A morte do reitor e o espírito punitivista, por Luís Nassif

A tragédia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo é ilustrativa desses tempos tormentosos que o país atravessa, com o punitivismo entrando em todas as áreas e abrindo espaço para os tipos mais doentios e desequilibrados.

Os jornais cobriram a tragédia burocraticamente, tratando o volume de recursos fiscalizados – R$ 80 milhões dos cursos de educação à distância – como se fosse a corrupção final. E estabelecendo relações de causa e efeito com o suicídio, não permitindo o direito da dúvida ao reitor, mesmo depois de morto. Afinal, os que recebem a pecha de corrupto não tem direito nem à morte digna.

No entanto, é um episódio exemplar, de como o punitivismo criou uma nova legião, os agentes de controle, os templários da nova ordem, pessoas cuja métrica de avaliação é o rigor sem limites, não distinguindo pequenos delitos de grandes crimes, não entendendo outra forma de punição que não a da destruição total do inimigo.

Os órgãos de fiscalização e de repressão assumiram tal influência que passaram a se imiscuir em vários setores da vida do país, trazendo consigo altas doses de intolerância e de pensamento policialesco e abrindo espaço para personalidades desequilibradas, a verdadeira banalização do mal praticando a crueldade com a segurança de quem tem o Estado atrás de si.

Nos últimos tempos, começou a se disseminar a figura do corregedor da Universidade federal. Ali, plantou-se o ovo da serpente, do poder externo se sobrepondo ao da comunidade.

Em geral, as universidades padecem de problemas sérios de gestão. Muitas vezes pesquisadores competentes são transformados em chefes de departamento, sem nenhuma experiência nem paciência para lidar com problemas administrativos. Criadas para permitir buscar outras fontes de recurso, muitas vezes as fundações não têm a devida transparência na prestação de contas. Por outro lado, há um enorme cipoal burocrático que torna mais difícil ainda a gestão nas universidades e transforma o mero exercício contábil de prestação de contas em um inferno sem fim.

Em vez de aprimoramento nas formas de controle e de induzir as universidades a buscar gestores profissionais, decidiu-se pelo caminho burocrático, de criar uma corregedoria, figura esdrúxula, cujo titular responde administrativamente à reitoria e funcionalmente à CGU (Controladoria Geral da República). Trocaram a gestão pelo espírito policial. Some-se o punitivismo de juízes emulando Sérgios Moros, procuradores imitando a Lava Jato e delegados da PF sendo delegados da PF, e se terá a síntese da tragédia atual e das que ainda estão por ocorrer.

O corregedor policial

A figura central da tragédia da UFSC é o corregedor Rodolfo Hickel do Prado.

Foi Hickel quem solicitou o afastamento do reitor, que encaminhou as denúncias à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal e, segundo rumores que correm por lá, instruiu uma professora a gravar uma conversa com o reitor.

Figura estranha à Universidade, Hickel assumiu o cargo no ano passado, indicado pela reitora que saía. Imediatamente tratou de se transformar em um poder autônomo, colocando-se acima da reitoria e das demais instâncias administrativas, um comportamento que refletia, no microcosmo da Universidade, o clima persecutório que tomou conta do país, e o poder apropriado pelos cabeças-de-porta-de-cadeia ganhando um status até então inimaginável.

Alguns conflitos com o Centro Acadêmico do Centro Tecnológico da Universidade deixaram claro esse comportamento de Hickel.

Houve dois episódios iniciais envolvendo estudantes.

Um, mais grave, foi de uma aluna que falsificou provas. Abriu-se um processo administrativo, que é julgado pelo colegiado do curso. A aluna foi suspensa por oito meses,

O segundo incidente foi uma cola, uma molecagem de um estudante, já reprovado, que copiou parcialmente o trabalho de um colega. O caso também foi apreciado pelo colegiado e o aluno punido com 30 dias de suspensão.

O Centro Acadêmico reagiu, julgando a segunda punição por demais severa e  entrou com recurso e o caso foi para o Conselho da Unidade, espécie de 2a instância. Houve um parecer mantendo a punição.

A reação do corregedor foi típica de um perfil psicológico já estudado: se não punir exemplarmente o aluno, hoje é a cola, amanhã estará roubando e traficando.

No dia 16 de outubro, o CA da Produção publicou nota do Facebook onde dizia não concordar com o parecer. Na nota, apontavam denúncias de alunas sobre assédio sexual na sala de aula.

Quatro dias depois, os alunos receberam ofício do Chefe de Departamento solicitando que fossem apresentados nomes. Os alunos suspeitaram que havia intenção de abafar o escândalo. Como estava em fim de ano letivo, as alunas não queriam deflagrar nada antes de encerrado o período.

Nesse ínterim, continuava em andamento o primeiro caso, da aluna que falsificou as notas.  No dia 1o de novembro estava agendada reunião com a aluna e o advogado, para acontecer na sala da professora presidente da Comissão, no Centro Tecnológico.

O local foi alterado a pedido do corregedor.

Terminada a reunião, o corregedor chegou até os alunos do CA e começou a ameaça-los explicitamente. Dizia que estavam espalhando calúnias contra os professores. Exigia nomes. Os alunos explicaram que as colegas estavam esperando terminar o semestre para avançar com as denúncias.

Na 6a feira, a presidente do CA recebeu SMS intimando-a a se apresentar na corregedoria. Presentes na sala, apenas ela e o corregedor. Foi pressionada de todos os modos para entregar nomes. A moça permaneceu firme na postura de só entregar após encerramento do ano letivo.

