Bolsonaro quebra promessa feita a Lira e critica derrota do voto impresso

Presidente critica TSE e, sem provas, vai ao cercadinho e diz a seus apoiadores que a eleição de 2022 não será confiável

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a derrota e arquivamento da proposta de voto impresso na Câmara dos Deputados.

O presidente apareceu no cercadinho para falar a seus apoiadores e, quebrando a promessa feita ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que a eleição de 2022 não será confiável mesmo sem apresentar provas sobre isso.

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“Número redondos, 450 deputado votaram ontem, foi divido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí”, disse Bolsonaro, segundo informações do portal G1.

Bolsonaro mentiu aos seus apoiadores ao afirmar que metade do parlamento votou pelo voto impresso: ao todo, 229 dos 513 deputados federais votaram a favor do voto impresso e, por ser uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto só seria aprovado com um mínimo de 308 votos. Outros 218 deputados votaram contra o voto impresso, e 65 deputados se abstiveram ou se ausentaram.

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Redação

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  1. Aos poucos, como planejou, Bolsonaro foi criando os argumentos que servirão para explicar e justificar sua renúncia ao cargo de Presidente da República. Ele acredita que sua renúncia próxima fornecerá o tema central de seu retorno ao cargo, graças ao que podemos chamar de uma segunda “facada”, agora revestida de uma conversinha fiada com muito cuidado que, sem dúvida, sensibilizará boa parcela do eleitorado, quanto eu não sei. Sem me deter nas manobras palacianas em andamento, chamo a atenção para um pequeno acontecimento na cena atual, mas que, para mim, é índício do esparramo que se avizinha, arquitetado pelo estrategista das motocicletas.
    Refiro-me ao pedido de licença médica do Senador por São Paulo, José Serra. Explico-me. Quando da cassação da Presidente Dilma, Serra se licenciou do Senado, alegando umas dores nas costas, para tratamento médico. Em seu lugar, entrou seu suplente, Aloisio. Serra sempre teve seus mandatos graças aos votos dos eleitores do estado de Sao Paulo. Ele jamais participaria, portanto, da cassação de Dilma, pois, embora a esquerda em São Paulo, tenha um teto eleitoral bem definido, Serra gosta de contar com uma boa parte desses eleitores. Neste momento, com seu aguçado faro das coisas dos Senado e das coisas… eleitorais de São Paulo, Serra, certamente não vai querer se complicar com a maior parte de seus eleitores habituais. Bom momento, portanto, para tratar de seu mal de Parkinson, em estágio inicial, segundo a mídia. Em seu lugar, assumirá José Aníbal, que, não duvido, jamais poupará Bolsonaro, seja na CPI da Covid, ou em qualquer outra questão, o que não quer dizer grande coisa.
    Mas antes disso, Bolsonaro terá saltado com seu velho paraquedas nos braços daqueles que, em São Paulo, ansiarão por dar a ele a chance que o capitão não lhes deu…

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