Bolívia deve ser coração energético da América do Sul, diz Dilma

Da Agência Brasil

Após se encontrar com o presidente da Bolívia, Evo Morales, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil concorda com a meta de transformar o país vizinho em “coração energético da América do Sul”. Segundo a presidenta, o governo tem acompanhado com “muito interesse os esforços” que a Bolívia vem fazendo para ampliar sua “bem-sucedida exploração de gás natural”.
 
Dilma e o presidente boliviano almoçam neste momento no Itamaraty. Ao oferecer um brinde a Evo Morales, a presidenta destacou que ele tem sido um “símbolo” na América Latina da “capacidade dos povos de se representarem de forma independente”. O Brasil deseja que a Bolívia desenvolva seu potencial de produção e exportação de energia elétrica, afirmou Dilma.
 
Depois de se reunirem no Palácio do Planalto, Dilma e Morales dirigiram-se ao Palácio do Itamaraty, onde ocorreria o almoço. Enquanto aguardavam a chegada de Evo, o vice-presidente Michel Temer acompanhou e conversou com Dilma, junto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

 
Quando o presidente da Bolívia desceu do carro, em frente à Esplanada dos Ministérios, e se encaminhou para o tapete vermelho do Itamaraty, um pequeno grupo fez um protesto contra ele. Em um tom de voz que dava para ser ouvido de dentro do prédio, um dos quatro manifestantes gritava palavras de ordem como “Sai do Brasil, traficante”.
 
Ao retribuir o brinde à presidenta, Morales não mencionou o ocorrido. Ele agradeceu o apoio de Dilma, e disse que conta com o apoio brasileiro na redução da pobreza por meio de políticas sociais e de transferência de tecnologia. “Nesses momentos, nunca me senti abandonado nem por [ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva], nem por Dilma, nem pelo povo brasileiro”, afirmou.
 
Na opinião de Dilma, o presidente Evo trouxe para os bolivianos desenvolvimento social, estabilidade política e desenvolvimento econômico. Mais cedo, ambos concordaram em somar esforços para combater o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e o vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês.
Redação

7 Comentários

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  1. Os “red nacks” do Brasil são

    Os “red nacks” do Brasil são de causar inveja aos seus congêneres estadunidenses. Que espécie de FDP se dá ao trabalho de xingar um chefe de Estado que, sabidamente, reorientou o futuro da Bolívia como nação soberana? Só um completo midiota que tem na sua memória de Onagro as expressões pejorativas que a Globo utilizou à exaustão, como “o ex-cocaleiro Evo Morales…etc…”

  2. Estrategia

    A Dilma precisa mudar o personagem que representa. Em vez do estadista que viaja e recebe protocolarmente, deveria apresentar a figura do general determinado, com um plano robusto de reação. Deixar as coisas rolar naturalmente, inevitavelmente sera esperar pelo desastre.

    Não é possivel que não exista uma visão abrangente da situação. A coisa ta feia, urge sinalizar imediatamente com qualquer coisa que demonstre inequivocamente que estão ciente da gravidade da situação e apresentar o norte para as forças que desejam manter programas socializantes como norma de governança e que estão alinhados.

    É necessario uma ideia, um plano ou até um esboço de plano que aponte na direção de que o poder esta ciente da situação e de que guardam a firme disposição de patrocinar as reformas de que necessita a Nação.

    O percurso mais longo inicia com um primeiro passo.  É imprescindivel sinalizar de que se tem a firme disposição de que as reformas realmente aconteçam, em detrimento das benesses dos apaniguados que continuam se locupletando com a riqueza publica.

    Diante da enxurrada avassaladora que ameaça toda a Nação, reações defensivas de quem esta no poder seria certamente entendida como o melhor e bem estar de todos.

    É inacreditavel que não possuem, sequer, qualquer coisa parecida com um projeto estrategico de defesa.

    A unanimidade não serve ao bom senso.

    A unanimidade se fortalece agregando todo radicalismo de direita em prejuizo da Nação.

     

  3. VIVA EVO MORALES

    Ave, Presidente Evo (em desagravo pela patifaria de alguns poucos manifestantes de má fé, que desonram e envergonham a tradição de tolerância e respeito da democracia brasileira). Pela vitória do sim. E vida longa à democracia boliviana.

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