Na semana seguinte, começou o terremoto. Mais de 100 alunas passaram a receber intimações, no meio das aulas, para que se apresentassem na corregedoria. Algumas das intimações interromperam aulas com provas de cálculo, o terror dos politécnicos.

O critério adotado pelo corregedor foram os cliques na nota do Facebook. Todas as alunas que “curtiram” a nota foram intimadas e submetidas a métodos policialescos. Para uma das primeiras convocadas, Hickel informou haver denúncia de cola em sala de aula. A ameaça desestabilizou-a por inteiro. Ai o corregedor explicou que era brincadeira.

No total, foram intimados mais de 200 alunos, obrigando o CA a contratar um advogado para entrar na história. Criou-se um clima de terror amplo, com o entorno dos alunos entrando em pânico com as amaças.

O advogado abriu denúncia no Comitê de Ética da Universidade, para fugir do cerco do corregedor. Era nítido para os alunos que sua intenção era abafar o caso e transformar os alunos em réus. No auge do terror, os alunos procuraram o reitor Cancellier. O reitor recebeu-os prontamente, ligou para o corregedor, que foi até à sala.

– Olha, Rodolfo, você não tem poder coercitivo. Se alguém não atender a essa chamada, você não terá nada a fazer.

O corregedor sentiu-se desautorizado. Depois, circularam pela Universidades queixas de diversas pessoas sobre os problemas criados recorrentemente pelo corregedor, que atropelava procedimentos e não seguia os ritos da Universidade.

Certa vez, por conta própria Hickel chegou a afastar um professor de suas atividades. O chefe de gabinete da reitoria precisou retificar a medida, que havia sido publicada no Diário Oficial.

Essa sucessão de episódios ampliou o fosso entre o corregedor e a reitoria.

Pouco depois, foi apresentada a denúncia ao MPF e à Polícia Federal. Ali, começava a ser montada a tragédia.

A delegada Erika Marena, personagem do filme sobre a Lava Jato, fez o pedido de prisão preventiva e, no momento em que ocorreu, toda a imprensa de Florianópolis já estava a postos. Como sempre ocorre nesses casos, o MPF foi a reboque. Sem acesso aos autos, o procurador da República André Bertuol endossou burocraticamente o pedido. E a juíza Janaína Cassol Machado aquiesceu com a gana de carnívoros famintos.

Como não havia celas na PF, os prisioneiros foram submetidos a um amplo ritual de humilhação. Despidos, colocados em uniformes de presidiários, algemados e transportados para o presídio estadual. Em geral, , em Florianópolis, apenas dois tipos de personagem tiveram tratamento similar: traficantes e um empresário que respondia a mais de 60 processos. O empresário conseguiu responder aos processos em liberdade.

Em todo caso, a delegada Erika, o procurador Bertuol, a juíza Janaína, o próprio corregedor Hickel são personagens menores. O grande personagem é o espírito punitivista desses tempos de cólera, e uma imprensa sensacionalista, totalmente dissociada de princípios civilizatórios básicos, que acabou conferindo a mentes perturbadas o poder inaudito de assassinar reputações.

A morte física do reitor foi apenas um acidente de percurso. E os protagonistas, não mais que de repente, perderam a atração pelos holofotes.

Luis Nassif

52 Comentários

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  1. Isso é o que acontece quando

    Isso é o que acontece quando vocês dão poder demais para idiotas. Eu sempre escrevo que a constituição brasileira é ineficaz (para não dizer inútil e sem valor) e essa é uma das razões: Delega poder demais para alguns e não coloca meios para prender os que abusam desse poder.

  2. Pelo visto o episódio da

    Pelo visto o episódio da escola base não serviu de nada,

     

    e esse não é a primeira vítima mortal do tal “lavajatismo” nausebundo, é a segunda….

    funcionarios publicos são funcionários, basta por em disponibilidade enquanto corre o PA, se for culpado pune-se, qual a dificuldade????

  3. Pelo visto o episódio da

    Pelo visto o episódio da escola base não serviu de nada,

     

    e esse não é a primeira vítima mortal do tal “lavajatismo” nausebundo, é a segunda….

    funcionarios publicos são funcionários, basta por em disponibilidade enquanto corre o PA, se for culpado pune-se, qual a dificuldade????

  4. sobre regimes de exceção

    Na época da ditadura, pela qual passei, sabia-se quem eram os alvos. 

    Agora, pode ser qualquer um: você, seu filho, seu pai, sua mãe, seus amigos. Todos estamos na mira de algum delegado ou juiz. 

    Eu estou apavorada, impotente e profundamente triste.

    Fui perseguida na ditadura, mas não senti o que estou sentindo agora.

    É inacreditável!

  5. Que pais é este ?

    Este desvairado punitivismo não encontra semelhança nem na idade media e inquisição. Barbosa me explique, foi o seu desejo com o mensalão?

  6. Análise detalhada e correta…

    Parabéns ao jornalista Luís Nassif por essa detalhada e correta análise. Ele fez o exame, o diagnóstico, a autópsia, a exumação de mais um ‘cadáver’. Essa descrição minuciosa desse personagem macabro, o corregedor Rodolfo Hickel do Prado, é muito instrutiva e elucidativa. O próprio nome da função, “corregedor”, mostra que o estado policialesco se apossou também das universidades federais; em São Paulo, os governos tucanos já fizeram iso nas estaduais, como USP e UNICAMP.

