A esquerda latino-americana fracassou? Por Emir Sader

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Do Brasil 247

Na virada para a era neoliberal, as adesões ao novo modelo foram amplas e rápidas. Começando com a ditadura de Pinochet no Chile, o modelo foi incorporando a nacionalismos, como o PRI mexicano e o peronismo de Menem na Argentina, a social democratas no Chile, na Venezuela, no Brasil. Foi um começo avassalador, de que parecia que nenhuma corrente poderia escapar. O Consenso de Washington e o pensamento único buscavam consolidar teoricamente a conversão de quase todas as forças políticas ao novo modelo.

O auge neoliberal foi curto. Rapidamente as três maiores economias do continente – a mexicana em 1994, a brasileira em 1999, a argentina em 2001/2002 – tiveram crises fulminantes, que quebraram a euforia do sucesso do modelo. Seus principais impulsionadores foram derrotados, alguns deles foram à prisão – Fujimori, Carlos Andrés Perez -, outros fugiram – como Salinas de Gortari – ou ficaram marcados para sempre pela experiência negativa de governo – como o FHC. As economias não voltaram a crescer, a concentração de renda aumentou, assim como as dívidas dos Estados. O modelo neoliberal – o grande projeto de reconversão modernizadora da direita – fracassou em tudo. A partir daquele momento foram derrotados sucessivamente em vários países e em outros sucederam-se governos de direita, sem maior sucesso.

A esquerda resistiu como pôde nos anos 1990, isolada, até que retomou iniciativa com a eleição de governos anti-neoliberais com as eleições de Hugo Chávez na Venezuela, em 1998, de Lula no Brasil em 2002, do Nestor Kirchner na Argentina em 2003, de Tabaré Vázques no Uruguai em 2004, de Evo Morales na Bolívia em 2005 e de Rafael Correa, no Equador, em 2006. Abriram-se processos de luta contra a pobreza e a miséria no continente mais desigual do mundo, mesmo com esses governos recebendo como herança recessões profundas e prolongadas, sociedades mais desiguais, Estados mais enfraquecidos.

Desde então esses países passaram pelos momentos de maior crescimento econômico, estabilidade política e diminuição da pobreza e da miséria de suas histórias, mesmo no marco internacional de recessão e de aumento das desigualdades. Foi pelo menos uma década para cada um desses países com um esquema virtuoso de crescimento e distribuição de renda. Nesse processo, surgiram líderes como Hugo Chávez, Lula, Nestor e Cristina Kirchner, Pepe Mujica, Evo Morales, Rafael Correa, entre outros.

Enquanto isso, a direita apostou no México, no Peru, com fracassos retumbantes. Mesmo quando a economia crescia nesses países, os índices sociais não melhoravam. Os governantes se sucederam, um depois do outro, desprestigiados e derrotados politicamente. Quanto à ultra esquerda, permaneceu apenas nas críticas, em nenhum lugar construiu alternativas, estas residem sempre na direita.

Nenhuma liderança importante surgiu da direita ou da ultra esquerda.

Depois de resistir à maior crise do capitalismo internacional desde 1929, mesmo os países pós-neoliberais sofrem as consequências da profunda e prolongada recessão internacional. Somado a erros de política interna, se produzem crises em alguns desses países, com derrotas eleitorais na Argentina e na Venezuela, desgastes dos governos no Brasil e no Equador.

Porém, mesmo se não conseguisse se recuperar nesses países, se pode dizer que houve um fracasso da esquerda latino-americana? Se pode falar de fracasso em países como o México e o Peru, em que a deterioração política e social não pôde ser, pelos menos até agora, aproveitada pela esquerda para vencer eleições e construir alternativas ao neoliberalismo.

Nos países em que passou a governar, a esquerda implementou um modelo vitorioso de retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, mesmo na contramão das tendências internacionais. É a única região do mundo que conseguiu eleger governos anti-neoliberais e dar início a processos de ruptura com esse modelo. As imensas transformações sociais positivas nessas sociedades permanecem e são uma marca inegável do sucesso desses governos.

