A utilidade da delação de Pessoa, por Paulo Moreira Leite

 

Enviado por Makário

Do blog de Paulo Moreira Leite

A utilidade da delação de Pessoa

Ao envolver tucanos e socialistas no recebimento de recursos da UTC, empreiteiro mostra — mais uma vez — a presença de todos partidos do universo cinzento das campanhas financeiras

Delação premiada de dono da UTC mostra que dinheiro de empreiteiras entra no cofre dos grandes partidos e lembra como foi errado o Congresso derrubar a mudança nas leis de financiamento de campanha
 
O fato mais surpreendente na lista de políticos e autoridades beneficiadas pelas doações da empreiteira UTC, reveladas pela VEJA neste fim de semana, consiste na linha de defesa da oposição.

 
Como nós sabemos, a denúncia inclui vários políticos, de vários partidos e até mesmo o advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, presidente do Tribunal de Contas da União, o TCU. Tiago é acusado de receber R$ 50 000 mensais em troca de informações privilegiadas. No total, mês a mês, embolsou R 2 milhões. Ricardo Pessoa também disse que o advogado negociou a compra uma sentença favorável em Angra 3 por R$ 1 milhão. Segundo a denúncia, o relator Raimundo Carreiro recebeu o dinheiro, intermediado pelo filho do presidente do tribunal.
 
Sim: estamos falando da mesma corte que ameaça questionar as contas de Dilma Rousseff por causa de operações contábeis conhecidas como pedaladas. Quanta credibilidade, não é mesmo?
 
Gente séria, rigorosa. Não perdoa nem problemas contábeis, que nada tem a ver com desvio nem suborno. E agora?
 
Outro aspecto é que o esforço para transformar a delação de Ricardo Pessoa num escândalo contém um aspecto ridículo. O site Contas Abertas revela que o candidato do PSDB Aécio Neves recebeu, em 2014, R$ 1,22 milhão a mais da empreiteira, do que Dilma Rousseff. A vida é assim na Republica Lava Jato. Enquanto Aécio embolsa uma verba 15% maior, o escândalo e a pancadaria vão para Dilma e seu tesoureiro, Edinho Silva. Ninguém fica com vergonha?
 
O caso é que há outros beneficiados importantes na oposição. Um deles é o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. Sua campanha levou R$ 200 000 em 2010. Já o deputado mineiro Júlio Delgado, do PSB, um dos mais ativos campeões da moralidade no Congresso. Júlio foi relator da cassação de José Dirceu em 2005. Procure um fato objetivo na acusação contra Dirceu. Só vai encontrar retórica. Ele recebeu R$ 150 000 em 2014. A revista diz que foi pagamento por um favor que ele prestou ao empreiteiro no Congresso.
Tanto Aloisio como Delgado esclarecem que foram doações legais, registradas na Justiça Eleitoral. Não há razão para duvidar. Até que se prove o contrário, essa explicação deve ser vista como verdadeira e não deve ser questionada. Por que não seria?
 
O problema é que as campanhas do PT também possuem documentos que permitem sustentar a legalidade das doações que o partido recebeu. As cifras, CPFs e todos os dados necessários estão lá. Não só as formalidades foram cumpridas. As contas do partido foram aprovadas pelo TSE.
 
A dificuldade política da oposição consiste numa questão essencial: manter o discurso da moralidade, que implica em rejeitar como mentira toda explicação apresentada pelos adversários e, ao mesmo tempo, tentar nos convencer que, no caso de seus aliados, a história é outra, ainda que os argumentos sejam os mesmos e a situação real seja igual. “Estão querendo misturar o joio e o trigo” reagiu Delgado. Aloysio foi defendido por Aécio Neves, de quem foi companheiro de chapa em 2014. Aécio declarou que a situação do vice é totalmente diferente daquela dos petistas investigados na Lava Jato. Por que?
 
A tese da oposição é uma forma pedantismo ético. Dizem: Nossa turma é gente de bem e a outra parte não presta. Será possível?
Parece que não custa tentar. O truque é forçar a barra contra uns e aliviar contra outros. Basta lançar suspeitas, que os jornais reproduzem alegremente, em seu esforço para manter o lamaçal de todas as manhãs no país.
 
