Bolsonaro atua para aumentar influência no TCU

Após episódio de relatório paralelo sobre covid-19, governo tenta acordo para liberar vaga na Corte e indicar aliado do presidente

Reprodução/TV BRASIL

Jornal GGN – O caso em torno do relatório paralelo sobre mortes de covid-19 levou o presidente Jair Bolsonaro a aumentar a pressão em torno da composição do Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo do presidente é antecipar a aposentadoria de Raimundo Carreiro em dois anos e, assim, colocar um nome mais alinhado ao governo.

Atualmente, apenas um dos nove ministros do TCU foi indicado por Bolsonaro: Jorge Oliveira, ex-titular da Secretaria Geral da Presidência. Outros nomes simpáticos ao presidente são Walton Alencar e Augusto Nardes.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o governo ofereceu a Carreiro o cargo de embaixador do Brasil em Portugal como contrapartida para a aposentadoria antecipada – o afastamento compulsório só irá ocorrer em 2023, quando o ministro completará 75 anos. Contudo, existem resistências para que essa operação ocorra.

A escolha para o substituto de Carrero fica a cargo do Senado Federal e, atualmente, o nome mais forte para o cargo é o de Antonio Anastasia (PSD-MG) – próximo de Aécio Neves (PSDB-MG), que tem atuado como aliado do governo em diversas ocasiões.

Bolsonaro tem atuado nos bastidores de forma sucessiva para blindar o governo, o que envolveu a troca de comando na Polícia Federal, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e na Petrobrás. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também é visto como um aliado importante do presidente.

Redação

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