A Folha e a ditabranda

Por Vivi

Nassif vc viu o panel do leitor da FSP de hoje, com a polêmica da “ditabranda” e o ataque a prof. M. Victoria Benevides e a Dr. Fábio Comparato?

A esse respeito escrevi para o Ombudsman:

“Toda vez que eu lhe escrevo juro a mim mesma que será a última, porque escolhi ignorar totalmente o que a FSP publica. Porém, como já disse anteriormente, os absurdos são tamanhos que acabam chamando minha atenção e aí… impossível não me indignar. Como por exemplo, com a polêmica da “ditabranda”, que por si só já é um escárnio, um desrespeito, uma traição aos valores democráticos brutalmente violados no período mais nefasto de nossa história recente, que culminou em décadas de retrocesso e atraso social, econômico e político – e que deixou como herança esse quadro político lamentável – sem falar nas centenas de vítimas de tortura, assassinatos perseguições e exílio!!!!!

Como se não fosse muito mais do que o suficiente, a nota de redação afirma: “Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua “indignação” é obviamente cínica e mentirosa.”

Com este ataque ofensivo, baixo e agressivo a dois importantes e respeitados intelectuais que “ousaram” discordar da opinião do jornal, a FSP finalmente tirou a sua última máscara e mostrou sua verdadeira e repugnante face.”

Parece que a FSP atingiu agora o mesmo nível de esgoto da veja. O que você acha?

A nota da Folha

Nota da Redação – A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua “indignação” é obviamente cínica e mentirosa.

Por Stanley Burburinho

Folha classifica regime militar como “ditabranda” e “Nova falácia da Folha de S. Paulo: ditadura é a PQP!, por Celso Lungaretti”

Folha classifica regime militar como “ditabranda”

Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro

Em editorial – http://www.comunique-se.com.br/conteudo/newsshow.asp?menu=JI&idnot=50907&editoria=237 publicado na última terça-feira (17/02), sobre a vitória do presidente venezuelano em referendo, a Folha de S. Paulo classificou o regime militar brasileiro – entre 1964 e 1985 – como uma “ditabranda”. De acordo com o jornal, esses governos autoritários “partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.

O posicionamento do jornal foi duramente criticado pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo, que o considerou “lamentável”. Em sua opinião, a Folha, num só parágrafo, alinha uma série de “equívocos de caráter político e histórico”.

“Ao dizer que é uma ‘ditabranda’, o jornal esquece, por certo, das mortes ocorridas durante a ditadura. Esquece dos milhares que tiveram seus direitos políticos cassados, que tiveram que se exilar, sem contar os torturados nas masmorras da ditadura. É lamentável que se proceda a uma revisão histórica dessa natureza. O que era negativo passa a ser positivo, dando absolvição àqueles que violaram os direitos constitucionais e cometeram crimes, como o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nos porões do Doi-Codi”, diz Azêdo.

O presidente da ABI lembra também que o direito ao habeas-corpus foi suspenso durante o regime militar: “Dizer que houve acesso à Justiça é uma falsidade de caráter histórico que deveria causar vergonha à Folha de S. Paulo”, diz.

O jornalista Milton Coelho da Graça, preso quatro vezes durante o período militar, também tece duras críticas ao editorial da Folha. Ele afirma que a empresa foi “subserviente à ditadura”, principalmente com a Folha da Tarde.

“Os jornalistas fazem muito bem ao não ficarem lembrando o passado dos jornais que se entregaram ao regime. A Folha comete um erro ao reabrir um debate que a ela não é útil. É bom saber que o jornal chama a ditadura de ‘ditabranda’. Será que a Argentina também foi ‘ditabranda’? Qual o limite para passar de ditadura para ‘ditabranda’?”, questiona.

Em resposta a uma carta de leitor publicada nesta quinta-feira, a Folha explica que na “comparação com outros regimes instalados na região no período, a ditadura brasileira apresentou níveis baixos de violência política e institucional”.

Procurados, o diretor de redação da Folha, Otávio Frias Filho, e o ombudsman do jornal, Carlos Eduardo Lins da Silva, não retornaram aos nossos telefonemas até o fechamento desta matéria.

http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D50905%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D32411881089%26fnt%3Dfntnl

Leia também:

Nova falácia da Folha de S. Paulo: ditadura é a PQP!, por Celso Lungaretti – http://www.comunique-se.com.br/conteudo/newsshow.asp?editoria=237&idnot=50906

Luis Nassif

177 Comentários

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  1. O Ombudsman do jornal teve a
    O Ombudsman do jornal teve a cara de pau de chamar uma leitora de cínica e mentirosa? Jornaleco, é isso que a FSP é.

    Não foi o ombudsman. Foi o diretor do jornal, referindo-se ao Comparato e à Maria Victória Benevides.

  2. A Folha ousa fazer ataques
    A Folha ousa fazer ataques pessoais em nome de sua “redação” para escamotear as aleivosias do referido editorial. É jornalismo de esgoto, sim. É revoltante, mas revelador do primarismo ideológico daquele que se julga o principal periódico do país.

  3. Não é nenhuma novidade essa
    Não é nenhuma novidade essa atitude da FSP. Todos sabemos que os Frias foram colaboradores e ferrenhos defensores dos governos militares.
    Dizer que a ditadura brasileira foi uma DITABRANDA, só porque foi menos perversa do que as demais ditaduras do continente, é o mesmo que absolver um assassino só porque ele tirou apenas uma vida, já que outros ceifaram diversas.
    A atitude dos Frias não só é condenável, como é de um sinismo deplorável.

  4. A ‘Folha de S.Paulo’,
    A ‘Folha de S.Paulo’, enquanto jornal, morreu há muito tempo…Hoje, ela não passa de um panfleto neofascista de quinta categoria, semelhante à ‘Veja’.

    Não percam mais o seu precioso tempo lendo esse lixo…

  5. Somente um veículo
    Somente um veículo “podre”como o é hoje a Fola de São Paulo,para chamar de ditabranda,àquele período nebuloso que passamos,com o conluio não só da imprensa,como da elite dominante e dos adeptos da TFP.
    Querer comparar o que aconteceu no Brasil,na Argentina com o ue correu em Cuba,é querer tapar o sol com a peneira,pois na ilha caribenha ao contrário do que ocorreu aqui,civís e revolucionários,apoiados pela população civil, tomaram o poder dos militares que agiam em prol dos yanques,e aqui foi exatamente o contrário,e foram os militares que tomaram a poder conquistado nas urnas pelos políticos da época.
    O que a Folha não aceita é ue revolucionários como o companheiro Chaves,seja reconhecido como líder pelo povo venezuelano,e tenha seus poderes constitucionais prorrogados,e admirado pelos seus compatriotas.

  6. A FSP representa poderosos
    A FSP representa poderosos interese nao democraticos, e a funcao primaria eh moldar a opiniao publica nao informar.
    O mesmo a Globo e outros.

    Ficar indignado com o q aparece na FSP eh ingenuidade de mais.
    Nunca perderia tempo a escrever uma carta a FSP.
    Nem perdo tempo a ler o jornal se nao a ver a forma de propaganda e mistificacao usadas. Idem com a Globo.

  7. Depois de tantas
    Depois de tantas manifestações de desagrado a Folha irá se retratar:
    vai dizer que era uma democradura…
    Na mais coerente com quem partilhou com o regime o conceito de democracia relativa enquanto o pau comia feio nos porões.
    Aderiu às diretas já por mero marketing, quando não tinha mais jeito.

  8. Há aproximadametne um ano
    Há aproximadametne um ano cancelei minha assinatura da Folha de S.Paulo. No momento do cancelamento a atendente me perguntou sobre os motivos do fim daquela relação de algumas décadas. Explicados os motivos sobre a forma como eu estava enxergando a atuação do jornal, eu disse que estava com saudades daquela Folha de “rabo preso com o leitor” e que quando e se ela voltasse a antiga relação poderia ser reatada. Pois é, parece que a Folha voltou no tempo um pouquinho demais, passou pelos anos 80 e foi parar lá nos anos 60 quando, no mínimo, aceitou o golpe militar sem maiores pendores democráticos.

  9. A Força Serra Presidente –
    A Força Serra Presidente – FSP é que não tem moral nenhuma para fazer juízo de valor sobre quem quer que seja.
    Os atos e postura desse jornal no período da ditadura são condenáveis e abjetos.
    A Força Serra Presidente deve estar com saudades da ditadura, poque para eles o regime militar deve realmente ter sido uma
    “ditabranda”, afinal eles emprestavam seus veículos para o DOI-CODI e o DEOPS transportar os presos políticos da ditadura para serem torturados ou “desovados”, como era a terminologia da época.
    A Força Serra Presidente perdeu uma ótima oportunidade de ficar com sua fétida boca fechada.
    De positivo no episódio, apenas a constatação que a máscara da FSP finalmente caiu. E ainda dizem que são um jornal a serviço do Brasil.
    Estão se transformando num pasquim político oposicionista e um dos baluartes da imprensa marrom brasileira.
    Eu já cancelei minha assinatura da Folha faz mais de 4 anos, pois se eu quiser saber sobre política partidária da oposição, acesso diretamente o site do PSDB.
    Triste fim.

  10. Segundo a Nota da redação, a
    Segundo a Nota da redação, a Folha “respeita a opinião de seus leitores”, menos a dos professores Comparato e Benevides, e a dos que pensam como eles, ou seja, as vitimas da ditadura.
    A voltagem devia ser baixa não é? Ditadura só com 220 W para cima.
    A Folha pensa como a Ditadura por isso querem se chamados de “ditabrandos”.Eles, o Fleury , o Ustra(Major Tibiriça) e demais. Afinal, eles, os brandos agentes da dita, só queriam evitar que o Brasil virasse uma imensa Cuba.
    Todos heróis.

  11. É um escândalo o que faz a
    É um escândalo o que faz a Folha. O que consola é que a internet vai engolir esse tipo de jornalismo. A multiplicidade de opiniões vai derrubar a “ditabranda” que pratica este jornal. Seus colunistas, com textos cada vez mais fracos e tendenciosos, terão que descer para a linha de combate da internet… aí ficará difícil escrever bobagens de maneira tão gratuita. Se bem que acho que eles são fraquinhos mesmo em qualquer posição. De toda forma, na internet o debate fica mais forte. Porque nos jornais a qualidade está muito baixa. Na Folha, salvo o Kennedy Alencar, a coisa anda muito feia mesmo… Com a coisa da ditabranda a Folha entrou mesmo numa “FRIAS”….

  12. A ditadura foi horrível, nada
    A ditadura foi horrível, nada justifica sequer uma morte, a democracia deve ser o princípio de tudo. Nada justifica qualquer ditadura, de esquerda, direita ou de centro.
    Dito isso, acho que o comentário está um pouco forte. A par da ditadura ser a estupidez que é, colocar todos os males de nosso brasil varonil em suas costas é muito simplório.
    Senão vejamos: “décadas de retrocesso e atraso social, econômico e político – e que deixou como herança esse quadro político lamentável”
    Ao que eu saiba, embora seja nascido em 77, nossos políticos pré-golpe não eram uns vestais, mas sim muito bandido ali já havia. E se houve vários desatinos econômicos na ditadura (transamazônica é algo inacreditavelmente burro), houve também alguns acertos na economia, ainda que por um tempo.
    A verdade está, invariavelmente, no meio.

  13. Luís, quando se faz alguma
    Luís, quando se faz alguma referência ao ‘seu” Frias e a colaboração com
    a Operação Bandeirantes,você “evita” o comentário. Pelo que se observa, o “periódico paulista”, prepara-se para conduzir camapanha à sucessão presidencial ,pela direita guararapes. Preocupa,por um lado,por outro esclarece.

  14. Acredito que esse tipo de
    Acredito que esse tipo de matéria serve hoje à folha e a diversos meios de comunicação, especialmente escritas, apenas para criar polêmica e faturar com a repercussão. Considerando o restante do jornal, também não é de surpreender. Creio que o melhor é ignorar o jornal como um todo. E em situações como essa ridicularizá-lo, por que é isso que vem se se tornando a imprensa no Brasi, ridícula.

  15. Interessante o raciocinio


    Interessante o raciocinio

    Já que vc não reclama de Cuba, não reclame dos porões do DOPS

    E assim a Folha constrói seu pensamento

  16. O slogan do Observatório da
    O slogan do Observatório da Imprensa é: “Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito”. Há muito tempo (não por questões políticas e mais por causa da característica do trabalho da imprensa- sobre como são selecionados os fatos que devem ser notícia) meu lema passou a ser o mesmo, só que parando a frase antes de “do mesmo jeito”. Para que ler sobre assuntos que, na maioria das vezes, não têm nenhuma relação com o que acontece no mundo? Ler opinião desses ignorantes (não burros!) como se essas refletissem a realidade só porque são jornalistas ou editorialistas da folha?

  17. Nassif,

    Isso é uma
    Nassif,

    Isso é uma evidência histórica. A Folha e demais jornais brasileiros apoiaram, nem que fosse nos bastidores a ditadura.

    As operações de “salvamento” de alguns jornalistas ou o simbolismo de alguns gestos supostamente heróicos não passaram de maquiagem.

    A grande imprensa brasileiro foi e é pró-ditadura militar.

  18. Enviado por: Mário Mendonça
    Enviado por: Mário Mendonça

    Caro Luis

    Novamente lhe pergunto; quando vai começar seu dossiê contra a Folha, Estadão, Globo ???
    resposta do braga:
    mario sugiro voce fazer o seguinte:
    pegue o dossie veja e troque o nome para folha, estadão etc…
    os jornalistas são os mesmos, só que em cada publicação eles usam pseudonimos ou nicks diferentes.
    assim o nassif economisa tempo.

