Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A satanização do empreendedor no Brasil, por Andre Araujo

O DIFICIL É O EMPREENDEDOR – Em nome da necessidade óbvia de relançar a economia além do ajuste fiscal, o Governo anuncia nova rodada de concessão de aeroportos. Os aeroporto já concedidos com grande sucesso foram Cumbica, Viracopos, Brasília, Natal e Confins. Cumbica, no seu Terminal 3 atingiu uma excepcional qualidade e nivel global. Brasilía está irreconhecivel, de um aeroporto puxadinho para um aeroporto de primeira qualidade. Viracopos deverá ser o grande aeroporto do interior de São Paulo, capturando o tráfego de uma economia pujante destacada da economia da capital.

Com exceção do aeroporto de Confins, os empreendedores que pagaram e levaram as concessões dos aeroportos estão todos presos em Curitiba. O Brasil DESPREZA ASSIM O ELEMENTO-CHAVE, RARO E ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO. NEUTRALIZA NUMA CELA OS CEREBROS QUE FAZEM O PAÍS CRESCER.

Leia também: Falta uma perna no Plano de Levy

Para ser procurador ou juiz basta ter um pai que sustente e pague o cursinho para o concurso, para ser empreendedor é preciso uma biografia bem mais robusta onde a coragem de assumir riscos é um dos fatores, além de competência, inteligência, capacidade de vislumbrar o futuro e jogar em cima dessa percepção. O EMPREENDEDOR é um animal raro, raríssimo, sem ele nenhum país se desenvolve. No Brasil ao invés de ser estimulado por ser um ativo fundamental, coloque-se o bicho na cadeia para apodrecer, valiosa é a AUTORIDADE que não produz um pé de repolho na vida, é sustentada pelos impostos pagos pelos empreendedores, os mesmo satanizados à vontade. A sociedade brasileira os consideram bandidos, sonegadores, corruptos, tubarões, escravagistas, exploradores.

 

É um viés que vem da Santa Inquisição. Como esse sujeito se atreve a ser empresário? Quem o autorizou? Vamos puní-lo, malhá-lo, humilhá-lo. Procuradores e juízes parecem ter especial prazer sádico em massacrar esses elementos ousados, atrevidos, quem mandou ser empresário?

No limite, se todos empresários forem presos e hoje ninguém está livre de ser enredado em alguma operação, não haverá arrecadação para pagar os mega salários, mordomias, custos do aparelho jurídico, absolutamente improdutivo.

Com uma carga fiscal que chega aos 40%, com uma burocracia terrível que só faz crescer, com um ambiente de demonização do empresário, considerado, na dúvida, bandido. É ainda impressionante que existam empresários no Brasil.

O elemento raro EMPREENDEDOR é hoje no Brasil animal em extinção, maldito e amaldiçoado, visto como mau elemento na linha divisoria do marginal. O Brasil vai ser uma nação de autoridades improdutivas, como já era na corte de Dom João VI. Se crescer vai ser por milagre, como pode crescer se o catalisador do crescimento é excomungado?

Nos EUA empresários são reverenciados como deuses, homenageados, é o patrimônio do país. Por isso de lá surgiram as grandes invenções e criações do mundo moderno. O ambiente é propício as ideias novas, a assunção de riscos. Muitos tentam, muitos falham mas o AMBIENTE é altamente favorável ao empreendimento, ao novo negócio, à aventura.

Aqui o sonho do jovenzinho de classe média é o concurso público. Uma vez na carreira não há risco, férias longas e garantidas, aposentadoria cedo, homenagens, mordomias e honrarias, prédios cada vez maiores e mais caros para trabalhar, alguém paga tudo isso mas esse alguém está sendo caçado. Quando acabar veremos como a festa continua.

Na nova rodada de concessão de aeroportos os resultados vão depender de se formarem consórcios de grupos de empresarios MAS ai vai vir a acusação de cartel. “Cadeia neles!” O lance vencedor vai ser considerado “negocio suspeito”, “ai tem coisa, deve ser lavagem de dinheiro, será que o atrevido que deu o lance não é laranja de sonegador?”.

“É bom a Federal e o MPF ficarem de olho nesses pilantras que se unem para da um lace, cade o CADE para investigar?”

Na dúvida o Tribunal de Contas suspende tudo, declara o leilão suspeito, só não pode suspender o magnífico carro importado com motoristas em três turnos a quem tem direito cada Ministro do TCU. Afinal, bom é ser autoridade.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

55 Comentários

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  1. No Fora de Pauta de hoje, te

    No Fora de Pauta de hoje, te chamei de Enciclopédia Ambulante.

      Não foi demagogia e nem estou querendo dinheiro emprestado.

             Vc merece.

                 Parabéns !

    1. Farinha do mesmo saco.

      O substantivo Enciclopédia, usado com o sentido de ser adjetivo, soa tão falso, como a seriedade do seu nick.

      Reacionários entendem-se perfeitamente, e por razões óbvias.

  2. Tem muita coisa errada. O

    Tem muita coisa errada. O servidor, o empregado delatam e pegam uma pena levíssima e ainda sobra alguma grana para viver bem e deixar algum para os filhos.

    O político terá seu processo engavetado/anulado ou se condenado não irá para a cadeia e continuará impávido por muitas décadas sendo autoridade.

    As autoridades tipo PF, MPF, ministros do TCU continuarão sem se preocupar com os estragos causados. Alguém saberia qual o custo/prejuízo das obras embargadas pelo TCU? Com certeza bem maiores do que os indícios de corrupção detectados. Considere ainda que os eventuais envolvidos continuarão impunes.

  3. MAS A CULPA É DOS PRÓPRIOS EMPRESÁRIOS!

    Afinal, quem dá dinheiro pra campanha dos políticos?

    Os grandes empresários deveriam ao menos exigir medidas contra a corrupção por parte deles, para que o jogo econômico tivesse austeridade absoluta!

    A classe empresarial brasileira foi quem melhor assimilou a tradição de corrupção e trambiques, que datam desde a colonização do país; quando presidiários recebiam indulto, se viessem para o Brasil, criando uma cultura extremamente corrupta. Para agravar ainda mais, na maioria de nossos empresários de nível médio a despolitização é uma característica marcante, aliada à deficiência de ensino; onde muitos nem cursaram uma faculdade, e os que tiveram esse privilégio, fizeram cursos de péssimo nível. Para se ter uma ideia da situação, não temos notícias de nenhum curso superior no país, seja de economia, administração, sociologia, história, geografia, direito, etc; que leve aos seus alunos o conhecimento desse fenômeno social e político, encontrado nas sociedades mais avançadas; que também é escondido pela mídia:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2013/10/plebiscitos-referendos-e-recalls-pelo.html

    Porque não precisa ser nenhum gênio, para perceber que esse sistema mais democrático é o que propicia a criação de empresas formidáveis nesses países, alicerçadas por uma equipe de funcionários altamente qualificados. Enquanto eles aperfeiçoam seu sistema político econômico capitalista, construído sobre as bases sólidas da livre concorrência; aqui nossos empresários de pequeno, médio, e até de grande porte, diante de sua total ignorância sobre o processo político econômico, limitam-se a seguir outros empresários, e de preferência os maiores, que realmente se dão bem com os trambiques. É um ciclo vicioso não acabamos com a corrupção por falta de consciência e conhecimento, e não conseguimos atualizar nosso conhecimento por causa da corrupção roubar as verbas da educação…

    A livre concorrência é fundamental para o sistema capitalista. Se poucas empresas tiverem acesso aos contratos públicos através da corrupção, isso desequilibra todo o sistema; que passará a premiar o empresário trambiqueiro, no lugar do mais competente; tornando nossas empresas verdadeiros dinossauros, perto do que se tem nos países desenvolvidos. Os empresários são os que mais deveriam zelar e cobrar pela austeridade na administração pública, mas acabam sendo os principais agentes da corrupção. Alguns até se dão muito bem, quando têm “bons” contatos no mundo político, compensando inclusive as perdas que sofrem com esses ladrões; mas são uma minoria.