Com o tempo, cria-se um clima, uma imagem. Ninguém achou estranho que, além de um depósito na conta da campanha, Aloysio Nunes Ferreira tenha recebido mais R$ 200 000 em dinheiro vivo, segundo a revista. Não é necessariamente estranho. Dinheiro vivo é mercadoria sempre útil numa campanha, que é feita de despesas miúdas com cabos eleitorais, lanche, pequenas viagens, compra de material em locais diferentes. Imagine se fosse na campanha do outro Aloyzio.
 
Um dos responsáveis pela força-tarefa do Ministério Público encarregada da Lava Jato lançou dias atrás a teoria de que os tesoureiros do Partido dos Trabalhadores não recebem contribuições de campanha – mas usam a legislação eleitoral para lavar as propinas embolsadas. Ou seja: a sugestão não é que seja um partido político, que precisa de recursos para fazer campanhas, pagar funcionários, contratar marqueteiros e cabos eleitorais, programar viagens e assim por diante. A sugestão é que se trata de uma “ organização criminosa.” Já os outros são tão limpos, honestos, que sequer são investigados. Para que?
 
Estamos chegando lá. Você entendeu.
 
Em 1922, meses antes de Benito Mussolini assumir o governo da Itália, seus aliados distribuíam manifestos nos seguintes termos:: “É hora de terminar com as patranhas propagadas pelo governo e com as medidas adotadas por essa canalha, massa de cornos, de corruptos, que acreditam nos governar.”
 
Para entender o que ocorre, talvez seja útil pedir ajuda à professora Maria Silvia de Carvalho Franco, autora de Homens Livres na Sociedade Escravocrata. Ela foi colega de turma de Fernando Henrique, aluna de Florestan Fernandes. Na obra, clássico da sociologia paulista, descreve um país no qual o domínio de uma elite social se perpetua sem ameaças desde os tempos coloniais, onde ” o Estado é visto e usado como ‘propriedade’ do grupo social que o controla”. Para a professora, o “aparelho governamental nada mais é do que parte do sistema de poder desse grupo, imediatamente submetido à sua influência, um elemento para o qual se volta e utiliza sempre que as circunstâncias o indiquem como o meio adequado. Só nesta qualidade se legitima a ação do Estado”.
 
Preste atenção. Um estado que só “só se legitima” quando serve ao grupo que o controla desde sempre tem uma forma específica de atuar: precisa estabelecer a diferenças entre os cidadãos a partir de seus direitos. Deve hierarquizar, premiar os escolhidos e perseguir os pequenos e os excluídos. Essa situação explica mistérios de nossos paladinos da ética — a começar pelo mensalão PSDB-MG, que até hoje não foi sequer julgado. Ou a turma do metrô paulista, cujo pedido de investigação da Justiça da Suíça ficou esquecido na gaveta errada de um procurador.
 
Num estado que legitima pela reprodução de direitos desiguais, nem é preciso manter as aparências.
 
A questão real é outra e não custa lembrar que se perdeu, há exatamente um mês, uma oportunidade de modificar as regras de financiamento de campanha, que alimentam o aluguel dos poderes públicos pelo poder econômico – fundamento de toda corrupção política.
 
Todos sabem que vivemos num país onde o dinheiro de empresas privadas tornou-se o principal combustível das campanhas eleitorais — de todos os partidos. Na medida em que a democracia não impõe barreiras ao poder econômico, ele cumpre sua vocação conhecida na lei da selva: avançar, dominar, submeter. Com o passar dos anos, a consolidação das regras democráticas que asseguram que o povo tem o direito de votar para presidente criaram um sistema mais estável, mais profissional – e mais caro.
 
É natural, portanto, que os recursos de empresas com interesses no Estado — como empreiteiras, por exemplo — sejam destinados a políticos e partidos que possam lhes prestar serviços úteis.
 
