Ato em apoio a Trump na Paulista é ridicularizado nas redes sociais

Jornal GGN – As redes sociais não perdoam o ato organizado pelo movimento “Juntos pelo Brasil” em apoio ao candidato republicano Donald Trump, programado para ocorrer na Avenida Paulista, no dia 29. Reportagem de O Globo conversou com um dos organizadores que disse que as críticas eram esperadas porque “há uma onda de manipulação no ar para tirar credibilidade de Trump”. Apesar disso, ele acredita que ir às ruas em apoio a Trump contra a candidata Hillary Clinton (“a Dilma americana”) vale a pena para ajudar nas relações Brasil-Estados Unidos. Enquanto isso, internautas recebem a notícia com sarcasmo.

Enviado por Mara L. Baraúna

Por Jaqueline Falcão

Ato em apoio a Trump na Paulista viraliza nas redes

O Globo

SÃO PAULO — O movimento “Juntos pelo Brasil” organiza um ato de apoio ao candidato republicano à Casa Branca Donald Trump, na Avenida Paulista, para o próximo dia 29. Na página no Facebook, com 2 mil interessados e 5,4 mil compartilhamentos (até o meio-dia desta sexta-feira), a manifestação convoca para “mostrar que o Brasil apoia os irmãos conservadores americanos” e que não quer “ver a Dilma Americana na Presidência”. O ato brasileiro em apoio ao republicano, que tem enfrentado escândalos sexuais durante a campanha presidencial, viralizou nas redes sociais

— Na pior das hipóteses, Trump falou alguma besteira. Nada se compara ao Bill Clinton, que é acusado de estupro, ou à própria Hillary (Clinton, também candidata nos EUA), que mentiu em juízo para colocar um estuprador na rua — diz Leandro Mohallem, do “Juntos pelo Brasil”.

A organização recomenda que os participantes vistam roupas nas cores azul, branco e vermelho e levem bandeiras dos Estados Unidos. Cartazes escritos em inglês serão bem-vindos.

O assunto rapidamente ganhou espaço no Twitter, já na noite de quinta-feira, com várias publicações: “Da série: não creio, agora com participação decisiva da burrice do paulista: ato a favor de Trump”, “Um ato de apoio ao Trump na avenida Paulista é daquelas coisas que confrontam vorazmente minha percepção de realidade”.  “Tragicômico”, “Para tudo, tem um ato de apoio ao Trump no Brasil e eu não to sabendo lidar”, “Toda vez que vc se sentir burro, lembre-se que teve gente que marcou um ato na avenida Paulista em favor do Trump”.

Até meio-dia, na página do evento, 814 pessoas haviam confirmado presença.

As críticas já eram esperadas, diz Dennis Heiderich, também da organização.

— A crítica não surpreende, tanto da direita quanto da esquerda. Há uma onda de manipulação no ar para tirar a credibilidade do Trump — diz Heiderich.

O “Juntos pelo Brasil” já vinha fazendo manifestações de apoio a Trump em redes sociais e até traduzindo vídeos.

— Conversando, nós pensamos: por que não levar isso para a rua? Colocamos no ar ontem o aviso do ato. E o número de pessoas interessadas e de compartilhamentos está melhor do que as expectativas — avalia Heiderich.

Dennis Heiderich explica que o movimento defende a campanha de Trump desde o início da corrida eleitoral:

– Desde as prévias já definimos apoiar os republicanos. E tínhamos certeza de que seria o Trump o candidato, pelo choque de gestão que ele representa. Ele vem no sentido de resgatar os valores americanos. O que acontece nos Estados Unidos interfere no mundo inteiro, todos nós sabemos disso. Trump é um grande defensor da reestruturação do capitalismo – explica. Com a vitória de Trump, acredita ele, o laços Brasil-EUA seriam maiores.

Após o escândalo provocado pelo vazamento de declarações de Donald Trump em 2005, gabando-se de apalpar, beijar e tentar fazer sexo com mulheres por ser uma estrela, surgiram denúncias de abuso sexual. A campanha do candidato nega. Mais de 50 republicanos eleitos em cargos legislativos e executivos abandonaram sua campanha. Muitos pediram que ele renunciasse à disputa. Mas ele garantiu que resistirá até o fim da corrida presidencial americana.

 

Redação

16 Comentários

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  1. (!)

    ” Desde as prévias já definimos apoiar os republicanos.” 

     

    E eu inocentemente achando que aquelas botoxizadas tomando champanhe na Paulista e apoios ao pato fossem o máximo da alienação. Sem palavras.

  2. “semos ixpertos!”

    A realidade manda reconhecer o verdadeiro mandante desta terra de santa cruz e o movimento “junto e de quatro Brasil” está apenas se posicionando.

    Tirar a Petrobras, direitos trabalhistas, sus, educação não foi difícil, será mais simples entregar a Amazônia cuja administração e controle o fhc já deu via Sivam aos mui amigos norte americanos.

    “Semos” ou não “semos” “ixpertos”.

  3. Meia dúzia de idiotas, assim

    Meia dúzia de idiotas, assim como idiotas foram a meia dúzia de esquerdistas que fizeram ato e nota de apoio nas eleições de Nicolas Maduro e Cristina Kirchner e outros ideologicamente semelhantes.

    O pessoal se apavora por pouca coisa, esse pessoal aí são os Olavetes da direita militarista, uma parecela radical ínfima, ZERO de influência assim como no campo da esquerda tem PCO, PSTU, anarquistas e black blocs.

     

     

  4. no comments…..

    Chegamos a um ponto de imbecilização que se a midia fizer uma boa campanha dizendo que comer m..rda é bom pra pele…… vamos ter uma epidemia de mau hálito no Brejil……

  5. AH, desculpem…estes não

    AH, desculpem…estes não comeram danoninho em pequenos…comeram foi merd@ mesmo. Vou adorar quando os aviões começarem a chegar com os DEPORTADOS “chicanos brasileños”, expulsos pelo Trump. 

  6. “Trabalhadores de todo mundo, uni-vos”; foi a esquerda esqueceu!

    Não vejo nada de ridículo, isso só mostra o quanto a direita está a frente da esquerda no Brasil. O erro foi da esquerda não ter feito atos apoiando o Sanders – houveram palestras para a vanguarda militante em locais fechados e só – ou o movimento Black Live Metters. Veja a declaração de um deles: “O que acontece nos EUA interfere no mundo todo, todos nós sabemos disso”, Todos nós?  Parece que a esquerda não sabe mais isso! Basta ler os comentários aqui e nas redes sociais.

    Estamos em uma guerra civil mundial não declarada contra os trabalhadores  do mundo todo e a direita está quilometros a frente. Se internacionaliza, vai para a rua defender seus principios e representantes no mundo todo e  a esquerda continua agindo como se ainda estivessemos no século XX, como se os Estados nacionais –  todos comprados pela burguesia financeira  – ainda pudesse oferecer alguma proteção, como se a luta antiimperialista não fosse uma luta mundial que é feita inclusive por parte da esquerda dos paises centrais, como se o socialismo em um país só já não tivesse ido para a lata de lixo da história.  – e em plena era da internet!.

    Acho que só voltando as suas origens e começando tudo de novo que  a esquerda pode renascer como uma fênix – e deixar de ser um fóssil.

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