  19. A FSP nunca teve o rabo
    A FSP nunca teve o rabo solto. Teve-o aberto… Que lixo de jornal. Não ganha meu suado dinheiro há muitos e muitos anos. Nunca mais ganhará!

  20. O sucesso de Chaves na
    O sucesso de Chaves na Venezuela assusta a direita nacional. Pode ser um caminho para um terceiro mandato de Lula com apóio popular maior daquele obtido por Chaves.

    Nesta evidência, a direita apela para o único meio que supõe ter: a ameaça de mobilizar as “forças vivas” tal como o fizeram outrora. Esse namoro demorado com a ditadura militar não é de hoje.

    Se enganam radicalmente; acho que as ditaduras militares na américa latina tiveram o seu fim no fim da guerra fria; sem o apóio descarado dos Estados Unidos não há mais possibilidade de golpes militares no continente. Não há URSS nem China que assuste os norteamericanos para entrar numa aventura na AL.

    Mas é bom saber como pensa e aje a direita “democrática” brasileira!

  21. A sensacao q eu tenho e’ q a
    A sensacao q eu tenho e’ q a Folha cria essas polemicas para tentar aumentar a circulacao do jornal.
    Falar uma m… como essa nesses tempos de internet com blogs espalhando noticias e opinioes ou e’ muita ingenuidade ou e’ proposital

  22. Olha, deixa-me dizer uma
    Olha, deixa-me dizer uma coisa. Os blogs dos jornalistas independentes, como este, o do PHA, só para citar os mais acessados por mim, estão caindo no golpe da Folha. Como ela está com nenhuma credibilidade e tiragem que vem despencando ladeira abaixo, ela está criando matérias polêmicas, como essa tal de “ditabranda” e esses blogs correm logo a comentar e com isso o objetivo dela esta alcançado. O público que jamais irão comprar e ler esse jornal fica conhecendo essa polêmica e não é dificil crer que esse tenha a curiosidade em comprar o jornal ou então assinar o porta UOL. Explico: Por exemplo, o PHA vive comentando as bobagens que a Folha publica, cita a matéria e o link para acessar a Folha. Só que quando você clica no link, está lá que é só para assinantes, isso sem dizer que frequentemente o site do PHA quando é o caso, já cita antecipadamente “só para assinantes”. Parem com isso gente!!!

  23. Vivi, Stanley:

    Obrigado por
    Vivi, Stanley:

    Obrigado por terem trazido o assunto aqui.

    Quando li o editorial na terça-feira pensei em postar um comentário, mas acabei tomado por outros assuntos e deixei passar. Outros leitores o fizeram depois, eu mesmo postei a carta do leitor Sergio Pinheiro Lopes, publicada no painel do leitor de ontem da FSP. Mas não publiquei a cínica resposta do jornal relativizando os crimes da ditadura brasileira na comparação com outras ditaduras.

    Até então o assunto não havia entrado na pauta do blog. Sua manifestação ao ombudsman, além da pertinência e contundência, traz o tema para este blog, o melhor canal para a rápida propagação do assunto, já que se trata do blog de maior credibilidade e repercussão da internet.

    Quando se trata deste assunto, não podemos baixar a guarda sequer por um momento. Quem teve um parente, um conhecido, um amigo vítima da ditadura sabe que não houve nenhuma “brandura” nos DOI-CODI, OBAN, Araguaia, nas mãos dos prepostos dos militares, como o famigerado delegado Fleury.

    A Folha há muito tempo faz parte do mesmo esgoto da Veja. Hélio Gaspari, Jânio de Freitas e mais uns gatos-pingados irrelevantes são a máscara, o verniz, atrás do qual o jornal esconde seu verdadeiro caráter: golpista até a medula contra qualquer governo progressista, especialmente o atual.
    (aliás, deveriam pedir ao Gaspari para mudar os títulos de sua trilogia sobre a ditadura).

    Ao atacar de forma vil e baixa os professores Maria Victoria Benevides e Fábio Comparato, põe à mostra sua própria versão ditatorial, a ditadura de opinião.

  24. Todo mundo fugiu do
    Todo mundo fugiu do assunto.Benevides e Comparato já condenaram a ditadura cubana ? A ditadura cubana é uma ditadura ou uma ditabranda?

  25. Será que pelo “ditadurômetro”
    Será que pelo “ditadurômetro” da FSP.
    Jornal que empresta seus veículos para o Dops e DOI-Codi comete crime brando?
    Jornal que empresta veículos para a Escola de Mecânica da Armada (ESMA), um dos principais centros de tortura da ditadura argentina, comete crime duro?
    Cai a máscara do jornal “de rabo preso com o leitor”.
    Parece que sempre esteve “de rabo preso com a ditadura”.

  26. Depois de quase 27 anos como
    Depois de quase 27 anos como assinante da FSP, faz 3 anos que deixei de assinar este jornal.
    Agora fico sabendo de mais essa, que só mostra que eles não tem NENHUM apreço pela democracia.
    Fazer comparação sobre a violência praticada entre as diversas ditaduras da América Latina é violentar nossa capacidade intelectual.
    Quanto mais eles (principalmente FSP e Veja) tem que usar de artifícios para justificar suas posições, mais fica claro que eles estão perdendo a batalha pelos “corações e mentes” da opinião pública.
    É até impressionante como entre os apoiadores até incondicionais do Serra a imprensa já está sendo vista como manipuladora. A atual crise econômica está prestando pelo menos um bom serviço ao escancarar a manipulação desta parte da imprensa.

  27. Não sei por que tanta
    Não sei por que tanta gritaria. Uma análise desapaixonada do período mostra que realmente a ditadura militar brasileira – se comparada a outras como a Argentina ou Chilena – foi deveras branda. Evidentemente, não estou querendo defender o arbítrio. Muito pelo contrário. Mas para o bem da verdade histórica é importante que se diga: apesar do autoritarismo tínhamos (em um bom período do regime) Congresso e Judiciário funcionando; tínhamos eleições para o Legislativo; tínhamos alternância de poder. Um recente estudo mostrou que até AI 5, o STF concedeu mais hábeas corpus do que denegou. Ora, temos ou não uma ditadura muito peculiar? Um regime arbitrário que mantinha algumas prerrogativas de democracia representativa.
    Repito: não se trata de não se solidarizar com aqueles que morreram ou foram torturados…

  28. Lamentável a resportagem (que
    Lamentável a resportagem (que eu não li) da FSP.
    O Waldimir Herzog deve ter se revirado no caixão. Este blog deveria publicar a foto do “suicídio” dele.
    Eu presenciei torturas físicas e psicológicas no PIC (Pelotão de Investigações Criminais) em Brasília, tiros pelas costas em “terroristas” no Bico do Papagaio, mães sendo colocadas nuas nas celas juntamente com o filho (tortura psicológica). Militares cuspindo em encarcerados (PIC).
    Ainda tem mais, infelizmente tenho que informar: O pessoal do Projeto Rondon, em missões cívico-sociais, ficavam nas cidades pequenas (Araguaína, Colinas de Goiás, etc.) enquanto os militares partiam para a caça com forte armamento em busca de armas poderosíssimas que era a forte ideologia da liberdade.
    Quanta dificuldade tem o Brasil para o surgimento de líderes, após 1964.
    Basta, FSP.

  29. Que eu saiba, seu Eduardo
    Que eu saiba, seu Eduardo Salina, a Folha estava falando de Ditabranda em relação ao Brasil. porque os dois deveriam escrever uma carta protestando contra a ditatura cubana? Esse argumento já cansou. Nós somos brasileiros e a ditadura que sofremos foi aqui.

  30. Então, temos que:

    Para
    Então, temos que:

    Para criticar a nossa ditadura temos primeiro que criticar a ditadura de Cuba.
    Entendi. Então os professores terão que apresentar, ao escrever a respeito do Dops e OBan outros textos a respeito da policia cubana. Tudo certo. Nada primário.

    Por outro lado, quando algum dos enviados especiais publicarem artigos criticando Cuba, terão antes que apresentar o que exatamente?

    Acho que encontramos um caso clássico de cachorro correndo atrás do rabo (que não está preso ao leitor, obviamente)

  31. Nassif,

    esta da “Ditabranda”
    Nassif,

    esta da “Ditabranda” é demais, não é mesmo? Talvez devemos perguntar aos familiares de cerca de 400 mortos e outros milhares de torturados pela tal, se concordam com qual dos adjetivos preferem qualificar aquele regime que a FSP apoiou: “Branda” ou “Dura”?

    O mesmo raciocício distorcido usado para a nomear como Ditabranda o regime militar brasileiro é usado para a definir a democracia venzuelana, assim como outras na América Latina atual.

    Para a colunista da Folha aprimorar o regime democrático, com reformas e consultas populares constantes, é retrocesso no sistema democrático e não evolução. Para ele o fato do regime ser de esquerda desqualifica o aprimoramento do sistema. Para o mesmo a democracia é um sistema estático que não deve ser tocado, que deve continuar engessado para privilegiar a elite. Quando se inicia algum processo de expandir os benefícios para os mais pobres tratá-se de “populismo”.

    Um abraço,

  32. O que mais entristece não é a
    O que mais entristece não é a descoberta de que no Brasil mais um jornal se afunda na lama e no esgoto. É descobrir que esse jornal é a Folha de S. Paulo, outrora um jornal decente (ou aparentemente decente).
    Infelizmente a linha do reacionarismo do jornal já era perceptível há muito tempo. Agora deu também para defender ditadores e assassinos. Lamentável.

  33. Fábio Konder Comparato,
    Fábio Konder Comparato, cínico e mentiroso? Que estatura moral ou intelectual a Folha de São Paulo tem para referir-se a um dos ícones da inteligência e probidade brasileiras nestes termos? Por acaso é cínica e mentirosa a Folha por não ter repudiado o regime militar de direita? Alegar censura é fácil. É a coragem cívica que diferencia quem fica na história e quem é figurante dela. O Pasquim era publicado na mesma ditadura em que viveu a Folha. E não ligava para as seguidas apreensões de seus exemplares. A Folha, ao contrário, atendendo a ” pedidos” superiores, demitiu Cláudio Abramo de sua editoria_ um dos maiores jornalistas da história do país_ e colocou em seu lugar Boris Casoy, uma espécie de elo perdido da transição de narrador para apresentador. É aí que ela mostrou sua independência? Um jornal que não tem sequer a honradez de demonstrar suas preferências ideológicas_ ludibriando, portanto, seus leitores_ não possui credenciais para impingir epítetos injuriosos a ninguém.

  34. Vamos esfriar (sic) a cabeça
    Vamos esfriar (sic) a cabeça um pouco. A Folha está sim em dificuldades financeiras. Tenta vender todo tipo de artigos junto ao jornal; a tiragem diminui e a os jovens já tem uma postura crítica em relação a ela; a net e os blogs já colocaram no ridículo os seus jornalistas (?). É notório o estado de nervos que impera na Folha, e aí as coisas começam a surgir, como é ocaso do Josias de Souza chamando Dilma e Marta Suplicy de vagabundas, e agora o editorial que literalmente perde a cabeça, que já não tinha mais. A situação lá dentro é de um grande inferno. A questão é de prosseguir na sobriedade de argumentações e nos blogs, como este do Nassif, onde podemos, como cidadãos cultivar os dois lados da moeda- prós e contras um fato social. Concordo com alguns leitores de que o cultivo da raiva só faz entrar no jogo da Folha, pois o sensacionalismo evoca reações emocionais, e se ficarmos presos nelas estaremos fazendo o seu jogo. Acreditem ou não, a blogosfera em muito já modificou a situação, e nisso tudo temos que construir um país moderno, no qual os argumentos e a razão de propósitos sejam soberanos.
    A nossa força é a sobriedade e força de propósitos, e não reações intespetivas. Isso pode parecer invisível aos nossos olhos, mas é de uma força imensa. É através disso que estamos mudando as coisas, e daí surgirão novas idéias e formas de divulgação. Vamos para o novo e enterrar definitivamente o arcaico e o velho, cristalizado aqui no coronelismo da Folha.

  35. Será que a folha quer ser uma
    Será que a folha quer ser uma VEJA da vida? Espero que não haja silência aos jornalistas e políticos sérios em relação a isso, sabemos que a Folha tem o rabo preso com a ditadura, agora solta uma dessas??? Absurdo!!!!!!!!!!

  36. Vamos ser realistas.

    A
    Vamos ser realistas.

    A ditabranda brasileira foi instaurada quando a democracia brasileira começou a correr riscos devido a grupos radicais, de inspiração comunista que insistiam em promover a luta armada e acabar com a democracia.

    O mundo tem uma larga experiência e exemplos do que ocorre a um país após o comunismo ser implantado. Comtan-se aos milhões, as vítimas do comunismo no mundo, e o Brasil caminhava para a carnificina.

    Tanto é que a ditabranda brasileira contou com apoio de amplos setores da sociedade civil, e os radicais comunistas nunca conseguiram apoio popular e acabaram derrotados.

    No saldo final o país ganhou. Ganhou em vidas, o país deu um salto para frente na economia e na modernização, ocorreu o milagre brasileiro e a industrialização brasileira que fez as bases da grandeza que o país tem hoje.

    Não consigo entender como pessoas podem ser contra a ditabranda brasileira e a favor da ditadura comunista. Não consigo mesmo.