    A grande maioria fica feliz em dar dinheiro pra campanha política dos ladrões, e entrar pra quadrilha, achando que também poderá roubar à vontade. Realmente receberão algumas vantagens, mas que nem de longe compensarão o estrago feito pelos políticos ladrões. A primeira coisa que os vermes fazem, é desviar os recursos da educação e pesquisa científica. O que deixa nossos empresários sem a menor condição de competir com os estrangeiros. Nos EUA, o governo paga a pesquisa científica de suas empresas, e também espiona as de outros países para elas de graça. Enquanto aqui, damos dinheiro pro ladrão se eleger e roubar os recursos que são das empresas, através da pesquisa científica. Devemos ser até motivo de piadas no exterior…

    Por isso acontecem fenômenos interessantes no Brasil. No auge da crise financeira internacional, o país vivia um excelente momento econômico, só que os investimentos estrangeiros diminuíram em função das dificuldades dessas empresas em seus países. Entretanto, nossas necessidades de investimento não pararam. Ora, mas por que os próprios empresários nacionais não investiram, como os chineses, russos, e indianos, que continuaram, e continuam crescendo; se o BNDES tinham dinheiro sobrando para emprestar a juros muito atraentes? Isso é extremamente simples, e acontece, porque não temos profissionais qualificados em número suficiente, para assumir as mesmas responsabilidades daqueles que vem para cá junto com as empresas estrangeiras. Porque roubaram a verba da educação, e da pesquisa científica.

    Não bastasse tudo isso, a corrupção política evoluiu, ganhando espaço inclusive no mundo acadêmico, sob o nome de neoliberalismo. É a antiga nobreza feudal, uma classe parasitária, que nada produz, mas engorda como um verme gigantesco; tomando o poder de quem trabalha e produz, através da ESPECULAÇÃO FINANCEIRA, ou se preferirem, DITADURA DO MERCADO.

    Assim, nossos empresários, que não conseguem reunir profissionais competentes nem para investir em seu próprio país, caíram no conto do fundo soberano. Já temos quase meio trilhão de dólares em reservas internacionais aplicadas no exterior. Eles acharam que poderiam investir lá fora igualmente, multinacionalizando-se; mas diante dessas dificuldades apontadas, como já previsto pela DITADURA DO MERCADO (os especuladores financeiros), acabaram impossibilitados de investir no exterior; e os recursos precisaram ser investidos em títulos podres americanos, que pagam 1% ao ano de juros ao Brasil, enquanto desvalorizam quase 5% devido à inflação.

    E tem mais, recursos sobrando em dólares para facilitar a multinacionalização de nossas empresas, é algo que interessa a alguns industriais; quem depende exclusivamente do mercado interno, tem outras necessidades, e deve exigir um mercado interno mais aquecido, e não facilidades para investir no exterior. Ao entupir Brasília de ladrões e salafrários, os empresários chegaram ao cúmulo de ver o dinheiro que é deles, o da pesquisa científica, sendo desviado; e os investimentos produtivos no exterior sendo aplicados na especulação financeira. É o ciclo vicioso, não podem investir, porque não têm know how; e não tem know how, porque deixam roubar os recursos que seriam investidos na educação, para adquirir esse mesmo know how.

    Reflitam: O que pode fazer um governo deixar de capitalizar sua empresa de petróleo, para que possa explorar sozinha o pré sal; e a Infraero, para que possa administrar melhor os aeroportos; e em troca disso, investir em títulos podres americanos, importando a crise deles para cá? Não tem gente levando propina por fora para fazer isso? Quem foi que financiou o Marcos Valério no mensalão, para que emprestasse dinheiro ao PT e seus aliados, deixando-os endividados até o pescoço? Isso mesmo, a VISA NET, uma multinacional dos banqueiros internacionais, da especulação financeira. Sem contar na “vaquinha” dos bancos (Ou seria melhor dizer vacona?), que despejam bilhoes de reais nas principais candidaturas presidenciais. Ali estao as propinas dos expeculadores, e tambpem dos exportadores, empresarios que defendem o arrocho salarial, porque vendem seus produtos no exterior. Agora, o que deveria ser investido na produção, está sendo pessimamente mal aplicado nessa ciranda, que faz sumir as economias do povo brasileiro. E não adianta dizer que isso é coisa apenas do PT, porque com o PSDB era até pior.

    Se parte desses recursos (temos quase meio trilhão) fossem investidos em empresas como a Petrobrás e a Infraero, ou formado consórcios de empresas genuinamente nacionais para desestatizar o setor; veríamos no Brasil a criação de altos cargos executivos altamente remunerados, o aumento da pesquisa científica, e uma imensidão de concursos públicos com excelentes empregos aos nossos jovens. Não somos contra as multinacionais, que devem até ser incentivadas; mas elas devem vir para suprir nossas dificuldades de investimentos, que não existem no momento, e aumentar a livre concorrência; isso sem dominar qualquer setor que seja da economia, ou entrar em setores estratégicos, como mineração, telecomunicações, e energia. Pois quando vêm pra cá, além de não produzirem suas pesquisas científicas no Brasil, também pagam seus mais altos salários no exterior, elevando o mercado interno deles, reduzindo o nosso, e retirando de nossos jovens as oportunidades que por direito devem ser deles.

    Não é que devamos fechar as portas aos investimentos estrangeiros, mas sim que precisamos criar as mesmas condições de pesquisa científica e espionagem em favor de nossas empresas. O que é impossível sem se investir pesadamente na educação, e acabar com os desvios de recursos pela corrupção.

    Entre os pouquíssimos que se dão bem com a corrupção, dentre eles principalmente especuladores e políticos, é comum mandar o dinheiro dos trambiques ao exterior. Até porque, se ficasse aqui, não teria como justificar esses recursos no imposto de renda. Então, devem comprar ações de multinacionais no exterior, e usar de sua influência para que elas invistam aqui no Brasil; onde contratarão serviços de empresas desses acionistas no Brasil, trocando favores e legalizando os recursos desviados anteriormente. Esses são os ladrões que deram certo, e quem não faz parte do trambique, pode ter certeza de que está entrando pelo cano. E não adianta vir dizer que o dinheiro acaba voltando ao país, porque a pesquisa científica e os mais elevados salários dessas empresas continuam no exterior, empobrecendo o Brasil, seu povo, e suas empresas. Se hoje nossos jovens recebem apenas as migalhas, enquanto os deles ficam com o filet mignon; isso se deve à corrupção. E se a corrupção se generalizou, e está ativa dessa forma no país; isso se deve aos próprios empresários, principais financiadores das campanhas dos corruptos..

    DADOS DA EDUCAÇÃO:

    Infelizmente, essa é a realidade. Nossos problemas vão muito além dos investimentos em educação.

    http://www1.folha.uol.com.br/saber/882676-brasil-fica-no-88-lugar-em-ranking-de-educacao-da-unesco.shtml

    Nesse vemos países que estão bem atrás do Brasil em padrão de vida, mas com um sistema de ensino melhor.

    Existem vários motivos para isso, podemos destacar uma cultura enraizada entre nossos professores, onde parte deles desconta sua insatisfação com seu padrão de vida nos alunos, reduzindo a qualidade do ensino. Não tenho dados de pesquisas sobre isso, são experiências pessoais, conversando com alguns professores. Existe uma parcela significativa que tem essa prática, e a maioria são de extrema esquerda. Quando falamos com eles, não conseguem justificar logicamente sua atitude; mas quando analisamos a tendência política, fica fácil perceber.