    Mas acho que Nassif pegou leve com a delegada da PF,  Érika Mialik Marena, e com a ORCRIM lavajateira. Não fosse o lavajatismo insuflado pelo PIG/PPV, o reitor da UFSC não terria sido vítma dos abusos e humilhações por parte da polícia, que o prendeu por mais de um dia, submetendo-o a revista vexatória, claramente ilegal e criminosa. Mais grave: procuradores do MPF, a delagada da PF e uma juíza federal impediram que o reitor pudesse entrar no campus da instituição que dirigia. A Luiz Carlos Cancellier foi negada a presunção de inocência e o direito de responder, em liberdade, às acusações que lhe eram imputadas. 

    O Professor e Reitor da UFSC é a terceira vítima de assassinato por parte das ORCRIMs Fraude a Jato e PIG/PPV. Antes dele foram assassinados Marco Aurélio Garcia e Dona Marisa Letícia.

    1. A morte de um inocente sempre nos comove

      Além de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, Marco Aurélio Garcia e Dona Marisa Letícia, a presunção de culpa instituída pela Gastapo Paranaense matou Luiz Gushiken e provocou invalidez permanente em José Genoíno.

      Esses são os casos mais evidentes, mas o buraco é muito mais embaixo. Há mais inocentes e anônimos sofrendo na pele e tendo suas vidas destruídas pela epidemia de sociopatia e ódio que emana da nova ditadura togada. Hoje em dia qualquer corregedorzinho de esquina quer ser o novo Sérgio Moro.

      Não está longe o dia em nós, os não-arianos que amamos a Democracia e a República, seremos levados em trens para campos de concentração e de extermínio.

      1. Requiem para um país suicida

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=RzlniinsBeY]

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=fEY9Z8LJfMY]

        Passaram-se 50 anos mas chega a Roda Viva e carrega o país de volta ao passado, cujas feridas se supunham

        cicatrizes que se descobrem gangrenas à luz sombria dos dias anestesiados e entorpecidos.

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=A_2Gtz-zAzM]

         

        Até quando repetiremos os mesmos erros?

         

        SP,04/10/2017 – 16:14

         

        1. Corrigido

          O comentário está incompleto. Desculpem pela falha na inclusão dos videos.

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=RzlniinsBeY

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=fEY9Z8LJfMY%5D

           

          Passaram-se 50 anos mas chega a Roda Viva e carrega o país de volta ao passado, cujas feridas se supunham

          cicatrizes que se descobrem gangrenas à luz sombria dos dias anestesiados.

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=A_2Gtz-zAzM%5D

          Até quando repetiremos os mesmos erros?

           

          SP,05/10/2017 – 12:19

  7. “Certa vez, por conta própria

    “Certa vez, por conta própria Hickel chegou a afastar um professor de suas atividades”:

    Prova contundente que essa universidade tem pelo menos 1 filho da puta.

  8. Eu cobrei a posição dos reitores das

    Universidades Federais no começo do golpe e não vi nenhum reitor se pronunciar contra o golpe. Agora é tarde, pois os golpistas vão destruir o ensino público em todos os níveis.

     

  9. As Universidades na CF/88

    Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

     

    Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

     

    § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

     

    § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

     

    1. Sobre 207:
      Eu NUNCA ouvi

      Sobre 207:

      Eu NUNCA ouvi falar em “corregedor de universidade” na minha vida!

      Pra piorar, o cara do item so aprontou cagada apos cagada pra todo mundo na universidade!

    1. Por algum lugar há de se

      Por algum lugar há de se começar companheiro Videira.Ainda que a mídia o esconda por ser cumplice,esse caso emblematico do “Suicidio do Senhor Reitor” poderá ser emblemático.

  10. A matéria é tão clara sobre

    A matéria é tão clara sobre os papéis dos envolvidos que é impossível não voltar ao passado dos anos de chumbo, quando inventaram a disciplina Moral e Cívica, obrigatória do maternal à universidade. Mas a intervenção no ensino superior era mais dissimulada, quer dizer um pouco mais dissimulada. Era só colocar um coronel para professor de  Técnicas de Editoração, cujo conteúdo versava sobre a construção da estrada Transamazônica (e os alunos se perguntavam: e o E o quico? Quico tenho com isso?). Na época, um abaixo assinado resolveu e trocaram o professor. Depois do nada, a faculdade começou a receber alunos da PM, fardados e armados, para assistir algumas aulas sob pretexto de convênios entre o MEC e a PM. Os alunos conseguiram que, pelo menos, assistissem aula desarmados. É muito óbvio o estado policialesco voltando e o pior, sem nenhum pronunciamento do ministro fake de Educação. Não tem responsáveis oficiais nesse episódio. É muito estranho. E  somos todos responsáveis. Não tem saída.

  11. Corrija, Nassif. O

    Corrija, Nassif. O assassinato do reitor.

    O professor Cancelier sacrificou sua vida para desmascarar assassinos sociopatas travestidos de “agentes da lei”. Para sua morte não ter sido em vão, a partir dela, o Brasil tem que começar a recuperar a sua democracia. É a grande oportunidade deixado por um gesto tão extremado como esse

  12. A virada é agora

    A morte de V. Herzog foi a virada ( voces conhecem toda a historia).

    A morte do reitor pode ser a virada desde que não esquecemos o caso.

