Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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A operação Lava Jato e a disseminação do fascismo, por Aldo Fornazieri

A operação Lava Jato e a disseminação do fascismo

por Aldo Fornazieri

Hoje em dia é quase proibido ser petista no Brasil. Qualquer pessoa que seja identificada como militante ou simpatizante do PT é agredida verbalmente e corre o risco de ser agredida fisicamente. As agressões verbais de que foi alvo Chico Buarque são apenas um exemplo do que vem ocorrendo com milhares de pessoas pelo país a fora. Esse clima de violência verbal e física, de linchamento, vem sendo estimulado pelo juiz Sérgio Moro, pelos procuradores da Lava Jato, por setores da Polícia Federal, por políticos como Aécio Neves, Carlos Sampaio e Ronaldo Caiado, por grupos de extrema direita que pedem a volta dos militares e por setores da mídia. Petistas e simpatizantes honestos, que não praticaram nenhum crime, são criminalizados e perseguidos por essa onda fascista que se alastra na opinião pública.

É certo que o PT, pelos seus erros e pela arrogância exclusivista de se pretender a expressão da verdade num passado recente, também contribuiu para a geração desse ambiente. A virulência com que atacou Marina Silva na campanha, por exemplo, deixou muitos ressentimentos. Mas em favor dos petistas há que se dizer que não criaram um movimento persecutório e excludente, verbal e fisicamente, de adversários como este que se vê agora.

A operação Lava Jato, de ação mais republicana da Justiça brasileira, por ter prendido ricos poderosos envolvidos com a corrupção, descamba rapidamente para uma ação persecutória a serviço de interesses partidários e econômicos. O juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato são, cada vez mais, a expressão de um paradoxo que mistura terror jacobino e reação termidoriana.

Em nome do moralismo, por um lado, agem cada vez mais como um grupo de Robespierres, deixando de lado a técnica jurídica, a imparcialidade, a prudência que se requer de suas funções e a conduta comedida. Emitem juízos e prejulgamentos em despachos, ofícios e justificativas de operações e prisões, promovendo uma verdadeira suspensão das garantias individuais e do direito à defesa, atribuindo-se um poder excepcional que fere claramente o Estado de Direito. Neste lado da coisa, é como se o juiz Moro se elevasse à condição de “presidente do Comitê de Salvação Pública”.

Robespierre à luz do dia, o juiz Moro nega esse personagem à noite e se transveste de Paul Barras que quer instaurar um governo do Diretório através de um golpe de Estado para restituir o poder às elites com o apoio da Polícia Federal. Quer liquidar toda a ameaça representada pela “revolução petista”, pela participação do povo, coisas identificadas com a corrupção.

As decisões de Moro e de seu grupo são politicamente orientadas. As operações visam provocar dano político ao PT e ao governo. Na semana passada era aniversário do PT e desencadeou-se a operação para prender João Santana logo depois deste ter-se oferecido para depor. Não foi a primeira coincidência. Entre outras, na véspera da viagem de Dilma aos Estados Unidos em 2015, divulgou-se que os ministros Edinho Silva e Aloísio Mercadante estariam envolvidos com o escândalo da Petrobrás.

Moro e os procuradores assumiram um ativismo político e moral incompatível com a imparcialidade que se espera de um juiz e do Ministério Público. Transformaram a Lava Jato numa peneira, com vazamentos calculados, seletivos e politicamente orientados, num conluio inescrupuloso com setores da mídia, com o objetivo de produzir danos políticos ao governo e ao PT e de estimular o processo de impeachment.

O caminho da violência política

A estratégia de Moro e dos procuradores consiste no seguinte: lançam-se suspeitas, desencadeia-se operações, prende-se pessoas, promove-se uma pressão psicológica visando delações, e, em muitos casos, quando a pescaria é frustrada pelos fatos,  liberta-se os presos sem maiores explicações. A síntese: primeiro acusa-se, depois buscam-se provas. Na boa técnica policial e jurídica, antes buscam-se fatos e depois acusa-se. Em muitos casos da operação Lava Jato, isto tudo está invertido.

  Por tudo o que se sabe acerca do processo penal, o Ministério Público não pode ser visto nunca como parte formal do processo. A finalidade do Ministério Público não é obter a condenação, mas a de conduzir-se pela objetividade estrita dos fatos. Moro e os procuradores não só se toraram parte da operação Lava Jato, mas se alçaram à condição de juízes subjetivos  dos suspeitos emitindo condenações, antes do devido processo legal. Moro foi mais longe: tornou-se o juiz universal da corrupção no Brasil.