    Comunista é igual urubu, fica torcendo sempre pelo pior, quer ver o circo pegar fogo, o governo quebrar, a Europa e os EUA falirem, e não colaboram em nada para irmos pra frente. Aliás, são contra iniciativas populares de lei, plebiscitos, e a democracia direta. Uma elevação dos salários é indispensável, para que profissionais mais competentes e atualizados passem a se interessar pelos concursos públicos do setor.

    NÃO É DIREITA X ESQUERDA

    É CORRUPÇÃO X POVO

    Quando acabarmos com a roubalheira, o dinheiro que sobrar nos cofres públicos, dará para pagar um salário mínimo maior, assim como o funcionalismo e aposentadorias, tudo sem gerar inflação; elevando dessa forma as vendas da indústria e do comércio. Existe um equilíbrio entre preços e salários, onde a economia encontra seu ponto ótimo, Na Europa e EUA isso acontece com uma renda mensal para o povo em torno de 20 mil reais. Vejam agora os preços praticados por lá:

    https://www.youtube.com/watch?v=Z38SYNGprHk

    Eles conseguiram esse equilíbrio, porque não existe por lá, toda a roubalheira que temos aqui, que vem de séculos. Pois o maior puxador de salários de um país é o próprio governo. Se não sobra dinheiro para pagar melhores salários, a iniciativa privada consegue contratar excelentes profissionais a baixo custo. O que reduz as vendas da própria iniciativa privada, exceto as do setor exportador, que participa da vaquinha dos bancos, que despeja bilhões na campanha de todos os principais candidatos. Na medida em que falta dinheiro até para investir em saúde, educação, segurança, moradia, etc; o governo precisa também elevar os impostos, encarecendo nossos produtos, e diminuindo ainda mais o consumo!

    Não puxe o saco de políticos e seus assessores, seja de qual partido for, a direita quer nos transformar em ESCRAVOS, enquanto a esquerda nos transforma em ESMOLEIROS:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/616906015111731/?type=3&theater

  4. O empreendedor brazuca

    Andre,

    O empreendedor neste país sempre será motivo de desconfiança por parte da maioria de uma sociedade que declara amor à caderneta de poupança, inteiramente avessa a riscos.

    Como a mídia sabe disto, se aproveita do gancho para manter diversos empresários enjaulados na Guantanamo deste juiz celerado, para que seja aberto o espaço para as empreiteiras internacionais, que, em minha opinião, já deveriam estar po aqui há bastante tempo. Não existe país que cometa esta gigantesca cretinice com seus grandes empresários, quase todos aqueles países que detectam a prática de corrupção aplicam multas exemplares, o pessoal paga e pronto.

    Além disto, todo brasileirinho tem horror a gente bem sucedida, daí nenhum empresário poder dizer publicamente que é rico.

    Esta mentalidade de século X é que contribui para a mentalidade bastante defensiva do empresariado, classe que não é formada exatamente por anjos em nenhum lugar deste planeta.

     Conforme o texto do post, o sonho dourado do brazuca é o concurso público, onde um idiota completo e estudioso prá xuxu consegue ser aprovado e, dali prá diante, é o festival de idiotices pro resto da vida na cabeça dos outros – é vasta a penca de idiotas e imbecilizadosvestindo a camisa de procuradores, juízes e outros postos no serviço público, pessoas que só fizeram uma coisa de útil na vida, passaram num concurso público.

  5. Enxergando de dentro!

    Isso estou enxergando sob o prisma de uma ‘empresa familiar’ com quatro funcionários!

    Sem falar nas variadas intromissões estatais atrapalhando o máximo possível!

    Essa é a principal diferença entre a América latina católica e a Inglaterra/America protestante.

    Elizabeth II fez questão de conhecer o operário retirante que chegou a Presidente do Brasil e que não falava inglês:

    Lula ousou e venceu!

    O titulo não é pomposo demais André? Não seria melhor…

    A satanização da ‘Sapataria do Seu João’ no bairro do Bexiga!

    Soa mais progressista e menos capitalista, apesar de sabermos que é um emprendimento tão importante quanto qualquer outro, visa lucro e sobrevivência!

    Seu João é um empreendedor sim senhor, se vai ficar rico é outro assunto!

  6.  
    12,75 por cento ao mês e

     

    12,75 por cento ao mês e sem riscos,vai investir como?l

              Limpinhos,sem greves ou centenas de transtornos.

       Só investe aventureiros idiotas ou financiados pelo B N D S  cujo capital é coragem e cara-de- pau.

                    Dá licença,meu.

      1. Financiamento de cartão, cheque especial…

        AA, estou contigo na sua cruzada de defesa pelo empresariado (capital) nacional.

        Não exatamente por eles, mas pelo país, pois trocar o nacional pelo estrangeiro é pior ainda.

        O que precisamos é criar ou melhorar o empresário brasileiro emprendedor e não “mamador”.

        Mas o que se vê, conforme vc constata, é sua destruição até que todos os setores da economia sejam ocupados pelo capital de fora (fora o especulativo).

        Que evidentemente leva seu caldo para fora.

        Aqui seremos cada vez mais um país “ressecado!

         

  7. shumpeterianas

    “O Brasil DESPREZA ASSIM O ELEMENTO-CHAVE, RARO E ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO. NEUTRALIZA NUMA CELA OS CÉREBROS QUE FAZEM O PAÍS CRESCER.”

    Malandro! nem Schumpeter seria tão apaixonado.

    No limite, se pegarmos por aí e abstrairmos tudo mais: Que viva México! e todos os narcotraficantes que impulsionam a economia, desde Chiapas até a Baixa Califórnia.

    Certamente, o que não faltou na crise global de 2008 foi empreendedorismo.

    ( Pobre e injustiçada Enron…)

    Já dizia o barbudo: “Com um lucro adequado, o capital torna-se audaz, 10% certos, e se pode aplicá-lo em qualquer parte; com 20%, torna-se vivaz; 50%, positivamente temerário; por 100%, tritura sob seus pés todas as leis humanas; 300%, e não há crime que não arrisque, mesmo sob o perigo do cadafalso.”

    Hoje, os perigos são bem menores. Em alguns lugares até pode dar uma cadeia braba, mas cadafalso mesmo parece que até tem, de vez em quando, lá na República Capitalista da China.

    Por aqui, historicamente, falar em risco tem sido quase derrisão.

    “para ser empreendedor é preciso uma biografia bem mais robusta onde a coragem de assumir riscos é um dos fatores”

    Olhando daqui, isso pode ser lido tanto como ode quanto elegia aos Eike Batistas da vida.

    1. Só não a da direita, searto ?

        “As direitas” não conseguem esconder a sua ideologia nem embutir a mal dita na cabeça do brasileiro, até hoje  a privatização não desceu na goela, a tercerização também não vai.  A direita, ao combater constantemente “as esquerdas”, não tem como não mostrar sua ideologia pois se você está sempre contra “as esquerdas” e sua ideologia explícita não tem como não assinar embaixo de uma ideologia oposta, isso é de uma lógica elementar.

  8. “Com exceção do aeroporto de

    “Com exceção do aeroporto de Confins, os empreendedores que pagaram e levaram as concessões dos aeroportos estão todos presos em Curitiba” Será? Melhor investigar um pouco mais. 

