‘A luta agora é para libertar o país desse bando de milicianos’, diz Lula

A um público de mais de 200 mil pessoas, ex-presidente exaltou o povo nordestino. "Nordeste é exportador de dignidade"

Mais de 200 mil pessoas cantaram pela democracia com mais de 40 artistas por mais de 8 horas de shows – RICARDO STUCKERT

São Paulo – Em um discurso carregado de gratidão às pessoas que o apoiaram na Vigilía Lula Livre e por meio dos comitês espalhados por todo o país durante os 580 dias encarcerado na sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  exaltou o povo nordestino no Festival com Lula Livre, no começo da noite de hoje (17), em Recife.

“O Nordeste é exportador de dignidade”, disse, lembrando que antes de seus 8 anos de governo o povo nordestino não era beneficiado por políticas de inclusão no mercado de trabalho, educação e saúde, entre outras.

“Queremos ser tratados com igualdade de condições. Não somos pária da sociedade”, afirmou. E emendou: Tenho muito orgulho de ter criado a Universidade Federal do ABC (UFABC), onde a primeira matrícula foi feita por uma nordestina em curso de engenharia”.

Lula conclamou todos à luta, que não acabou com sua libertação. “A luta será para libertar o país desse bando de milicianos que tomou conta do país”, disse, dirigindo-se claramente a Jair Bolsonaro e seus auxiliares, que conduzem políticas de ataques a direitos sociais de toda a população e de isolamento aos estados nordestinos.

Acompanhado de Fernando Haddad e de Rosângela da Silva, a Janja, Lula voltou a criticar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, Jair Bolsonaro e a Rede Globo, “que trabalham para destruir a esperança no país  ao alimentar o ódio e as mílícias”.

O primeiro festival Lula Livre depois da libertação do presidente, no último dia 8, reuniu mais de 200 mil pessoas, segundo a organização. A Praça Nossa Senhora do Carmo, no bairro Santo Antonio, região central de Recife, foi palco para um show com mais de oito horas de duração e que prosseguiu após o discurso de Lula.

O Festival tornou-se uma marca da luta por justiça para Lula conhecida no país todo. Como na ditadura, todas as edições do festival trouxeram a música como forma de resistência e politização na luta pela liberdade do o ex-presidente, que ficou encarcerado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por 580 dias.

Confira outras fotos do #FestivalComLulaLivre:

Redação

4 Comentários

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  1. LIBERTAR O PAIS DOS MILICIANOS. Como disse, Mangabeira Unger, o povo não vota em banqueiro e por isso os banqueiros lançam seus laranjas como candidatos : Bozonaro não teve pudor ao defender as milicias quando ainda deputado discursou na BA. Foi está figura que foi lançada candidato a laranja de banqueiro : está desempenhando seu papel de laranja de banqueiro . Triste Brasil. Sim Lula, precisamos resgatar esse país das mãos das milícias : e antes que seja tarde demais : alô STF, kd vc

  2. Não…errado……

    O objetivo deveria ser libertar o país do rentismo desbragado, restaurar os direitos sociais solapados, reconstruir a previdencia publica……..

    Lula fazer alianças com a direita – como estão propondo por ai – com os demotucanos, ficar de beijinhos com o ociólogo, com os chupins da fiesp é o mesmo que ter um desgoverno de direita….não sei se vão me censurar novamente, mas digo o seguinte…

    Pra ter um governo de esquerda manipulado, enganador, e capacho do rentismo, melhor ficar na oposição……

  3. Nassif: essa de só 200.000 pessoas num eleitorado de quase 2.500.000, só na região Metropolitana do Recife – PE, me assusta. No Chile, com a repressão conhecida (e altamente violenta) compareceram 2.000.000 de pessoas. E veja que aquele Estado tem ao todo em torno de 6.500.000 eleitores. Os VerdeSauvas estão fazendo churrasco, na QuerênciaDeCruzAlta, comemorando. E só não festejam mais porque AgulhasNegras mostrou os números nas passeatas-fiasco da SujaJacto. Com esse pessoal aparentemente acomodado como vamos assustar certos habitantes do CondomínioDaMorte, da BarraDaTijuca?

    1. Concordo com sua crítica à acomodação do nosso povo, que tem preferido ver “o tempo passar na janela” da TV a participar, JCordeiro. Mas o local escolhido para a concentração, a Praça do Carmo no Recife, não comportava mais gente.

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