  37. Essa da Folha me fez lembrar
    Essa da Folha me fez lembrar a letra do Cazuza: “Brasil, mostra a sua cara”. Ao falar em “ditabranda” a FSP deixa o cinismo e a mentira de lado para mostrar a cara.
    Depois dessa, A Folha de São Paulo vai acabar.
    Que espetáculo impressionante assistir à Folha e a Veja cavandos as próprias covas no cemitério da História. Não achei que ia ver isso!
    E um VIVA para os professores Comparato e Benevides!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  38. Pra um veículo d imprensa q
    Pra um veículo d imprensa q foi mais q um Pravda tropical pelo seu apoio mto além das palavras à (esperamos) última ditadura no Brasil, não se podia esperar outra coisa, ou seja, acusar seus ingênuos leitores d suas próprias práticas, cínicas e mentirosas, procurando desviar a atenção das mesmas.

  39. Cancelei a minha assinatura
    Cancelei a minha assinatura do UOL imediatamente após ler isso.
    Postei no meu blog e vou enviar para o maior número possível de pessoas.
    Esta parte da imprensa só vai rever sua postura quando sentir no bolso.

  40. Está na hora dos intelectuais
    Está na hora dos intelectuais paulistas e brasileiros se unirem em desagravo à Professora Maria Vitória e ao emimentíssimo jurista Fábio Comparato. Um país onde figuras deste naipe intelectual e moral são publicamente achincalhadas por uma empresa que publica um jornal para defender seus outros ramos de negócios, ou reage ou renuncia à Civilização.
    A FSP deveria publicar um “Erramos” de página inteira, desculpando-se pela maneira grosseira, autoritária, primária, com que agrediu dois dos mais importantes pensadores e cidadãos brasileiros. Deveria pedir perdão ao povo brasileiro por ter emprestado seus carros, pintados com o logotipo dos jornais que publicava, para que esbirros transportassem presos até centros de tortura e assassinato.
    Proponho um manifesto encabeçado por artistas e intelectuais e aberto à subscrição de cidadãos livres, contra o obscurantismo que esta empresa Folha da Manhã S/A (ex-rodoviária Caldeira-Frias) pretende impor, queimando intelectuais em praça pública.
    E um total boicote a todos os produtos e empresas que ainda anunciam naquele panfleto de extrema-direita, anti-nacional e desonesto na forma e nas intenções.
    BASTA!

  41. NÃO É JUSTO?

    Quando é do
    NÃO É JUSTO?

    Quando é do PSDB a Folha de São Paulo exige provas.
    No caso do PT e do presidente Lula não é necessário
    Sem provas, PSOL acusa Yeda de prática de caixa 2 e desvios.
    Partido diz que vídeos revelam envolvimento direto de governadora no caso Detran.
    Acusações surgem dois dias após morte de ex-secretário da tucana; empresário teria entregue fitas em acordo de delação; Justiça não confirma.
    GRACILIANO ROCHADA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

    comentário: é ou não é uma “imprensa isenta”?

  42. A Folha tem todo o direito de
    A Folha tem todo o direito de fazer isso. Assim como é razoável a apóstrofe dirigida aos dois professores: há toda uma simpatia anti-democrática que faz parte dos costumes políticos e ideológicos da esquerda e que deve ser denunciada. E, no final das contas, é melhor que o “tavinho” se revele como realmente é. Amigos comuns já me disseram que ele é visceralmente liberal, no sentido americano do termo, além de simpatizante de um certo darwinismo social, o que o coloca, naturalmente, nas antípodas do presidente, para citar apenas um exemplo, que por outro lado parece não ter nenhum apreço por ele (diga-se de passagem, com toda razão). O que eu acho que não pode é falsear a verdade por causa de simpatias ideológicas. O governo desse presidente, por exemplo, assim como as ações pessoais do mesmo, é o mais democrático e livre que já tivemos, a despeito de todos os fantasmas que uma certa oposição insiste em lançar sobre ele. E se é hipócrita a indignação de quem defende a democracia em casa enquanto simpatiza com a ditadura alhures, é da mesma forma hipócrita, talvez ainda mais, mostrar indignação contra a corrupção dos outros enquanto se dá vida boa ao maior corrupto do Brasil. Isso, sim, é uma verdadeira aula de hipocrisia

    O Otavinho descobriu o liberalismo de Merchior em 2006, com vinte anos de atraso e quando o ciclo ultra-liberal já estava prestes a terminmar.

  43. 20/02/2009 – 13:07 Enviado
    20/02/2009 – 13:07 Enviado por: eduardo salina

    Exatamente. Se Comparato e Benevides condenam a ditadura militar brasileira, mas fazem ‘vistas grossas’, se não admiram propriamente, as ditaduras de esquerda, o discurso de ambos torna-se inócuo. Não li a matéria da FSP, nem pretendo, pois se relativiza a ditadura brasileira, já cai em descrédito. Mas qualquer que venha a criticá-la (a ditadura), ‘ignorando’ outras tão ou mais potencialmente destrutivas, perde o respeito desde o início.

    Nesse aspecto, a resposta da FSP tem sentido, mas não justifica o retrocesso que foi a matéria.

    Pois é, mas quem considera que a ditadura brasileira foi branda (e foi, em comparação com a argentina), como considerar que a Venezuela é uma ditadura? Esses relativismos são fogo por isso.

  44. Qualquer ditadura é dura, e
    Qualquer ditadura é dura, e não é jogo de palavras! Fim do habeas-corpus, tortura disseminada, prisões arbitrárias no silêncio da noite, morte. Como se mede a dureza? Pelos volts dos choques elétricos? Pelo número de militares-torturadores que estupravam grávidas na frente de maridos e filhos?
    Nojo da Folha. E de quem defende ditadura, de que nível for (se isso lá for possível mensurar).

  45. Sugiro a leitura do livro
    Sugiro a leitura do livro “Cães de Guarda”, que traz uma pesquisa sobre a censura a partir do AI-5 e informações sobre as empresas de comunicação que colaboraram com a ditadura. Para quem leu o livro, o editorial da Folha não surpreende.
    Atualmente a Folha faz parte do projeto político de direita que deseja instituir uma Plutocracia no Brasil e o candidato desse grupo chama-se José Serra.

  46. Nassif

    Prá quem está
    Nassif

    Prá quem está surpreso com a FSP, sugiro uma leitura ao livro da professora Beatriz Kushinir que, com certeza, não se estranhará com mais nada que essa empresa publica.

  47. “”O sucesso de Chavez na
    “”O sucesso de Chavez na Venezuela assusta a direita nacional.”” Será humorismo? Que sucesso? Que direita? A unica coisa que foi sempre razoavelmente organizada na Venezuela foi a industria petrolífera, exploração e refino, incluindo a ramificação americana, a CITGO, que chegou a ter 14,000 postos do Texas à Florida. Tudo está em completa decadência, a produção petrolifera, agricola, pecuaria e industrial caiu em relação ao que era há dez anos, a violência explodiu causada pela miséria e falta de policiamento, os supermercados estatais MERCAl são um antro de corrupção e desabastecimento, aonde o sucesso? Nos pratos de sopa nas favelas? No SUS cubano pago com 50.000 barris/dia enviados de graça à Cuba (não paga só os médicos mas tambem os 20 mil homens da policia secreta cubana na Venezuela)? Quanto à direita brasileira, em torno de onde será que ela gravita? Se for da FEBRABAN estão satisfeitissimos com Lula, nunca antes os lucros bancarios foram tão altos em numeros absolutos e relativos, entregou a eles o Banco Central em uma escala maior do que no governo anterior. E Serra é o chefe da direita? José Serra, com quem jamais simpatizei, tem um curriculo de esquerdista muito mais volumoso dos que os esquerdistas do circuito USP-Vila Madalena que mandam cartas à Folha sem sair de seus jardins de inverno, Serra pelo menos teve que vagar pelo mundo com documentos frágeis fugindo das repressões brasileira e chilena, coisa que a maioria da turma do PT-chique não precisou fazer, o tempo de prisão de Lula foi bem menor que a de Paulo Maluf e o carceireiro está na base aliada no Congresso que apoia o Presidente.
    Quanto à atribuir tudo ao regime militar, francamente é demais. O eixo da politica nacional de hoje vem do PMDB e da Constituição de 88, produto desse mesmo conjunto de forças, que já existia antes de 64 na alainça PSD-PTB, grupo do qual vieiram Ulysses Guimarães e Tancredo Neves e de cujas costelas saiu o nucleo central, a cultura e os processos da atual politica nacional.. Eram opositores ferrenhos do regime militar, como então atribuir aos militares o estado atual da politica brasileira?
    Dá para debater amplamente politica mas com essa salada ideológica fica dificil, é preciso levantar as plataformas de discussão, elevar o nivel, depurar os fatos e seus desdobramentos com clareza. O regime miliar teve repressão e desenvolvimento, vamos analisar os dois e colocar na balança. A luz que acende nossos computadores vem das usinas construidas naquele periodo, depois pouco se fez em grandes obras hidroelétricas, em pontes, estradas, aeroportos, etc Comparada à nefasta ditadura argentina de 76 a 83 , o regime militar brasileiro
    foi infinitamente melhor em resultados e menor em repressão.
    Politica e história não é torcida de futebol, não pode ter essa paixão, um certo distancimaneto é fundamental para o processo de analise e avaliação.

  48. Concordo com o Isaiah. Não
    Concordo com o Isaiah. Não sei porque tanta gritaria. Ainda hoje temos na américa latina uma ditadura muito pior que aquela, Cuba. E outros países indo para o mesmo caminho (venezuela e nicaragua).
    Ditadura é um horror não interessa se é comunista ou de direita.

  49. Me parecem injustos esses
    Me parecem injustos esses ataques à Folha. Não tivemos aqui nem campos de concentração, nem fornos crematório. As torturas eram feitas com base científica e acompanhamento médico. Nosso esquadrão da morte foi conduzido por gente da maior seriedade, como odelegado Fleury. A exemplo da Argentina, tivemos revezamento de generais no poder, nada parecido com Cuba ou com o Chile. Houve mortes, é claro, mas em geral de pessoas despreparadas para a tortura, ou, pior, de suicidas que só queriam denegrir nossas Forças Armadas. É claro que houve excessos, isso o próprio presidente Médici reconheceu, mas nada que se compare aos novos tempos autoritários de governo Lula. É evidente a má fé dos dois leitores citados. Acho até que, a Folha devia conceder a partir de agora um selo de qualidade dizendo quem está e quem não está autorizado a falar em nome da democracia.

  50. Comparar a ditadura militar
    Comparar a ditadura militar brasileira com a do Chile e Argentina e daí tirar a conclusão que aqui foi mais “branda” é esquecer que os movimentos de esquerda no Chile e na Argentina que o fascismo reprimiu, foram muitíssimo mais organizados e com penetração popular muito maior do que no Brasil. A ditadura brasileira fez o que foi necessário para erradicar todo processo que a ameaçasse: matou, torturou, exilou, reprimiu brutalmente. Não foi maior a quantidade de mortos,de torturados, de exilados, porque os movimentos contra a ditadura foram menores e mais frágeis. No cerne, foram todas iguais; todas dentro do mesmo figurino, aliás, figurino em que a “inteligência” norteamericana teve papel preponderante.

    Quanto à ditadura de Cuba…. nunca ficou demonstrado que o governo revolucionário cubano se mantenha à revelia do povo. Reprimiu a oposição (o que eu acho que foi burrice) por considerar que era contrarevolução. A fuga de cubanos para Miami não foi diferente da fuga de mexicanos para os Estados Unidos. E ninguém fala da ditadura no México.

    A permanência de Chaves por quantos mandatos o povo venezuelano queira dar é exatamente igual à permanência no poder de Felipe Gonzalez e do PSOE na Espanha, e ninguém ousa falar na ditadura dos socialistas espanhois….. Em ambos casos houve eleições limpas e escolha popular.

  51. O sujeito que agride uma
    O sujeito que agride uma leitora que chama o jornal às falas, denunciando a falta de decôro no jornalismo atual e assina simplesmente ” nota da redação”, …é óbviamente “cínico e mentiroso”, mas sobretudo é COVARDE !

  52. Nassif, por falar em Folha,
    Nassif, por falar em Folha, lembrei-me de uma Manchete de capa da Veja de 2007, com a foto de Che guevara, afirmando que o mito não era nada do que a juventude dos anos de chumbu pensavam. E no interior da revista, denegrindo tudo que Che fez e representou para minha/ nossa juventude. Povo deste Blog coloque na geladeira os Frias, Reinaldos e Mainardes. Abraços.

  53. Ditabranda ou ditadura,
    Ditabranda ou ditadura, acabou no Brasil depois de 22 anos.

    Ditabranda ou ditadura, existe em Cuba há meio século, a maior parte com el comandante supremo.

  54. Nassif,

    Entendeu porque
    Nassif,

    Entendeu porque sequer li a reportagem? É previsível abrandar a ditadura brasileira e condenar a ‘quase-ditadura’ venezuelana. Só para constar: condeno ambas.

    E seu argumento serve bem para justificar Benevides e Comparato. Como condenar a ditadura brasileira se abrandamos aquelas à esquerda?

    Não tenho porque arrumar esses álibis. Sempre considerei nossos populistas (Vargas) melhores do que os argentinos (Peron), nossos sindicalistas melhores que os argentinos e nossos militares melhores que os argentinos. Até nossos neoliberais conseguiram ser menos piores que os argentinos.

  55. Prezado Luiz;
    Por menor que
    Prezado Luiz;
    Por menor que seja a pretensa ofensa originada da FSP, verdadeira usina de jornalismo marrom, deve ser tomada como elogio. Repercutir o assunto é oferecer um pouco mais de oxigênio no tubo que permite, ainda, uma so
    frida sobre-vida à desenganada folha.

  56. É a evolução natural. Depois
    É a evolução natural. Depois da cobertura das eleições de 2006, da cobertura da Satiagraha, daquele post do Josias de Souza, o que mais podíamos esperar? A Folha vai acabar superando o Prof. Hariovaldo Almeida Prado.

