Bolsonaro muda discurso sobre se vacinar: ‘se acharem que devo, vacino’

Após sair para tomar sopa com Braga Netto, novo ministro da Justiça, presidente também afirmou que não trava 'guerra política'

Foto: Marcelo Camargo (via fotospublicas.com)

da Carta Capital

O presidente Jair Bolsonaro mudou o tom em relação a sua vacinação contra a Covid-19, que ele havia rejeitado até a última transmissão ao vivo da quinta-feira 1. Na live, Bolsonaro havia afirmado que iria decidir sobre a imunização “depois que o última transmissão ao vivo da quinta-feira 1. Na live, Bolsonaro havia afirmado que iria decidir sobre a imunização “depois que o último brasileiro for vacinado, se estiver sobrando uma vacina”.

Porém, ao voltar de uma saída neste sábado 03 com o novo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, o presidente afirmou que “se acharem que devo vacinar, vacino”.

“Mas acho que esta vacina minha tem que ser dada para alguém que ainda não contraiu o vírus e corre um risco muito, mas muito maior que o meu”, disse Bolsonaro a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada.

O discurso adotado é que, por ter sido infectado com o coronavírus no ano passado, ele não teria a necessidade de correr atrás da imunização. No entanto, esta não é a recomendação das autoridades, que pedem para que todos na faixa etária contemplada pela campanha procurem ser vacinados.

Pela faixa etária do presidente, que tem 66 anos, ele já pode ser imunizado no Distrito Federal. Na sexta-feira 02, o jornal Valor Econômico reportou que autoridades do Planalto haviam informado o Ministério da Saúde que Bolsonaro tomaria a primeira dose neste sábado, mas ainda não há confirmação oficial.

“A guerra, da minha parte, não é política”

Bolsonaro também comentou sobre a situação do País em uma transmissão ao vivo feita neste sábado, enquanto tomava sopa com Braga Netto.

Após atravessar uma semana caótica de trocas ministeriais e no comando das Forças Armadas, que geraram temores referentes à instabilidade democrática promovida pelo presidente da República, ele negou que sua guerra seja “política”.

“A guerra, da minha parte, não é política. É uma guerra que, realmente, tem a ver com o futuro de uma nação. O vírus, o pessoal sabe que estamos combatendo com vacinações. Apoiamos medidas protetivas, agora, tudo tem um limite”, declarou.

Redação

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