Com PMDB na Saúde, PSDB vê menor possibilidade de impeachment

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Ilimar Franco

A reforma dá estabilidade ao governo Dilma

Em O Globo

A presidente Dilma tornou mais sólida sua base de apoio no Congresso. Com a pasta da Saúde nas mãos do PMDB, é muito menor a possibilidade do impeachment prosperar. Essa é a avaliação feita por dirigentes tucanos.

A perda da Saúde gerou enorme frustração no PT. Mas seus líderes no Congresso reconhecem que esse é o preço a pagar para fortalecer o apoio ao governo. Fragilizado pela Operação Lava-Jato, o PT não pode pensar em se afastar de seu próprio governo e de abdicar de combater os que o querem fora do poder. No caso das pastas temáticas (Igualdade Racial, Mulheres etc) estão conformados. Repetem que a estrutura mudou, mas o importante é que as políticas serão mantidas.

A presidente nunca terá o apoio de todos nas bancadas aliadas, mas o risco de defecção foi reduzido. A votação na bancada do PMDB da Câmara sobre indicar ou não nomes para o Ministério, inclusive Saúde, foi eloquente. Votaram sim 42 e não 9.

Mesmo com baixas em suas bancadas. A manutenção das pastas do PSD (Cidades); do PP (Integração); do PR (Transportes); do PCdoB (Ciência e Tecnologia); do PRB (Esportes); do PTB (Desenvolvimento, Indústria e Comércio): e, do PDT (sem pasta definida), afastam a possibilidade de uma articulação política consistente pela deposição da presidente Dilma.

A experiência demonstra que crises econômicas e manifestações de rua não derrubam governos. O relevante é a articulação política.

Foi assim que o PSD aproveitou um erro de Jânio Quadros e declarou a vacância na Presidência da República. Foi dessa forma que a UDN, o PSD e os militares apearam João Goulart do Planalto. E, foi uma costura entre Itamar Franco, o PMDB e o PSDB, que deflagrou o impeachment do atual senador, Fernando Collor. E é, por isso, que agora, os tucanos (segundo reportagens) diziam que estavam nas mãos do PMDB, e do vice Michel Temer, para tocar o impeachment.

O quadro sempre pode mudar, mas essa é a pintura do momento. Uma outra tela ainda está por ser desenhada.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

31 Comentários

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  1. SEM CHANCE!

    SEM CHANCE!

    DILMA ESTÁ VENDENDO A ALMA AO DIABO EM NOME DO PODER E DO CARTÃO CORPORATIVO NA FAIXA…

    ESPERO QUE TENHA O FAIRPLAY HUMANITÁRIO TOMA-LÁ-DÁ-CÁ  DE NÃO VENDER NÃO TROCAR NÃO EMPRESTAR A SAGRADA QUERIDA MAMÃE.

    1. Sugestão

      E qual sera a sua sugestão, sr. sapiência ? Mergulhar mais e mais o país no inferno e entregá-lo de mão beijada aos golpistas, maus perdedores ? Bem disse o Lula : ” Para se governar este pais temos de fazer aliança até no inferno!” E eu diria “meter a mão na sujeira”.

      1. Lenita, tudo bem em nome da

        Lenita, tudo bem em nome da governabilidade. Tudo bem para  evitar que esse Brasil caísse numa guerra civil sem precedentes, na qual eu e muitos de nós estaríamos na primeira fila. Agora, votar no PT de novo? só se ele vir sozinho na chapa!

    2. Aqui estou eu …

      Aguardando sugestões, se você as tiver, além desta indignação pequeno burguesa de quem se acha sofisticado e, típico brasileiro, nada faz ou nada acha a fazer …

  2. Mas na mão de alguém que sugeriu renuncia?

    Colocar no ministério de maior importância e orçamento um politiqueiro que dá entrevista dizendo que a situação da Dilma é insustentável, e que demandaria uma renúncia dela, nunca dele, pois não faz parte de seu vocabulário, é terrível, é desastroso, é humilhante, é a subserviência ao chantagismo político, é a total prostação.