Os governos de esquerda conseguiram fortalecer e expandir processos de integração regional por toda a América Latina e o Caribe, pela primeira vez na história, processos relativamente autônomos em relação aos Estados Unidos. De tal forma, que esses governos aparecem como o eixo da esquerda mundial no século XXI, referências inclusive para forças da nova esquerda europeia, como Syriza e Podemos.

Mesmo na crise atual em alguns desses países, quem aparece como qualificada para superar a crise de forma progressista é essa esquerda latino-americana do século XXI. A direita se propõe a restaurações conservadoras – de que o governo de Mauricio Macri é um exemplo inquestionável -, e a ultra esquerda é um setor intranscedente. O futuro da América Latina no novo século continua assim dependendo da disputa entre governos pós-neoliberais e projetos de restauração neoliberal.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

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  1. Não é fácil lutar contra a

    Não é fácil lutar contra a grande mídia, que parece atuar articuladamente em vários países, ao modo, como já foi dito, da famigerada Operação Condor. Seria necessário que todas as forças progressistas cerrassem fileiras para o enfrentamento.

  2. Nada do que for será igual a do jeito que já foi um dia

    O texto começa expondo fatos e termina expondo indagações. Não chega a lugar nenhum porque insiste em usar termos e esquematismos que não têm mais lugar no mundo atual, a começar pela própria definição de esquerda e direita.

    Nunca existiu uma Era Neoliberal na América Latina. O neoliberalismo é fenômeno dos anos 80, pertinente à Inglaterra de Thatcher e aos EUA de Reagan, e o termo já se encontra em desuso, exceto na América Latina. Mas aqui o que se chamou de neoliberalismo nada mais foi do que os cortes e medidas de austeridade indispensáveis para tirar os países da crise que combinava recessão com hiperinflação, produto do colapso do modelo nacional-estatista nos anos 80. O Chile entrou cedo no dito neoliberalismo porque lá o nacional-estatismo também entrou em colapso mais cedo, por causa da radicalização promovida por Allende no início dos anos 70.

    E se o que aconteceu no ciclo direitista dos anos 90 não foi o neoliberalismo, tampouco o ciclo esquerdista que se iniciou na década seguinte implementou o projeto revolucionário da esquerda latino-americano. Esse projeto foi consistente e bem delineado até os anos 80, mas esboroou-se com a queda do Muro de Berlim em 1989 – a falência do modelo ficou provada antes mesmo dele ser implantado aqui. O que os governos de esquerda fizeram na última década foi uma reciclagem do modelo nacional-estatista que havia entrado em colapso nos anos 80, aumentando a presença do Estado na economia, aumentando os gastos públicos, inchando a folha de funcionários públicos, fazendo os bancos públicos emitir moeda para distribuir aos empresários amigos, etc.

    A integração regional e o relativo desligamento da órbita dos EUA, apontadas pelo autor do artigo, nada mais são do que consequência da perda de relevância da América Latina no contexto global. Até os anos 60 a América Latina era a região emergente do mundo por excelência, bem como o campo de batalha decisivo da guerra fria. Hoje isso acabou. A região emergente do globo é o sudeste asiático, e não há mais guerra fria, guerrilha de esquerda, conspirações da CIA, nem mais nada, exceto na imaginação dos cultores de teorias conspiratórias. A América Latina pode ir na direção que quiser que ninguém está nem mais olhando.

    Enfim, é isso: não se pode mais falar de um embate Esquerda X Direita nos moldes usados nos anos 60. Atualmente, a esquerda no poder denota nada mais que um ciclo estatista, com aumento de gastos públicos e inchaço da máquina do estado. A direita no poder denota nada mais que a recuperação da economia após o colapso do ciclo estatista, período este que inevitavelmente acarreta sacrifícios para a população, e que paradoxalmente prepara o terreno para um novo ciclo estatista, pois esse é o desejo de um eleitorado que vê no Estado um papel paternal e cujo sonho de melhoria de vida é fazer um concurso público e viver à sombra do Estado. O liberalismo, como ideologia, é pertinente a povos que prezam a liberdade individual e acreditam em sua capacidade pessoal de empreender, fundar negócios e triunfar sem depender de ninguém – nada a ver conosco.