Divulgou-se uma lorota recente de que as contribuições ao PT seriam mais nocivas porque só quem está no governo federal tem condições de retribuir pelos recursos que recebe. Os outros partidos seriam inocentes, segue a lenda, até por falta de oportunidades.
É bom saber que a Constran, empresa do grupo UTC, é uma das rainhas de obras no Estado de São Paulo, berço político dos Aloysios. A Constran participou de quatro linhas do metrô — azul, vermelha, verde e lilás — obra lendária por denúncias permanentes e apurações nulas.
 
Não é só. Em 2013, o governador Geraldo Alckmin inaugurou uma penitenciária em Cerqueira Cezar, interior do Estado. Obra da Constran.
 
Se a imprensa tivesse tido um pouco de curiosidade sobre a partilha de recursos da UTC-Constran, a população saberia que, no mesmo ano em que entregou R$ 500 000 para Mercadante, a empreiteira deu R$ 1,4 milhão para a campanha de Alckmin. Repetiu contribuições, com a mesma ordem
 
Nada disso torna Geraldo Alkmin, Aloysio Nunes Ferreira ou Júlio Delgado culpados de qualquer coisa. Da mesma forma que a revelação de que Aloizio Mercadante, que recebeu doações eleitorais da UTC em 2010, não pode ser vista como prova de mau comportamento.
Não custa lembrar que, entre 2007 e 2013, petistas e tucanos receberam a maior parte das contribuições financeiras das empresas denunciadas na Lava Jato.
 
Isso porque ambos atuam no mesmo jogo, com as mesmas regras.
 
Só é complicado querer aplicar uma espécie de seletividade moral entre uns e outros.
 
Até porque a oposição acaba de demonstrar a luz do dia, para todo mundo saber, seu apego profundo pelo dinheiro privado e por aquilo que representa.
 
Quando a Câmara de Deputados rejeitou um projeto de reforma constitucional que transformava as contribuições privadas em direito assegurado pela Constituição a bancada do PSDB se mobilizou para mudar a situação. Convocou dois parlamentares que haviam preferido se abster, na primeira vez, para garantir apoio numa segunda decisão. Os tucanos sequer tiveram pudor de afrontar a Constituição que, em seu artigo 60, proíbe expressamente que uma mesma matéria seja votada duas vezes num mesmo ano legislativo – o que deveria obrigar que a emenda fosse reapresentada em 2016, se fosse o caso.
 
Quando a manobra ilegal foi consumada, 61 parlamentares de vários partidos bateram às portas do Supremo para pedir que examinasse o caso. Era um caso típico para o STF, pois envolvia o desrespeito a um artigo da Constituição. Encarregada de examinar o pedido, a ministra Rosa Weber preferiu não aceitar o mandado de segurança. Não entrou no mérito do debate, mas com sua decisão, atendeu ao interesse da bancada conservadora e das empresas.
 
Sem que a maioria dos brasileiros se desse conta, foi assim que se produziu um fato político notável – a derrota de um dos únicos projetos de reforma política que, nascido como uma resposta construtiva aos protestos insurrecionais de junho de 2013, esteve perto de se transformar em realidade.
 
Adotado por um conjunto de entidades representativas, como a OAB, CUT, UNE, apoiado por sete milhões de assinaturas recolhidas no país inteiro, uma emenda popular à Constituição que proibia contribuição de empresas atravessou a porta do Supremo, ganhou maioria do plenário e só não se tornou cláusula constitucional porque o ministro Gilmar Mendes paralisou a decisão através de um veto.
 
Destinada apenas a paralisar uma decisão que já estava resolvida a favor da proibição, a manobra durou oito meses e foi a mais descarada e infelizmente bem sucedida operação para derrotar uma emenda popular, direito criado Constituição de 1988. Enquanto Gilmar Mendes segurava a decisão no plenário do STF, ouvindo murmúrios de colegas que nunca se atreveram a desafiá-lo em função de um prazo que excedia qualquer limite – o regimento define como sendo de vinte dias – Eduardo Cunha tinha tempo para articular a votação no Congresso.
 
