra a Constituição, as instituições, os trâmites da Justiça e a população em geral.

    O general Augusto Heleno Pereira negou a revelação da revista Época. É um velho mentiroso. Isso está provado desde os anos 90, quando me escreveu uma carta negando sua suspeita ligação com Nicolau dos Santos Neto, o juiz da alta corrução no TRT paulista. Tive provas documentais para desmenti-lo. Estava então no Planalto de Fernando Henrique. Com Bolsonaro, além de desviar a Abin em comum com Alexandre Ramagem, que a dirige, Augusto Heleno já esteve em reuniões com os advogados de Flávio, que é agora quem o desmente.

    Ramagem, por sua vez, é o delegado que Bolsonaro quis na direção da Polícia Federal, causando a saída de Sergio Moro do governo. Fica demonstrado, portanto, pelas figuras de Augusto Heleno e Ramagem no desvio de finalidade da Abin, que Bolsonaro tentou controlar a PF para usá-la na defesa de Flávio, de si mesmo, de Carlos, de Michelle, de Fabrício Queiroz e sua mulher Márcia e demais componentes do grupo.

    Se nem essa corrupção institucional levar à retirada de toda a corja, será forçoso reconhecer um finalzinho. Não da pandemia, como disse Bolsonaro. Do Brasil, mesmo.

    Janio de Freitas
    Jornalista

  14. Nassif, se houver cassação do Bozo e do Mourão (da Chapa), não assume em definitivo o Presidente da Câmara. Será necessário realizar eleição indireta, tendo como eleitores os membros do Congresso Nacional. O Presidente da Câmara fica como substituto só até a posse de quem for eleito indiretamente. Ele também pode ser o eleito, claro.

  15. Nassif, quando se trata da Venezuela e, por respeito a você (e para evitar outra expressão mais agressiva), digo que sua atitude é de quem tem total desconhecimento do que vem ocorrendo naquele país desde a chegada do Chavez . Logo no início vc diz que “enfim, (a Venezuela) atropelando todos os princípios democráticos”.
    Quando do golpe que conseguiu tirar o Chavez do poder por algumas horas, a mídia chegou a mostrar um vídeo falso em que apareciam apoiadores dele atirando em manifestantes. E isso continuou (e continua até agora). A agressividade das classes dominantes não tem/teve limites. A imprena norte-americana, por sua vez, não se fez de rogada, inclusive os grandes jornais e a CNN, simplesmente escondendo o que de fato acontecia no país ou mentindo a respeito, inclusive chamando o Chavez de ditador, como faz a Folha e o GGN em relação ao Maduro. A greve do petróleo (feita pela elite da empresa, sem ou quase nenhuma participação dos trabalhadores) praticamente quebrou a Venezuela e chegou-se a falar na eliminação física do Chavez, não só no país mas por figuras importantes, inclusive políticos norte-americanos. Mas claro, você prefere que golpes ocorram, como aqui, em nome de supostos “princípios democráticos” e transformem o Brasil no pesadelo que vivemos. Ao contrário do que você diz, a Venezuela de Chavez foi talvez a única experiência verdadeiramente democrática na A. Latina, com ampla participação da população através de milhares de conselhos e a consulta ao povo nas questões importantes através de plebiscitos. Desculpe-me, mas criticar a Venezuela sem falar do imperialismo americano e do embargo, como faz com frequência o GGN, é má-fé na mais pura expressão do termo Imagine-se o que teria acontecido em Cuba se o Fidel, seis meses após tomar o poder, tivesse convocado eleições.

  16. Depende também de dois fatores , o vice de certa forma querer e o Presidente da Câmara querer apresentar o pedido.
    No caso da Presidente Dilma os fatores “funcionaram”.
    Ironicamente o partido da presidente colocou os dois lá.
    Maia não quis apresentar um dos muitos pedidos de impeachmrnt do atual presidente.
    A opinião pública (minha inclusive) é fruto da manipulação …

  17. Eu sempre achei que o Rodrigo Maia mantinha os pedidos de impeachment na gaveta porque, antes do segundo ano de mandato teriam que haver novas eleições. Passado esse período o processo andaria desde que ele fosse reconduzido na câmara.
    Dependendo de quem for eleito vai andar. Ou então o processo das fake news, que é o plano B, vai começar a andar.
    Ontem a Folha chutou o pau da barraca no Edital.

  18. Rodrigo Maia sabotou o sistema constitucional ao se omitir para legitimar os crimes de responsabilidade cometidos em profusão por Jair Bolsonaro. O mercado governa o Brasil e lucra com a fragilização do nosso sistema constitucional. Nem o MPF, nem o STF se salvam. O Exército se colocou à serviço do genocida. A fraqueza naval e aérea não ousam desafiar o consenso dos generais e banqueiros. O Brasil afundou na mediocridade. A loucura e o crime governam uma nação incapaz de destroçar uma familícia perversa, gananciosa e genocida.