    Para responder à pergunta de Emir Sader, então, basta redarguir: se você faz sempre a mesma coisa, por que se admira de chegar sempre de volta ao mesmo lugar?

    1. Apostar na falência da

      Apostar na falência da divisão entre esquerda e direita a partir da ideia de que as condições morais do liberalismo são determinantes para o desenvolvimento é uma falácia ingênua. Se quiser defender as condições de liberdade econômica à nível individual sugeridas pelo liberalismo, não se pode usar apenas a questão da moralidade como argumento, pois você defende algo com ele mesmo…

      “Vende mais porque é mais fofinho, lógicamente do mesmo modo que ele é mais fofinho porque vende mais”

       

       

    2. Redundante seu comentário

      Apostar na falência da divisão entre esquerda e direita a partir da ideia de que as condições morais do liberalismo são determinantes para o desenvolvimento é uma falácia ingênua. Se quiser defender as condições de liberdade econômica à nível individual sugeridas pelo liberalismo, não se pode usar apenas a questão da moralidade como argumento, pois você defende algo com ele mesmo…

      “Vende mais porque é mais fofinho, lógicamente do mesmo modo que ele é mais fofinho porque vende mais”

       

       

    3. Mundin qual o seu Mundin

      Mundim acho que o seu ciclo ou pendulo é autista. Que tal olhar a história.  O mundo passou por uma depressão na década de 30 do seculo passado, e foi a intervenção do Estado  Keyenesiana  que  tirou o  capitalismo de uma de suas maiores crises geradas pelo liberalismo. Este mesmo capital liberal que você tanto defende passou a década de 60  até 80 apoiando ditaduras latino americanas extremamente estatistas.  

      Nos governos militares tivemos  conflito entre nacionalistas e entreguistas.  Mas se tem um legado importante  do nacionalismo, foi que as únicas empresas capazes de se contrapor ao capital externo, foram as nossas estatais. Ainda hoje, qualquer inovação tecnológica,  vem de empresas como : Embraer ( depois  privatizada), da Petrobrás, da Embrapa,   Nossa classe empresarial não investe na criação de tecnologia ou de inovação. Na verdade apenas a  parcela da classe empresarial ligada ao capital financeiro é de fato anti estatista. A outra parcela sempre viveu às custas do estado .

       O discurso anti-estatista é apenas  ideológico. O estatismo não foi no Brasil um privilégio da esquerda. O capital e as   elites viveram e ainda vivem do Estado. Este estatismo era uma forma de uma determinada classe ou casta de gerentes , parentes dos CEOS ,  de tratarem o estado como algo privado.  Através da política, a classe empresarial sempre fez das estatais o seu maior play ground.  Mas a dinâmica é complexa. pois o corpo técnico  e gerencial das estatais adquiriram muita força poder e até uma certa autonomia. Mas o ponto aqui é que são empresas como a  Petrobrás e Embrapa,  Nuclebrás, ou centros de pesquisa financiados pelo estado como COPPE ..que buscaram cumprir a missão  de através de  criação e transformação  e apropriação de conhecimentos  e tecnologia fazer nossa economia avançar.

