Augusto Aras não vai intervir em crise criada por Bolsonaro

Nos bastidores, procurador-geral da República sinaliza que só vai atuar quando provocado em processos judiciais, mas sem confrontos

O presidente Jair Bolsonaro e o procurador-geral da República, Augusto Aras – Foto Adriano Machado/Reuters

Jornal GGN – O procurador-geral da República Augusto Aras tem afirmado a interlocutores que não vê crimes cometidos por parte do presidente Jair Bolsonaro, e que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não vai intervir para conter os ataques feitos por Bolsonaro.

Tal postura conduziu a conversa entre Aras e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, nesta sexta-feira, quando afirmou que a PGR está cumprindo seu papel (Aras interpreta que a procuradoria não interfere nas ações de Bolsonaro, que considera apenas manifestações retóricas dentro da política).

Reportagem do jornal O Globo ressalta que o posicionamento de Aras é de que a PGR só vai agir quando provocada em processos movidos no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não vai entrar em conflitos com o presidente e nem defender as urnas eletrônicas ou os ministros do STF.

O parecer de Aras vai à direção contrária de diversos subprocuradores-gerais da República, que recentemente cobraram uma postura mais firme e tem visto omissão por parte do procurador-geral como fiscal dos atos do presidente e da defesa da democracia.

Redação

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