    Ter de ser em algum momento confrontada com o vídeo desse abjeto falando o qua falou dela, tenham certeza, deverá ser o momento de maior frustação de uma Dilma que suportou um pau de arara, mas se verga à política mais rasteira, ao pior procedimento de alguém do qual se espera estatura, envergadura para levar adiante os destinos de um país.

    É decepcionante em todos os sentidos.

    E não me venham falar em razão de sobrevivência, pois essa se aplica apenas à iminência de uma morte física, momento ainda em que muitos se arvoram de uma coragem impar para não ceder e por isso se tornam herois.

     

  3. Podem ficar “intranquilos”

    Podem ficar “intranquilos” porque o impedimento não depende  do PSDB ou do PMDB, se a oposição não corresponder passa se por cima dos politicos. 

    1. E você pode tirar seu jumento

      E você pode tirar seu jumento da chuva pois seus sonhos foram para o brejo.

      Que tal umas férias? Esse trabalho de troll não cansa???

      1. Trollagem profissional

        Não cansa porque é remunerado…

        Serviço de telemarketing especializado… Muito bem pago com recursos das empresas corruptoras e outras máfias.

  4. Nessa toada, apenas o cargo

    Nessa toada, apenas o cargo de presidente será da cota do PT e creio que apenas até o PMDB assim determinar. Esse partido terá o botão vermelho sempre à mão: se ele achar que as condições conjunturais estão convenientes para que assumar de vez a presdiência, assim será feito. Se ele achar que é mais vantajoso o PT arcar com o desgaste de “governar”, enquanto ele (o PMDB) se apresenta como  fator de equilíbrio e de governabilidade, assim também será feito. De qualquer forma, tchau PT! Não terá Lula (desgasatdo que só) que dê jeito…

  5. O PT ganhou mas não levou,

    O PT ganhou mas não levou, vai tocar um governo que quase não é seu, não tem a sua cara, não irá trazer nenhuma boa noticia e que vai levar bordoadas durante muito tempo, situação bem dificil.

  6. ….

    Tem comentarista aqui que votou nos Caiado da vida e ai não quer que Dilma negocie..,…discursam contra a corrupçao e até querem os royalties do  pré-sal para a educação e saúde mas votam num Zé Serra office boy da Chevron e não em Suplicy..,…vai entender

     

     

     

  7. Fim de papo…

    Acabaram as ameaças à presidente que faliu o Brasil e seus parceiros nessa nobre tarefa.

     

    Ao mesmo tempo estão soterrando a Lava Jato.

     

    Acho que é o fim do Brasil… Até 2050, seremos como a América espanhola, fragmentada em republiquetas e países pífios, apesar que vergonha é ser enorme e pífio.

     

    Que seja, nunca passamos e nunca passaremos da fase de proto-país mesmo…

     

    1. Já que comenta aqui

      Deveria também ler os post do Nassif. Para parar de falar abobrinha! Quem deixou o Brasil quebrado e sem reservas cambiais dando calote foi FHC, Tente reescrever a história para os analfabetos políticos da veja e globo, não aqui entre esclarecidos

  8. Porque será que o PMDB gosta

    Porque será que o PMDB gosta tanto da pasta da saude, será que estão todos os membros do partido doentes?

    Êta partido fisiologista, até  quando? 

  9. Realmente, a Política com “P”

    Realmente, a Política com “P” (maiúsculo) está cada vez mais difícil de exisitir nesse mundo. Em prol da governabilidade ou do próprio poder, governos se aliam às mais variadas “tendências” políticas e econômicas, numa demonstração de que parece não haver saída para uma gestão de cor própria. Sinto-me frustrada e triste, diante dessa realidade que teima em existir até nas democracias ditas como melhores. A ficção tem mostrado esses “arranjos” e como eles funcionam nos bastidores. Exemplo: “House of Cards” e “Scandal” (dentre outros) que põem o dedo nessas feridas, focando-se nas obscuras relações entre o executivo, o judiciário e o legislativo (principalmente), cujo cenário é a Casa Branca. Diante disso, há sentido no que declarou o ex-presidente Lula que, para se governar, é preciso fazer alianças com Deus e o Diabo. Tenebroso. Mas verdadeiro.