Se é verdade que o juiz precisa ter garantida a sua independência em face do poder político e da estrutura administrativa superior do próprio judiciário, ele está submetido também aos sistemas de impedimento e suspeições para que seja garantida a sua imparcialidade. No caso do juiz Moro, pelos juízos subjetivos emitidos e pelas decisões politicamente orientadas que vem adotando, parece evidente que ele se coloca cada vez mais na linha de suspeição de que não é imparcial. É legítimo, portanto, que se questione a sua presença no processo.

O terror moralista dos condutores da Lava Jato e seu engajamento político tem como face complementar o clima de linchamento político e de violência verbal e física que cresce e se dissemina em vários setores sociais. As pregações persecutórias dos grupos de extrema-direita a la Bolsonaro, de Aécio Neves, de Ronaldo Caiado e de Carlos Sampaio são como a infantaria de vanguarda das atitudes e condutas protofascitas que se verificam tanto em setores sociais, quanto em setores de mídia. Na mídia, os suspeitos também são previamente condenados.

As práticas fascistas se viabilizam pelas ameaças veladas ou abertas, acusações sem fundamento, afirmações infundadas, condenações subjetivas, violação ao direto de argumentar e interdição ao debate. Os xingamentos  a quem pondera as decisões dos operadores da Lava Jato, a quem cobra a imparcialidade da Justiça, a quem defende a investigação igual de todos os partidos e de todos os casos de corrupção são consequências desse movimento articulado dos operadores da Lava Jato e do sentimento de poder absoluto que eles emanam e que setores da mídia promovem. O estado de exceção que eles instauraram no processo investigatório e judicial se dissemina como direito excepcional que a mídia se dá de condenar previamente e que as pessoas se dão de agredir verbal e fisicamente os que pensam de forma diferente sobre a Lava Jato ou que simpatizem com o PT e o governo.

No século XX, os movimentos e práticas fascistas sempre se viabilizaram em confronto com a lei. A violência verbal e física, o clima de linchamento político e moral, a intepretação própria do conjunto de leis estabelecidas, a parcialidade de juízes e de agentes públicos foram práticas que visaram negar os consensos jurídicos, legitimar a ilegalidade e viabilizar a arbitrariedade e o medo. Em nome da justiça e da condenação da corrupção, caminha-se para negar a legalidade. O legado destes processos, todos sabem: é a violência política e a desmoralização do próprio judiciário enquanto instrumento da justiça e da legalidade. Parece que é isto o que querem os protofascistas incrustrados no judiciário, no Ministério Público, em setores da política, da mídia e da sociedade.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. 

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

37 Comentários

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  1. Fascistas no Paraná, Omissos em Brasília

    O grupo fascista liderado por Sérgio Moro precisa ser detido, pois são duas as consequências prováveis:

    (1) instauração de  um regime plutocrático com valores fascistas, mantendo o povo sob um jugo tirânico.

    (2) violência generalizada na sociedade, aproximando-se do “estado de natureza” suposto por Hobbes.

  2. NÃO É SÓ FASCISMO, É CRETINISMO E ILEGALIDADE, O STF, CADÊ.

    Vamos ser sinceros e comecemos a falar a verdade, isso não é agressão a a ninguém porque não cito nomes, cito referências porque sou brasileiro e não sei mais se tenho algum direito constitucional que me proteja ou me protegerá pelo que está vindo. O cidadão comum não tem mais segurança jurídica no Brasil, a PF, MP, ou seja, a justiça e seus braços estão colocando o povo contra a parede, capitularam o congresso e já passou a tomar as riquezas do país, o povo não foi consultado e o regime de urgência pairou nessa ilegalidade midiática. O BRASIL ESTA SENDO TOMADO e com a conivência de quem nos devia proteger, proteger o BRASIL. Ninguém em sã consciência é contra pegar corruptos ou malversadores, mas escolher qual criminoso pegar e proteger outros é desvio, devastar vida de pessoas por serem desafetos seus desafetos ideológicos ou de negociatas não é papel da justiça em nenhum lugar do mundo, isso e patranha, é ilegalidade. Escolhe-se o CRIMINOSO e depois o seu CRIME. Isso é vergonhoso para um país que quer ser moderno. Não existe mais república, os 3 PODERES foram dinamitado por funcionários públicos pagos com dinheiro do povo em busca de fama e de salários que a nação não pode pagar, já vi certa classe fazer OPERAÇÃO TARTARUGA para perceber maior salário, porém simplesmente fazia o que fazem a vida inteira, só são lebres quando a vontade de desmantelar uma nação por salário se investem para cima do povo. Tenho como cidadão comum uma só pergunta a fazer, antes que nem isso mais eu possa, ou possamos. A QUEM A JUSTIÇA BRASILEIRA E SEUS TENTÁCULOS ESTÃO SERVINDO? A QUEM?