  19. Vejo que não ocorrerá o impeachment, pois das duas opções que há para retirada do atual presidente elas se finalizam em MOURÃO e acho que eles preferem tratar com o atual, ou o novo presidente da camara do dp que deverá ser alguém sem representatividade nacional, pois na direita o unico que tem representatividade nacional é AECIO NEVES e acho que o supremo não vai colocar a presidencia no colo dele ou vai? Seria o pagamento pelo golpe?

  20. Se Maia quisesse impeachment poderia ter dado seguimento desde 1 de julho. Como o afastamento é de 6 meses Bolsonaro cairia em 1 de janeiro de 2021 e a eleição seria a indireta. STF reconduzi-lo para isso não tem absolutamente nenhum sentido

    Lira eleito também não vai pautar nada. Teremos um 2021 igual ou pior que 2020 e em 2022 o ano inteiro será de fake news contra a esquerda e provavelmente outra prisão para Lula.

  21. Impeachment? Chance zero! Acho que já li uns 10 xadrezes disso desde o ano passado, e logo a seguir sempre vem algum xadrez de alguma artimanha de Bozo para se manter no poder, geralmente ao custo de trair seu gado nas suas promessas furadas contra corrupção, romance com o centrão, etc – gado que nunca se sentirá traído: aqueles 30 e poucos porcento de popularidade-piso é de apoio fanático, incondicional, votos garantidos. Não é o quão boçal é o sujeito que o torna mais próximo da queda. O Brasil não é um país racional. No Brasil vive-se no messianismo, no sebastianismo, na hipocrisia de esquerdistas de ocasião, de conservadores sem nada a conservar. Todos esses absurdos desse desgoverno (por exemplo, quanto às vacinas) seriam esquecidos na eleição presidencial de 2022 mesmo que estivessem ocorrendo no fim de 2021. Tudo contra se esquece rápido, o que é lembrado é o que pode ser usado contra os adversários, os próprios pecados se perdoam.

    Bozo não vai cair e estará no segundo turno em 2022 – isso é o Brasil, por isso será assim. E vencerá certamente se o adversário for o PT, não adianta o quanto o PT faça de conta que não existe antipetismo mentindo para si mesmo. Bozo seguirá forte com sua base, e quanto pior for, mais forte fica com o gado, cuja aliança não vem de fatos e lógica, ainda mais no caos sanitário que vivemos. Talvez o pior para ele seria um amansamento das emoções a partir do ano que vem, quem sabe. Para populistas aloprados, a rotina fria sem novidades, sem o que tuitar, é o pior clima. Bozo tem base para segundo turno garantida, base que se fortaleceu desde 2018, é maior que a de Lula já, esta em queda livre. Ganhar no segundo turno é outra coisa, aí vai precisar dobrar ou triplicar os votos da base como fez na força do antipetismo em 2018, e a principal força eleitoral de Bozo ainda é o PT. Mas sem o PT Bozo se atrapalha, nada é tão forte para demonizar e puxar voto no segundo turno quanto o PT. O centrão pode mamar à vontade que isso não garante apoio porque o centrão é traíra. Não estarão com Bozo necessariamente, mesmo com mão molhada o voto ainda é secreto, e o centrão não tem eleitores previsíveis.

    Os partidos que se dizem de esquerda (“se dizem”, sou de esquerda e eles não me ensinam nada em como ser esquerda, não tenho igrejinhas) e são supostamente mais competitivos a nivel presidencial é que me desanimam mais, não tem nada a oferecer. O PDT começa e termina em Ciro, não passa de uma sigla, um nanico centrista de aluguel, e Ciro Gomes deveria saber que fugindo da política, sem cargos, só querendo chegar para se sentar na janelinha não se enrola nos escândalos mas também fica invisível e não conseguirá nada aparecendo na TV a cada quatro anos. Quanto ao PT, o interesse dele começa e termina no próprio partido corrupto, esvaziado, sem credibilidade, um puxadinho de Lula, que enquanto promove sebastianismo com seus fanáticos antagônicos e simétricos ao bolsonarismo, mal esconde que prefere Bozo que alguém da direita “perfumada” ou um rival do mesmo campo de centro-esquerda, e esse sentimento vale para a militância. Petistas, alienados da gravidade da situação brasileira deliram com um impossível cavalo de pau no meio de um ambiente que será ainda hostil ao entubado PT por muitos anos.

    O PT virou um paródia de si mesmo, voltou à infância sendo velho, tipo turma do Chaves. Tomado de gente ultrapassada e esterilizada de ideias, fede a sindicalismo reacionário corporativista mamador e medíocre quando convém, fora do poder, a começar por Lula, um corrupto mal julgado, mal punido, certo, mas que não escaparia de um julgamento justo, uma figura populista que beijou na boca todos que o apunhalaram depois, vou ter pena dele? Foi pra chuva. Mas dentro do poder, temos “O PT muda quando o Brasil muda, e você?”… lembram dessa? Foi a “propaganda-justificativa” que repetiam na sangria que sofreu em desfiliações de quem não fechava com a suruba em que o PT se jogara, como todo governo medíocre faz para ter governabilidade, incapazes de imporem respeito. É claro que um partido desse prefere (por “conciliação” da boca para fora) se deitar na cama com um Temer e torcer por Bozo a quebrar o país (mas tomando paulada da imprensa) do que ver alguém que corra o risco de dar certo e se enraizar, afastando ainda mais o PT do retorno, sonho delirante de todos os sebastianistas.