    Vamos manter o assunto à tona. 

    Estudantes universitarios, professores voces têm de fazer vossa parte…

    1. Os golpistas já viram que

      Os golpistas já viram que este suicídio pode culminar em uma virada do golpe.

      Por isso, a grande mídia mal está cobrindo esse desastre.

  13. A tragédia com o Reitor

    A tragédia com o Reitor Cancellier mancha para sempre a História do País. Tragédia semelhante ocorreu com Frei Tito de Alencar Lima durante a ditadura militar e queríamos que isso nunca mais tivesse se repetido.

    Quanto ao corregedor da UFSC, aposto que uma vasculhada no currículo do sujeito poderia trazer informações bem interessantes. De onde veio? Do que vivia antes? Com quem tinha ligações? Decorativo parece que ele não gostava de ser.

  14. alguns comentários

    1º Nassif já tinah denomiando os Cabeça de Planilha. Agora temos o cabeça de Porta de Cadeia. No fundo , sinto que tem muita gente que viveu o fim da ditadura e sente muita falta daquilo. Ordem, Repressão, controle. Tem muita gente que sonha que isto vire uma enorme esparta

    2º Sempre me perguntei que tipo de pessoa se presta a ser torturador, a trabalhar em um doi-codi. Este Hickel é um. Se entrarmos em ditadura, ele vai se prontificar rapidinho

  15. O pior dos mundos. Pelo relatado, o problema transcende …..

    O pior dos mundos. Pelo relatado, o problema transcende a lava-jato!

    Como fui professor da UFRGS por 36 anos e ainda trabalhei como voluntário por mais dois anos vou tentar mostrar que o que passa na UFSC aparentemente é muito pior do que estamos pensando.

    Na UFRGS em todos os anos que trabalhei jamais os problemas relatados no texto do Nassif ultrapassaram a soluções punitivas ao nível do professor ou de departamento, eu tive nestes anos de magistério vários casos de tentativa de fraude, alguns mais simples e outros mais complexos, porém nada que um bom zero na prova ou reprovação no curso não resolvesse, coisa que deixava claro já no início do curso, dizendo aos alunos que como prisioneiros de guerra eles tinham todo o direito de tentar fugir, mas como guarda eu tinha direito de abatê-los! Jamais puxava para o lado pessoal alguma tentativa como esta e alguns alunos que foram pilhados no momento da fraude, isto resultava que a maioria dos alunos reprovados por fraudes diversas matriculavam-se no próximo semestre exatamente na minha turma (e havia mais outras possibilidades de professores) para simplesmente provarem que eram capazes de ter êxito sem fraude, e geralmente provavam.

    Mas o caso não é UFRGS, o caso é UFSC. Na época que comecei a lecionar o fosso entre estas duas instituições era enorme, mas devido ao esforço de docentes e alunos este fosso foi fechado chegando a segunda instituição ultrapassar a primeira em excelência acadêmica em vários setores, porém isto foi feito sem a necessidade de corregedorias ou de sistemas repressivos, mas sim pelo trabalho da comunidade acadêmica dentro de um espírito de trabalho e cooperação.

    Porém lá no século passado, quando conhecia pessoalmente muitos professores da universidade catarinense, sabia que ela era conhecida por uma determinada posição bem mais elástica em relação aos seus alunos, e exatamente com estes alunos e professores bem mais tolerantes que o de outras universidades que cresceu a universidade catarinense, ou seja, dentro de um espírito bem mais “soft” e de cumplicidade entre professores e alunos cresceu o espírito cooperativo que deu excelente resultados.

    Entretanto nos últimos anos todas as universidades federais sofreram um imenso processo de renovação dos seus quadros, e aparentemente o espírito de cooperação está dando lugar ao espírito de competição, instituições mais antigas e com uma tradição mais sólida ainda resistem aos novos ventos e seus quadros mais jovens conseguem assimilar um comportamento mais ditado pelo passado, do que deixar implantar modelos de universidades norte-americanas que erroneamente a excelência é atribuída a esquemas mais rigorosos de comportamento, esquecendo que as mesmas drenam do mundo inteiro os melhores quadros.

    Esta renovação está passando exatamente pelo chamado espírito da meritocracia que é quantificado por índices que com o tempo são distorcidos por esquemas de tentativa de ajustar o trabalho de seus alunos e professores a esta nova realidade. Porém para nossa alegria, nos altos escalões burocráticos do Ministério da Educação e seus comitês, já acendeu a luz vermelha e vários atores estão pensando em como evitar o que poderíamos chamar uma verdadeira fraude acadêmica começam a se mecher neste sentido. Ou seja, nem tudo está perdido!

    O que vejo na UFSC é uma tentativa de estabelecer um sistema punitivo grotesco a medida que coisas que poderiam e deveriam ser resolvidas dentro da própria sala de aula chega a uma gestapo instalada dentro da universidade.