  3. A tragédia brasileira

    A tragédia brasileira desdobra-se, evidentemente, por muitos capítulos. Neste momento vivemos a derrota da “esquerda no poder” dado sua incapacidade de unir inclusão social com ética na política, reformas estruturantes e fortalecimento do pensamento crítico na sociedade. Quando a esquerda falha o fascismo ocupa seu lugar. Quais as próximas sequencias desse capítulo? Na encruzilhada política que estamos metidos os caminhos ficam embaralhados. Aldo Fornazieri é dos autores publicados no Blog que melhor tem narrado a natureza da crise, da perda de legitimidade política do PT e perda moral dos seus principais dirigentes, que copiaram a “realpolitik” da direita, abrindo a guarda para a união da burocracia jurídico-policial e da mídia de direita que estão aproveitando o sangue fresco oferecido pelo PT para desestruturar o governo e o próprio partido. O ressurgimento da direita, que tende a se fortalecer na cena política brasileira é o pior legado possível, ao mesmo tempo que desnuda para os cidadãos o modus-operandi do poder capitalista. Os golpes de direita sempre foram sucedidos pelo incremento da violência política. Aqueles que apostam em caminhos menos dilacerantes para a superação da crise devemos por as barbas de molho. O recrudescimento da violência fascista gerará reações do outro lado do espectro político. Sem partidos legítimos, sem lideranças inatacáveis a história cobra espécie de fatura de cidadania aos brasileiros. No turbilhão do presente teremos que inventar novos personagens capazes de sintetizar e fazer prevalecer os interesses da maioria dos brasileiros. Senão a direita retorna ao poder e terá início outro capítulo da tragédia.

  4. É cabal o desconhecimento da

    É cabal o desconhecimento da imensa maioria das pessoas sobre o que é fascismo, que em 90% dos casos não passa de uma palavra feia para tentar denegrir o oponente na ausência de argumentos substantivos que apontem seus delitos e transgressões (como no caso deste artigo, tão recheado de falácias que faria Schopenhauer perder o tesão de categorizá-las). Por isso é sempre útil reler as palavras prescientes de Orwell escritas em 1944, quando o mundo “livre” ainda estava em guerra total contra potências que se denominavam “fascistas” e todos aparentemente tinham tanta certeza sobre o que era fascismo, mas não resistiam a usar a palavra infame para designar qualquer coisa de que não gostassem:

    What is Fascism?

    Of all the unanswered questions of our time, perhaps the most important is: ‘What is Fascism?’

    One of the social survey organizations in America recently asked this question of a hundred different people, and got answers ranging from ‘pure democracy’ to ‘pure diabolism’. In this country if you ask the average thinking person to define Fascism, he usually answers by pointing to the German and Italian régimes. But this is very unsatisfactory, because even the major Fascist states differ from one another a good deal in structure and ideology.

    It is not easy, for instance, to fit Germany and Japan into the same framework, and it is even harder with some of the small states which are describable as Fascist. It is usually assumed, for instance, that Fascism is inherently warlike, that it thrives in an atmosphere of war hysteria and can only solve its economic problems by means of war preparation or foreign conquests. But clearly this is not true of, say, Portugal or the various South American dictatorships. Or again, antisemitism is supposed to be one of the distinguishing marks of Fascism; but some Fascist movements are not antisemitic. Learned controversies, reverberating for years on end in American magazines, have not even been able to determine whether or not Fascism is a form of capitalism. But still, when we apply the term ‘Fascism’ to Germany or Japan or Mussolini’s Italy, we know broadly what we mean. It is in internal politics that this word has lost the last vestige of meaning. For if you examine the press you will find that there is almost no set of people — certainly no political party or organized body of any kind — which has not been denounced as Fascist during the past ten years. Here I am not speaking of the verbal use of the term ‘Fascist’. I am speaking of what I have seen in print. I have seen the words ‘Fascist in sympathy’, or ‘of Fascist tendency’, or just plain ‘Fascist’, applied in all seriousness to the following bodies of people:

    Conservatives: All Conservatives, appeasers or anti-appeasers, are held to be subjectively pro-Fascist. British rule in India and the Colonies is held to be indistinguishable from Nazism. Organizations of what one might call a patriotic and traditional type are labelled crypto-Fascist or ‘Fascist-minded’. Examples are the Boy Scouts, the Metropolitan Police, M.I.5, the British Legion. Key phrase: ‘The public schools are breeding-grounds of Fascism’.