  57. Que estranho este movimento
    Que estranho este movimento em que se envolveram a imprensa, a oposição política e a oposicção social no Brasil: num processo do tipo “mutual admiration society” um empurra, legitima e cobra do outro deslocamentos para posições cada vez mais reacionárias. Parece que o isolalmento social a que se expõem fica obscurecido para cada um pelo aplauso e gritaria do outro.
    Duro é ver que este alinhamento vem incluindo cada vez mais antigos democratas (de quem nunca gostei, mas a quem não negava o caráter democrático), como Serra e FHC

  58. Nassif, acho um absurdo esse
    Nassif, acho um absurdo esse editorial da Folha, único veículo da grande imprensa pelo qual tinha algum respeito. Sempre gostei de ler Clóvis Rossi, o Jânio, o Gaspari, o saudoso Aloísio Biondi, você, o Juca, e até mesmo concordava com alguns editoriais. Minha decepção é muito grande. Não leio mais.
    Mas uma coisa está me incomodando: que a Folha é tucana e mais precisamente, Serrista é bastante claro. Será que este revisionismo tão sem propósito (além do absurda desqualificação por quem não condena Cuba ou Venezuela) não tem a ver com o início de uma campanha contra Dilma, que pertenceu a grupo de guerrilha urbana? Pense só: uma conotação branda da Ditadura não passaria a idéia de que a guerrilha urbana era ilegítima ou desproporcional, que não passavam de antidemocratas querendo instalar uma ditadura comunista? Pra mim, a idéia é essa: atingir Dilma por todos os lados possíveis.
    Parabéns e obrigado pelo blog.

  59. Texto de um amigo meu:

    A
    Texto de um amigo meu:

    A ditadura da democracia

    Referendo popular permite a ditador que continue disputando eleições gerais pelo voto direto.

    Os veículos de comunicação que insistem em caracterizar como ditador o presidente democraticamente eleito da Venezuela, deveriam ao menos deixar explícita a contraditória interpretação em suas manchetes. Neste último referendo o povo venezuelano (não do governo, mas do povo) decidiu permitir que os mandatários do poder executivo de seu país podem concorrer a reeleição de seus mandatos por mais de uma vez.

    Isso diferencia muito o processo venezuelano do brasileiro. No Brasil o presidente, governador ou prefeito só pode se reeleger por uma vez consecutiva e por quantas quiser não consecutivamente. Outra diferença, não muito comentada, está no fato da reeleição em nosso país ter sido estabelecida pela caneta de Fernando Henrique Cardoso sem consulta popular e sem críticas dos meios de comunicação. Vale lembrar também, que na Venezuela o mandato pode ser revogado a qualquer momento com convocação de novas eleições, diferentemente do Brasil.

    A grande crítica do pensamento hegemônico à recente decisão do povo venezuelano se apóia na tese de que se feriu de morte o princípio fundante das democracias ditas modernas: a alternância de poder.

    Essa questão, se tratada de forma menos ideológica pelas sucursais do pensamento único, poderia produzir um rico e importante debate para a construção de processos verdadeiramente democráticos. É necessário que se consiga criar uma democracia que esteja alicerçada no princípio que deve reger qualquer regime que se queira chamar democrático: a vontade da maioria.

    As minorias acostumadas a governar na América Latina se indignam com a possibilidade do povo escolher o seu caminho e se revoltam pelo fato da decisão da maioria não mais colocar o poder nas mãos da minoria econômica. Diferente de grande parte das democracias estritamente representativas, em 15 processos de consulta direta o povo venezuelano definiu governos e tomou decisões constitucionais. Pela participação efetiva da população nos rumos políticos de um país onde o voto não é obrigatório, governos de diferentes partidos foram eleitos, emendas constitucionais foram aprovadas e outras reprovadas.

    Outra grande diferença proporcionada por este tipo de democracia direta foi a alternância de poder, quer as minorias concordem ou não. Pela primeira vez na história desse país latino americano o poder mudou de mãos. Não é incomum nas democracias hegemonizadas pela classe dominante de plantão a alternância de governos e a manutenção do poder nos mesmos grupos políticos.

    O referendo venezuelano nos obriga a refletir sobre a diferença entre a alternância de governante, de governo e de poder. O próprio argumento da alternância de poder reivindicado na crítica ao processo venezuelano não é apresentado em situações onde o poder segue nas mãos da classe dominante. No México o Partido Revolucionário Institucional (PRI) governou por 70 anos seguidos com diferentes presidentes, no Estado de São Paulo o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) governa há décadas consecutivas com o mesmo projeto neoliberal privatizante e na Suécia Tage Erlander seguiu 23 anos ininterruptos no comando. Para poder governar o Brasil todos os presidentes, desde que teve fim os intermináveis 21 anos de ditadura militar, mantiveram os acordos necessários com o mesmo poder hegemônico. Destaque especial para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que esteve em todos os governos através deste mesmo tipo de acordo.

    Historicamente sempre que o jogo democrático deixou de favorecer as minorias na América Latina este foi violentamente interrompido pelas mesmas. Foi assim no Chile de Allende, foi assim na Venezuela de Chávez e tem se tentado o mesmo na Bolívia de Morales. Felizmente as democracias parecem estar se fortalecendo e a estratégia burguesa de golpe de Estado que foi vitoriosa no Chile, não teve a mesma eficiência contra o presidente venezuelano Hugo Chávez.

    Alternância de poder, do governo ou de presidente? Do que estamos falando? Se a máxima que regeu a América Latina durante o neoliberalismo foi: “Para que tudo continue como está algumas coisas precisam mudar”, hoje talvez precisemos dizer que para algumas coisas mudarem é necessário que alguns continuem onde estão.

    Pedro Ekman

  60. Mais do que a atitude da FSP,
    Mais do que a atitude da FSP, acho emblemática a tentativa de alguns participantes deste blog de vincular a legitimidade de qualquer critica ao regime militar e sua rotina de violação aos direitos humanos a uma condenação a outros regimes. Para mim, é a prova definitiva de que esta gente que diz defender a liberdade e a vida, na verdade, vê a liberdade e a vida como valores relativos. É essa mesma gente que enche a boca para condenar o “terrorismo”, mas que se cala quando uma criança é despedaçada por uma bomba lançada por um “Estado democrático”. O discurso democrático é uma conveniência, abandonada sempre que o embate político se acirra.

    E depois tem gente que diz que não existe mais a distinção entre esquerda e direita. Só não existe para quem não percebe que a ideologia reflete um conflito real de poder e de interesses.

    Quem são os cínicos mesmo?

  61. Fui assinante e leitor da FSP
    Fui assinante e leitor da FSP por mais de 20 anos, mesmo quando morando em BH. Hoje não leio nem suas manchetes, graças a Deus temos a Net e outras fontes como este blog para podermos nos informar. Acredito que é a melhor resposta ao compromisso da FSP.
    Obs. Não é de hoje que ela se manifesta de rabo preso, a questão que deixava duvidas era com quem, agora não há mais.

  62. Será que isto não é a
    Será que isto não é a preparação de um ataque à Dilma, notória combatente contra a ditadura militar???
    Se a ditadura militar era “branda”, conceito novo até para a FALHA DE SP, os que a combateram eram malucos, radicais, porra-loucas, esquerdistas insanos e adeptos de ditaduras comunistas, etc….
    Acho que aí tem coisa, e pode ser mais um capítulo da campanha eleitoral da FALHA contra a Dilma e a favor do Serra…

  63. A atitude da Folha foi
    A atitude da Folha foi irresponsável e, de certo modo, ignorante, do início ao fim. O jornal pode ter a opinião que quiser sobre Chávez, mas aplicar-lhe a pecha de ditadura é atentar contra o próprio jornal, que noticiou que o plebiscito foi legal e democrático. Aliás, Chávez se perpetua no poder por meio de eleições – nada a ver com Cuba, por exemplo. Chamar a ditadura brasileira de “branda” é desconsiderar os crimes praticados pelo Estado, que, bom lembrar, era ilegal, instituído por meio de golpe. O ataque aos intelectuais no Painel de Leitores de hoje é ignorante, inclusive, estrategicamente falando, uma vez que ambos são habituais autores de artigos publicados no Tendências & Debates. O ataque ignora a colaboração e fere a “imparcialidade”, o que não é proibido, apenas incoerente.

  64. Ditabranda…. diga isso para
    Ditabranda…. diga isso para a família de Vladimir Herzog e de todos os outros eufemisticamente chamados de “desaparecidos” políticos. Diga isso para os torturados, os exilados, os que perderam seus empregos, os que foram expulsos da escola. Diga isso para quem só teve que viver o dia-a-dia naqueles anos, à sombra da violência e da arbitrariedade.

    Eu ofereço uma tentativa de explicação à percepção dos editorialistas da Folha. Estamos no país cuja independência foi declarada pelo príncipe herdeiro do nosso colonizador. Se a ditadura foi branda, ela o foi com os ditadores, colaboracionistas e com os agressores, que podem manter hoje ao menos uma aparência de consciência leve, de normalidade, ao dvidir o convívio pacífico e democrático com quem, finda a ditadura, poderiam muito bem ter trocado de lugar na prisão.

  65. Por que Otavinho não vai
    Por que Otavinho não vai gastar o dinheiro da herança e põe no lugar que hoje ocupa alguém mais preparado?

    Lula, ainda candidato em 2002, levantou da mesa de um almoço da Folha a que fora convidado, depois de ouvir insultos de Otavinho, que ficou se tremendo e teve de ver a situação ser contornada pelo seu papai.

  66. A FSP deveria deixar o
    A FSP deveria deixar o cinismo de lado e contar a seus leitores(coitados), como foi sua participação na operação Oban, em que veículos da Folha foram usados para transportar “subversivos” para serem torturados.

  67. Vivemos um período perigoso
    Vivemos um período perigoso da História. Aquele em que se tenta reescrevê-la e até apagar fatos. Ao mesmpo tempo em que anti-semitas negam a existência do Holocausto, no Brasil tenta-se negar a existência de um golpe militar em 1964 e de sua subsequente ditadura.
    Recentemente, o Senador Sarney foi sabatinado pela mesma Folha de S. Paulo e disse “não saber que havia torturas” durante o “regime” militar.

    Ora, Sarney foi apoiador de primeira hora da ditadura e a mãe de sua concunhada, a médica Maria Aragão, foi presa e torturada no Maranhão, onde aquele senador era então o governador (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u437992.shtml)

    Depois, o Ministro Edson Lobão disse que não houve ditadura no período 64/85 (http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/10/13/lobao_diz_que_nao_houve_ditadura_no_regime_militar_mas_no_governo_de_getuliio-585925150.asp).

    Não podemos permitir que políticos e parte da imprensa tente mudar a História para esconder seus crimes, suas covardias e suas conivências.

  68. No fora de pauta, pode?
    Aqui
    No fora de pauta, pode?
    Aqui o comentário abaixo foi censurado
    Lamentável a reportagem (que eu não li) da FSP.
    O Waldimir Herzog deve ter se revirado no caixão. Este blog deveria publicar a foto do “suicídio” dele.
    Eu presenciei torturas físicas e psicológicas no PIC (Pelotão de Investigações Criminais) em Brasília, tiros pelas costas em “terroristas” no Bico do Papagaio, mães sendo colocadas nuas nas celas juntamente com o filho (tortura psicológica). Militares cuspindo em encarcerados (PIC).
    Ainda tem mais, infelizmente tenho que informar: O pessoal do Projeto Rondon, em missões cívico-sociais, ficavam nas cidades pequenas (Araguiaína, Colinas de Goiás, etc.) enquanto os militares partiam para a caça com forte armamento em busca de armas poderosíssimas que era a forte ideologia da liberdade.
    Basta, FSP.

  69. Perdôo a inocencia juvenil do
    Perdôo a inocencia juvenil do leitor Alexandre Baseggio,pois quem nasceu em 1977,mesmo lendo todos os livros de história,jamais compreenderá o significado do período de 1964 a 1978(o pico do regime ditatorial)e entende o seu posicionamento de achar que naquele período,tivemos alguma coisa de bom.
    Cai na real,irmão ! você não sabe da missa o têrço,como diria o meu falecido pai !
    Com todos os problemas concernentes ao regime democrático,este ainda é o melhor regime que inventaram,e cá pra nos,a minha geração e a do seus seus pais,criamos as condições para que alguem de apenas 32 anos pudesse expressar suas opiniões e não ser preso. Pergunte pra eles se esta não é a verdade !

  70. Estou embasbacado!

    Quando eu
    Estou embasbacado!

    Quando eu achava que a imprensa brasileira estava passando por uma crise de credibilidade, agora constato que a coisa é muito mais grave.

  71. Todo mundo fugiu do assunto,
    Todo mundo fugiu do assunto, menos o Eduar doSalina.

    O assunto, como todos que leram o texto sabem, é a ditadura cubana. A qual, se comparada com a China de Mao pode ser chamada de ditabranda. Esta, por sua vez, comparada ao stalinismo soviético pode ser rotulada de democradura.

    E mesmo que os ilustres intelectuais M. Vitória Benevides e Fabio Comparato critiquem a ditadura cubana, continuarão sendo cínicos e mentirosos, por não criticarem a ditadura albanesa. E, se o fizerem, seguirão cínicos e mentirosos até que expressem sua repulsa à todas as ditaduras de esquerda, uma a uma, presentes, passadas e quiçá futuras, como a Venezuela, Equador, Bolívia e Paraguai. Ajoelhados no milho, de preferência.

  72. Minha reação é símples: nem
    Minha reação é símples: nem um centavo para FSP, Estadão, O Globo, Veja e assemelhados. Ou eles aprendem a tratar os leitores com respeito ou vão quebrar. Viva os blogs sérios, como o do Nassif!