O episódio, ocorrido há exatamente um mês, mostra que, em vez de julgamentos morais, é mais produtivo perguntar: quem se colocou do lado certo quando surgiu uma oportunidade única para fechar a principal porta de entrada da corrupção em nosso sistema político?
Redação

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  1. Mais uma vez Aécio Neves subestima a inteligência dos brasileiro

    Versão de Aécio para doações da UTC é uma afronta à lógica

            

    aécio

     

    No último sábado (27), este Blog divulgou que o líder da oposição ao governo Dilma Rousseff, Aécio Neves, recebeu da empreiteira UTC, de Ricardo Pessoa, R$ 1,2 milhão a mais do que a adversária, a quem o tucano e a imprensa que o apoia atribuem chantagem contra esse empreiteiro para que fizesse doações eleitorais ao PT e à campanha à reeleição.

    Enquanto Dilma recebeu R$ 7,5 mi da UTC, Aécio recebeu R$ 8,7 mi.

    Aécio esteve em Parintins, no Amazonas, onde participou de festividade local chamada “festa do boi”. Ao embarcar de volta, o tucano deu uma declaração no mínimo espantosa ao ser inquirido pela imprensa sobre a notícia de que recebeu mais doações da UTC do que a adversária, apesar de esta estar sendo acusada de sua campanha ter coagido o dono dessa empresa a lhe fazer doações.

    Segundo Aécio, pouco importam os milhões que recebeu da empreiteira porque “Tudo que tinha pra dar à UTC era alforria”, ou seja, libertação do jugo do “malvado” PT.

    Antes de prosseguir pelo labirinto retórico tucano, analisemos alguns dados sobre a campanha eleitoral de 2014.

    Para quem não sabe, os grupos empresariais citados na Operação Lava-Jato, juntos, fizeram doações eleitorais a partidos no valor de espantosos R$ 484,4 milhões. Isso mesmo, meio bilhão de reais.

    Os partidos mais contemplados por essas doações foram PT, PSDB, PMDB e DEM (este último, de forma espantosa porque tem pouquíssima representatividade, atualmente). Entre as empresas doadoras, a UTC, que doou a esses partidos, segundo o TSE, R$ 52,7 milhões.

    A tese de Aécio, é a seguinte: se a UTC não tivesse sido pressionada pelo PT, não teria feito doações ao partido. Teria doado a todos os partidos, menos ao PT. Assim, a empresa de Ricardo Pessoa diferiria de todas as outras grandes empresas que doaram ao PT e aos outros partidos citados e que não acusaram a campanha de Dilma de tê-los pressionado.

    A UTC, segundo Aécio Neves, apesar de prestar serviços para vários governos tucanos, não tem interesse algum em doar a tucanos. Doa por amor – à democracia e à “social democracia” tucana.

    A declaração de Aécio de que “nada tinha a dar” à UTC é espantosa. Uma afronta aos fatos, à lógica e à própria sociedade brasileira. Isso se torna mais evidente quando se analisa o fato de que empresas investigadas por cartel no Metrô de São Paulo, que vicejou durante duas décadas sob o olhar “desatento” da tucanada local, bancaram 56% da campanha de Geraldo Alckmin à reeleição.

    Adivinhe, agora, leitor, quem é uma das empresas que bancaram metade dos custos da reeleição do “desinteressado” governador tucano? Se você marcou UTC, do mesmo Ricardo Pessoa, acertou na mosca.

    Claro que, pela lógica safada, sem-vergonha, cara-de-pau, o PSDB nada tinha a oferecer à UTC – além, é claro, de polpudos contratos pelo país todo, nas diversas administrações estaduais e municipais que utilizam os serviços das empreiteiras. Isso sem falar que a mesma UTC tinha expectativa de que o PSDB vencesse as eleições nas Minas Gerais de Aécio.

    Mas o que a “lógica” aecista contempla ainda menos, é o seguinte:  se o PT tinha todo esse poder de pressão sobre a UTC, por que aceitou que a empreiteira doasse mais a Aécio do que a Dilma. E por que não exigiu, inclusive, que não doasse nada aos adversários? E mais: por que todas as outras empresas não acusam o PT de tê-las pressionado a doar?

    Essa acusação de que Dilma, seu partido e sua campanha teriam extorquido o dono da UTC foi, inclusive, desmentida por ele, segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo. Trata-se de uma versão da imprensa sobre supostos desdobramentos da já dita Operação Vaza-Jato, da qual só se tem notícia quando surge alguma acusação ao PT.