    Socialists: Defenders of old-style capitalism (example, Sir Ernest Benn) maintain that Socialism and Fascism are the same thing. Some Catholic journalists maintain that Socialists have been the principal collaborators in the Nazi-occupied countries. The same accusation is made from a different angle by the Communist party during its ultra-Left phases. In the period 1930-35 the Daily Worker habitually referred to the Labour Party as the Labour Fascists. This is echoed by other Left extremists such as Anarchists. Some Indian Nationalists consider the British trade unions to be Fascist organizations.

    Communists: A considerable school of thought (examples, Rauschning, Peter Drucker, James Burnham, F. A. Voigt) refuses to recognize a difference between the Nazi and Soviet régimes, and holds that all Fascists and Communists are aiming at approximately the same thing and are even to some extent the same people. Leaders in The Times (pre-war) have referred to the U.S.S.R. as a ‘Fascist country’. Again from a different angle this is echoed by Anarchists and Trotskyists.

    Trotskyists: Communists charge the Trotskyists proper, i.e. Trotsky’s own organization, with being a crypto-Fascist organization in Nazi pay. This was widely believed on the Left during the Popular Front period. In their ultra-Right phases the Communists tend to apply the same accusation to all factions to the Left of themselves, e.g. Common Wealth or the I.L.P.

    Catholics: Outside its own ranks, the Catholic Church is almost universally regarded as pro-Fascist, both objectively and subjectively;

    War resisters: Pacifists and others who are anti-war are frequently accused not only of making things easier for the Axis, but of becoming tinged with pro-Fascist feeling.

    Supporters of the war: War resisters usually base their case on the claim that British imperialism is worse than Nazism, and tend to apply the term ‘Fascist’ to anyone who wishes for a military victory. The supporters of the People’s Convention came near to claiming that willingness to resist a Nazi invasion was a sign of Fascist sympathies. The Home Guard was denounced as a Fascist organization as soon as it appeared. In addition, the whole of the Left tends to equate militarism with Fascism. Politically conscious private soldiers nearly always refer to their officers as ‘Fascist-minded’ or ‘natural Fascists’. Battle-schools, spit and polish, saluting of officers are all considered conducive to Fascism. Before the war, joining the Territorials was regarded as a sign of Fascist tendencies. Conscription and a professional army are both denounced as Fascist phenomena.

    Nationalists: Nationalism is universally regarded as inherently Fascist, but this is held only to apply to such national movements as the speaker happens to disapprove of. Arab nationalism, Polish nationalism, Finnish nationalism, the Indian Congress Party, the Muslim League, Zionism, and the I.R.A. are all described as Fascist but not by the same people.

    * * *

    It will be seen that, as used, the word ‘Fascism’ is almost entirely meaningless. In conversation, of course, it is used even more wildly than in print. I have heard it applied to farmers, shopkeepers, Social Credit, corporal punishment, fox-hunting, bull-fighting, the 1922 Committee, the 1941 Committee, Kipling, Gandhi, Chiang Kai-Shek, homosexuality, Priestley’s broadcasts, Youth Hostels, astrology, women, dogs and I do not know what else.

    Yet underneath all this mess there does lie a kind of buried meaning. To begin with, it is clear that there are very great differences, some of them easy to point out and not easy to explain away, between the régimes called Fascist and those called democratic. Secondly, if ‘Fascist’ means ‘in sympathy with Hitler’, some of the accusations I have listed above are obviously very much more justified than others. Thirdly, even the people who recklessly fling the word ‘Fascist’ in every direction attach at any rate an emotional significance to it. By ‘Fascism’ they mean, roughly speaking, something cruel, unscrupulous, arrogant, obscurantist, anti-liberal and anti-working-class. Except for the relatively small number of Fascist sympathizers, almost any English person would accept ‘bully’ as a synonym for ‘Fascist’. That is about as near to a definition as this much-abused word has come.

    But Fascism is also a political and economic system. Why, then, cannot we have a clear and generally accepted definition of it? Alas! we shall not get one — not yet, anyway. To say why would take too long, but basically it is because it is impossible to define Fascism satisfactorily without making admissions which neither the Fascists themselves, nor the Conservatives, nor Socialists of any colour, are willing to make. All one can do for the moment is to use the word with a certain amount of circumspection and not, as is usually done, degrade it to the level of a swearword.

  5. ótimo artigo do aldo, que

    ótimo artigo do aldo, que desta vez não atacou o pt nem a dilma…

    deve ter percebido que se a coisa continuar assim até a sua profissão

    de cientista político deixará de ter razão de existir…

    1. Vc ou eu estou enganado?

      Quando ele afirma:

       

      “Petistas e simpatizantes honestos, que não praticaram nenhum crime, são criminalizados e perseguidos por essa onda fascista que se alastra na opinião pública.”