  73. Respondendo a Nassif:
    “Pois
    Respondendo a Nassif:
    “Pois é, mas quem considera que a ditadura brasileira foi branda (e foi, em comparação com a argentina), como considerar que a Venezuela é uma ditadura? Esses relativismos são fogo por isso.”

    Que tal se consideramos que os homicidios mais que dobraram na Venezuela nos ultimos 10 anos? A situação por lá já nem é mais de guerra, é quase um genocidio.

  74. Depois de mais de 30 anos
    Depois de mais de 30 anos como assinante da FSP, comuniquei ao jornal o cancelamento de minha assinatura. Não tenho a menor necessidade de, pela leitura, compactuar com seu sensacionalismo econômico, sua descarada, mas enrustida, opção política e a exiguidade crescente de suas matérias informativas. As desculpas usadas para justificar a parva criatividade do termo “ditabranda” excedem o caminho do esgoto que a publicação dos irmãos Frias já trilhava. A mim, farão falta alguns colunistas, à empresa sei que não farei falta. Apenas, sinto-me aliviado. Apesar de seus acionistas, continuarei assinante do “Valor”.

  75. Ocorreu uma grande
    Ocorreu uma grande coincidência, ontem recebi uma ligação de uma mocinha que me oferecia a assinatura desse jornal.
    Perguntei se as entregas ainda eram feitas naqueles caminhões amarelos. A coitadinha não sabia de nada, tem 23 anos.
    Disse a ela que tinha medo quando via aqueles furgões e que preferia ler o que me interessasse pela internet.
    Mas já cancelei minha assinatura do uol há seis meses, agora uso Terra, e há tempos que não leio uma linha sequer daquela empresa.
    Também cancelei, há mais de um ano, a assinatura daquela revistinha de consultório.
    Aqui em casa esses papéis só entram embrulhando peixe.

  76. Só pra quem não esteve sob.
    A
    Só pra quem não esteve sob.
    A ditadura era dura mesmo.
    Quem a enfrentou sabe disso.
    Só não foi pior porque a resistência era muito desarticulada e acabou fugida ou na cadeia.
    Mas muitos morreram.
    Ainda bem que a sociedade brasileira encontrou um caminho democrático.
    Quem quer agora achar que a coisa foi leve, é um babaca histórico ou muito calhorda.
    Esse é o perigo.
    A Argentina vem resolvendo sua questão histórica duma forma.
    O Brasil de outra.
    Nenhuma menos dolorosa.
    O Chile carrega tb suas pendências. E lá, como na Argentina, os oportunistas da Guerra Fria desandaram na matança.
    No Brasil, pela sua tradição e pelo fato dos nossos generais serem oriundos da classe média e não daquela classe odiosa dos deserdados da colônia que carregavam nas costas o massacre e o nome.
    O processo democrático começou logo e teve momentos cruciais.
    Geisel e Golbery, se pudessem, poderiam dizer.
    Meus Deus! Seria até bom, nesse momento discutir isso?
    Essa história merece muita atenção, pois tem muitas lacunas.
    E tem mais.
    Nossos generais (naquele momento, alguns, até oficiais em início de carreira), foram contaminados (de certa forma positiva)
    – é a minha opinião – pelos oficiais americanos na II guerra.
    Queriam aqui algo como lá.
    Um país moderno e forte.
    Mas pouco tempo depois.
    Entraram de cabeça na ideologia da guerra fria.
    O irmão do norte só queria usá-los mesmo.
    E deu no que deu.
    Muitos deles queriam um Brasil moderno e soberano.
    Outros, (poucos deles e a dita “burguesia”) queriam um Brasil cheio de privilégios.
    Ningué venceu de imediato, embora muita gente deitou e rolou na grana e no poder.
    Mas quem venceu a médio prazo foram aqueles que apostaram no Brasil.
    Eles e a sociedade civil em organização.
    Que é bom lembrar, é um processo.
    Embora pareça que aqueles que se beneficiaram juntados a outros pseudo brasileiros progressistas estejam com o processo estancado.
    Quem manda se juntar com essa gente.
    Mas, dum lado ou doutro.
    Ninguém perdeu.
    E a coisa não foi e não está sendo fácil.
    Vendo essas coisas, me lembro de dizer.
    Ditabranda é a mãe!

  77. A ditadura no Brasil foi
    A ditadura no Brasil foi menos violenta em termos de violência física que a Argentina, quanto a isso não há dúvidas. Mas qualquer ditadura estrangula o conceito de que o Estado é a entidade que possui o monopólio da violência num dado território. A ditadura troca as leis pela violência física. Ela condiciona a obediência das mentes a autopreservação dos corpos. Nesse sentido, a violência mental da ditadura brasileira também foi descomunal, de modo que é repreensível se falar em mais ou menos branda que este ou aquele país. Seria o mesmo, ou algo semelhante, que achar menos grave a situação hipotética de que apenas 300, e não 800 crianças, morreram em algum borbardeio. Pelo medo que meus pais sempre me passaram (porque no tempo deles, a polícia subia para dar borrachada em quem reivindicasse qualquer coisa. Quantos pais dessa geração não tem medo de tudo?), pelo atraso educacional e cultural que a nossa ditadura fomentou, pelos preconceitos classe média que fomentou, pela polícia treinada e legitimada para cometer abusos até os dias de hoje e, claro, pelas mortes e desaparecimentos precariamente quantificados nos anos 70, eu acho que nossa ditadura não foi branda. Ditadura e brandura não podem estar na mesma frase, muito menos na mesma palavra.

  78. Nesta eu dei azar.
    Como já
    Nesta eu dei azar.
    Como já havia cancelado a minha assinatura da Folha há muito tempo, não pude cancelá-la agora.
    Que pena.
    Veja e FSP, quem é mais lixo?

  79. Ao Painel do
    Ao Painel do Leitor:

    Interessante a “Nota da Redação” que esse jornal publicou sobre as críticas dos leitores que se revoltaram contra a qualificação que o editorial “Limites a Chávez” (17/02) deu à ditadura militar brasileira, ou seja, “ditabranda”.

    Ao chamar de “cínicos e mentirosos” os professores Maria Victória Benevides e Fábio Konder Comparato por suas críticas no Painel do Leitor, alegando que eles “até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como a de Cuba”, a Folha mostra que não considera o regime cubano uma “ditabranda”, ainda que não se tenha notícias de torturadores cubanos que tenham estuprado filhas na frente dos país ou praticado outras sevícias incontestavelmente praticadas pelos militares brasileiros nos anos de chumbo.

    Não há, em Cuba, um movimento de famílias em busca de entes queridos que “evaporaram” da face da Terra por ação do regime. Ainda assim, a “ditadura” cubana é acusada pelo jornal de ser mais dura do que a brasileira. Nada a estranhar, claro. Um jornal que emprestou seus caminhões para os militares assassinos transportarem cadáveres ou semicadáveres oriundos de seus “brandos” métodos de “investigação”, provou que seu conceito de brandura ou de dureza das ditaduras varia de acordo com a ideologia delas.

    Eduardo Guimarães, São Paulo

  80. É de se louvar esse novo
    É de se louvar esse novo instrumento de cidadania de que dispõem os brasileiros, que são os blogs, propiciadores da verdadeira democracia opinativa. As inúmeras opções que os leitores tem, mais o debate instalado após a notícia, sem dúvida vão ocupar totalmente o espaço da imprensa escrita e tradicional. E, em parte, porque ela se recusa a aderir e respeitar a independência intelectual. A auto-crítica necessária da grande mídia já deveria ter vindo há tempos. Os números não deixam mentir. A última eleição presidencial provou a falta de capacidade da imprensa de influir na opinião pública. Nada disso, no entanto, demoveu os grandes empresários do setor jornalístico de manter o estilo clássico de induzir o leitor a assimilar suas posições, ignorando os opositores. Resultado: a criação de novos formatos de jornalismo absorveu essa parcela insatisfeita e a agilidade da informação colheu novos adeptos. A democracia ganha com isso. A cultura ganha com isso. A sociedade ganha com isso. E quem perde com isso é justamente quem deveria saber que o mundo passa sempre por ciclos evolutivos e a grande questão para se adaptar é perceber o momento exato da necessidade de mudança. É por isso que alguns míopes se aproximam para ver melhor. Os outros? Continuam distantes, e enxergam o que querem.

  81. Além do absurdo de se
    Além do absurdo de se relativizar o autoritarismo, o que me parece pior, nesse caso, é a tentativa da Folha de impor um código de conduta aos debatedores públicos.

    Não que se trate de novidade: inspirada no corretismo político norte-americano, essa verdadeira patrulha ideológica tornou-se o último refúgio dos setores da direita para tentar relativizar um passado histórico que, com a fim das ditaduras seguido da débacle neoliberal, lhes é francamente desfavorável.

    Assim, sob o pretexto de se cobrar coerência das personas públicas, engessa-se o debate num maniqueísmo primário, aplicado a uma visão simplista de história e a uma dicotomia esquerda/direita em que não há tons nuançados.

    Ora, cada caso é um caso. O processo político cubano difere do processo brasileiro, que por sua vez apresenta particularidades que dificultam uma comparação com os demais processos políticos nacionais.

    Querer impor a obrigação de se posicionar em relação a Cuba a cada vez que se menciona a ditadura brasileira é engessar e manipular o debate, tirando-o de seu contexto histórico; é a expressão cabal do autoritarismo que se apossou da outrora respeitável FSP.

    Para encerrar: Benevides e Comparato são figuras públicas com um passado de lutas, merecem o nosso respeito.

  82. O pior se tudo é que
    O pior se tudo é que “ditabranda” nem é neologismo.
    Nos idos de 1978, no Chile, o General Augusto Pinochet usou a expressão num discurso. Quem escreve ouviu o discurso, ninguém contou.
    O editorialista da Folha deve ser admirador do General.
    Abraços

  83. Lá no buteco do Tião todos já
    Lá no buteco do Tião todos já sabem que a “ditabranda” é o projeto da FSP de abrandar a ditadura brasileira aos olhos dos eleitores atuais visando ter umas cartas na manga contra Dilma Rousef e sua história de combate à “ditabranda”.
    O truque falacioso de imputar aos inimigos da “ditabranda” uma simpatia por outras ditaduras não cola, pois os milhoes de brasileiros que lutaram contra a “ditabranda” prezavam a liberdade acima de tudo. Hoje, querem tirar os méritos de quem lutou pela democracia dizendo que eles defendiam “um outro tipo de ditadura”.
    A “ditabranda” será o “um tapinha não doi” do Serra contra a Dilma, colocando-a como a vilã, aos invés dos torturadores do DOI-CODI.
    Para finalizar, devemos lembrar da resposta do promotor de Nuremberg a um oficial alemão que disse que não sabia como a ditadura nazista tinha atingido aquele estágio e ficado tão dura: “isso começou quando vcs condenaram o primeiro inocente sabendo que ele era inocente”.

  84. Pessoal,

    Para que “brigar
    Pessoal,

    Para que “brigar com madame” ? Ja fiz minha parte, cancelei minha assinatura em junho de 2003 e enviei uma carta ao painel dos leitores explicando os motivos, desde antes da possibilidade de Lula ser presidente a mascara deles tinha caido. Alem de tratar os leitores como debiloides, com as famosas “folha explica”.

    Eles hoje apenas aprofudam o seu grau de reacionarismo, agora acrescido de mau caratismo. O melhor protesto e’ o boicote economico, nao comprar, nao repercutir.

    No fundo e’ uma especie de desintoxicacao desta DITADURA do pensamento unico.

    Arnobio

  85. Até nossos neoliberais
    Até nossos neoliberais conseguiram ser menos piores que os argentinos.

    O difícil é convencer eles disso. Maradona é o verdadeiro rei do futebol, segundo os argentinos!

  86. Não tenho porque arrumar
    Não tenho porque arrumar esses álibis. Sempre considerei nossos populistas (Vargas) melhores do que os argentinos (Peron), nossos sindicalistas melhores que os argentinos e nossos militares melhores que os argentinos. Até nossos neoliberais conseguiram ser menos piores que os argentinos.

    Ué, esqueceu da nossa seleção? Mas os vinhos deles continuam melhores que os nossos (principalmente depois que suas bodegas foram compradas pelos chilenos).

    E que nossas mulheres não nos leiam, mas as argentinas são lindas.

  87. O Contador é um fascista
    O Contador é um fascista contratado pela Folha de São Paulo e Veja para agir de forma subreptícia e caluniosa aqui no blog do Nassif…

    O que acabei de escrever é besteira pura. Não há nada que sustente essa afirmação estapafúrdia.
    Da mesma forma a afirmação segundo a qual o regime militar “foi instaurada quando a democracia brasileira começou a correr riscos devido a grupos radicais, de inspiração comunista que insistiam em promover a luta armada e acabar com a democracia” não passa de uma gorssa besteira, sem nenhuma base nos fatos!

    Marco, vamos manter a discussão no campo das idéias.

  88. Engraçado. mandei comentários
    Engraçado. mandei comentários no blog do Josias. Nenhum foi publicado. Nenhum deles era ofensivo sob qualquerângulo. Mas falavam do caso da Ditabranda e da corrupção no congresso, coisa que ele tava discutindo lá. Ele não publicou nenhum. Pelo que entendi, a democracia deles é o que entendemos por Ditabranda. Se são eles que certificam quem é democrático ou não. Ixi…. Como “diria” o Fradim, a Folha ó…: top, top, top….