    O que está acontecendo neste país é um escândalo. Há um golpe de Estado “branco” ocorrendo em capítulos. Uma investigação sigilosa sofre vazamentos de informações seletivas o tempo todo e as autoridades que investigam não tomam providência. Mentiras são “vazadas’ e não são desmentidas.

    Enquanto a esquerda caviar se masturba contra o “ajuste fiscal” – cuja necessidade nenhum economista sério ignora -, a democracia brasileira vai sendo feita em picadinho. Mais uma vez, a exemplo do que ocorreu tantas vezes na história, a esquerda fica assistindo de camarote a democracia ser estuprada enquanto se droga com dogmas e palavras de ordem.

     

  2.  Srs. Insisto em repercutir

     

    Srs. Insisto em repercutir essa notícia pois acredito que algo muito, muito estranho está ocorrendo na equipe da presidente. Fiquemos ligados para o que vem por aí.

     

    A pivô Dara apresentou o problema na perna esquerda e será substituída por Elaine Gomes na seleção brasileira que vai aos Jogos Pan-Americanos

    Capitã da seleção brasileira de handebol, a pivô Dara foi cortada da equipe que vai a Toronto disputar os Jogos Pan-Americanos, com abertura oficial em 10 de julho. Exames detectaram uma trombose venosa profunda (formação de coágulo sanguíneo na veia) na perna esquerda da jogadora, que será substituída por Elaine Gomes.

     

    A notícia acima aparece agora no portal IG ao lado da reportagem sobre a viagem de Levy aos EUA. A imprensa já percebeu algo estranho nessa “doença” do ministro.Nosso homem da fazenda é mesmo corajoso. Detectado com uma embolia (trombose no pulmão) ele decidiu viajar 10 horas de avião por patriotismo, ainda que seus médicos não recomendassem por ser essa uma doença grave que tem quadro de piora quando o paciente faz viagens muito longas, ainda que medicado. Segundo os médicos a pouca movimentação do doente em viagens longas – muito tempo sentado –  e a pressão artificial dos jatos podem levar o paciente a óbito. Ou será que a tal trombose não passava de um catarrinho no peito. Bem, viajar com a comitiva presidencial não tem sido agradável pra ninguém nos diais atuais, mas embarcar em avião de carreira  com doença grave e aparecer sorrindo no dia seguinte parece suspeito, não acham?

      

     

  3. É preciso uma inteligência suprema para entender o que acontece?

    A matéria de Paulo Moreira Leite diz tudo.

    Diz inclusive isso: “Quando a Câmara de Deputados rejeitou um projeto de reforma constitucional que transformava as contribuições privadas em direito assegurado pela Constituição a bancada do PSDB se mobilizou para mudar a situação. Convocou dois parlamentares que haviam preferido se abster, na primeira vez, para garantir apoio numa segunda decisão. Os tucanos sequer tiveram pudor de afrontar a Constituição que, em seu artigo 60, proíbe expressamente que uma mesma matéria seja votada duas vezes num mesmo ano legislativo – o que deveria obrigar que a emenda fosse reapresentada em 2016, se fosse o caso.”

     

    “Quando a manobra ilegal foi consumada, 61 parlamentares de vários partidos bateram às portas do Supremo para pedir que examinasse o caso. Era um caso típico para o STF, pois envolvia o desrespeito a um artigo da Constituição. Encarregada de examinar o pedido, a ministra Rosa Weber preferiu não aceitar o mandado de segurança. Não entrou no mérito do debate, mas com sua decisão, atendeu ao interesse da bancada conservadora e das empresas.”

    E agora, Brasil? Apelar para quem? 

