A conversa entre Dilma e Marina

Do Terra

Dilma conversará com Marina por apoio em 2º turno

LARYSSA BORGES
Direto de Brasília 

A candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff, se prepara para conversar com a senadora Marina Silva (PV) e tentar angariar apoio daquela que foi a responsável por levar a eleição presidencial para o segundo turno, informou ao Terra nesta segunda-feira o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo. Com 19,4% dos votos válidos, a candidata verde acabou impedindo que Dilma tivesse a maioria absoluta da preferência do eleitorado e pudesse liquidar o processo eleitoral neste domingo (3).

“É claro que vai ter uma conversa Marina-Dilma. A Marina até outro dia estava no PT. É uma companheira, posso dizer assim. Ela é extremamente madura, uma líder reconhecida no País e tem posições políticas definidas”, disse Cardozo, evitando estimar qual percentual de votos de Marina o PT espera para si ou avaliar a “moeda de troca” do apoio do Partido Verde.

Mari”Marina tem total liberdade para definir o que ela acha correto. Qualquer conclusão ou afirmação pode ser precipitada”, declarou.

A despeito de aliados dilmistas terem afirmado que “só um tsunami” tiraria a vitória da ex-ministra da Casa Civil, o secretário-geral petista evitou falar em “abatimento” da campanha de Dilma e também afirmou que não é o caso de se fazer uma “mea culpa” por eventuais erros que permitiram a realização de um segundo turno. Ele disse que ainda estão sendo analisados os eventuais erros de condução da campanha, mas comentou que, na polêmica envolvendo uma suposta mudança de discurso da candidata em relação à descriminalização do aborto, “se alteraram falas de Dilma e algumas pessoas podem ter sido induzidas a erro na escolha dos candidatos”.

“Esse segundo turno pode ser positivo para um futuro governo Dilma. Temos uma linha de campanha exitosa, propositiva, não caímos no baixo nível”, disse ainda o secretário-geral, afirmando que o PT estará preparado para enfrentar uma eventual nova rodada de acusações por parte da campanha do tucano José Serra. Ao longo da campanha, aliados do PSDB atribuíram a integrantes do comitê de Dilma a fabricação de supostos dossiês, a violação de dados fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao tucanato, além de terem utilizado em seus ataques as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, ex-pasta de Dilma.

“Estamos preparados inclusive para baixarias no segundo turno. É absolutamente inegável que em certos momentos, por falta de discurso, nosso adversário utilizou de expedientes condenáveis”, opinou José Eduardo Cardozo. 

Luis Nassif

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