  89. Comparar Hugo Chavez com
    Comparar Hugo Chavez com Felipe Gonzalez e dizer que é tudo a mesma coisa é um absurdo. No parlamentarismo a função de Governo é atribuição do Parlamento, os Chefes de Estado e de Governo são instancias distintas, confiadas a pessoas diferentes. No Parlamentarismo os parlamentares escolhem um dos seus para chefe do Gabinete, sem mandato, pode duirar um dia ou dez anos, será derrubado por um simples voto de desconfiança. O poder está SEMPRE no Parlamento, o Primeiro Ministro é apenas um delegado de seus colegas, não é dono do cargo.
    Nada, absolutamente nada a ver com o Presidencialismo, com mandato fixo, de onde o Presidente só sai por impeachment ou golpe de Estado, ações incomuns e traumaticas.
    Quanto aos regimes militares argentino e brasileiro, há não só uma diferença de grau como tambem de natureza. No chamado Proceso de Reorganizacion Nacional a ditadura argentina operou uma repressão infinitamente maior do que a nossa, liquidou com todas as instituições, fora da Junta militar não tinha mais nada de pé e não deixaram qualquer realização material, obra ou desenvolvimento. Mas a maior diferença foi na saida. Lá foi necessária uma guerra perdida vexaminosamente contra a Inglaterra, aqui a saida foi preparada pelos próprios militares, uma retirada em relativa ordem, coisa que não houve em nenhum outro pais sul-americano.
    Querer dizer que é tudo igual é uma analise primária que não faz parte da ciencia politica.

  90. O pior é que quem não acorda
    O pior é que quem não acorda a tempo, vai se tornando cada vez mais facista.
    Mas com certeza, por tráz de tudo isso está a necessidade de atingir Dilma.

  91. Qualificar a ditadura..
    Qualificar a ditadura.. “ditabranda”… É ruim, heim… Se fosse uma tese de doutorado, ainda vai, mas editorial de jornal… arghh…

    Mas qual a qulificação dos terroristas e guerrilheiros? Foram bonzinhos ou cruéis? Mataram muito ou mataram pouco? Sem a existência deles, teria havido tortura e extermínio? Ou será que se não houvesse inimigos armados os ditadores fariam somente a perseguição política?

    Na minha opinião aquilo foi uma guerra, portanto todos não tinham razão.

  92. André Araujo,

    Você jura que
    André Araujo,

    Você jura que jamais simpatizou com o Serra? Nem um tiquinho? Você parece ter ficado impressionado com o currículo volumoso dele. E com peninha, por ele ter ficado vagando pelo mundo, perseguido por duas ditabrandas.

    Você quer pôr na balança os 2 lados da ditadura, então diga lá: quantos kilowatts correspondem a uma morte? Quantos telefones vale uma cadeira-de-dragão? Quantas pontes vale um desaparecimento político? E a tortura psicológica, vale quantos viadutos?

    Você é cheio de c….r regras aqui no blog, elevar o nível, blá blá blá. Gostaria de apresentá-lo às irmãs e irmãos de meu amigo Mosquito, que enlouqueceu e vagou feito um zumbi por 30 anos por causa das torturas sofridas nos porões do DOI-CODI. Só não o faço por respeito a eles, principalmente a uma das irmãs que sofreu torturas brutais para falar sobre o que ela nem fazia idéia.

    Eles não merecem ficar cara a cara com quem defende a ditadura, seja com que adjetivos forem.

  93. A FSP está apenas “testando
    A FSP está apenas “testando hipóteses” visando as eleições de 2010. Caso a “ditabranda” cole,êles saberão tomar as “medidas duras porém necessárias” para se darem bem nas eleições. Tudo será feito em nome do Brasil óbviamente.

  94. A Ditadura Envergonhada
    A
    A Ditadura Envergonhada
    A Ditadura Escancarada
    A Ditadura Derrotada
    A Ditadura Encurralada
    Será que o colunista da FSP vai ter que mudar os nomes de seus livros?

  95. Nassif,

    este caso da FSP e
    Nassif,

    este caso da FSP e sua “Ditabranda” está permitindo uma gama muito grande e rica de boas análises dos comentaristas.

    Mas, gostaria de salientar a do “Lau”:

    “a “ditabranda” é o projeto da FSP de abrandar a ditadura brasileira aos olhos dos eleitores atuais visando ter umas cartas na manga contra Dilma Rousef e sua história de combate à “ditabranda”.”

    Arguto e inteligente o Lau. Acertou na mosca a real intenção da FSP com este despaupério! Nada é de graça para quem somente pensa em dinheiro.

    Parabéns ao Lau pela síntese perfeita do tema!

    Um abraço

  96. Volto de nôvo. Não consigo
    Volto de nôvo. Não consigo ficar quieto diante de tanta loucura sobre a “ditabranda”. Se pensarmos em termos de consequências, ou melhor, dos estragos na estrutura social vamos ver que a ditadura não foi nada branda. A educação pública foi para o brejo, os direitos civis involuíram e só agora começam a ser retomados; a participação política ainda é incipiente; temos um poder judiciário, via Gilmar Mendes, dos mais corruptos do mundo; enfim, deixamos as questões sociais de lado através de uma abertura lenta, gradual e segura (para quem?). Pergunto: que brandura é essa? O foco único na tortura, embora abominável, é enganoso pois o desmonte e paralização da sociedade foi monstruoso. É só dar uma olhada nas práticas sociais existentes hoje e na impunidade dos poderosos.

  97. Antonin,

    É isso aí, concordo
    Antonin,

    É isso aí, concordo com tudo o que disse. Você só se esqueceu de um detalhe, lembrado na carta de um milico de pijama no mesmo Painel do Leitor de hoje: os nossos generais-presidente “não vergaram uniforme e colocaram terno e gravata” (acho que ele quis dizer envergaram).

    Ah, e ninguém morreu, quando muito foram exilados no estrangeiro, onde prosperaram. Aqui, acho que ele estava pensando no Serra, FHC, etc.

    Aproveitando: mandei e-mail para o ombudsman da FSP apoiando o jornal, dizendo que o que se passou foi mesmo uma ditabranda, e que ditadura é o que está ocorrendo na Venezuela de Chávez, na Bolívia de Evo Morales.

    Só lamentei o blog do Josias não ter colocado a foto da M. Vitória Benevides e do Comparato encimada por uma manchete chamando uma de vadia e o outro de vagabundo.

  98. Estou enganado ou Ma V.
    Estou enganado ou Ma V. Benevides e Konder Comparato já foram daqueles entrevistados/articulistas da Folha para qualquer tema?
    O ataque gratuito deve estar cheio de histórias de bastidores…

    Tem toda razão.

  99. A violência só é um absurdo
    A violência só é um absurdo insultante na medida que vende jornal e aumenta a audiência da TV, saindo dos morros, das favelas pra atingir a classe média. A banalização da violência do regime insulta a cada cidadão brasileiro, como se fosse possível estabelecer uma escala de terror e classificar atrocidades por ela.
    Não impressiona a facilidade com a qual a Folha relativiza a violência da ditadura militar; o que ocorre é que sua receita publicitária e seu poder eram maiores naquele contexto, enquanto que num regime democrático muito mais se pena para enganar as pessoas com textos de má qualidade escritos por jornalistas que não merecem o título nem o diploma.

  100. Para o leitor Bruno que
    Para o leitor Bruno que sempre achou Serra e FHC democráticos e está surpreso. Pra eles Bruno, vale o conceito de democracia definido por Lenin: “a democracia burguesa é o regime no qual você está autorizado a escolher, entre os membros da classe dominante, aquele que vai te oprimir e explorar pelos próximos dois ou quatro anos’.

  101. Vários aqui argumentaram que
    Vários aqui argumentaram que não é necessário criticar uma ditadura para poder criticar outra, e estão certos.

    O que não é correto, na minha opinião, é criticar uma por desrespeito aos direitos e à dignidade humanos e ELOGIAR um regime que pratica e praticou os mesmos atos, em escala muito maior.

    Isso é cinismo, sem a menor sombra de dúvidas.

  102. Esses acadêmicos
    Esses acadêmicos ‘esquerdistas’ deveriam seguir o exemplo de Marilena Chauí e não mais escreverem na grande imprensa. Tenham eles paciência que um dia teremos um jornal de alcance nacional onde suas idéias de justiça social serão difundidas para toda a população.Não custa nada eles sonharem com um Pravda, um Granma tupiniquim onde poderão levar ao povo as puras teorias socialistas que trarão à população as benesses de uma sociedade igualitária semelhante ao que conhecemos no país irmão do Caribe.
    Seria razoável e menos hipócrita considerar o raciocínio da FSP simplesmente pelo aspecto comparativo donde é perfeitamente compreensível. A nossa ditadura foi realmente branda em se comparar aos regimes de exceção da Argentina, Chile e Uruguai. Seria simples também contestar a Folha afirmando que nenhuma ditadura de esquerda ou de direita traz benefícios para aqueles que aspiram conviver com a liberdade.
    Há liberdade de pensamento em Cuba? Não . Sob Castro há um sociedade mais igualitária ? Sim. Cuba é uma ditadura? Sim; uma ditadura branda – uma “ditabranda”. E ponto final.

  103. Genteeee

    O próprio Frias
    Genteeee

    O próprio Frias Filho escreveu isso é?

    Não lei esse jornal mais faz tempo, soube aqui. E lembrei e fui pesquisar:

    Em entrevista à AOL, que acho que não existe mais, em abril de 2004, quando se completavam 40 anos do golpe militar, Mino Carta afirmou que a Folha emprestava sua perua C-14 para a Oban. Não só ele, mas muitas outras pessoas fazem essa denuncia, é só pesquisar na internet.

    A íntegra da entrevista pode ser obtida neste site, que a reproduziu .

    http://www.piratininga.org.br/entrevistas/minocarta-abril2004.html

    O trecho da entrevista de Mino Carta.

    AOL – Nunca?
    Carta – A Folha de São Paulo não só nunca foi censurada, como emprestava a sua C-14 [carro tipo perua, usado para transportar o jornal] para recolher torturados ou pessoas que iriam ser torturadas na Oban [Operação Bandeirante]. Isso está mais do que provado. É uma das obras-primas da Folha, porque o senhor Caldeira [Carlos Caldeira Filho], que era sócio do senhor Frias [Octavio Frias de Oliveira], tinha relações muito íntimas com os militares.

    No livro “Tiradentes, um presídio da Ditadura”, escrito por Alípio Freire, Izaias Almada e J.A de Granville Ponce, (Scipione Cultural, s/d), com apresentação de Antonio Candido, na página 151, a jornalista Rose Nogueira conta que, presa de 4 de novembro de 1969 a 3 de julho de 1970, anos depois foi buscar sua ficha funcional na Folha e lá viu: demitida por abandono de emprego no dia 9 de dezembro de 1969…

  104. Não queria entrar nessa…mas
    Não queria entrar nessa…mas é como um vício, coça os dedos e a cabeça não perdoa, fica martelando…vou abaixo colocar a letra do Ivan Lins e música, talvez, seja do Vitor Martins e confesso, não teve uma vez que eu tenha escutado essa música que os olhos não merejassem, porque à mente, sempre vêm os amigos que pela vida ficaram e não tiveram tempo ou sorte de formar os filhos para que contassem o que é ser livre…
    “…Aos Nossos Filhos
    Ivan Lins
    Composição: Ivan Lins / Vitor Martins

    Perdoem a cara amarrada
    Perdoem a falta de abraço
    Perdoem a falta de espaço
    Os dias eram assim

    Perdoem por tantos perigos
    Perdoem a falta de abrigo
    Perdoem a falta de amigos
    Os dias eram assim

    Perdoem a falta de folhas
    Perdoem a falta de ar
    Perdoem a falta de escolha
    Os dias eram assim

    E quando passarem a limpo
    E quando cortarem os laços
    E quando soltarem os cintos
    Façam a festa por mim

    Quando lavarem a mágoa
    Quando lavarem a alma
    Quando lavarem a água
    Lavem os olhos por mim

    Quando brotarem as flores
    Quando crescerem as matas
    Quando colherem os frutos
    Digam o gosto pra mim

    …”

  105. Essa grosseria da fsp fico
    Essa grosseria da fsp fico sabendo atraves do Nassif e PHA.
    Já faz bastante tempo que deixei de sustentar esses pararasitas da fsp, alem do mais, há papéis bem mais macios.

  106. Eles serviram à ditadura
    Eles serviram à ditadura quando os militares estavam no poser, nada mais natural que defendê-la agora também…

    Cínica, mentirosa e opoertunista foi a atitude desse jornal ao atacar a ditadura militar quando lhes interessou… Sim porque eles não tem como negar a incoerência entre as criticas realizadas no passado recente e a defesa da ditadura hoje, assim como foi nos “anos de chumbo”, que eles agora renomeiam para “anos de prata e quiça amanhã para “anos dourados”.

    O bom é que assumiram claramente o caráter direitista e o viés autoritário que o jornal sempre teve… É mais honesto que aquela mentira sobre uma isenção que nunca tiveram…

    O “rabo preso” do slogam publicitário sempre existiu, só que nunca foi com o leitor…

  107. Por que será que todo
    Por que será que todo reacionário quando confrontado com a violência da ditadura,já que não pode elogiá-la,recorre logo a Cuba,Rússia,Chile,etc. Estamos falando do BRASIL. História recente do BRASIL. Êsse é o assunto.

  108. Entendo, Nassif, o que você
    Entendo, Nassif, o que você quer dizer. Non è una cosa seria, como diria o personagem do saudoso Pirandelo. A minha impressão é a mesma. Por falar nisso, me confidencia uma coisa: a situação é a mesma no sentido financeiro-administrativo? Quer dizer: temos alguma esperança de ver o grupo Folha falir ou (o que pode ser melhor) mudar de mãos?

    É um grupo sólido. Se houver trocas de mãos, será entre os irmãos.