  9. Outro ponto de vista

    Excelente o texto do André e mostra como alguns empregados públicos bem remunerados e ávidos por um holofote paralisam o trânsito inteiro de uma movimentada estrada, apenas para fazer um teste de bafômetro a um único motorista. A justiça brasileira não aplica a lógica do encostamento e a revisão de documentos de um motorista avulso enquanto o transito flui normalmente.

    Muitos dos “prestadores de concurso” ou empregados puxa-sacos que chegam a cargos chave, também se acham empreendedores, sem risco nenhum, apenas pelo bônus da “mordida”. Querem sempre colocar o seu bigode em qualquer coisa próxima que movimente algum dinheiro. Depois de tudo ele “fez por merecer”, fez carreira, e merece ter carro importado e casa em Miami, assim como aqueles empresários, não é? Ocorre em todas as atividades e não apenas no serviço público.

    A Mordida do Gerente: Numa indústria ou mineradora qualquer quem chega ao cargo de Gerente é como ganhar um cartão tipo Green Card para “morder” contratos e cobrar favores. Diretores, nem se fala! E aí vai uma turminha mais para Miami e o seu dinheiro para paraísos fiscais, a cada ano.

    Locação de máquinas (qualquer máquina, para qualquer coisa): uma alta porcentagem delas é propriedade de Diretores da mesma empresa que aluga e paga por elas.

    Pequenas construtoras: Grande lavanderia. Já conheço um monte de Diretores ou altos gerentes de empresa (privadas, nos casos que conheci), que levam na “paralela” uma empresa construtora que levanta um que outro prédio, a cada ano.

    Empresário privado de Serviço Público: Em geral, gostam de arriscar em negócio pronto, principalmente de serviço público, onde já estamos “os trochas” cadastrados, prontos para pagar já logo a mensalidade, obrigados por Lei e, com apenas uma torneira, uma tomada de luz e uma linha de telefone em casa, para entrar neste “mercado” monopólico sem risco nenhum. Empresários “de cancela e de pedágio” que recebem quilômetros de asfalto ou trilhos historicamente consolidados, com faixas se servidão já pagas.

    Além de começar logo a dar o exemplo, eu vejo apenas uma solução rápida e efetiva: Tornar obrigatório o exame de declaração de renda, contas no exterior, etc. de cada cidadão brasileiro, e cobrar uma adequada justificativa sobre o patrimônio. A minha esposa é funcionária pública e lhe foi cobrada a declaração de impostos dos últimos anos para conferir. Acredito que isso deva ser feito para todos os cidadãos, funcionários públicos ou privados, empresários, sacerdotes e tudo o que é gente que caminha e fala. O negócio está feio.

    Sobre os depósitos externos é brincadeira, pois o Brasil não consegue nem listas bobas pegas por hackers e, quando é oficial (como no HSBC), a lista é entregue a jornalista do PIG!

    Como dizia Jesus, todos deverão passar pelo olho de uma agulha, pelos raios-X de um aeroporto virtual (menos naqueles aeroportos de mentirinha do Aécio) e, o que levar de bagagem, deverá ser revisado e justificado. Aqueles muito ricos que moram fora, com dupla nacionalidade, retirem então a cidadania brasileira e os benefícios que isso significa, para que possam continuar roubando se quiserem, mas como estrangeiros (tributando como estrangeiro) e não mais como brasileiros de fachada.

    Vai sobrar dinheiro para pagar a divida pública, executar 10 PACs, 20.000 km de ferrovias, crescer como a China por 20 anos, e quadruplicar o bolsa família para todos os brasileiros.

  10. Excelente artigo, Parabéns!

    Tivesse no Brasil, legisladores que pensam como o Sr. Araújo e o país estaria salvo.

    Mas aqui um comentário:

    Existe um motivo de os países anglo saxões reverenciarem empresários: Todos eles já tiveram históricos de fome extrema, e crises economicas gigantescas. Os EUA, em 1929. O Japão teve tamanha fome, que motivou a entrar na segunda guerra mundial, após a “revolta do arroz”, quando faltava comida no país.A Europa, idem, entrou na segunda guerra mundial, após a Alemanha enfrentar gravíssima crise economica, nunca vista antes. A China idem, com mais de um bilhão de habitantes, teve crises de fome nunca vistas no ocidente.

    E o Brasil?

    Deitado eternamente em berço esplêndido, tem terras a vontade, preço razoavel de alimentos, até teve população de famintos, mas não em tais proporções. Sem guerras há séculos, sem crises economicas descomunais.

    A última crise economica séria que tivemos foi causada por FHC, e levou o povo a eleger Lula, presidente que fez o país crescer 7,5% no ultimo ano de mandato.

    A economia e a sociedade é movida a crises. Só ocorre uma coesão de poderes quando uma crise séria obriga a sociedade a se unir.

    Mas não se preocupem, se o problema for falta de crises, não serão mais, pois a mentalidade de julgar e condenar  empresários proporcionará as maiores crises já vistas  na história deste país.

    A Crise economica ao que tudo indica está a caminho.

     

  11. Não são os empreendores que

    Não são os empreendores que esses procuradores e juizes tucanos querem satanizar e sim o PT. Eles apenas estão sendo usados como meio. É só delatar qualquer coisa contra o PT que estão livres para tocarem suas vidas.

    O PT afastado do poder, todos voltam para seus pedestais e tornam-se deuses novamente.

  12. Empreendedor ?

      É prar rir ? o empreendedor no caso é o estado, o maior empreendedor do país que ainda assim, contrariando o trololó ultraliberal, tem o maior percentual de empreendedores individuais no paneta terra e em 2014 esse número alcançou o maior patamar desde que começou a ser pesquisado em 1999, como que pode haver essa satanização ?

        Chamar de empreendedor quem simplesmente senta pra chocar os ovos alheios é depreciar os verdadeiros empreendedores.

     

     

    O País segue, hoje, isolado na liderança em empreendedorismo, com o aumento de 23% para 34,5% de empreendedores em dez anos, s

    http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/04/campeao-em-empreendedorismo-brasil-gera-52-de-empregos

    Um em cada três brasileiros tem ou está criando sua empresa

    Nos últimos dez anos, a taxa saltou 11,5 pontos percentuais, colocando o Brasil à frente de países como China, Estados Unidos, Reino Unidos no quesito empreendedorismo.

    http://economia.terra.com.br/vida-de-empresario/um-em-cada-tres-brasileiros-tem-ou-esta-criando-sua-empresa,32af51927c57c410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

  13. Existem empresários e

    Existem empresários e empresários. O que dizer do presidente de uma entidade de empresários da indústria, que é a favor da precarização do trabalho?

    O que dizer de empresários que se contentam em apenas colocar uma plaquinha em produtos que são fabricados no exterior e apenas maquiados no país?

  14. Em tempo

       O autor deve saber que tudo isso não passa de perseguição ao partido dos trabalhadores e qualquer um que ouse colaborar em alguma medida com seu governo, a única campanha de satanização que existe é contra qualquer organização que surja lá embaixo da pirâmide social incluindo partidos esquerdistas, sindicatos, movimentos reinvidicatórios, etc…

    e que eu saiba quem está preso são os executivos das empreiteiras não os seus patrões.

    1. Infelizmente não é só isso. O

      Infelizmente não é só isso. O empresario é perseguido desde os tempos do Barão de Mauá, está no ethos nacional,

      vem de muito longe, aumentou com a visão esquerdizante mas já existia antes de exitir o pensamento de esquerda no Brasil. Vem da formação do Brasil e com o PT, os movimentos sociais e o aumento das ILHAS DE PODER como Tribunal de Contas e MPF isso só aumentou. Na Lava Jato a cana pesada vai para os empresarios, depois mais light para os executivos das estatais e para os politicos não há pena porque eles são o ESTADO portanto parentes dos Juizes e Procuradores, ligados ao mesmo umbigo.