      Como se fosse uma raríssima exceção o sujeito acumular essas qualificações de petista, simpatizante e honesto. Siceramente esse cara nesse post e em tantos outros a meu ver revela evidentes sintomas de contaminação pela campanha difamatória trombeteada desde 2005 incessantemente nos meios de comunicação.

       

      Eu quero que ele me apresente um caso de um membro do PT comprovadamente envolvido em qualquer ato de desonestidade COMPROVADA! Desafio a apresentar o inverso do que ele considera que é a exceção, revelando os mesmos sintomas que vemos na choldra de Homers que assistem e deglutem a emissão midiática. Para ver e ler isso eu não preciso vir aqui no GGN.

  6. Dando uma zapeada hoje pelo

    Dando uma zapeada hoje pelo face vi cada monstruosidade sendo dita ou repercutido por setores de uma classe média que melhorou exatamente por causa do PT. Acham chique repetir repercutir o discurso da Veja, mal sabem os interesses por trás da Veja, mal sabem que pelo andar da carruagem, se o golpe triunfar ou se o pais afundar, perderão suas conquistas, reproduzem o ódio fascista e anti-PT que jorra aos montes das  Vejas, Globos, Folhas e Estadões.

    Se esses setores dos meios de comunicação de massa tem para quem falar é sinal de que, se as Instituições “republicanas” foram empoderadas, o povo nem tanto, é isso que noto quando vejo o que tenho visto: pessoas destituidas de conhecimento sobre como funciona a sociedade, sobre os meios de comunicação e seus interesses comerciais, repetindo cegamente o discurso fascista, e qual o resultado desse cegueira senão a perda das conquistas alcançadas nos últimos anos.

    Quanto a outra parte, a burguesia, essa está fazendo o seu papel que sempre fez na nossa história, há séculos o Brasil se assenta e dorme no berço esplêndido dessa  lógica perversa chamada casa grande vs senzala,  fomos o último pais a abolir a escravatura, isso deixou marcas, esse ranço escravista encontra-se enraizado no DNA na nossa mentalidade, por isso somos um povo propenso a achar lindo rico senhor de engenho roubar no atacado, na casa do bilhão de reais, vide os casos que envolvem Aécio Neves e outros esquemas tucanos sem que ouçamos caçarolas zoarem nas varandas: o problema é a senzala furtar um pote de margarina no Carrefour, ai o pau come e não sentimos piedade, o pior, aplaudimos, a parte da senzala que jura que é rica só porque passou a ter condições de rodar por ai de avião e consumir algumas coisas que a burguesia consome exala ódio contra o PT e difunde por ai, pelos face da vida, seu discurso fascista.  E berram nos suntuosos templos e, pensando-se salvos do demônio, após o JN se distraem e se preocupam com o destino dos integrantes do  BBB enquanto o pré-sal lhes retirado dos pés.

    Uma coisa é certa: essa burguesia de Pindorama de boba não tem nada, pode ser burra, ignorante e atrasada mas que é esperta isso é, afinal de contas conseguiram fazer com que estados como MG, RS, SP e GO tenham senadores como Zé Serra, Perrela, Caiado, bem como ilustres desconheecidos (refiro-me ao que foi eleito no lugar de Olivio Dutra e o que assumiu no lugar de Demóstenes Torres) e nenhum do campo progressista, como é possível que toda essa massa de eleitores não tenha sequer um representante dos intereses do campo progressista. Coisa de mágico, não é.

  7. O motivo da ira santa

    DATAFOLHA MOSTRA LULA NO SEGUNDO TURNO EM 2018

    :

     

    Em qualquer cenário, seja com Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra como candidato do PSDB, o ex-presidente Lula aparece no segundo turno pelo PT, segundo novo levantamento Datafolha, com 20% das intenções de voto, em média; dados marcantes da pesquisa são o mau desempenho dos tucanos e a rápida ascensão do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que figura como quarto colocado; ele deve ir para o PSC para se candidatar; em um quarto cenário com 3 tucanos na disputa, caso Alckmin se lance pelo PSB e Serra pelo PMDB, Aécio ficaria tecnicamente empatado com Lula na liderança, com 20 e 19%, respectivamente; Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do Datafolha, destaca a capacidade de recuperação do ex-presidente: “A taxa de rejeição dele é alta hoje, mas ainda há um contingente grande (37%) que o considera o melhor presidente que o país já teve e uma percepção do eleitor de que haverá melhoras na economia”

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/218941/Datafolha-mostra-Lula-no-segundo-turno-em-2018.htm

  8. Depois não reclamem aqueles que estão se omitindo….

    …………Primeiro levaram os negros

    Mas não me importei com isso
    Eu não era negro

    Em seguida levaram alguns operários
    Mas não me importei com isso
    Eu também não era operário

    Depois prenderam os miseráveis
    Mas não me importei com isso
    Porque eu não sou miserável

    Depois agarraram uns desempregados
    Mas como tenho meu emprego
    Também não me importei

    Agora estão me levando
    Mas já é tarde.
    Como eu não me importei com ninguém
    Ninguém se importa comigo.