  4. O jornalista está seguindo o

    O jornalista está seguindo o roteiro de sempre. A princípio, negar tudo, terminantemente. Dizer que é intriga da o oposição, que o Judiciário trama contra Dilma e o PT, que a PF proporciona vazamentos seletivos. Por fim, quando não há mais por onde fugir, o jornalista diz: ora, todos os partidos agem assim… Qual a conclusão que ele deixa subentendida? Que não há culpa do PT, podemos todos dormir um sono tranquilo…

    1. Caro Caetano

      Infelizmente não podemos dormir tranquilo enqunato nós brasileiros não começarmos a quastionar o que exatamente está acontecendo. As informações que recebemos da mídia, de um modo geral, não fazem sentido e não há nenhuma reflexão sobre isso. O produto prometido não é exatamente o que será recebido.

       

    1. em 1993  sob  os  auspicios

      em 1993  sob  os  auspicios  de  FHC  podia  rter sido  mais no govrno de Lula para  ca  empreitgeira nenhuma  fez orçamento  como  voce quer sugerir, pois  a  politica  foi outra 

    2. Qual Jatene, aquele que foi roubado por FHC?

      Que lutou para criar a CPMF para a Saúde e pediu demissão porque não viu a cor do dinheiro dela?

      Seria isso roubo, prevaricação, desvio ou uma simples “pedaladinha fiscal”?

  5. o  senhor  Caetano precisa

    o  senhor  Caetano precisa deixar de  ser hipocrita,  Ora  ha  muito  tempo  que  vem se praticando essas doaçoes  a partidos politicos  e nao tem nenhuma lei  que  impeça  essa pratica. Entao  srt  Caetano  tanto  faZ  doaçao ao PT ou ao PSDB , PMDB  E  outros  partidos  nao pode  ser  propina para uns partidos  e  doaçao legal para outros , ou  ela é  legal  ou  é propina para todos.,  vamos deixar a hipocrizia  de fora.  

    1. Ao invés de ficar postanto

      Ao invés de ficar postanto piadinhas idiotas porque  você não explica aos leitores deste blog a diferença de tratamento dada pela justiça aos tucanos e aos petistas? os crimes, se é que existem, foram os mesmos e cometidos por políticios dos dois partidos com as mesmas empresas e pessoas.

      Outra: quem está rico, ou, mais rico. os petistas ou os tucanos? quem tem fazendola em minas gerais e apartamento em paris? e mansão em porto seguro? e apartamento em miami?

      mais uma: sobre os tucanos tem uns quatro livros narrando suas patranhas. Todos escritos por jornalistas premiados. Ex.: Privataria Tucana, O principe da privataria, operação banqueiro, o brasil privatizado, etc… todos recheados de provas que o judiciário e o ministério público se negam a investigar.

      Onde estão os livros com as patranhas do PT? a mírdia tem um exército de jornalistas dispostos a matar a mãe por um pouquinho de dinheiro. porquê não há um livro sequer com as patranhas do PT?????? 

       

       

      1. Não ligue. Esse tipo de

        Não ligue. Esse tipo de atitude o faz se transaformar em um daqueles loucos de rua que ninguém dá bola. Ele acha que nao, mas nós sabemos que ele está falando sozinho. Todo troll pago atua assim. Não consegue rebater o post e começa a desmerecer o missivista. Essa gente é assim mesmo. Liga não.

  6. O fascismo despreza a inteligência e no final impõe o medo

    Estamos vivenciando a fase pré-porrada, quando a inteligência comum consegue desmoralizar a estupidez e todas as tentativas frustradas de proeminência moral dos fascistas, porque eles renegam a inteligêcia cartesiana e são amorais. É a fase da confusão generalizada e intencional difundida pelos meios de comunicação, cujo objetivo é aumentar o ódio do leitor/eleitor contra o alvo escolhido. Na Alemanha o alvo foi os judeus; aqui, o PT. Depois, totalmente desmoralizados pela inteligência dos que pensam os fascistas gritarão “viva a morte!” E partirão simplesmente para a pancadaria. Devemos nos preparar para o pior.

     

    A última novidade do golpe: vazamentos foram distorcidos

     28 de junho de 2015 | 15:41 Autor: Miguel do RosárioFonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=27911

    midia-mente

    Nota publicada no Painel, da Folha:

    “Ministros e coordenadores da última campanha de Dilma refutavam a acusação de que Pessoa foi pressionado a doar para a petista para não perder contratos”, diz uma das notas, reproduzindo a fala de um membro do QG eleitoral. “Quem está no governo nem precisa pressionar ninguém. O empresário doa porque tem perspectiva de se manter próximo”.