  15. Concordaria se nosso

    Concordaria se nosso empresário trabalhasse, também, ´pró país. Não investe nem um tiquinhoo no social, apenas o lucro selvagem é o objetivo. Sonegadores consumazes, desempregadores obsessivos e extremamente socialistas de ajudas governamentas para seus próprios cofres.

    1. Nada a ver. O trabalho para o

      Nada a ver. O trabalho para o Pais se dá pelo proprio desenvolvimento da empresa pagando mega impostos, quer mais o que? Quanto ao atendimento social, a maioria das empresas tem programas de alimentação, seguro saude, treinamento, apoio a cursos, quer mais o que? A empresa não pode fazer o papel do Estado, não é essa sua função e para isso ela já suporta toda o peso do Estado, DE ONDE O ESTADO TIRA RECURSOS?

    2. Mas é graças ao empresário que há dinheiro para o social


      O governo não produz riqueza, o governo cobra impostos. São os cidadãos e empresas privados que pagam os impostos que depois reverterão para os programas sociais. O lucro selvagem é ruim? Mas sem lucro, como o empresário fará novos empreendimentos que vão gerar empregos diretos e indiretos, encomendas e impostos?

      É o empresário, e não o governo, que constrói o país. Como você acha que o povo está melhor servido? Com o empresário tendo dinheiro para criar empregos, ou com o empresário pagando impostos para que o governo possa conceder uma esmola qualquer ao desempregado?

       

    3. Acorda…

      Certamente você anda assistindo muito filme sobre empresarios inescrupulosos, etc, etc. 99% dos empreendedores desse país deveria receber uma medalha por trabalharem tanto sem nenhuma garantia de sucesso.

  16. As várias obras que o TCU

    As várias obras que o TCU mandou suspender na Petrobras em função do sobrepreço estavam dentre aquelas em que se pagaram propina. Muitas dessas decisões o LULA revogou, permitindo o que está aí. Coincidência?? Creio que não, haja vista o que a Lava jato vem descobrindo. O autor do texto defende o emprendedorismo, mas o governo dilma foi mais estatizante que o do próprio Lula. Aí a lógica imperante não é do mercado, é dos dar cargos para os companheiros. Deu no que deu. E só sendo muito trouxa achar que só tem gente da classe média ealta em concurso público. São minoria. O cara da classe alta vai advogar, porque ganha zilhoes de vezes mais que o saláio de um juiz de primeira instância. Há muita gente que veio de baixo, muito baixo, e graças ao esforço passou num conurso desses. E aliás, ninguem passa num conurso p juiz com cursinho. São centenas de horas sobre os livros.

    1. ninguem passa num conurso p

      ninguem passa num conurso p juiz com cursinho. São centenas de horas sobre os livros.

      Quem passa num concurso passa porque é bom… Bom em passar no concurso.

      Se será bom juiz já é outra história.

       

    2. Quem ganha ZILIÕES com

      Quem ganha ZILIÕES com advocacia se contam nos dedos de uma mão. A esmagadora maioria dos advogados não ganha

      mais que um juiz, GANHA MUITO MENOS, e para gnhar 20 mil por mês precisa ser MUITO BOM e ter anos de estrada.

      Uma juiza do trabalho iniciante de 25 anos começa com 25 mil, nenhum advogado de 25 anos ganha isso em qualquer grande escritorio.

    3. Quer sobrepreço maior que o da paralização ? quem paga esse ?

      O TCU paga ? ou é pago pra isso por alguém pra gerar sobrepreço ? se o problema é sobrepreço que se pegue o dinheiro de volta, não é isso que querem, muito esquisito.

    4. Um advogado que “zilhoes de x

      Um advogado que ganha “zilhoes de x o que um juiz de 1 instancia ganha” é um entre um milhão. 

      Acorda.

      E pode ter certeza que trabalha muito mais que um juiz. 

      Advogado para ganhar muito bem tem que ser empreendedor também e são raros.

      A grande maioria dos advogados ganha menos que um trabalhador concursado de nivel médio do judiciário.

  17. O burocrata é o inimigo.

    …com uma burocracia terrível que só faz crescer… É ainda impressionante que existam empresários no Brasil.

    Tem havido um debate sobre a atuação de Gilmar Mendes no caso do financiamento público de campanha. Uma idéia razoável para evitar a corrupção e não é de hoje que considero o Gilmar péssimo, por isso sou insuspeito para o que vou comentar…

    A burocracia é uma estrutura organizacional feita para que normas sejam observadas. E normas são uma coisa boa, uma invenção da engenharia. Isto é, uma norma é uma compilação de procedimentos estudados para se obter o melhor resultado possível numa determinada atividade. Pode ser a norma para se obter a melhor fabricação de uma liga metálica, como melhor proteger um edifício contra incêndios. Enfim, normas são apenas receitas de bolo. O problema são os burocratas.

    E os burocratas não são os “engenheiros” que inventam as normas, são apenas aqueles que devem fazê-las cumprir. Para encurtar a explicação (recomendo pesquisar “disfunções da burocracia segundo Merton”), o problema é que o burocrata, como qualquer ser humano, tende a centrar-se na manutenção do seu próprio status. O complicado é que nesse jogo as normas perdem seu fim original e passam a ser usadas como instrumento de empoderamento do burocrata. Essa é a armadilha.

    E o que isso tem a ver com financiamento público de campanha? Bem, minha questão é a seguinte:

    Se a burocracia ainda se encontra sujeita e ingerência política e esta por sua vez se encontra dependente do interesse econômico, o que acontecerá quando os políticos ficarem mais independentes dos empresários? A burocracia ficará melhor?

    1. O burocrata pré pago é melhor que o pós pago, é isso ?

        Menos dor de cabeça ? pra meia dúzia com certeza, para seus concorrentes não, para seus clientes não, pra quem não tem nada a ver com o clubinho e tem outras demandas também não.

      1. pra meia dúzia com

        pra meia dúzia com certeza…

        Será que é só meia dúzia a quem a burocracia inferniza? Não tenho essas certezas que você tem.

        Na verdade as grandes corporações são as que menos sofrem. Claro, elas também têm que enfrentar a burocracia. Mas elas são grandes o suficiente para ter equipes dedicadas a cuidar disso. E pior, muitas vezes preferem que continue complicado porque essas complicações burocráticas servem como barreira de entrada para novos concorrentes.

  18. Então tem que deixar roubar

    Pelo que entendi, a mensagem é essa: sem roubalheira, não tem progresso, é?

    O verdadeiro empreendedor é aquele que não vive pendurado no governo. Vai a luta e se vira. O nacional-estatismo cria a sua volta um séquito de empresários amigos-do-rei que se passam por grandes empreendedores.

  19. Ignorância

    Creio que os que criticaram o artigo não tem a menor idéia do que é ser um pequeno empresário ou micro empreendedor no Brasil. O meu conselho é: tenham a sua própria experiência, e depois venham nos dizer se foi fácil. 

  20. Se nosso empresariado tivesse

    Se nosso empresariado tivesse compromisso com o país, PAGANDO SEUS IMPOSTOS, teríamos outra história para contar. Todos sabemos que se tornam sonegadores a partir do momento que se tornam grandes empresários e ainda, passam a exigir incentivos do estado para tudo, são dependentes desses incentivos financeiros). Quem paga impostos nesse país, é a clase média´(a boba que só reclama de bolsa famíla, mas paga sem um ai, “impostos” absurdos conbrados pelos empresários que se negam a arcar com qualquer despesa.