      Quando da febre neoliberal nossas estatais já tinham tanta força que resistiram bravamente à privatização. Ao contrário da Argentina e de outros países  que hoje pagam o preço por isto. Com a democratização as velhas  classes sentiram o perigo de perder  o  controle do estado, e sem bala na  agulha , isto é sem a força do golpe militar, abraçaram a privatização. Venderam ou até mesmo entregaram   algumas de nossas joias.  Mas como o exemplo da Vale  não me deixa mentir, de posse delas   pouco ou nada investiram  na pesquisa, na inovação e na tecnologia. ( Claro que não posso esquecer de contra exemplos como a EMBRAER.)  Mas de forma geral o nosso empresariado  se preocupou  de fato  apenas com  o lucro imediato. A globalização criou dois tipos de empresários, os mercado dependentes,  associados ao capital financeiro , ou os diretamente associados ao capital produtivo externo. Desculpem , pois talvez esteja simplificando, pois a dinâmica dos últimos anos já criou novos tipos de empresários.  Mas o retrato da classe empresarial é dado pelo que deveria ser o representante do capital industrial produtivo, isto é , o presidente da poderosa FIESP.  Skaf no meio da crise só sabe  repetir o mantra dos impostos, pedir “flexibilização das leis trabalhistas”   e no meio de uma recessão defende um ajuste que ao parar os investimentos do governo pode decretar r a morte para muitos que produzem. Mas talvez Skaf seja representante do capital financeiro, pois o ajuste pode gerar muitos lucros aos bancos .

      O curioso disto tudo é que depois  da crise onde as privatizações de FHC , nos deixou, veio a grande crise econômica mundial. Gerada pelo mais profundo liberalismo de Wall Street. Segundo os jornais da época só comparável a grande depressão. A crise fato foi profunda e esta viva até hoje. Mas no Brasil  foi uma esquerda heterodoxa que se encarregou  de mover o país. E o fez dentro de uma óptica social mas ainda dentro do quadro do capitalismo.  Não  se estatizou nada, mas o estado foi fundamental para a criação   de um mercado interno. Com políticas de inclusão, trouxe 30 milhões de brasileiros para um mercado que alimentou o crescimento da economia com investimentos, incentivos fiscais e políticas sociais , e até uma ação ( menor do que deveria )na direção da reforma agrária. Para os que não sabem a reforma agrária é uma reivindicação por propriedades privadas e é portanto uma reivindicação que a burguesia  deveria ter defendido ao final do império. Além disto  fez um grande trabalho  na formação de mão de obra  que hoje está muito mais qualificada do que décadas atras. Como se pode ver, é curioso que uma esquerda tenha tomado para si  este papel histórico que ainda no momento está longe de um socialismo.

      Portanto Mundim o mundo é mais complexo do que este seu ciclo  autista. Apenas para finalizar, foi no governo Lula e Dilma quando mais empresas foram criadas no país.Boa parte delas pela classe antes excluída. 

  3. AS MAIS DEMOCRÁTICAS (MORALES E CORREIA) SE MANTÉM FIRMES!

    MADURO, O TIPO DE ESQUERDA QUE NÃO PRECISAMOS!

    PORQUE A VENEZUELA NÃO DÁ CERTO!

    Esse é o discurso de gente incompetente, arrogante, intransigente, paternalista ao extremo, e autoritária; que levou a Venezuela a imensas dificuldades econômicas, mesmo sendo um dos maiores exportadores de petróleo do mundo!

    Sr. Maduro, o povo de seu país é pouco instruído, e ainda não tem uma boa cultura política. O sr. está destruindo a democracia venezuelana, construída a muito custo pelo Chaves. Tanto o sr. (ao contrário da Dilma), como o próprio povo venezuelano (ao contrário do brasileiro), têm direito de convocar REFERENDO, e derrubar qualquer lei imposta por seu congresso. E também de convocar PLEBISCITO, e criar impedimentos para qualquer ameaça sobre os interesses populares; bastando para isso que o povo faça um ABAIXO ASSINADO. Entretanto, não temos conhecimento sobre nenhum PLEBISCITO ou REFERENDO durante seu governo, o que o transforma numa verdadeira aberração. Veja como os americanos votam centenas de PLEBISCITOS junto com suas eleições, e países como a Suíça chegam a votar ainda mais:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/502648843204116/?type=3&theater

    Se o google e outros meios da internet estão omitindo e censurando informações sobre a Venezuela, por favor denuncie; e promova uma indispensável exposição sobre o que é feito no sistema político venezuelano. Porque o que chega até nós é apenas isso:

    https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Fz9yBLOivGI

    Bom seria se tivéssemos vendo uma democracia PROTAGONISTA, como a proposta por Chaves. Em vez de ver vídeos como esse, de quem perdeu as eleições legislativas, e está arriscando pôr tudo a perder; deveríamos estar vendo diversos vídeos de PLEBISCITOS convocados pelo próprio povo venezuelano, para superar seus problemas…

    PROPOSTA PARA PLEBISCITO NA VENEZUELA!