    Não haverá cavalo de pau em 2022, não existe a vitória que se quer, mas apenas a possível: a queda de bolsonaro, o maior delinquente político desde a “redemocratização”. A prioridade é a queda de bolsonaro e o retorno à civilização, e se para a queda de Bolsonaro eu tiver de dar voto útil num Doria, faço sem pensar duas vezes. O PT poderia ajudar e sumir do espaço-tempo até que bozo caia – se não fosse o fato de que vota em Bozo contra Doria ou Ciro. No brasil atual, nem debate tem espaço mais. Quem não enxerga que a prioridade é o fim dessas trevas bolsonaristas e coloca toda a direita ou a esquerda no mesmo saco, e ri de propostas de grandes frentes (que exige ceder em coisas importantes) contra Bozo são os fanáticos irracionais de sempre, nascem da terra como minhocas num país descerebrado como o brasil. Entre conspiracionismos que alimentam para manter coesão por meio do ódio comum, são seletivamente cegos aos erros de quem idolatra e fazem de conta que são contra práticas que seus ídolos/partidos sempre fizeram sem pensar duas vezes. É útil a estes juntar bolsonaro e todos os inimigos num mesmo pacote porque assim fica mais fácil ao petista, pedetista ou tucano admitirem para si mesmos votar em Bozo ou contra Lula, ou contra Haddad, ou contra Ciro, ou contra Doria, seja lá quem seja o inimigo de Bozo.

    1. Muito bom, Rodrigo. Seu texto é feliz e apropriado.
      Às vezes, penso que sou o único discordante dessa multidão de fanáticos da Igreja Evangélica PT, os leitores desse blog.

  22. A chance do PT voltar ao governo federal antes de uma geração é nenhuma, zero.
    Infelizmente, teremos de aturar essa gente desclassificada da extrema-direita até 2026, e só então, com sorte, se consegue eleger um presidente de centro-direita ou centro-esquerda, mas não o PT.

  23. Para sair do Exercito, negociaram com Bolsonaro.
    Vai acontecer a mesma coisa num dia desses; vão negociar com ele para sair da presidência, ao modo de renúncia, por exemplo, por razões de ingente tratamento de saúde – situação em que salários e benefícios continuam sendo pagos a ele.
    Ganhos dele, adicionais: sumiço às denúncias e processos contra ele e contra os filhos e contra Queiroz, etc. Incluindo, obviamente a esposa, as ex-esposas, e Wassef e caso Marielle, caso da facada (quem sabe sumindo com o aprisionado que teria esfaqueado).
    Se gente das Forças Armadas negociaram daquela vez, porque não negociariam agora?

  24. Bolçodoria fez o seu tique toque na Praia Grande.
    Tudo fake, como sempre. Meticulosamente planejado e controlado. A mídia PIG e a progressista não fala de outra coisa. O Zé povinho é obrigado a acreditar que o sujeito é popular, afinal lá estava a claque fazendo festa,eu vi pohaa eu vi!
    Bolçodoria marcou um gol de placa. Durante a semana veremos os corolários de tão preciosa aparição. Ninguém contestou o picadeiro armado. Literalmente o palhaço bozo nadou de braçadas.
    Enquanto o ilusionista faz a palhaçada a boiada passa.
    -Está vendo aquele terreno ali? Ali tinha uma empreiteira com mais de 160 mil empregados. Vê aquele foguete ao longe? Ali era de onde partiriam os satélites brasileiros que hoje compramos inúteis da Finlândia. Petrobrás, Correios, Previdência, Aumento real do salário mínimo, construção de navios, Caixa Econômica, Loterias, Pesquisa e inovação? Desmancharam no ar! Foram substituidos pelas escolas militarizadas que cumprirão a augusta função de formar a juventude hitlerista do Brasil. Preparemo-nos para ver filhos denunciando os próprios pais!
    Penso que a mídia progressista poderia ajudar dizendo o que realmente importa. É quantas garrafas de óleo se comprava com o salário mínimo durante os governos progressistas e quantas se compra hoje. É lembrar o cidadão de quando ele podia fazer churrasco e comer carne. É a queda de sexta economia para décima terceira e descendo. É a quantidade de pais e mães de família trabalhando uberizadas até o limite das forças para poder comer. É o exército de despossuídos vivendo nas ruas, abandonados como fossem cães vadios. É uma inexistente atenção à pandemia que condena os brasileiros à morte. Vacinas retóricas de manchetes não curarão a população.
    E é o que teremos para este ano.

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