  21. não confunda empreendedor com “mamador

    Caro A.A. você confundiu as bolas, não sei de propósito. Empreendedor é o Seu Joaquim que acorda as 4 da manhã para abrir a padaria e só volta prá casa as 22h. Este, o verdadeiro empreendedor, não está preso e poucos estão ricos. Os que você defende chamando de “empreendedores” são na verdade tão “filhinhos-de-papai” quanto os juízes que passaram em concurso, e não chegaram nem a estudar porque já herdaram tudo de seus ricos paizinhos que já tinham contratado competentes administradores e subornadores para fazer o negócio da família crescer sempre, seja qual seja o governo.

    Confundindo um com o outro você ofende o real empreendedor. Estes mauricinhos que estão na cadeia nunca tiveram que ser criativos, acordar cedo, ou sequer estudar …

  22. “Só não pode suspender…

    André, André, vc tá brincando com fogo !

    Mexer em casa de maribondo, é um risco, e eu cá com meus botões, acho que você tá correndo risco, de desafiar os Deuses do Poder Judiciário, que não “pensam” o empreendedorismo, nem o desenvolvimento do Brasil, e sim , as suas(deles0benesses, como carro com os 3 choferes bem pagos e cota de combustível ilimitada, alem da liberdade, de até apropriarem-se de veículos de terceiros, que estejam sob custódia da justiça, além de dinheiro alheio e afins, enfim…

    Más voltemos ao tema empreendedorismo. O que você chama de empreendedorismo à brasileira, a exploração de serviços na área aérea, naval, exploratória mineral, telefonia, etc, não pode ser feita, como sempre foi feita, desde a saída dos militares do poder, e a implantação da Nova República, com cartéis operando dentro dos ministérios e grandes estatais, cooptando funcionários/parceiros, e fazendo estas negociações, que se por um lado, ajudam a desenvolver setores nos quais o Estado falhou, e fazendo estes empreendedores, vs irarem verdadeiros “donos do país” visto o tamanho e a grandeza, de suas intervenções e manipulação do dinheiro do contribuinte, e nem sempre, devolvendo ao Estado, parcela dos rendimentos.

    A operação Lava Jato, suas espetaculares e mancheteadas incursões na vida do empresariado brasileiro, o desrespeito ao Estado de Direito, a “compra” das delações premiadas, passaram do limite, porém certamente farão os nossos tão elogiados empreendedores, repensarem seus métodos e suas formas de operar, passando por cima de quaisquer leis, como um trator desgovernado, e darão chance, da sociedade rever sua relação com o capitalismo selvagem, que desde o início da Nova República, manda e desmanda no Brasil.

  23. Vamos na real

       Cartéis continuarão a ser formados, só que sem a participação de empreiteiras brasileiras, as quais no máximo poderão atuar como sub-contratadas dos vencedores internacionais ( cartelizados fora do País ).

        Europeus e asiáticos ( chineses, coreanos, cingapurianos ), são especalizados na montagem e posterior gerenciamento de operações cartelizadas; Por exemplo ( SÓ EXEMPLO ):

        Ferroviário: 3 grandes empreitieras chinesas – todas parcialmente ou totalmente controladas pelo Estado – participam de uma licitação internacional, uma delas vence ( o preço das 3 foi previamente combinado ), e após 1 ano – no final do projeto executivo – vendem partes da obra para as outras duas, ou como fazem os europeus, associam-se em uma Empresa de Propósito Especifico. ( Nada disto é “sacanagem”, “picaretagem” ou “assalto continuado aos cofres publicos”, mas apenas uma forma de gerenciar , diluir custos e riscos, aproveitando as expertises especificas de cada empresa, o que facilita o financiamento a longo prazo de qualquer projeto – tipo: é muito mais facil reduzir o spread de um bonus lançado no mercado, garantizado por mais de uma grande empresa, securitizado em um projeto especifico, com começo – meio – fim ).

         No naval e off-shore, ou administração aeroportuaria ou portuaria ( negócio mais para chineses e cingapurianos – ou seja ” pouco importa de onde vem : são iguais e sócios ), o procedimento é o mesmo.

         E as “nossas” : sub-contratadas, claro que só quando seus diretores sairem da cadeia.

  24. Perfeito.

    O Andre Araujo foi perfeito. O que o PT e o Lula fez foram tentar dinamizar nosso capitalismo. As grandes obras de infraestrutura estão aí para provar isso. A Bolsa Família o aumento no mínimo veio para criar o grande mercado interno. O que estamos vendo hoje é a luta do Brasil atrasado, contra o novo. O gigante apenas ergueu a cabeça e isso já incomoda. Nada haver, esse debate de esquerda e direita. A disputa é por status, a disputa é para não perder o status. Tínhamos um país para poucos, de repente pobre está indo para faculdade, por causa das bolsas, pobre está indo ao cinema, pobre está viajando de avião. O que aconteceu? Alguém acha mesmo que esse pessoal que vai as ruas se importa com corrupção? Já conversei com vários. A tolerância com a corrupção dos seus é enorme. O empreendedor deve ser protegido pelo estado, é isso que a Dilma deve fazer. Esqueçam essa história de esquerda e direita. Quem gera empregos deve ser protegido. Simples.

  25. Uma coisa não justifica a outra

    É evidente que o ambiente de negócios no Brasil é péssimo e nada atraente.

    Também é óbvio que o concursismo tal como existe no Brasil tem que ser varrido do mapa. Ser barnabé deveria ser a última opção de um jovem. Só se conseguirá isso revertendo essa cultura brasileira do Estado poderoso.

    Mas isso não tem nada a ver com fechar os olhos para um cartel. Num ambiente péssimo para negócios prosperarem, um cartel como esse clube do bilhão é só mais um complicador.

    As concorrências da Petrobras estão lá, dezenas de outros empreendedores tentaram ganhar alguma das obras e NENHUM deles conseguiu.

    Esperamos que agora, com esse pessoal na cadeia, esses empreendedores tenham sua chance.

    Aqui está uma pequena relação de empreendedores que participaram das licitações da Petrobras sem nenhuma chance, pois TODAS eram vencidas pelo cartel do Clube do Bilhão. Se participaram, é porque apresentaram todas as garantias, técnicas e financeiras.

    Óbviamente, no imaginário do André, esses empreendedores não existem. Ou se existem, não devem ter lugar ao sol.

    CONTRERAS

    ENESA

    ENGECAMPO

    MULTITEK

    QUALIMAN

    SERVENG CIVILSAN

    BARBOSA MELLO

    CONCRETA

    CR ALMEIDA

    DM

    GEOMECÂNICA

    CONENGE

    CONSTRUBASE

    EMSA

    PASSARELLI

    PROERG 

    ESTACON

    NORTENG

    PARANASA

    SCHAHIN

    CONSTRUCAP

    GOETZE LOBATO

    ENGECAMPO

    CHICAGO

    1. A outra também não justifica a própria

      As outras empresas citadas tem em sua maioria, igual ou mais defeitos que o chamado clube do bilhão em muitos aspectos. Pergunte aos trabalhadores em qual delas recebem o pior tratamento?   

    2. Só se supera o concursismo

      Só se supera o concursismo pagando mais e explorando menos na iniciativa privada – coisa que os grandes “empreendedores” não parecem dispostos a fazer… Quanto ganha um gerente da AMBEV, do Itaú, da TAM e quetais? Menos do que um “analista” do serviço público…

      Mas, no geral, concordo com o articulista… ser empresário e bem sucedido não é crime…

  26. Talvez a demonização dos

    Talvez a demonização dos empresários – se é que isso é fato, hein?¹ – seja apenas uma reação à suas arrogâncias, aos seus desejos de serem, como quer o André, “reverenciados como deuses”. Talvez, no dia em que empreendedores conseguirem enxergarem-se como cidadãos comuns, eventual demonização se interrompa. A mania de querer ser VIP, amigo de um rei que nunca tivemos, juntada com o desejo de manipular governos para lucrar, é que leva à corrupção do estado. Toda ingerência da inicitiva privada sobre o que é público, estatal, é sempre corrupção da natureza democrática do estado.