  109. Nassif
    mandei a mensagem
    Nassif
    mandei a mensagem abaixo para o painel e para o ombudsman da Folha:
    Senhores da FSP

    Fiquei estarrecido com as agressões cometidas pela FSP contra os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides.
    Sou assinante do UOL, penso que, há uma década. Nunca imaginei que fosse ver um tipo de jornalismo de tão baixo nível praticado por vocês. Para mim foi a gota d`àgua. Não me sinto à vontade em manter laços comerciais com uma empresa que não preza por um mínimo de civilidade em seu trato com leitores.
    Espero, no mínimo, uma retratação pública e decente.
    Do contrário, farei cessar minha conta, a qual não deve afetar as contas da empresa, sei bem, mas me fará sentir bem melhor como cidadão brasileiro.

    Prof. Dr. Luiz de Sousa Junior (Universidade Federal da Paraíba)

  110. Porque não “Ditamole”? Assim
    Porque não “Ditamole”? Assim a Folha seria mais original, já que, segundo o comentarista Carlos, o Pinochet é o criador da termo “Ditabranda”. De qualquer forma o neologismo é muito bem vindo aos que costumam chamar o golpe militar de revolução, ou de a “Redentora”. Um, aqui mesmo no blog, já passou a usá-lo quando disse que a “ditabranda” foi necessária para nos salvar do comunismo. Mas, eu faria uma pergunta à Folha. Consta que os militares tenham feito algum plebiscito para se manter no poder por mais de vinte anos?

  111. Pior que o editorial foi a
    Pior que o editorial foi a resposta da tal de “Redação” aos que protestaram ontem no painel do leitor, e quando imaginava que não podia ser pior, a “Redação” consegue melhorar o pior hoje, respondendo aos indignados que escreveram ao painel do leitor escandalizados com a resposta de ontem, e não bastando, resolveram dar lição de má educação explícita ao Dr. Comparato e a professora Benevides.

    Por que não te calas “Redação”?

  112. Nassif,

    China, Cuba, talvez
    Nassif,

    China, Cuba, talvez brando mesmo teriam sido os porões do DOI-CODI, do CENIMAR…Que acredito não foram freqüentados por integrantes da família Frias.

    Talvez se eles tivessem que pagar as balas das execuções …

    Dá licença que vou tomar um anti-ácido.

    Soledad

  113. Pão e circo.

    The Politics of
    Pão e circo.

    The Politics of Misinformation is a critical examination of how and
    why the public has confidence in political progress and innovation
    even though most change is superficial. Concentrations of social
    and economic power produce illusions that create the impression of
    beneficial social change while erasing the possibility of such change.
    Language, bureaucratic authority, law, political parties, science, and
    other social institutions help to produce images that mislead both
    non-elite and elite, creating the appearance of rational democracy
    while at the same time obscuring structural inequality, discouraging
    critical evaluation of political policy, and thwarting involvement in
    democratic politics.

  114. A ultima mascara ja caiu faz
    A ultima mascara ja caiu faz tempo. O PHA ja vem avisando:”Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.” Falta confessar, mas que estah confessando indiretamente, mas se apertar mais um pouco ela entrega tudo. rsrsrsrs

  115. Nassif, falando da força do
    Nassif, falando da força do FSP, põe solidêz nisso, moço!! São poderosíssimos. Aliás esta tática de empunhar bandeiras amigas e “negociar”, nas salas secretas, com as inimigas hoje é feijão com arroz pros políticos mandantes e rende muitos dividendos. O Dalai é que tá certo: “Nestes tempos modernos cada vêz mais cabe menos a hipocrisia. Facilmente são desnudadas as intensões ridicularizando-se os atores”.

  116. Acredito que nós, amantes do
    Acredito que nós, amantes do bom jornalismo, do conhecimento sério e bem intencionado, da livre circulação de idéias, dos debates apaixonados e democráticos, da ciência, da história, da interpretação fundamentada dos fatos e da justiça, devemos fazer uma campanha séria, seríssima, contra os meios de comunicação que forjam uma realidade que conspira a favor de uma elite gananciosa e despudorada.

    Temos que fazer já, agora, para sofrermos menos no ano que vem, quando o esgoto poderá golpear mortalmente a insipiente democracia brasileira.

    Esses caras só sentirão o baque se for no bolso.

    Vamos fazer como o Prof Luiz de Sousa Jr.

    Vamos trabalhar duro para que ninguém mais assine, compre ou assista aos jornais, revistas e programas radialistas ou televisivos que se esmeram em tramar contra o país.

    Ou fazemos isso, ou morreremos na praia do lodaçal que essa imprensa golpista está criando.

  117. Nos anos de chumbo O Pasquim
    Nos anos de chumbo O Pasquim tinha humor.Hoje os cães raivosos faz lembrar os humanos.Che nos ensinava que devemos “endurecer sem perder a ternura”

  118. tem de ser muito sem vergonha
    tem de ser muito sem vergonha para escrever o que esse pessoal escreveu. Vá ser vagabundo assim lá … em São Paulo!

  119. Para Contador, do comentário
    Para Contador, do comentário das 13p9:
    conta outra, Contador.
    Este comentário vale também para o navegante Salinas, a quem eu escrevia uma resposta que infelizmente perdeu-se no computador,
    quando eu já não tinha mais saco nem paciência.
    Para quem tem boa memória, espero de todo coração que, “diante
    dos últimos acontecimentos”, não tenhamos que ler, daqui a alguns meses
    ou alguns anos, em algum grande jornal, um editorial começando
    assim: “VIVE A NAÇÃO DIAS GLORIOSOS”.
    Para os muito jovens que não sabem do que se trata, é só acionar o
    Google digitando aquela frase exata que escrevei em maiúsculas.
    Divirtam-se no Carnaval .

  120. O portal UOL, da mesma folha,
    O portal UOL, da mesma folha, tem a resposta para aqueles que querem comparar o caso brasileiro e o caso cubano. Para usar a novilíngua do jornal, se aqui foi ditabranda (sic) pelos próprios padrões da folha, Cuba foi ditabrandíssima. com a vantagem de ser a favor dos miseráveis da terra. leia aqui

    http://educacao.uol.com.br/historia/historia-cuba-1.jhtm

    e, afinal, a folha já deu tudo o que tinha que dar.

  121. O Otávio Frias Filho precisa
    O Otávio Frias Filho precisa refrescar a memória com a leitura do BRASIL: NUNCA MAIS – Um Relato para a História, publicado em 1985 pela Arquidiocese de S. Paulo e com prefácio de D. Paulo Evaristo Arns. Está tudo lá com nome e sobrenome.

    Nossa ditadura, como qualquer outra, foi um período de horrores e perversidades. Agora que acordamos desse medonho pesadelo, querer dourar a pílula é indecente, ofensivo e inaceitável.

    Inocência, desinformação ou má-fé? Eu tenho minha hipótese.

  122. Logo, logo algum empregado da
    Logo, logo algum empregado da folha (um dito cujo qualquer, que se diz jornalista) dirá que Pinochet foi eleito democraticamente, e eles erguerão uma estátua ao demônio chileno…

  123. Nassif e malunos.

    Já que já
    Nassif e malunos.

    Já que já foram feitas todas as análises históricas, políticas, psicológicas, sociológicas, antropológicas e, principalmente, patológicas, de mais essa elocubração desequilibrada, esse absurdo monumental, da folha…

    Análises, aliás, na sua maioria brilhantes.

    Resta-me apenas uma indagação:

    Tem a folha condições morais de taxar alguém de “cínico” e “mentiroso”?

    Logo a folha?

    E o que tiro dessa delírio folhesco a seguinte constatção carnavelesca:

    A folha divide com a globo e a veja o estandarte de ouro da hipocrisia, da sandice, do cinismo e da mentira na passarela da mídia-latrina nativa.

    EVOÉ!!!

  124. Neander e Prof.Luis de
    Neander e Prof.Luis de Sousa,

    A idéia é boa, porém insuficiente. Em meu círculo restrito computo uns 5 ou 6 cancelamentos de assinatura, a minha e de meus filhos há mais de 6 anos.

    Mas isso não faz nem cócegas. Penso que a melhor forma de atingir o bolso dessa gente é o BOICOTE aos produtos dos anunciantes. Mas tem que ser uma campanha esposada por alguma entidade, ONG, sei lá.

    Num passado não muito remoto, a Shell foi forçada a retirar-se da África do Sul, graças ao boicote promovido nos EUA a seus produtos.

    Esse é o caminho.

  125. bem se o Diário Oficial dos
    bem se o Diário Oficial dos Tucanos, vulgo Folha de S.P. considera o período pós 64 como uma “ditabranda”, então seria de imaginar que aqueles que se exilaram também foram precipitados ou então no mínimo “mentirosos”, visto que, como o jornal afirma, o acesso a justiça durante a “ditabranda” era possível e pleno. Gostaria de ver a cara e saber a opinião de ex-exilados como Serra e FHC, relegados a “mártires e salvadores da política nacional” por esse jornal. Aliás, por que ambos, que foram perseguidos pela “ditabranda”, até o presente momento não se pronunciaram? Caso não esteja enganado, o Paulo Pinheiro que escreveu para o Painel do Leitor foi Secretário Nacional dos Direitos Humanos no governo FHC. Com isso, a FSP inaugura uma nova fase: vai ser a VEJA dos jornalões….


  126. tá aqui:

    http://tivibrasil.wordpress.com/2009/02/20/imposto-ditabrando-para-a-folha/

    Imposto Ditabrando para a Folha
    In Política on 20/02/2009 at 09:32
    Carta aberta para os Frias.

    Editorial da folha de São Paulo, sucessora da Folha da Tarde, classificou a ditadura brasileira como ditabranda. Leio no Conversa Afiada a resposta da FSP aos protestos que despertou:

    “Nota da Redação – Na comparação com outros regimes instalados na região no período, a ditadura brasileira apresentou níveis baixos de violência política e institucional.”

    Eu sei que não foram níveis baixos. Vocês mentem que eu sei.

    E acho que sei porque.

    Até hoje não me senti de todo confortável para pedir a indenização pelo que a ditadura fez comigo. Vocês me despertaram.

    Não critico quem pediu a indenização da lei da anistia (exceto por um que trabalha para vocês).

    Mas a conta está errada.

    Os que financiaram a repressão, a ditadura, os assassinatos, é que deveriam pagar.

    Os que obtiveram favores, cresceram e lucraram pelo apoio à ditadura é que deveriam pagar. E não todo o povo.

    Proponho um imposto ditabrando. Apenas 10% do patrimônio amealhado durante a ditadura por aquelas empresas e políticos que participaram, financiaram ou deram cobertura à violência.

    Em 1975 eu, um garoto, fui preso em São Paulo pelo simples fato de estar ao lado de um estudante da USP que portava um livro de sociologia da Academia de Ciências da URSS.

    Levei uns tapas no DOPS. Umas palmatórias. Uma noite sem dormir. Ouvi os gritos, as ameaças. Como saber se não fui conduzido por uma daquelas viaturas que a Folha da Tarde cedeu para a OBAN? Isto é brando para vocês? Para mim, não.

    Depois, em 1977, ainda garoto, fui arrastado para os porões do DOI-CODI na Barão de Mesquita, RJ. Era estudante de medicina. UERJ. Pertencia à geração que criticava, politicamente, a luta armada. Nunca peguei numa. Minha única arma era a palavra.

    E conheci o palácio da tortura. Uma instalação. Tão moderna quanto o dinheiro da época podia comprar.

    Aparelhada com cadeiras especiais para o choque elétrico, as câmaras frigoríficas chamadas de “geladeiras”, capazes de ir do calor infernal ao frio invernal em poucos minutos.

    Sons estereofônicos, ou quadrafônicos, não sei como chamar, mas pode constar como o som do diabo, que estará bem constado.

    Janelas especiais onde um companheiro podia observar sua companheira ser seviciada com choques elétricos vaginais e nos seios…até ele mandar parar…em troca de assinar um documento.

    Nível baixo de violência, senhores?

    A mãe de uma companheira foi sequestrada em Rio Claro e levada para o DOI-CODI, até que a filha se entregasse. Uma senhora que nunca tinha saído do interior de São Paulo.

    Quando ocorreu a troca do sequestro, esta senhora foi deixada perdida no Rio de Janeiro.

    Nível Baixo, família Frias?

    Depois de 10 dias incomunicável naquele inferno, fui levado para o DOPS. Lá soube que minha companheira, também estudante de medicina, fora presa.

    Porque era minha companheira. Nível Baixo de violência?

    O destino dela foram as torturas.

    Fui condenado a três anos de prisão.

    Não me esqueço das palavras dos torturadores: “Se você sair daqui vivo, saiba que quando for ao maracanã, estaremos atrás de você. Quando for ao cinema, estaremos atrás de você”.

    Na prisão fizemos uma greve de fome e pudemos aguardar o julgamento em liberdade. Um interregno até a pena do presídio.

    Neste período, eu e minha companheira fomos seguidos, houve simulação de nova prisão-sequestro. Aconteceu de saltarmos de ônibus e sairmos correndo por entre os carros do trânsito de copacabana, em função do pânico, do pavor de não querermos passar um minuto sequer no DOI-CODI. Não vivos. Vivos não.

    Branda, senhores?

    Até hoje os horrores povoam meus sonos. Não tenho dúvida de que a vida dos meus filhos e a vida dos meus pais e irmãos foi afetada por isto.

    E, o pior, eu sei que outros passaram por coisas muito piores.

    Como assim, níveis baixos de violência?

    Não desejo a vocês nem um centésimo do que foi aquele inferno.

    Mas até hoje vocês provocam.

    Não desejo um segundo de prisão para vocês.

