Advogado de Cristina Kirchner diz que indiciamento tem motivação política

Jornal GGN – A defesa da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse na última segunda-feira (16) que as razões para o seu indiciamento por fraude contra a administração pública em operações do Banco Central são políticas e não jurídicas. “De jurídico, não tem nada. O que o juiz fez foi dar uma opinião sobre decisões em matéria de política econômica, às quais ele, de maneira totalmente forçada, quer dar uma consequência jurídico-penal”, afirmou o advogado Carlos Beraldi.

Ele disse que o juiz tem problemas pessoais contra sua cliente e avisou vai recorrer da decisão. “É uma decisão que já estava anunciada em todos os veículos de imprensa, portanto, não nos surpreendeu. O grau de inimizade manifesta que o juiz tem contra Cristina é público”.

Do Opera Mundi

Indiciamento de Cristina Kirchner se dá por razões políticas, não jurídicas, diz defesa

Advogado afirmou que juiz Claudio Bonadio atua com motivações políticas contra ex-presidente, investigada por suposta fraude contra administração pública

A defesa da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner afirmou nesta segunda-feira (16/05) que as razões para o indiciamento da ex-mandatária, investigada por suposta fraude contra administração pública em operações do Banco Central do país, são baseadas em razões políticas e não jurídicas e que vai recorrer da decisão.

“De jurídico, não tem nada. O que o juiz fez foi dar uma opinião sobre decisões em matéria de política econômica, às quais ele, de maneira totalmente forçada, quer dar uma consequência jurídico-penal”, afirmou o advogado Carlos Beraldi sobre o juiz Claudio Bonadio em entrevista a uma rádio argentina nesta manhã.

Segundo ele, nas 150 folhas do processo “há críticas à política econômica do governo anterior e, basicamente a política de ter controlado a taxa de câmbio”.

Beraldi anunciou que recorrerá da decisão e afirmou ser “público” o “grau de inimizade” de Bonadio contra sua cliente. “É uma decisão que já estava anunciada em todos os veículos de imprensa, portanto, não nos surpreendeu. O grau de inimizade manifesta que o juiz tem contra Cristina é público”, disse o advogado.

Segundo Beraldi, o indiciamento ocorreu a partir de “opiniões políticas”. “Os juízes deveriam decidir de acordo com o Direito, e o que Bonadio fez foi o contrário, não decidiu conforme o Direito e sim a partir de suas opiniões políticas. A decisão é claramente política”, diz.

Na sexta-feira (13/05), Cristina foi indiciada em uma investigação sobre supostas irregularidades em contratos de venda futura de dólar no Banco Central do país na parte final de seu mandato.

A ação foi aberta pelo senador Federico Pinedo (PRO) e pelo deputado federal Mario Negri (UCR), ambos da aliança Cambiemos, do presidente Mauricio Macri.

Originalmente, os denunciantes apontavam ao ex-presidente do Banco Central, Alejandro Vanoli, pela venda de dólar a futuro em agosto, setembro e outubro de 2015 a uma cotização inferior à que se pagou na data de vencimento dos contratos, em março deste ano. A alegação é de que a operação teria causado um prejuízo de 77 bilhões de pesos argentinos ao Banco Central.

Por considerar que a decisão de Vanoli teria necessariamente contado com o aval de Cristina e do então ministro da Economia, Axel Kicillof, Bonadio decidiu incluir os dois na investigação.

“Se houve algum crime foi pela desvalorização depois da chegada do novo governo (que levou o dólar para 14 pesos), já que os contratos do dólar futuro foram realizados na época em relação à taxa de câmbio oficial vigente na Argentina, menor do que a estabelecida em Nova York”, argumenta Beraldi.

“Falar de prejuízo é falar de uma consequência das decisões que tomaram durante este governo”, complementou o advogado de Cristina em referência à administração de Macri.

(*) Com informações da Agência Efe

Redação

3 Comentários

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  1. Coincidência?

    De uns tempos pra ca, todos ex-presidentes de esquerda da América Latina estão sendo processados. Até o Mujica esta sofrendo ataques juridicos em seu Pais. Mas eu não creio em coincidências. Nem em bruxas.

    1. Juizes e procuradores

      Juizes e procuradores argentinos e de demais países desse canto da América, tal qual os colegas brasileiros, devem ter feito os cursos do Departamento de Estado dos EUA. Mas, também entenderam errado os ensinamentos lá ministrados, uma vez que, segundo o AA, aquele país não está nem um pouco interessado na América do Sul, na deposição de governos hostis aos seus interesses e muito menos na perseguição de ex-Presidentes esquerdistas.

       

       

       

       

  2. Limpiador à pression portenha?

    Imagem relacionada

    A mesma forma.

    O mesmo modo.

    As mesmas cores.

    O mesmo butim.

    Num tá legal.

    Tô muito triste.

    Que traidores.

    Crescem como capim.

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