    Bertolt Brecht

  9. Se o neofascismo vencer

    Se o neofascismo vencer, por qualquer meio, infelizmente, há de se confirmar o histórico descompromisso das elites brasileiras, especialmente a midiática, com a democracia. O que já era sabido por todos, e ainda assim subestimado pela perspectiva republicana, pretensamente autoevidente. Será mais do mesmo, por outros meios. A história como farsa e tragedia ao mesmo tempo, por enquanto se repete. Em nome de um republicanismo ingênuo assumido pela esquerda, ainda teremos, o horror, moro recebendo seu prêmio, uma cadeira no stf,  a cereja do bolo moralista. Bah, não merecíamos e não merecemos isso.

    De qualquer modo, a história não termina aqui, e um aspecto deve ser destacado, sem desconsiderar a complexidade do cenário: a mídia patronal pretende ser de novo porta-voz do discurso de unidade nacional, com o resgate do conservadorismo e, claro, não poderia ser de graça, garantindo pesados investimentos públicos em suas empresas. É o que vem depois: tudo indica uma nova luta difícil  das esquerdas para retomar o espaço que tende a ser perdido. Quando me refiro à luta difícil, entenda-se alguns anos para reconquistar terreno, anos de grandes perdas para a grande maioria dos brasileiros, anestesiadas pela “cura de todos os males, em nome de qualquer valor, moralismo ou Jesus”.

    Mesmo com a diversidade de perspectivas postas na internet, como o jornalismo alternativo que nela se desenvolve, não esqueçamos, nem subestimemos, que o espaço da rede também se presta para os microfascismos, que se articulam de forma circunstancial e dinâmica, semeando dúvidas pautadas em preconceitos e terrorismo psicológico, em favor da defesa da “ordem”. O espaço do discurso moralista foi conquistado retirando terreno da democracia, solapando a tolerância em favor de pretensas verdades. Como consequências, serve como demonstração o pacote anticorrupção proposto pelo mp e o cenário que se estrutura, potencializador da cruzada moral, que no imaginário popular tende a ser apresentada como justa luta que tem como empecilhos os direitos fundamentais.

    É mais do mesmo, como todos sabíamos e, por variados fatores, subestimamos. As respostas urgem, para que não se perca a hegemonia, entendida aqui como a busca permanente de identificação dos governos mais ou menos populares com as demandas nacionais historicamente negligenciadas, como a defesa e a concretização de direitos sociais, por exemplo.

  10. Rejeição a Lula para as Eleições 2018 atinge metade do País, diz

    “Rejeição a Lula para as Eleições 2018 atinge metade do País, diz Datafolha – Ex-presidente fica atrás de Aécio e Marina em intenções de voto, mas dentro da margem de erro” – (ponho a notícia, pesquisa confiável ou não mas que influencia a opinião pública, até que ponto, não sei, e por haver boas almas de boas intenções de boas crenças, que insistem no culto à personalidade , a necessidade de se terem deuses…) http://noticias.r7.com/brasil/rejeicao-a-lula-para-as-eleicoes-2018-atinge-metade-do-pais-diz-datafolha-29022016

  11. Sobre os “fascistas”

    Ser fascista significaria ser intolerante com a roubalheira? Todos que não gostam do PT são fascistas? Haja talento para esconder tantas evidências!

    1. A que roubalheira você se refere?

      A da privataria? a da compra da reeleição? a de furnas? a do metro de São Paulo? À construção de aeroportos com dinheiro público? Ao escândalo Banestado?

  12. Mas que demora em reconhecer

    Mas que demora em reconhecer o óbvio, ‘professor’! E mesmo assim, ainda se aproveita da situação, para desferir críticas (corretas, mas em momento mais do que inoportuno) ao PT e ao governo! 

    Aldo Fornazieri deveria ter escrito e dito (em alto e bom som) tudo isso, há mais de um ano. Por que só agora, ante a iminente prisão de Lula, ele escreve com clareza a trama do golpe, dando nome e caracterizando seus atores? É apenas para depois do golpe pode se deculpar com frase do tipo “bem que eu avisei?”. Ora, ora, Sr. Aldo Fornazieri! Assim como justiça que tarda, falta e não  é justiça, crítica tardia, por oportunismo, vaidade e covardia também não são dignas de credibilidade.