    Mas vocês provocam.

    Farei campanha pelo imposto ditabrando. É duro? Imagina.

    TV globo cresceu em função do apoio ao regime ditatorial. Sarney hoje é um ex-presidente da república, próspero senhor de negócios no Maranhão e presidente do Senado. A Folha se apresenta como o maior jornal do país. A ARENA se orgulhava de ser o maior partido do ocidente.

    É justo que vocês paguem a indenização.

    O DEM, legítimo sucessor da ARENA, deveria, por lei,destinar 10% do fundo partidário para o imposto ditabrando.

    Os torturadores, na minha opinião, são uns pobres diabos que só puderam soltar a sanha assassina e mórbida por conta do apoio político e financeiro que receberam.

    Lancei a campanha. Imposto Ditabrando para a Folha e assemelhados.

    É preciso uma lei. É preciso sensibilizar um deputado. Tentarei.

    Escrevo isto com lágrimas nos olhos e um misto de tristeza e raiva.

    Sei que estou sob o impulso da emoção. Mas só volto atrás se assim meus filhos quiserem, por entenderem melhor deixar este assunto enterrado nas catacumbas.

  127. Nassif. Justo vc que sempre
    Nassif. Justo vc que sempre critica o efeito manada, embarcou nele de novo. O que entendí do artigo da folha foi no sentido comparativo. Não há como não reconhecer as diferenças da ditadura chilena,uruguaia e principalmente a Argentina em relaçãoa Brasileira. na minha opinião isto tem mais a ver com a cultura brasileira. Foi ditadura sim, terrível e assassina. De outro lado, a crítica a Comparato e Benevides é válida pois boa parte da ” esquerda” endeusa Fidel Castro e outros ditadores do seu lado. Se estes democratas tivessem no poder, tenho certeza seriam bem mais crueis que a Ditadura de 1964. Resumindo: esta não é uma questão moralista, mas demonstrar que as ditaduras não são idênticas, o que não enseja qualquer apoio a elas, independente da visão política. Para quem gosta de discussões mais profundas, liderar o efeito manada………………

    Não embarquei. Conforme poderá conferir na única opinião que dei sobre o assunto, em uma das respostas abaixo, sempre considerei que o populismo, o sindicalismo, o neoliberalismo e nossos militares foram melhores que os argentinos. Minha visão sobre o período Castello Branco não é negativa. Por outro lado, relativizar as torturas e o fim de todas as liberdades civis no período seguinte é demais.

  128. A Pholha de São Paulo agora
    A Pholha de São Paulo agora entrou na privada e puxou a descarga. Até uns dias atrás ela só cuspia para cima.
    Há pouco tempo ela chamava Fidel de ditador e Pinochet de presidente.
    Hoje em dia tem seu manual de Redação Caixa 2, onde o Hamas sempre está associado à palavra “radical”. Tudo o que é comprovado é “suposto” quando se refere a Daniel Dantas e outros rapineiros de colarinho branco. Agora a Pholha diz que a ditadura militar foi “branda”. Branda para eles que apoiaram até com transporte para tortura.
    Empatou com a veja. Vamos ver qual das duas vai ganhar o campeonato da patifaria.

  129. “Marco, vamos manter a
    “Marco, vamos manter a discussão no campo das idéias.”

    Uê, Nassif, eu apenas me vali de um artifíco para mostrar que a afirmação contida no primeiro parágrafo do comentáriom era irresponsável por se tratar de uma acusação sem base qualquer base factual, só isso.

  130. Minha total solidariedade ao
    Minha total solidariedade ao companheiro Francisco Latorre,que certamente terá suas palavras e história de sofrimento em prol da democacria, reconhecida por quem tiver o prazer de le-e certamente seus filhos não pedirão para que ele deixe de conta-la,muito pelo contrário,a sua história foi parecida com a que aconteceu a centenas(talves milhares)de sonhadores com uma nação livre.
    Acredite meu irmão,valeu a pena,termos feito tudo o que fizemos,para chegarmos aonde estamos,pena que ainda reste entre nos,defensores daqueles métodos brutais e jornalecos que dão o nome de ditabranda,àquela fase negra da vida nacional.
    O que salva é ler os versos aqui postados pelo leitor Luis Américo,compostos parece que pelo Ivan Lins.
    Um abraço solidário e respeitoso de alguem que como você,tambem passou pelas agruras da ditadura,e que mesmo na imensidão da grande São Paulo,não conseguiu fugir das torturas e perseguições dos agentes da linha dura,e ainda hoje sofre ao relembrar tais confrontos com os donos do poder.

  131. De um leitor hoje na
    De um leitor hoje na Folha:
    “Em relação à “Nota da Redação” em resposta às cartas do senhor Comparato e da senhora Benevides, advirto a Folha de que, apesar de correta, a referida nota despertará a fúria da militância esquerdista. Logo a Redação receberá mais um exemplar da mais profícua produção intelectual da esquerda brasileira: os abaixo-assinados.”

  132. Alberto Cordiviola disse que
    Alberto Cordiviola disse que “comparar a ditadura militar brasileira com a do Chile e Argentina e daí tirar a conclusão que aqui foi mais “branda” é esquecer que os movimentos de esquerda no Chile e na Argentina que o fascismo reprimiu, foram muitíssimo mais organizados e com penetração popular muito maior do que no Brasil”.

    Eu iria adiante, pois penso que as ditaduras argentina e chilenas foram muito mais duas porque, proporcionalmente, a classe média deste países eram proporcionalmente muito maiores, além de muito mais cultas. O povo em geral, também tinha condições de vida bem melhores, sendo um dos que mais consumia proteínas no mundo.

    Os militares da ditadura brasileira precisaram apenas cooptar os “coronéis” políticos que, então, conduziam a manada de bois magros. Na Argentina e no Chile, eles, políticos e povo, eram diferentes.

  133. Depois de um insulto desses à
    Depois de um insulto desses à memória e à história dos que lutaram para a volta da democracia, esse jornal mereceria um “empastelamento virtual”. Uma campanha pela criação de um jornal que respeite a inteligência, a memória e a dignidade de seus leitores e a história do país. Precisamos desse jornal ou portal, uma vez que a maioria dos atuais e ex-leitores de jornal tem acesso a internet. Eu pagaria uma assinatura de R$10,00 ou R$20,00 por mês para ter um portal como esse. O que estão esperando Nassif, PHA e Mino Carta, pequenos, médios e grandes investidores? Há mercado para quem é íntegro, inteligente e respeita valores como a verdade factual, o espírito crítico e a fiscalização do poder onde quer que ele se manifeste. Pequenas arestas de estilo podem ser aparadas, e o valor que esse portal teria junto a seus leitores seria inestimável. Certamente muitos patrocinadores, pequenos, médios e grandes se aproximariam. Vamos lá, mãos à obra! Contem com este e com outros milhares de leitores e incentivadores. Chega de PIG, jornalismo esgoto, e sabujice. Queremos Jornalismo de verdade! Salvem a inteligência deste país!

  134. Contador, se é pra cascatear,
    Contador, se é pra cascatear, conta outra.
    Vc e o Poris Casoy foram coleguinhas no CCC? No ambito latinoamericano, nossa “ditabranda” colaborou com militares de outros paises na operaçao Condor. O perigo vermelho que vc enxerga é a justificativa mais descarada pra acabar com nosso Estado de Direito, derrubar um presidente eleito, pra aplacar a ira das senhoras de Santana. Naturalmente vc apoiou o golpe contra o Chavez, né?

  135. Francisco Latorre,

    Sou a
    Francisco Latorre,

    Sou a favor do imposto ditabranda para reparação histórica dos crimes contra a vida e os direitos humanos cometidos por estes assassinos, que ainda querem apelar para uma lei arquitetada por eles para anistiar-se.

    Tem um adepto. Monte sua proposta, estou contigo. Não vivi nada disso, mas sei do que você fala. Convivi com vários ex-presos políticos. Convivi com vários torturados.

    Estou contigo, farei campanha!

  136. Falácia pura a argumentação
    Falácia pura a argumentação da Folha de S. Paulo. Geralmente ditaduras de Direita praticam menos violências explícitas que ditaduras revolucionárias de Esquerda porque querem conservar a ordem social vigente, não destruí-la. Mas a ditadura brasileira pegou uma sociedade já bem injusta e expandiu a sua injustiça até às nuvens. A mecanização da agricultura, com a expulsão para a cidade de meeeiros, parceiros, etc., que a ditadura brasileira realizou, é a responsável pela favelização das nossas cidades, pela expansão do crime organizado, a destruição do meio ambiente, no que foi uma tragédia humana do mesmo nível que a coletivização forçada de Stalin na URSS de 1930. Mas esperar que um jornal dirigido pela família de quem o Nelson Werneck Sodré considerava um “negociante de frangos” se dê conta disso, era esperar demais, não é mesmo?

  137. li todos os comentarios,
    li todos os comentarios, muitos me comoveram, mas concordo com o comentario do lau…

    Qualquer coisa que vier da folha em termos de de opiniao politica virah com o selo da elite demotucana que quer retomar a presidencia em 2010 com o serra…

    o editorialista ditador ditou que a ditadura era branda…
    E ditou!
    e dita!
    e ditarah!
    Sempre conforme as circusntancias, o tempo e o espaco e os intreresses que propiciem para quem dita e dita voltar ao poder politico em 2..010.

    A FSP ja esculhambou com meio mundo da area cultural…

    Lembro do wisnick ha tempos falar sobre as sacanagens que fizeram com ele.

    Agora com o Comparato e com a Maria benevides…

    O tal editorialistga da fsp sabe que com quem sabe da historia nao adianta ele contar parfa chegar aonde quer: 2.010.

    Ele sabe que a historia nao o perdoarah.
    Entao tem de seguir no velho esquema da direita: acusar os que sabem das suas maquinacoes e ligacoes e-ditatoriais e transformar a acusacao em alibi para posteriores defesas do indefensavel…

    Enquanto a grande midia estiver na mao de poucas familias e nao se transformar verdadeiramente em sociedades anonimas, empresas dirigidas nao por famiglias mas por especialistas e profissionais, sob a vigilancia da sociedade, continuaremos com esse medo dos golpes direitistas…

    Essa grande midia,. porem, para ter credibilidade, precisa remover os proprios entulhos autoritarios que ela propria criou historicamente…(no caso da folha, o uso do carro de entrega de jornais-presos pela ditadura!)

  138. Caímos, ou chegamos perto, no
    Caímos, ou chegamos perto, no Fla x Flu que deveríamos evitar. Discutir se um regime que prende, tortura e mata é ditadura ou ditabranda torna-se irrelevante – sonhamos com uma Democracia, um regime em que o cidadão seja sujeito e não objeto. Há sistemas conservadores bastante democráticos – e um regime socialista tb não precisa ser ditatorial.
    Na Venezuela não há um preso político, nem um jornalista preso por delito de opinião (ao que me consta há um jornalista preso por estelionato, que a oposição alega ser por perseguição). Em Cuba há entre 200 e 250 presos políticos (no passado teriam sido cerca de 10 mil, segundo fontes anti=castristas), mas jamais houve tortura. As atrocidades no Chile e na Argentina foram mais numerosas, mas bastaria uma para fazer o regime condenável. Paremos de contabilizar os crimes para relativizar.
    O que importa nesta fase histórica das Américas é que cada povo aperfeiçoe seu sistema político, sempre visando a maior participação, a justiça social e o respeirto aos direitos individuais legítmos (para mim o latifúndio e a impunidade, por exemplo, não são direitos legítimos, porque anti-sociais). E todos os países citados aqui estão caminhando nesta direção. O Chile não é de esquerda, nem o Brasil, mas ambos dão passos importantes na melhoria das condições de vida, acesso à Educação, etc. Quando a Bolívia extingue o analfabetismo, conforme reconhece a Unesco, faz uma revolução que os conservadores jamais fizeram, e impediram que fosse feita. Se fosse um governo conservador, eu aplaudiria da mesma forma.
    O fato é que a direita brasileira é muito burra, prefere um país com 30 milhões de consumidores do que um com 190 milhões! Como já disse alguém, “os ricos da América Latina só se sentem ricos se estiverem cercados de miséria”. É esta visão retrógrada até em termos capitalistas que está sendo defendida no Brasil por alguns grupos políticos e parte importante da mídia. É isso que o povo brasileiro terá que derrotar.

  139. Quer dizer que quem mata 300
    Quer dizer que quem mata 300 é igual a quem mata 17 000, mais 24 000 que se afogaram tentando chega a outro mundo possível? E ainda está no poder passados cinquenta anos? Puxa Nassif!!!! Isto não se chama hipocrisia da grossa? As vozes que aqui gorjeiam não gorjeiam pelos de lá!

  140. hahaha
    “E que nossas mulheres
    hahaha
    “E que nossas mulheres não nos leiam, mas as argentinas são lindas.”

    e os argentinos???? são bonitos e charmosos, difícil não cair na sedução deles…

  141. Lamentável que também boa
    Lamentável que também boa parte (para não dizer toda ela) da mídia tenha se rendido aos mecanismos de influência negativa ao povo, mantendo a todos ora desnorteados, ora mal infomados com ‘achismos’. Foi-se o tempo que havia compromisso com o leitor e a intenção era realmente informar e levar a verdade.
    Qualquer recurso está sendo usado para vender notícia, e não importa mais o caráter e a postura diante de um público ou mesmo da massa, hoje se vende tudo.
    A mídia parecer ter tão pouca memória quanto os brasileiros em tempo de eleição. Um jornal que deveria manter sua credibilidade, ao afirmar bradura num período onde muitas vozes foram caladas sob tortura, contribui para que todo tipo de morte, violência, injustiça seja banalizada.

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