No dia 17 de março de 2020 criou um Gabinete de Crise para articular e monitorar as ações interministeriais para o combate ao Covid-19. E entregou ao Ministro-Chefe da Casa Civil, general Braga Netto
Seria um super-gabinete, com representantes de ministérios, empresas públicas e agências reguladoras. Englobaria os Ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública; Defesa; Relações Exteriores; Economia; Cidadania; Mulher, Família e Direitos Humanos; Secretaria-Geral da Presidência; Secretaria de Governo; Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Advocacia-Geral da União (AGU); Controladoria-Geral da União (CGU) e do Banco Central. E de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Banco do Brasil, pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O que fez essa autêntica máquina de guerra?
Segundo os técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU):
* omitiu-se diante no monitoramento do consumo de oxigênio,
* omitiu-se na emissão de diagnóstico sobre a segunda onda de contaminação e
* omitiu-se em projeções sobre a disponibilidade de leitos para pacientes com a covid-19.
“Constatou-se que inexistem diagnósticos elaborados que contenham as informações supracitadas (sobre diagnósticos conjuntos), bem como inexistem novas diretrizes voltadas especificamente para o enfrentamento à segunda onda de Covid-19”, diz trecho do documento, de 15 páginas.
Na sua resposta, já Ministro da Defesa, Braga Netto invocou o número mágico de que “o Brasil é um dos países com maior número de recuperados, quase 12 milhões de pessoas˜.
Trata-se de uma conta falsa. Segundo a John Hopkins University, a taxa de recuperação, em relação ao número de casos, é de 34,9%. E apenas 5% das pessoas contaminadas exigem cuidados intensivos.
Nas estatísticas que interessam:
* 3o país em número de casos, apenas atrás dos Estados Unidos e da Índia.
* 2o país em número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos.
* 6o país em óbitos per capita, entre 180.
* 7o país em óbitos per capita na última semana.
* primeiro país em óbitos totais na última semana, com 15,2% dos óbitos mundiais.
Mais que isso, a CPI já requisitou e-mails e documentos da Casa Civil no período em que Braga Neto esteve por lá. Os documentos certamente mostrarão seu empenho pessoal nos negócios da vacina.
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Sim, a informação de “recuperados” não só é falaciosa e irrelevante como também é um indicador de PIORES situações da pandemia.
Como a taxa de letalidade (mortes / casos) média mundial é de 2,1% (no braZil é pior, 2,8%), quanto PIOR for a contaminação, MAIOR será a “taxa de recuperados”, pois esta aumenta quanto mais casos tivermos. Falar em qtde. de recuperados é uma bobagem, pois os países em PIOR situação (com mais casos), serão exatamente os que terão mais recuperados: EUA, braZil e Índia. Recuperados é portanto um indicador tipicamente NEGATIVO.
Além disso, se os números continuarem no ritmo atual, o braZil se tornará o país com o maior total de mortes no mundo, superando os EUA na virada de setembro / outubro.
Seremos campeões mundiais em mortes, embora sejamos só a sexta população mundial.
Com relação às insinuações e ameaças militares, seria papel da PGR ou outras instituições da sociedade CIVIL INTERPELAR judicial ou extra-judicialmente esclarecimentos formais sobre CADA UMA das mesmas (por escrito ou em depoimento público) para que se desmoralizem, retratem ou, confirmando-as, sejam devidamente presos.
As FFAA são subordinadas aos TRÊS (e únicos) poderes. Embora o executivo tenha o comando hierárquico, qualquer das demais pode acioná-las e o comandante precisa de confirmação dos demais poderes, além de não poder usá-las contra os mesmos.
É preciso parar de reclamar de ameaças, chantagens, insinuações e similares e AGIR, pois isto é crime contra a democracia, insubordinação e usurpação de papéis institucionais.
No caso da suposta ameaça do ministro da Defesa (ou será do Golpe?), seria recomendável pressionar o Estado de São Paulo sobre o esclarecimento do assunto (gravíssimo), já que Braga e Lira negaram.
A democracia no paísnão pode ficar sujeita à falta de coragem daqueles que ameaçam mas não assumem ou à fofocas de jornais centenários, némêz?
Pode ser tudo dissimulação.
Todo cuidado é pouco. O correto seria termos uma forma impressa para conferir os votos depositados nas urnas eletrônica.
É muito estranho, para não dizer muito suspeito que os vencedores das eleições de 2018 estejam defendendo o voto impresso.
Considerando o histórico da utilização das “fake news” e das ligações com Bannon e o uso dos dados da “Cambridge Analytica” nas eleições de 2018, não seria nada estranho, e até muito provável, que estejam preparando um ataque “hacker” para manipular os resultados das próximas eleições.
Todo cuidado será pouco.