Bolsonaro fala sobre encontro com irmãos Miranda e afirma que não pode “tomar providência sobre qualquer coisa”

Mandatário ainda disse que não tem obrigação de responder aos questionamentos da CPI da Pandemia sobre o encontro e chamou os senadores Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues de "ladrões"

Foto: Marcelo Camargo (via fotospublicas.com)

Jornal GGN – Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou neste sábado, 10, o encontro com os irmãos Miranda, dupla que trouxe à tona o escândalo de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin. O mandatário, no entanto, afirmou que não pode tomar providências sobre tudo que chega até ele. 

“Eu não me reuni… Ele pediu uma audiência pra conversar comigo sobre várias ações. Eu tenho reunião com mais de 100 pessoas por mês, dos mais variados assuntos. Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Gaúcha. 

O mandatário é alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto crime de prevaricação sobre o caso. Isso porque, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que Bolsonaro não tomou nenhuma providência ao ser informado por ele e seu irmão, o servidor Público Luis Ricardo Fernandes Miranda, sobre irregularidades nas negociações da Covaxin.

Na ocasião, Bolsonaro ainda teria demonstrado que sabia que o esquema era “coisa do Ricardo Barros [(PP-PR)]”, líder do governo na Câmara. O mandatário ainda disse que se mexesse com o grupo do deputado, iria dar “merda” e prometeu que colocaria a Polícia Federal para investigar, mas nenhum inquérito foi aberto.

“É uma história fantasiosa. Só serve a Renan Calheiros, só serve a Omar Aziz ou aquele deputado Randolfe lá do Estado dele, não é nada isso aí!”, disse Bolsonaro, em referência ao comando da CPI. 

O colegiado chegou a enviar uma carta pedindo que Bolsonaro se manifestasse sobre o encontro. O mandatário, no entanto, afirmou: não tenho obrigação de responder. Ainda mais carta pra bandido. Três bandidos (Omaz, Renan, Randolfe)”, disse. 

Com informações de O Globo.

Redação

1 Comentário

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  1. Mas a própria corrupção, a de seus filhos, de seus seguidores, esta corrupção é “qualquer coisa? Pois bem, se é “qualquer coisa” é também uma confissão de que prevaricou, pois chegou a expor o nome de Ricardo Barros nesse rolo, fez pouco caso da denúncia que ouviu e precisa ser processado por sua cafajestice pública. Ou seja, ele denunciou que Ricardo Barros é corrupto e fica tudo por isso mesmo?

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