A mão pesada de Serra nas acusações contra Chalita

Do Estadão

‘Podem investigar tudo da minha vida’, diz Chalita

Acossado por 11 inquéritos do Ministério Público Estadual que pretendem devassar sua gestão na Secretaria de Educação de São Paulo (2002-2006), o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) desafiou o analista de sistemas Roberto Grobman, autor das denúncias de que teria recebido R$ 50 milhões em propinas de empresários. “Onde é que está esse dinheiro? Se ele viu tantas caixas de dinheiro no meu apartamento, por que não fez fotos?”, questionou.

Chalita disse ter identificado a origem das acusações que o afligem. Ele contou ter sido avisado, ainda durante a campanha municipal do ano passado, de que integrantes do comitê de José Serra, candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, vasculhavam sua vida e procuraram desafetos a fim de atingi-lo. Grobman, disse Chalita, é um deles. O analista de sistemas acusa o deputado de enriquecimento ilícito. Aponta pagamentos de propina no exterior e relações escusas com grupos empresariais ligados à área de educação.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Chalita repudiou a versão segundo a qual pilhou a pasta que dirigiu por cinco anos e afirmou que abre espontaneamente mão de seu sigilo bancário.

O deputado disse ainda que vai à Promotoria entregar uma relação de cheques com os quais diz ter pago despesas com a reforma de um apartamento em Higienópolis. O delator narrou que a empresa que fez a automação do imóvel recebeu US$ 79.723 no exterior, valor que teria sido bancado pelo empresário Chaim Zaher, do grupo educacional COC – o fornecedor dos equipamentos disse ter recebido fora do País.

Chalita afirmou que comprou apartamentos em São Paulo e no Rio com recursos que amealhou dando palestras e com venda de livros. Contabiliza receita de R$ 1,7 milhão, em 2012, referente a direitos autorais de suas obras literárias.

Ele admitiu relacionamento próximo com seu acusador, Grobman, um ex-colaborador do grupo COC e ex-namorado de uma assessora. “Roberto é estranho, complicado”, disse. “Isso (a denúncia) é como alguém que coloca droga na sua mala. Aí você tem que provar que a droga não é sua”, comparou.

Apesar de se dizer triste, Chalita afirmou que sua meta política para 2014 está incólume: “deputado, governador…”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Luis Nassif

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