    Aldo e outros que usavam e usam a técnica ‘uma no cravo, outra ferradura’ não me convencem

    1. “mas que demora em reconhecer”

      O Aldo Fornazieri está fazendo o mesmo que o Ives Gandra fez, DEPOIS que o zé Dirceu foi preso, com pompa e circunstância hollywoodiana, devidamente televisado para todo o Brasil pela Rede Globogolpista.    Deixam sempre para o último segundo e lançam o coringa, dependendo de como os ventos sopram, para continuarem com os seus fora da reta.

      1. Aldo Fornazieri é

        Aldo Fornazieri é frequentemente convidado para dar entrevista no Jornal da Gazeta (à Maria Lydia Flandoli), e nunca foi tão incisivo quanto está sendo nesse texto, criticando a Lava-Jato. Quando tem uma boa oportunidade para dar voz às nossas insatisfações, ele “amarela”…

    2. Leio artigos críticos do Aldo

      Leio artigos críticos do Aldo acerca do desastre em que estamos metidos desde o final das eleições, desde que o Nassif os publica aqui. O texto de hoje apenas dá continuidade à empreitada crítica de leitura da crise. O golpe marcha de novo célere, Dilma tentar segurar-se com o apoio da Casa Grande na esperanç de assim reequilibrar a economia, o braço armado da Casa Grande (burocracia jurídico-policial e a mídia)  busca corroer o poder do petismo que se desmancha a olhos vistos. A velha polítca de rapina de cofres públicos nos trouxe até aqui. E quais serão os próximas sequencias desse capítulo trágico?

  13. PERSEGUIÇÃO A LULA

    Toda essa perseguição a Lula e a Dilma já vem da França. Eles não aceitam a guinada dada por Lula, largando as trevas e vindo a servir a causa de Jesus, no Brasil, escolhido pelo Mestre, para ser a Pátria Espiritual do mundo. Lula já governou várias nações, alguns espíritos dizem que Ele errou feio e atrasou o processo de evolução no Brasil, deixando para o próximo govenante em 2025, já que o PSDB irá eleger Alckmin, que governará por 8 anos, tendo a grande mídia ao seu lado, manipulando o povo brasileiro. Só em 2025 começaremos um novo caminhar. Diz a espiritualidade que Lula “perdeu” e continua arrogante. Não o vejo assim. Mas toda essa perseguição vem da França, porque Lula foi Luiz XVI e Dilma, Antonieta. O revanchismo não resolvido desde a França. As trevas, revoltadas com Lula, usam Aécio e seus asseclas para desestabilizarem o Brasil, bem como esses procuradores e juiz do Paraná, que aparentemente estão a serviço do bem, mas são manipulados pelas forças das trevas, contra o Brasil, para desestabilizá-lo. O discurso de combate à corrupção é mentiroso. Eles usam o ódio que trazem dentro de si desde a França. Rezemos pelo Brasil. Abraço!

  14. Na maioria dos países a segunda instância já dá cadeia

    Ou seja, condenados em segunda instância recorrem presos. Vejam que estou falando de países Europeus com muito mais garantias aos direitos humanos do que o Brasil. Então quer dizer que esses países são fascistas??? Os que estão escandalizados com a decisão do Supremo deveriam ver como funciona em países civilizados. Recorrer em liberdade ao longo de infinitas instâncias é um mecanismo típico para garantir impunidade para quem tem dinheiro para pagar advogados caros por anos a fio. 

    1. Então vai ser preso, enfim, o

      Então vai ser preso, enfim, o tal japones da federal… Ou a regra não vale para os heróis dos coxinhas… Pois, esse canalha, como muitos da polícia federal, é condenado em segubda instancia.

      OBSERVACÃO MEU COMPUTADOR TÁ COM PROBLEMAS PARA ESCREVER ALGUNS CARACTERES.

       

    1. Pelo jeito não todos, que

      Pelo jeito não todos, que faltaram alguns como você, um verdadeiro “J”ênio para soltar um comentário desses. Faça-me o favor, abre um livro de História que não doi.

  15. A queda da república do Paraná

    Bela e perfeita análise. Mas a inércia acabou pois a estratégia era deixar a oposição de franja fascista se sentir cada vez mais segura e ousada na sua impostura anti-republicana, anti-democrática e anti-Brasil. Agora passa para o bote! Governo junto com os setores progressistas da sociedade. Cardoso, o ministro fechou sua missão. Nada agora pode impedir o início da queda de Moro e sua república. E cai por Lei maior!!!

