Bolsonaro escolheu para o Itamaraty um técnico sem expressão e politicamente alinhado, diz Kennedy Alencar

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
Jornal GGN – “Foi muito negativa a reação interna no Itamaraty à escolha de Ernesto Araújo para o comando do Ministério das Relações Exteriores no governo Bolsonaro. Levando em conta as opções internas que tinha, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, ficou com a pior.” Esta é a avaliação do jornalista Kennedy Alencar, segundo artigo divulgado na noite de quarta (14), no qual afirma que “área tão delicada não pode ser tratada com tamanho amadorismo.”
 
Araújo é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos, “defende alinhamento automático com os Estados Unidos e já escreveu em artigo para revista diplomática que ‘somente Trump pode ainda salvar o Ocidente’.”
 
“Araújo ascendeu ao posto de ministro de 1ª classe recentemente. Nunca teve posição de comando de embaixada no exterior. Segundo diplomatas experientes, há perplexidade no Itamaraty com uma escolha tão ideológica e pouco técnica. O futuro ministro é considerado ‘júnior’ para a tarefa que assumirá.”
 
“As ideias de Araújo eram pouco conhecidas no Itamaraty até que ele fizesse neste ano manifestações políticas a favor de Bolsonaro, chamando o PT de ‘Partido Terrorista'”, lembrou o jornalista.
 
Araújo ainda mantém um blog chamado Metapolítica 17, no qual mistura “geopolítica” com “teopolítica”. “Acredita que o mundo ocidental está ameaçado pelo domínio do que chama de ‘marxismo cultural globalista’, pensamento que diluiria ‘gênero’ e ‘sentimento nacional’. Parece má filosofia ou má teoria política.”
 
 
“O alinhamento automático com os Estados Unidos é arriscado para o Brasil, que não tem o mesmo peso geopolítico que a maior máquina econômica e militar do planeta possui para comprar brigas na arena internacional.”
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Ássim: agora, se estrebucham

    Ássim: agora, se estrebucham contra a mediocridade, atraso, vulgaridade, imbecilidade e outras tantas faltas de condições do “eleito” pelos filhotes do bolsonazi.

    No entanto, ninguém reclamou quando nomearam o serra e, depois, o aloysio para o mesmo cargo.

    Cá entre nós (e que ninguém nos leia): entre esses 3 rapinagens, qual o pior? Melhor dizendo, qual o pior do pior?

    Pois é.

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