    Voltando a UFRGS, há algumas décadas atrás, houve um incidente sério de um aluno que num verdadeiro surto ao sair de uma prova simplesmente começou a agredir fisicamente seus colegas que ele jamais conhecia, foi rapidamente contido pelos restantes dos alunos e pelo professor, a agressão chegou ao ponto de quebrar o nariz de um aluno, totalmente desconhecido pelo surtado, com um soco. Quando o assunto, devido à gravidade, chegou ao Conselho Universitário se verificou que não havia nenhum instrumento legal mais eficiente para punir casos extremos de violência de diversos tipos, o próprio conselho com a participação dos representantes acadêmicos e com o DCE redigiu um código de conduta para os alunos a medida que para os professores já existe na função pública uma estrutura legal para isto. Chamo a atenção que este código cobre coisas como punições a atos como violência física contra alunos e professores, com especial atenção a agressão contra mulheres. Este código dá perfeito direito ao contraditório dos acusados e possui freios e contra freios ao poder. E apesar deste código já existir a algumas décadas me parece que nunca precisou ser utilizado nas últimas instâncias.

    O que vejo de mais grave nisto tudo é a ausência de uma clareza nas funções desta tal de Corregedoria, pois não se pode criar um cargo que seja deixado ao arbítrio de seu próprio executor. Na ânsia de uma pseudonecessidade de rigor com os componentes da universidade, se quebra o que deveria ser característico de uma Universidade com U maiúsculo, a liberdade, a liberdade em sentido amplo, de cátedra, de participação dos alunos e até de tentativas de burla via cola com a liberdade do próprio professor de puni-la. Também me surpreende que a instituição permita a existência de esquemas repressivos que contrariam o que deveria ser o espírito das universidades. Meritocracia parece uma palavra que esconde as distorções de qualquer sistema, pois o erro está em como e quem define o que é “o mérito”.

    A cátedra só pode estar assente num só critério, na qualidade do professor e no diálogo deste com seus alunos, diálogo este, que passe por demonstrar que a atividade do professor está voltada para a educação de seus alunos, e quando isto fica claro com a imensa maioria, exceto os psicologicamente perturbados (tanto alunos como professores), não há questionamento quanto a métodos claros de avaliação.

  16. O punitivismo apontado por

    O punitivismo apontado por Nassif expressa a forma como o poder constituído se apropria do sentimento de revolta do povo contra as injustiças sofridas no dia a dia, para transformá-lo em arma contra esse mesmo povo.  A revolta popular inconsciente, interiorizada, não manifesta, gerada por todas as formas de opressão, tais como  trens e ônibus superlotados, o trânsito caótico, o desemprego ou o emprego precário, o salário que mal dá para pagar as contas, o medo do assalto, o medo da polícia, o medo da doença, a burocracia como processo de tortura, a justiça só para os ricos, a inflação só para os pobres, essa revolta difusa é filtrada pelas redes sociais, pelas corporações da mídia, do sistema judiciário e policial para constituir-se no fascismo que, num circulo vicioso e monstruoso,  despeja seu ódio contra as vítimas de sempre, pobres, negros, minorias, periferias e, no processo em curso no Brasil, atinge também parcelas da população que se achavam protegidas, a exemplo do reitor, jornalistas independentes, políticos de esquerda,  defensores de minorias, alunos que protestam nas escolas e nas ruas.  De onde o humanismo é expulso pelo deus-mercado, impera o fascismo.  

  17. É a segunda vítima fatal

    É a segunda vítima fatal desse tempo de caça às bruxas . A primeira foi Marisa Letícia –  que teve de forma criminosa vazado um áudio que não tinha nenhum valor criminal (como a conversa de Lula e de Eduardo Paes ) em que ela disse o que qualquer mulher diria vendo seu marido e família sendo massacrados dia e noite por uma turba e pela mídia. E se a prisão do reitor foi humilhante (e reiteiro aqui que não tenho como dizer se ele é ou não culpado no processo ), por outro lado quando prenderam Cunha (depois de ter feito o serviço sujo ) só faltou os policiais pedirem desculpa por isso. Não foi algemado e até hoje não teve uma foto dele (que eu saiba) na cadeia, de cabeça raspada – como foi pra Cabral. 

    Enfim, essa é a porcaria de país que temos, reflexo direto de uma das elites mais verminosas que já surgiu no ocidente. 

  18. PUNITIVISMO E IMPUNIDADE

    A sanha punitivista em voga nestes tempos de cólera, além de desumana e irracional, é também resultante de um falso moralismo, insuflado pelas distorções da superestrutura estatal e midiática, sendo, portanto, característica de uma trajetória vil, antidemocrática, incompatível com as garantias civis básicas, sustentadas por vários princípios jurídicos elementares, consagrados em cláusulas pétreas da Constituição Federal.

    É tempo de construir as bases para o urgente resgate do estado de direito, através da democracia representativa e do devido processo legal, para que se possa apurar as responsabilidades das instituições, das autoridades e dos difusores do ódio.

    A conscientização acerca da necessidade de solução democrática para os gravíssimos retrocessos políticos e antiéticos é o único caminho para obstar a estratégia do imperialismo predatório, que visa a promoção de confrontos genocidas e fratricidas.

  19. Vivemos numa sociedade autoritaria do “homem-cordial”

    O julgamento popular apressado se reflete em instituições q deveriam estar mais bem preparadas,mas não são,não são imunes.A Escola BASE é outra amostra.Quem entre nós tambem não julgou aquilo?O risco nas ditas redes sociais,na blo-gosfera aumenta com o tempo minimo de leitura  q dificulta compreensao e pior  reflexao – jornal recente q li me espantou com numeros minimos de minutos de leitura e de pausa pra pensarmos com a dita tecnologia e a corrida trazendo precon-cepções.Em postagens tb. Não me excluo.E tento dar desconto aos demais.Criar organismos já na escola sobre tal feno-meno é caminho,porem escolas vendem smartphones e Tablets de uso sem critérios.