    Acho que nem a jornalista percebeu a gravidade do que publicou.

    O jornal, com certeza, não percebeu, senão não tinha publicado. Nem vai repercutir ou fazer editorial.

    A informação agrega mais uma denúncia grave ao crime dos vazamentos seletivos promovidos/autorizados/incentivados por Sergio Moro.

    Além de seletivos e criminosos, os vazamentos estão sendo distorcidos, e, no caso, nem importa mais saber se a distorção parte dos procuradores ou da mídia, porque fazem parte da mesma conspiração anti-governo.

    Merval Pereira, principal colunista da Globo, passa dia e noite gritando por impeachment, e para isso mente freneticamente em suas colunas.

    A mentira virou lei.

    Parodiando Millor, a imprensa é para dar golpe.

    O resto é secos e molhados.

     

  7. Será preciso união e coragem para nos livrar deste golpe!

    Não lesse esse blog continuaria acreditando que o dono da UTC, na sua delação premiada, teria doado apenas aos candidatos do PT, graças ao noticiário do PIG que assisti.

    Quer dizer que a UTC doou também, e até em maior quantidade, para os “moralistas” hipócritas que tentam ´colocar o respeitável público contra o PT?

    Precisamos urgentemente arranjar uma enorme lona para colocar todos estes palhaços midiáticos/oposicionistas dentro.

    Se estes velhacos entreguistas conseguirem seu intento, de desacreditar o governo do PT junto aos seus eleitores mais desinformados e distraídos, teremos perdido a maior oportunidade de avançar como nação. Os canalhas entregarão inapelavelmente nossas maiores riquezas para a gringolândia.

    Coragem progressistas! Tenhamos paciência com a equivocada política liberal da Dilma. Ruim com ela, será a morte sem ela.

  8. Até Dona Ruth?

    Publicado em 28/06/2015 no Conversa Afiada

    http://www.conversaafiada.com.br/politica/2015/06/28/d-ruth-tambem-cortejava-empresarios-ricos/

    D. Ruth também
    cortejava empresários ricos

    Quem sabe o marido se elegeria pela terceira vez ?

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    Fujimori com Montesinos: FHC apoiou e tinha o apoio dos grandes estadistas (em cana) !

    Amigo navegante envia essa preciosa nota (sic) da colona da Ilustre Monica Bergamo, da Fel-lha, datada de 2000.

    Bergamo é aquela que, com fontes anônimas, assumiu a liderança do impitim.

    No ano de 2000, ela mostra como a Primeira Dama Ruth Cardoso cortejava os ricos, para garantir a sobrevivência.

    Mas, como se sabe, quinze anos depois, como disse o Fernando Brito, o PSDB recebe mais dinheiro de empresario rico, e ladrão é o PT.

    Diz o Conversa Afiada: quá, quá, quá !!!

    Observe, amigo navegante, que a nota da Ilustrada colonista admite que, em 2000, FHC ia tentar o terceiro mandato.

    De fato, ele tentou.

    FHC foi o ÚNICO Chefe de Estado do Mundo que apoiou o terceiro mandato do Fujimori no Peru (que esta trás das grades). ÚNICO !

    Com a ajuda providencial do embaixador do Brasil em Lima naquela altura, o embaixador Jose Viegas, da copa e cozinha de Vladimiro Montesinos, o espião-chefe de Fujimori e encarcerado pela DEA, agencia americana de combate ao narco-trafico.

    Montesinos, esse aliado da terceira eleição de FHC, também foi condenado por trafico de armas.

    Viva o Brasil !

     

  9. Comovente

    “Ao envolver tucanos e socialistas no recebimento de recursos da UTC, empreiteiro mostra — mais uma vez — a presença de todos partidos do universo cinzento das campanhas financeiras”

    A mídia nunca usaria esta definição “socialista” para identificar os partidos PT e aliados de esquerda. De qualquer forma , socialismo e democracia no contexto das sociedades são apenas rótulos que nunca retrataram de fato os seus significados.