     

    Além disso nunca vi empresário dizendo que acha justa a tributação, em nenhuma sociedade humana… E no Brasil ocorre muito raramente o empreendedor que tem tesão no ramo em que investe. É só ver a proliferação se start-ups, emprsas criadas apenas para serem vendidas. É como que, herdeiro de quem nos colonizou – e coloniza até hoje – o importante fosse apenas explorar lucros, sugar sem nada devolver exceto aquilo que a lei obriga.

     

    ¹ – Questionei haver verdade em dizer que há demonização de empreendedores porque também se encaixa como empreendedor a enorme massa de micro e pequenos empresários que mantém pequenos comércios – restaurantes, bares, farmácias etc. – e que têm bastante prestígio em suas comunidades. Talvez haja algum coitadismo em afirmar-se que empreendedores são demonizados.

     

    P.S.: Alguém assistiu à entrevista que Luis Nassif fez com Mangabeira Unger? Unger, professor de Harvard que licenciou-se para ajudar Dilma, fala bastante da importância de empreendedores criativos, inovadores… Unger + Guilherme Afif Domingos com Dilma parece que vão estimular ainda mais o empreendedorismo no Brasil.

     

    Unger com Nassif para quem quiser: https://www.youtube.com/watch?v=JgLiEhf0chQ

    1. Questionei haver verdade em

      Questionei haver verdade em dizer que há demonização de empreendedores porque também se encaixa como empreendedor a enorme massa de micro e pequenos empresários… que têm bastante prestígio em suas comunidades.

      Lógico! Pessoas que são outros empresários, profissionais liberais, ou mesmo empregados comuns que precisam ser competentes para ganhar seu salário e manter o seu emprego não vão demonizar. Quem demoniza, ou despreza, são aqueles que não dependem, ou pensam que não dependem, da iniciativa empresarial. Ou seja, as pessoas que comandam ou trabalham para a burocracia estatal. 

      Talvez, no dia em que empreendedores conseguirem enxergarem-se como cidadãos comuns, eventual demonização se interrompa. A mania de querer ser VIP, amigo de um rei que nunca tivemos, juntada com o desejo de manipular governos para lucrar, é que leva à corrupção do estado.

      Quer dizer que quem tem mania de “querer ser VIP” é só empresário? E é só o empresário que cria a corrupção, os políticos e a competição entre eles não tem nada a ver com isso? … Não sei se consegue perceber, mas ao escrever isso demonstrou que a percepção do autor de que existe preconceito contra os empresários tem seu fundo de verdade.

       

      1. Quem demoniza, ou despreza,

        Quem demoniza, ou despreza, são aqueles que não dependem, ou pensam que não dependem, da iniciativa empresarial. Ou seja, as pessoas que comandam ou trabalham para a burocracia estatal.

         

        É difícil generalizar, caro Cesar. Mas não creio que apenas quem trabalha para o estado é que demoniza empreendedores nem que todos os que trabalham para o estado demonizem os empreendedores. Há pessoas bem sucedidas e que não são demonizadas; e as que são bem sucedidas e que todo mundo xinga. A diferença, na minha opinião? Demonizados são os que são arrogantes. Ou como diz o André, que não se acham merecedores de tratamento menor do que reverências divinas. O que eventualmente se demoniza, portanto, não é o sucesso e sim a arrogância. Mas não acho que haja tanta demonização assim, não, principalmente contra quem é generoso, humilde e solidário. Esse todos aplaudem e querem vê-lo rico. Acho que a cultura capitalista liberal confunde generosidade com ser bobo ou com não cuidar de si mesmo. Não precisa ser um Soros para ser generoso… e “joséspepesmujicas” existem com mais frequência do que nossa empresas de entretenimento noticioso nos mostram.

         

        Bem… exemplos pessoais nem sempre valem como estatística mas… digamos que conheço profundamente empresário há bastante tempo que nunca foi demonizado. Mas também tem certeza de que não é a última coca-cola do deserto. Procura fazer seu trabalho com competência e humildade, e procura manter bem definido que existe em várias instâncias. Enquanto cidadão pensa no coletivo; enquanto empresário, pensa no privado.

         

        Creio que não se pode pensar em estado que não seja socialista… bem, pelo menos não em estados democráticos. Não existe estado liberal, capitalista, estado é para beneficiar a todos igualmente, creio. Estado liberal seria assim um não-estado, um estado que não existe, que se omite ou pior, que é vertido para atendimento de demandas privadas. Estado não tem nada a ver com modo de produção, estado é a união de todas as pessoas num determinado território, pessoas que tem pelas suas concidadãs e pelo território que habita sentimentos patrióticos. (E aos que vem com o lero-lero da globalização, pergunto: Se a noção de estado não tem importância, prá que passaporte? Prá que “green cards”? Porque se enaltece um país como os EUA? Será que os cidadãos dos EUA são mais ou menos patriotas que nós? Será que o patriotismo dos estadunidenses tem algo a ver com o fato desse país ser uma nação rica? Por outro lado, não consta que é uma nação boa para todos os seus cidadãos… Diferente de nações nórdicas, por exemplo. Será que um filandês, um islandês ou um sueco gosta de seus países… mais ou menos do que estadunidenses gostam dos EUA? Ou que brasileiros gostam do Brasil? Será que esses cidadãos se arvoram superiores a seus pares, em relação ao estado com mais ou com menos frequência e intensidade que nós em relação a nossos próprios pares?) Mas retomando, toda ingerência da iniciativa privada sobre o que é público, na minha opinião, é sempre corrupção. Quando não especificamente peculato, é deturpação da ideia de coletividade, de democracia.

         

        Quer dizer que quem tem mania de “querer ser VIP” é só empresário? E é só o empresário que cria a corrupção, os políticos e a competição entre eles não tem nada a ver com isso?

         

        Sim, querer ser VIP é do âmbito do privatismo, sempre. Político que privilegia a atividade privada é sempre privatista, é um privatista infiltrado na coisa pública. Ou seja, é corrupto, corrompe a vocação e o mister do que é público. Mania de querer ser VIP em relações privadas, aí, sei lá… aí acho que é chato, mesmo, rs… Mas querer ser VIP em relação ao estado é sempre corrupção: para o estado – pelo menos, repito, o democrático – ninguém é VIP. Assim se um político ou um funcionário público de carreira tem mania de querer ser VIP, age, sim, como empresário. Políico que cria corrupção age como empresário, como privatista, não como estatista. Então tanto faz se é empresário enrustido, daquele que tem o empreendedorismo como atividade paralela (a principal seria servidor público de carreira ou eleito), ou se é assumida e exclusivamente privatista: não há outra forma de corromper o estado além de tentar vertê-o para atendimento de demandas privadas. Na minha opinião, claro, e sem qerer convencer ninguém de nada do que digo. Digo apenas o que acredito e pronto.

         

        “Reverenciados como deuses”, enfim, está em oposição total à ideia de cidadania, de estado democrático, mas combina com iniciativa privada, com capitalismo liberal. É só não misturar os dois, o que é privado com o que é público que não tem problema. Não é facil, apenas possível. E saudável para ambos. Acho eu… que vc acha?

        1. Demonizados são os que são

          Demonizados são os que são arrogantes… O que eventualmente se demoniza, portanto, não é o sucesso e sim a arrogância. Mas não acho que haja tanta demonização assim, não, principalmente contra quem é generoso, humilde e solidário.