  20. Agradeço ao Nassif pelos esclarecimentos desse caso

    Que loucura tudo isso. A universidade que sempre foi um lugar de ideias e liberdade, de repente vira uma cenario de flme policial. E o que mais me choca é a dissimulação da real gravidade desse caso pela imprensa nacional. 

  21. PUNITIVISMO E IMPUNIDADE

    A sanha punitivista em voga nestes tempos de cólera, além de desumana e irracional, é também resultante de um falso moralismo, insuflado pelas distorções da superestrutura estatal e midiática, sendo, portanto, característica de uma trajetória vil, antidemocrática, incompatível com as garantias civis básicas, sustentadas por vários princípios jurídicos elementares, consagrados em cláusulas pétreas da Constituição Federal.

    É tempo de construir as bases para o urgente resgate do estado de direito, através da democracia representativa e do devido processo legal, para que se possa apurar as responsabilidades das instituições, das autoridades e dos difusores do ódio.

    A conscientização acerca da necessidade de solução democrática para os gravíssimos retrocessos políticos e antiéticos é o único caminho para obstar a estratégia do imperialismo predatório, que visa a promoção de confrontos genocidas e fratricidas.

    1. Não apareceu pra mim a caixa
      Não apareceu pra mim a caixa pra comentar…então cliquei
      em responder…o que moto eh de bons nossa elite regressistas não tem nada: estrutura e superestrutura,sendo essa formada pelo Judiciário, Igrejas mercadorias da fé e mídia,em especial a Globo que fala diariamente a 40 milhões de pessoas via JN, não tem nada…sim a nossa zelote zelote tem knhow e não dá ponto sem nó:

      . também pudera, está no nosso DNA de pais nascido na taça do Senhor de Engenho: foram uns 250 anos de escravidão e, proclamado seu fim, último país a fazer isso, os regressistas nunca aceitaram o fim do regime do cativeiro: finalmente conseguiram e contam com capitães do mato sofisticados como Sxxxergio Mxxxoro, aos quais lhes foram dados todos os chicotes e poderes para açoitar os que são uma ameaça ao projeto de poder regressistas e sua ideologia e subjetividades, como já disse, construídas pela superestrutura regressistas: que mudem o lema da bandeira nacional para ORDEM E REGRESSO.

      Em países civilizados não há o monopólio da fala e da informação…nos EUA é proibida a grupo de comunicação atuar em mais de um meio de comunicação: por aqui a coisa funciona na lógica do Grande Irmão: onde você estiver será obrigado a ver a mensagem regressistas: na telinha no interior do elevador…no táxi…em casa…todas as rádios e emissoras e imprensa escrita são repetidoras do Grande Irmao a Gxxxlobo.

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-maos-e-as-vozes-que-empurraram-o-reitor-da-ufsc-para-a-morte-por-luis-nassif

      Sobre o inventário do magnífico reitor…um homem sem posses…honesto…morto por essa gente doentia do ego …a obesidade do ego desses agentes públicos ceifaram essa árvore boa exibida no JxxxxN como arvore a ser condenada …e o condenaram no tribunal do poder verbalizações que, em conluio com igrejas mercadorias da fé e Instituições nem um pouco republicanas destruíram este país…a morte do magnífico reitor não ficará em vão assim como não ficou em vão a morte de Wladimir Herzog….morte ao fascismo midiatico-penal: foi por está causa que o magnífico reitor deu sua própria vida

  22. Meu comentário naõ saiu?

    Era reprodução do mesmo feito para o post “Das responsabilidades pela morte de Cancellier”.

    Imagino ter ocorrido alguma falha…

    Tentarei repetí-lo em seguida, pois julgo importante o conceito sobre as novas “piranhas” utilizadas como armas de destruição de reputações, tais como drones teleguiados.

  23. Devemos ter medo das piranhas?

    Eu tenho e muito!

    (Esse comentário tentei postar ontem, dia em que o GGN ficou fora do ar)

    Não me refiro às piranhas que habitam os rios das regiões norte e centro-oeste do Brasil. Estas sabemos o seu comportamento perigoso e com alguns cuidados poderemos evitar seus ataques.

    Tampouco refiro-me àquelas outras que passeiam nas ruas e avenidas das nossas grandes cidades praticando a mais antiga das profissões. Estas são inofensivas.

    Refiro-me a uma nova classe de piranhas que se proliferaram em tanques com o advento da Internet.

    A ferocidade das mesmas pode ser comparada à das primeiras. Ocorre, entretanto, que alguns descobriram que elas podem ser usadas contra desafetos ou como método de persuasão (eufemismo para chantagem). Daí que estes tanques passaram a ser cuidadosamente mantidos para que elas se reproduzam e frequentemente atiçadas a fim de aumentar sua agressividade.

    Normalmente evito de dar o nome dos “pecadores”, contentando-me apenas em condenar o “pecado”. Entretanto, acho que neste caso é necessário apontar aqueles mais responsáveis por esta prática.

    Começo apontando o site dos Antagonistas, continuo pelo site do Reinaldo Azevedo, e prossigo pelo site do astrólogo e pseudo-filósofo, Olavo de Carvalho.

    O fato de que, pela própria natureza das piranhas, alhgumas entre estas devorem-se entre si, não deve nos enganar a ponto de preferirmos umas a outras.