     

  10. Notícias seletivas

    Não sei quem é mais sujo, o PIG que fala meias verdades mentirosas.. ou seu público que de má fé finge acreditar no PIG!

  11. Meu caro PML

    não se preocupe, ao final tudo sairá bem. A Dilma e o seu cardoso já declararam muitas vezes que tudo será esclarecido e que não ficará pedra sobre pedra.   Bem, devo acrescentar o que eles não deixaram muito claro: desde que as pedras tenham uma estrelinha em cima com o nome do PT.

  12. VAI QUE COLA JOAQUIM

    País

     Hoje às 13p2 – Atualizada hoje às 19p0

    Viagem é contraindicada a paciente que sofre embolia, diz especialista

    Professor Barros Franco explica os riscos no caso do ministro Joaquim Levy

    Jornal do Brasil+A-AImprimirPUBLICIDADE

    A pedido do Jornal do Brasil, o pneumologista Carlos Alberto Costa de Barros Franco fez uma análise dos casos e riscos da embolia pulmonar, problema que sofreu o ministro Joaquim Levy na noite de sexta-feira (26). O professor Barros Franco foi categórico ao afirmar que um paciente com este problema não pode fazer viagens de avião, como fez Levy no sábado: “O paciente que sofre uma embolia pulmonar, independentemente se leve ou não, está contraindicado de fazer esforços e viagens, especialmente em aviões.”

    O professor Barros Franco destacou ainda que as companhias aéreas, cientes do problema, “devem contraindicar a viagem pois, caso contrário, assumem um risco conhecido de uma complicação a bordo.”

    O professor Barros Franco é graduado pela UFRJ, professor titular de pneumologia da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, membro titular da Academia Nacional de Medicina. Ao longo de sua trajetória, foi médico visitante em vários hospitais do exterior, com foco em pneumologia clínica, câncer de pulmão e broncoscopia intervencionista, entre eles: Mount Sinai Hospital (Nova Iorque York, EUA); Toronto General Hospital (Toronto, Canadá); Los Angeles County (Los Angeles, EUA); MD Anderson Hospital (Houston, EUA); e Centro de Laser do Hospital Espanhol (Buenos Aires, Arg

     

  13. VAI QUE COLA JOAQUIM

    País

     Hoje às 13p2 – Atualizada hoje às 19p0

    Viagem é contraindicada a paciente que sofre embolia, diz especialista

    Professor Barros Franco explica os riscos no caso do ministro Joaquim Levy

    Jornal do Brasil+A-AImprimirPUBLICIDADE

    A pedido do Jornal do Brasil, o pneumologista Carlos Alberto Costa de Barros Franco fez uma análise dos casos e riscos da embolia pulmonar, problema que sofreu o ministro Joaquim Levy na noite de sexta-feira (26). O professor Barros Franco foi categórico ao afirmar que um paciente com este problema não pode fazer viagens de avião, como fez Levy no sábado: “O paciente que sofre uma embolia pulmonar, independentemente se leve ou não, está contraindicado de fazer esforços e viagens, especialmente em aviões.”

    O professor Barros Franco destacou ainda que as companhias aéreas, cientes do problema, “devem contraindicar a viagem pois, caso contrário, assumem um risco conhecido de uma complicação a bordo.”

    O professor Barros Franco é graduado pela UFRJ, professor titular de pneumologia da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, membro titular da Academia Nacional de Medicina. Ao longo de sua trajetória, foi médico visitante em vários hospitais do exterior, com foco em pneumologia clínica, câncer de pulmão e broncoscopia intervencionista, entre eles: Mount Sinai Hospital (Nova Iorque York, EUA); Toronto General Hospital (Toronto, Canadá); Los Angeles County (Los Angeles, EUA); MD Anderson Hospital (Houston, EUA); e Centro de Laser do Hospital Espanhol (Buenos Aires, Arg

     

  14. República dos Pinhais

    Parodiando PHA, o dinheiro do PT vem do demônio e o dos tucanos da Virgem Maria…

    Avalizado por um Prêmio Innovare, o “Delegado” Moro será sábio em matar no peito mais essa…

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