    1. O Trump tem a retórica
      O Trump tem a retórica fascista, pra agradar o eleitorado Tea Party.

      O Moro tem a estrutura do estado para colocar em prática uma lógica fascista, no estilo Tea Party.

      Alguma dúvids sobre quem é pior?

  16. Está mais do que na cara que

    Está mais do que na cara que o juiz Moro, a Globo, os procuradores e policiais federais do Paraná, entre outros, são parte de um mesmo esquema golpista, montado para detonar o PT, o governo Dilma, Lula e a Petrobras, não necessariamente nesta ordem. A questão é: o que fazer para impedir a ação mafiosa desse grupo? Como as instituições democráticas podem lidar contra um grupo que detém tamanho poder à margem da legalidade, ainda que com verniz legal, já que setores das instituições – ministério público, polícia federal e justiça -, através de alguns dos seus agentes, e protegidos pelo criminoso monopólio de uma mídia golpista, fazem o que bem entendem?

    O STF foi cancelado por este grupo. O CNJ idem. O governo federal, idem, inclusive em relação à PF, que deveria estar subordinada ao governo. O parlamento, um dos mais coservadores e direitistas da nossa história, se aproveita da crise geral e aprova medidas contra os interesses do nosso povo, como a entrega do pré-sal. Os movimentos sociais estão fragilizados e suas bases, em parte, foram contaminadas ou estão paralisadas em função do bombardeio midiático de uma nota só.

    Todos os dias, todas as horas, todos os minutos, em qualquer rádio ou TV ou jornal ou revista a manchete é a mesma: um total bombardeio contra Lula, Dilma, PT e Petrobras. Há quase dois anos a Lava-jato vem abastecendo este bombardeio com vazamentos e prisões seletivas – alguns empresários da construção civil e políticos do PT, apenas – Vacari, Dirceu, o marqueteiro do PT, além da perseguição à Lula e sua família. TODAS as denúncias envolvendo o PSDB e seus caciques foram arquivadas antes de serem apuradas. Qualquer menção ao grupo da família Marinho é imediatamente apagada dos autos e das investigações, como aconteceu com o Triplex de Paraty.

    Enfim, o Brasil está sendo atacado internamente, com a participação de grupos externos, como a Chevron e a CIA, e infelizemnte há uma massa de lobotomizados que comprou este discurso oco do combate seletivo e golpista à corrupção. O custo deste combate está sendo a total destruição da economia brasileira, dos setores estratégicos, da política brasileira como meio de formação de consensos para superar crises e desenvolver políticas sociais em favor dos de baixo.

    Se continuar dessa forma, a crise vai se agravar e o Brasil poderá entrar em guerra civil, pois a direita que está prestes a assaltar sem votos o governo federal vai trazer mais arrocho e política de choque e mais desemprego e rompimento das condições mínimas de sobrevivência para amplos setores. Claro que isso vai gerar conflitos pesados. O discurso antipetista pode durar um tempo, mas não vai demorar muito para que setores hoje lobotomizados por esta mídia bandida percebam que foram enganados. E aí sim, vai sobrar pra muita gente que hoje está blindada. Quem está apostando no golpe, no inferno astral do Brasil pode se preparar para o pior.

  17. Protofascismo

    E o pior de,tudo isso descrito acima é com o dinheiro do povo que o mp e judiciário e pf, operam parcialmente como partido politico de extrema direita. Que perigo!

  18. Moro e o fascismo

    Quem tem um mínimo de noção de processo penal jamais afirmará que Moro é fascista.

    Ele é juiz, pura e simplesmente, que se baseia num código de processo penal para situar fatos dentro de um ordenamento penal. E, diga-se de passagem: tudo dentro do devido processo legal, na esteira do que recomenda o ordenamento legal de um estado democrático de direito.

    A aplicação do Direito sempre foi e será a mesma. Agora, na atualidade, a existência do processo ganhou visibilidade porque não se está julgando meros ladrões de galinha. Nenhum dono de jornal, televisão e outras mídias admitiria colocar os seus veículos nos limiares da míséria. Agora, tratar de quem escamoteia BILHÕES é outra coisa. Dá Ibope.

    A lei é a mesma, assim como a técnica da sua aplicação… e o juiz é o mesmo. A diferença se encontra no fato de que não se vê entre os acusados pessoas do nível de outras tantas que furtam inconsequentemente (algumas para matar a própria fome e a da família, outras por desajustes mesmo). O delinquente que o juiz Moro julga agora é do nível dos que fazem a Petrobras falir; é do nível dos que têm capacidade de fazer mal a 205 milhões de pessoas. Não tem nenhum pobrezinho espoliado da sorte: são bandidos de um nível de maldade e de inconsequência além de toda a imaginação. 

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