    Também é importante deixar claro que tais criadouros não são obra apenas de alguns blogueiros, mas que também, e principalmente, são produto da ação inescrupulosa de grandes grupos de mídia dos quais os que mais se destacam são O Globo, Veja, Estadão, Folha. IstoÉ. 

    No caso do suicídio cometido pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, o espetáculo macabro das piranhas atacando sem piedade o corpo já inerte e sem vida de Luiz Carlos Cancellier pode ser assistido, por exemplo, no site dos Antagonistas. Naturalmente com o aval dos patrocinadores e mantenedores do tanque de piranhas de sua propriedade.

    Agora, voltando ao título. Eu tenho muito medo dessas piranhas. Não sei como desenvolver meios de defesa contra esses ataques perpetrados simultaneamente por milhares de fascistinhas. Mas é preciso urgentemente organizar os meios de defesa. 

    Adianto que não sou partidário de atacarmos com a mesma moeda. O problema não se resolve e pode até piorar.

  24. Devemos ter medo das piranhas?

    Eu tenho e muito!

    (Esse comentário tentei postar ontem, dia em que o GGN ficou fora do ar)

    Não me refiro às piranhas que habitam os rios das regiões norte e centro-oeste do Brasil. Estas sabemos o seu comportamento perigoso e com alguns cuidados poderemos evitar seus ataques.

    Tampouco refiro-me àquelas outras que passeiam nas ruas e avenidas das nossas grandes cidades praticando a mais antiga das profissões. Estas são inofensivas.

    Refiro-me a uma nova classe de piranhas que se proliferaram em tanques com o advento da Internet.

    A ferocidade das mesmas pode ser comparada à das primeiras. Ocorre, entretanto, que alguns descobriram que elas podem ser usadas contra desafetos ou como método de persuasão (eufemismo para chantagem). Daí que estes tanques passaram a ser cuidadosamente mantidos para que elas se reproduzam e frequentemente atiçadas a fim de aumentar sua agressividade.

    Normalmente evito de dar o nome dos “pecadores”, contentando-me apenas em condenar o “pecado”. Entretanto, acho que neste caso é necessário apontar aqueles mais responsáveis por esta prática.

    Começo apontando o site dos Antagonistas, continuo pelo site do Reinaldo Azevedo, e prossigo pelo site do astrólogo e pseudo-filósofo, Olavo de Carvalho.

    O fato de que, pela própria natureza das piranhas, alhgumas entre estas devorem-se entre si, não deve nos enganar a ponto de preferirmos umas a outras.

    Também é importante deixar claro que tais criadouros não são obra apenas de alguns blogueiros, mas que também, e principalmente, são produto da ação inescrupulosa de grandes grupos de mídia dos quais os que mais se destacam são O Globo, Veja, Estadão, Folha. IstoÉ. 

    No caso do suicídio cometido pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, o espetáculo macabro das piranhas atacando sem piedade o corpo já inerte e sem vida de Luiz Carlos Cancellier pode ser assistido, por exemplo, no site dos Antagonistas. Naturalmente com o aval dos patrocinadores e mantenedores do tanque de piranhas de sua propriedade.

    Agora, voltando ao título. Eu tenho muito medo dessas piranhas. Não sei como desenvolver meios de defesa contra esses ataques perpetrados simultaneamente por milhares de fascistinhas. Mas é preciso urgentemente organizar os meios de defesa. 

    Adianto que não sou partidário de atacarmos com a mesma moeda. O problema não se resolve e pode até piorar.

  25. Não existem personagens
    Não existem personagens menores nesta tragédia de um homem só, que é de todos nós.
    Pessoalmente quero a familia Marinho destruída mas nem ela nem a Globo colocaram uma arma na cabeça da delegada e outra na da juiza e outra na do corregedor.

    Os sadicos da Gestapo então podem se safar dizendo que são vitimas da midia da epoca?

    Temos de dizer alto em bom som os nomes e repetir sem parar: Erika Marena, Janaína Cassol Machado, Erika Marena, Janaína Cassol Machado, Erika Marena, Janaína Cassol Machado, Erika Marena

    1. Favor não esquecer também o

      Favor não esquecer também o nome do excelentíssimo senhor doutor promotor endossante do descabido pedido da delegada.

  26. Quem Empurrou Cancellier á Morte?

    A morte do reitor Cancellier conecta-se a morte do jornalista Herzog na similitude de ocorrerem em momento de governos de exceção: O de Herzog, militar, o de Cancellier, jurídico-midiático.

    Herzog queria viver, preso o mataram e suicidaram-no morto, com futuro, pois o tempo era de esperanças, a ditadura fenecia.

    Cancellier queria viver, preso o mataram e suicidou-se vivo, sem futuro, pois o tempo é de desesperanças, a inaceitável prática fascista está começando.

    As mãos de Herzog não impediram que as mãos dos assassinos o levassem à morte.

    As mão de Cancellier não impediram que as mãos e as vozes dos assassinos as empurrassem a suicida-lo morto-vivo.  

    Há de haver tribunal que julgue os covardes mandantes e donos dessas múltiplas e asquerosas mãos assassinas.

    Mas para tanto, atentemos ao profundo e obsequioso silêncio com que a mídia lavajateira esconde o Fato, pois sabem-no nitroglicerina pura que pode implodir a farsa a jato, que sustentada na velha ladainha da Corrupção possibilitou o golpe e a tomada do poder, que o consórcio jurídico-midiático tenta consolidar exterminando quem representa perigo a longa estadia pretendida.  

