A hipótese de Dilma perder é possível, mas não provável. Seria diferente do padrão das eleições desde 1994.
Em nenhuma delas o favorito no início da campanha deixou de ser o titulado. São 3 meses para ficar vendo pesquisas e debates e nada mudar.
Antes se falava em FHC e Lula, mas que cargos eles tiveram além de senador e deputado? FHC foi ministro por apenas 2,5 anos, Dilma já é presidenciável, isto é, já era cogitada, desde a posse de janeiro/2007.
Quantos neófitos na política já não foram eleitos assim? Fleury, Pitta, quem sabe Anastasia.
E nas eleições de 1994, 1998 e 2006 a percepção de continuísmo (economia, aprovação de governo) era menor que a atual e também não havia a perspectiva de tanta diferença em tempo de campanha na tv a favor de um candidato governista. Fatores como a regionalização e o apoio ostensivo da mídia ao PSDB já eram visíveis em 2002 e 2006.
Fala-se em “direita pra cá, direita pra lá”. Mas PMDB, PR e PRB são “direita”, ou não?
Esta eleição vai ser parecida com as de 1994, 1998 e 2006. Se não for como a de 1986. Se puxarmos pela memória, somente duas vezes houve mudança de governo na Nova República. 1989, que não foi lá grande mudança. E 2002, que foi mudança porém nem tanto.
E naqueles tempos havia ou inflação e desemprego. E dívida externa. E elevada desnutrição infantil. Está certo que as expectativas do brasileiro se elevaram nestas décadas, mas haveria esse afã por mudanças em função de saúde e segurança pública?
A oposição anda contando demais com essa possibilidade de comparação Dilma x Serra. Em primeiro lugar pode se frustrar, pois Dilma é mais do que se dizia. Em segundo lugar a comparação não será entre candidadtos, mas entre governos recentes (SP, MG, do PSDB; Brasil, do PT/PMDB.)
E se afigura a possibilidade da “bala de prata” ser do governo. Se Lula tirar licença e fizer campanha de modo ativo com base na popularidade? Não seria a primeira bala usada, a aliança cedendo estados e pontos programáticos para o PMDB já foi uma.