          Não se trata de um problema subjetivo de tratamento pessoal. O problema se trata da dificuldade que os empresários, todos, o *antipáticos* e os *simpáticos*, tem com o aparelho estatal no exercício de suas atividades. Não vou me alongar em detalhar exemplos, mas ouvi semana passada de um diretor ter perdido já três fornecedores externos. E sabe por que? Porque eles preferem esquecer o cliente a enfrentar a burocracia brasileira; tendo inclusive ouvido deles que o Brasil é o país que consideram mais complicado para fazer negócios. Ou seja, a “demonização” é algo muito objetivo.

          … toda ingerência da iniciativa privada sobre o que é público, na minha opinião, é sempre corrupção. Quando não especificamente peculato, é deturpação da ideia de coletividade, de democracia.

          A ingerência de empresas sobre o que é público não envolve necessariamente corrupção nem mesmo fere ao princípio democrático. Se fosse valer esse modo de pensar, uma ONG ou uma comunidade que faz lobby junto ao governo para defender seus interesses seria também o caso.

          Ou seja, uma empresa como qualquer outro grupo social tem direito a pressionar o governo pelos seus interesses. Isso é democracia. Errado é se as coisas forem feitas as escondidas e por meios não éticos.

          1. Desculpe, Cesar, mas não

            Desculpe, Cesar, mas não entendi a primeira parte: as dificuldades burocráticas demonstram que… o empreendedor é objetivamente demonizado, é isso? Será que “demonização” – ou satanização, como quer o André – não está relacionado à imagem, à reputação e outras subjetividades?

             

            Quanto à segunda parte… será que uma ONG ou uma comunidade pressionando e exigindo nas ruas que o estado atenda demandas constantes nas leis é a mesma coisa que um grupo de empresários financiando a eleição de uma pessoa para que esta cuide dos interesses privados desse grupo, mesmo que esses interesses afrontem o povo como um todo? O eleito não seria, nesse caso, como o lobo travestido de ovelha, um privatista travestido de estatista? Você imagina um grupo de banqueiros fazendo uma passeata na Esplanada dos Ministérios ou em frente ao MASP exigindo que o governo aumente a Selic?

             

            Olha só… a história de que Aécio Neves da Cunha, se eleito, acabaria com o Bolsa família ou com o MCMV, por exemplo, não era verdadeira. Pelo contrário, privatistas amam programas sociais de distribuição de renda mas com uma condição: que possam legalmente atravessar os recursos. Vou chutar uma proporção, tá? Digamos que hoje, de cada R$ 1.000,00 que o governo investe em programas sociais, R$ 700,00 chegam às mãos do povo que desses recursos necessitam. R$ 300,00 vão para a infraestrutura de distribuição. Você acredita que esse R$ 300,00 se manteriam caso os R$ 1.000,00 tivessem que passar pela mão privadas antes de chegar aos beneficiários?

             

            – “Ah, mas empresário também é do povo.”

             

            Mas não é o objeto dos benefícios sociais. Principalmente lembrando que, ao fim e ao cabo, na prática mesmo, a tendência de pequenas empresas é serem encampadas por grandes grupos empresariais, muitas vezes com participação de capital internacional.

             

            Nada tenho contra a iniciativa privada, eu mesmo sou empresário e como tal não me sinto nem um pouco na obrigação de sanar as mazelas sociais do Brasil. Contribuo mas apenas indiretamente, através de impostos. Mas também sou cidadão e patriota, e enquanto tal creio que é dando subsídio diretamente para que a grande massa de pessoas para que passem a prosperar é que nosso país vai crescer. Enquanto houver um pobre enquanto cidadão vou continuar exigindo do estado que o socorra. É para isso que pago impostos, porque a resistência de uma corrente é dada pela resistência de seu elo menos resistente. É preciso equilíbrio nas relações de interdependência entre estado, capital, distinguir muito bem o que é privado e o que é público. Empresas precisam de seus empregados, empregados precisam das empresas e os dois precisam do estado. Estão… ou melhor, estamos todos no mesmo barco. Então que nenhum de nós exija ser “reverenciado como deuses”. E se exigir tenha certeza de que receberá tratamento oposto: de demonização, mesmo. Equilíbrio, acho que é a ideia… Será?

          2. Desculpe, Cesar, mas não

            Desculpe, Cesar, mas não entendi a primeira parte: as dificuldades burocráticas demonstram que… o empreendedor é objetivamente demonizado, é isso? Será que “demonização” – ou satanização, como quer o André – não está relacionado à imagem, à reputação e outras subjetividades?

            Sim, o problema não é se olham torto para você, mas se te prejudicam.

             

            …estamos todos no mesmo barco. Então que nenhum de nós exija ser “reverenciado como deuses”. E se exigir tenha certeza de que receberá tratamento oposto: de demonização, mesmo. 

            É exatamente sobre essa leitura que estou tentando alertar. Quero dizer, quando o post fala que o empresário é endeusado lá fora e aqui dentro é demonizado, não é para ler “o empresário quer ser endeusado”; é para ler “o empresário não quer ser demonizado”.

            E ele é demonizado não porque quer ser endeusado, ele é demonizado porque nossa cultura, de matriz portuguesa e colonial, não valoriza artesãos. Valoriza quem tem terra, quem tem títulos, a “nobreza da corte”, os “funcionários do rei”. O sapateiro, o ferreiro, e todos aqueles que não são senhores de terras e de escravos e precisam trabalhar com ferramentas, são a ralé.

             

            será que uma ONG ou uma comunidade pressionando e exigindo nas ruas que o estado atenda demandas constantes nas leis é a mesma coisa que um grupo de empresários financiando a eleição de uma pessoa para que esta cuide dos interesses privados desse grupo, mesmo que esses interesses afrontem o povo como um todo?

            Não basta dizer que um lado é uma ONG e do outro uma empresa para assim saber qual é o lado público e qual o privado, qual o certo e qual o errado.

            Isto é, quem disse que uma comunidade, que pode reunir só 1.000 pessoas ou menos, defende os interesses do “povo”?

            A única coisa objetiva que se deve analisar é saber se o interesse do grupo A com n elementos prejudica mais ou menos o interesse do grupo B e se esse é maior ou menor do que n.

             

          3. Além disso tudo, caro Cesar,

            Além disso tudo, caro Cesar, convenhamos: a atividade de atravessamento de recursos públicos não é o nosso país precisa e não é a que define o empreendedor inovador e criativo que, tanto quanto o André ou o Mangabeira Unger, creio que pode levar o Brasil a alçar outro patamar, superior, na economia local e na internacional. E isso pensanso apenas em dinheiro, hein? Em economia. Se se pensar nas possibilidades de realização profissional, de satisfação pessoal a que terão acesso as pessoas que, instrumentalizadas técnica e politicamente, hoje estão à margem da nossa sociedade… bem, não exatamente as mesmas pessoas, que esses movimentos levam anos, gerações para se consolidarem, mas pense em filhos, em netos…

             

            Imediatismo e personalismo são orientações do liberalismo (“Eu vou me dar bem agora.”). Mas, poxa… só criança pensa que o mundo começou quando ela nasceu e que quando ela morrer o mundo acabará… ou melhor, nem isso, pensa que é imortal. Só adulto sabe o que é cidadania, responsabilidade cidadã, só adulto consegue transcender o próprio ego e saber-se, ao mesmo tempo, apenas um e um muito importante, é isso?

  27. Status quo

    Em troca da manutenção do capitalismo à moda tupiniquim, defende-se a impunidade dos poderosos.

    O pior é ver esquerdistas defendendo capitalistas de olho na salvação de integrantes do partido.

    Que decadência!

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