    Não podemos deixar o fato, que escancara as consequêncis da barbárie jurídica que vivemos para mante-los no poder, passar em branco, é hora de dar continuidade ao que querem encerrado a jato, para que a morte desse cidadão brasileiro não seja em vão

  27. Mas que diabos está
    Mas que diabos está acontecendo.Nada consigo mandar meus comentários,já perdi uns 20 pelo menos.O jeito é aguardar a normalidade,como está é impossível.Infelizmente.

  28. Apocalipse now em slow motion
    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Ng1mpmKHIzE] [video:https://www.youtube.com/watch?v=DoffmNSSd2U] [video:https://www.youtube.com/watch?v=TrADo_p3nYU] Que Deus o receba e lhe dê a paz que o mundo não dá. SP, 05/10/2017 – 12:31 (envio original em 04/10/2017 – 13:48; não publicado provavelmente devido à mensagem de erro exibida após o envio; acesso ao site e envio de comentário têm apresentado instabilidades nos últimos dias)  

  29. CARTA IMAGINÁRIA DO REITOR SUICIDA

    Caminho pelo campus sem ter lembranças. A nudez que me obrigaram e o grito forte de culpado ecoado pelos jornais me fizeram um homem sem passado. Me levaram tudo. Deixaram a culpa! Há dias ando pensando num fim. Não vejo como falar aos alunos, à minha família, aos amigos e à minha própria consciência que não cometi crime e não sou culpado. A imprensa já me condenou. Parece que não há luz. Não vejo mais os amigos. Todos me olham com a condenação nas pálpebras. O que eu fiz, meu Deus? Distancia-se muito meu recomeço! Em um lampejo, lembro das aulas que ministrei e das que assisti. Lembro dos tempos de estudos, leituras, debates e opiniões. Falávamos de justiça e de direito. Lembro até do tempo em que era arriscado falar sobre democracia, quando sorria nas manifestações e imaginava o futuro. Mas rapidamente meus passos tropeçam nos agentes da polícia federal, minhas opiniões são silenciadas pela certeza da promotora e meus escritos são substituídos por garranchos de uma juíza que só conjuga o verbo condenar. Estou preso a uma ação que não sei qual é. Eles chegaram e me carregaram para o fim. E, sem saber direito o que fazer, eu segui. Agora me vejo no parapeito do ocaso de uma vida que um dia imaginei que seria boa, na qual faria bem as coisas que aprendi com meu velho Pai. Desconheço meu processo. Não sei do que me acusam, mas de tantos dedos apontados, notas de jornais, homens e mulheres de preto com a pistola no coldre, a voz pausada do apresentador da TV e do animado locutor das rádios eu me convenço que sou culpado. Não pedi advogado, pois não sei do que me defender. E, se não bastasse o cenário de Dante, vi uma vez um ministro do Supremo dizer que agora se prende poderosos. Eu… E li que “às vezes é preciso uma vanguarda iluminista que empurre a história”. Essa vanguarda me empurra para o átrio do prédio que me inquieta e, talvez no falso brilho da visão iluminista requerida, possam surgir algumas gotas do sangue que derramarei. Sei de outros que resistiram e resistem. Esses verteram lágrimas na solidão de celas lúgubres e ainda respondem processos sem prova e outros contra as provas. Eles continuarão! É, não sei qual meu erro, mas parece que errei. Ensinei direito para me acusarem errado. Ensinei justiça para me assassinarem. Pedi para preservarem o acusado e me expuseram assim. Mostrei o Art. 5º da Constituição, que trata sobre a presunção da inocência, o devido processo legal e a dignidade da pessoa humana. Dissimularam as leis, sonegaram informações, manipularam as pessoas e me desumanizaram. Disse Victor Hugo na obra “O último dia de um condenado” que “os homens são todos condenados à morte com prazos indefinidos”. Chegou o meu tempo. Me atiro ao chão e não peço piedade. Peço justiça pelos que ficam. Admiro os que resistem e os que lutam. Me mato sem sentença definida para que os responsáveis pela minha morte levem a última folha do processo que não conheci com suas decisões e colem na minha lápide para que logo abaixo alguém possa escrever: “ Não suportou a humilhação, a injustiça e o simulacro de processo”. Adeus! João Paulo Cunha 04/10/2017 (em homenagem ao Prof. Dr. Luís Carlos Cancellier de Olivo, reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina)

  30. Ela pode ser nomeada Delegada

    Ela pode ser nomeada Delegada Chefe,Corregedora,Superintendente,o escambau de mussurunga da Policia Federal,onde se esconder,essa delegada Erika Merena,fascista de carteirinha,será lembrada como a responsável direta pelo suicidio do Reitor da UFSC Cancellier de Olivo.E a mídia,a pior do planeta,como cumplice.Quando as aguas do rio voltarem ao seu leito normal,as trevas se dissiparem e o sol sobrepor sobre a noita mais escura,tudo isso será passado a limpo.A historia é inexorável,e esse fato aterrorizador não ficará impune.

  31. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  32. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  33. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  34. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  35. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  36. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

  37. O pronunciamento do

    O pronunciamento do Desembarcador Lédio Rosa de Andrade sobre a morte do Reitor Cancellier Avilo,é comovente,extraordinario e devassa os corações mais rijos.Nassif deveria traze-lo para cá.Não contive as lagrimas.

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