    (E POR QUE NÃO NO BRASIL?)

    __Leis aprovadas por PLEBISCITOS, só poderão ser derrubadas por REFERENDO.

    Justificativa: Impedir que um congresso corrupto possa violar importantes conquistas sociais.

    __As áreas de terra numa faixa de 500 metros a partir dos bairros urbanizados e das estradas pavimentadas passarão a pagar o mesmo imposto que as áreas urbanas.

    Justificativa: As áreas rurais próximas à urbanização não podem servir para especulação imobiliária. Se pagarem impostos, essas áreas serão vendidas a qualquer preço, para se livrar do encargo. Assim, qualquer cidadão terá condições de comprar um terreno. Chegará ao ponto dos imóveis serem entregues às prefeituras, quando acabarem os interessados em comprá-los; possibilitando o arrendamento por parte das prefeituras a agricultores, criando um cinturão verde em volta das cidades; que terão alimentos mais baratos e de melhor qualidade. Além de sobrar terras para doação de loteamentos populares; e também para pequenas e médias empresas, que, livres do aluguel, poderão oferecer produtos mais baratos e melhores salários…

    __Cada cidadão terá direito a um único imóvel residencial, uma casa de campo, e uma casa na praia. O primeiro imóvel adquirido além desses, pagará o dobro de imposto, o segundo pagará o triplo, e assim por diante.

    Justificativa: O sr. Maduro não está preocupado contra ameaças às moradias populares? Pois bem, essa medida acaba com qualquer interesse em especular e adquirir moradias populares sem necessidade. Pois quem tem dinheiro sobrando, deve ser direcionado para investimento em ações na bolsa de valores, como fazem europeus e americanos, diminuindo o custo de captação de recursos por suas empresas, e gerando empregos.

    Sr. Maduro, deixe esse papel ridículo, de querer ser a babá do povo venezuelano. Os cidadãos da Venezuela, assim como os do Brasil, precisam emancipar-se, e aprender a se defender sozinhos. Vocês já tem os intrumentos para isso, falta apenas vergonha na cara por parte dos governantes para utilizá-los, e ensinar o próprio povo a defender seus interesses. Aqui no Brasil, infelizmente nem presidente tem direito de convocar PLEBISCITO, que dirá o povo. Essa é uma prerrogativa apenas dos deputados federais e senadores, justamente onde está o que há de mais podre e corrupto. Não jogue no lixo as conquistas do Chaves, faça já esse PLEBISCITO, antes que esse novo congresso acabe com os direitos conquistados com muitas dificuldades, e seu governo vire o maior fiasco da história. 

  4. Não é a esquerda

    Não é a esquerda que fracassou, mas a esquerda amadora, acéfala, republicanista. O exército nem precisou dar golpe desta vez, pois foram tantos erros deixados para trás por Lula, que bastou os próprios nomeados por ele, para destruirem seu legado.

  5. putz, Emir Sader, em sua
    putz, Emir Sader, em sua cegueira ideológica, tem publicado artigos sucessivos para “consumo interno”. Assim vai perder totalmente a credibilidade fora do seu “curralzinho”. Ignorar que a “revolucionária” distribuição de renda foi financiada pela valorização das commodities (o que fica óbvio na presente crise, em especial no Brasil e Venezuela) é menosprezar a inteligência de seu próprio público. Além de não ajudar em nada uma necessária leitura crítica do período.

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