  10. Já disse e repito, acho que a

    Já disse e repito, acho que a Dilma está dando uma de migué para cima do PMDB.

    Está se fingindo de frágil, impotente, que está nas mãos do partido.

    Ela está jogando com a possibilidade de implosão do partido.

    Ainda faltam algumas empresas negociarem a delação premiada.

    Renan e Cunha já eram, serão detonados pelo MPF, é só uma questão de tempo.

    Só falta do Temer, parece que ele tem telhado de vidro.

    A Dilma está sendo politica, está fazendo o jogo do partido.

    Com as delações que ainda estão por vir, acredito que o partido será atingido.

    Caso isso ocorra, com que moral pedirão o impeachement da presidenta.

    A Dilma está jogando com doa a quem doer.

     

     

  11. Pôr o guizo no pescoço da gata

    Não nos iludamos, O Globo irá sempre louvar os recuos de Dilma frente aos achacadores. Dilma não se fortaleceu nessa concessão de ministérios, ao contrário, sai disso mais fraca (pois fragilizou seus princípios) e, com ela, o PT. Bem, é verdade que fazendo de uma certa maneira o jogo de Eduardo Cunha, pois concede benesses pouco recomendáveis a bancadas políticas, enfraquece Cunha. Por outro lado, quem garante que este passo não ensejará outro mais ousado?, achacador tem a característica de achacar mais quando percebe fraqueza.

    Não estivesse a troica Dilma-Levy-Tombini arrebentando com a economia, isto é, se a economia não tivesse sido artificialmente tão deprimida, menos fracos estariam Dilma e o PT. Teriam apoio muito mais decidido de suas bases eleitorais, abrangendo não só os pobres, mas parte considerável da classe média (o “ajuste” que agora está a atingir funcionários públicos provoca reação do funcionalismo em Brasília, hoje, 24/09/2015).

    Dilma confirma e reitera faceta já conhecida por seus subordinados e que é a soberba. Acha que sabe mais do que todo mundo, e não ouve ninguém. Move-se por motivações pessoais, quando deveria mover-se por razões políticas. Voltar atrás não é derrota se contribui para o fortalecimento do propósito maior que no caso é o desenvolvimento com distribuição de renda.

    E não há quem seja capaz de pôr eficazmente guizo no pescoço de Dilma (não usaria a metáfora da rainha estar nua, pareceria indelicado) apesar dos esforços de alguns. Dilma não ouve ninguém, a soberba ensurdece (o BC está revendo para cima a previsão de redução do PIB em 2016, isto é, de -1,1% para -2,7): o tal do reajuste fracassou, como já foi dito aqui no blog e como já se sabia, antes mesmo de ser lançado, que estava fadado a fracassar, isto do ponto de vista dos trabalhadores, pois do ponto de vista dos rentistas, melhor impossível.

    Mas, ao que parece, sob os elogios do Globo a cada recuo (nome elegante para derrota), Dilma prosseguirá afundando a economia e, consequentemente, se enfraquecendo também nessa frente, até, talvez, ser deposta. O ruim deste cenário é que seremos nós que pagaremos a conta da derrota.

    1. A globo fala mal

      Seja qualquer ato da Dilma, Lula ou PT. Se preocupar com o que a globo fala é achar que pode sair na chuva e não se molhar. Estamos sendo mjolhados pela globo desde 1989. Supere isto

  12. É a realpolitik

    É a realpolitik, é melhor entregar alguns anéis do que ficar sem os dedos. No atual momento não existe outra solução, até porque o Governo Dilma se mostrou de uma incompetência tamanha na questão de comunicação. Sem o apoio popular fica difícil conter a malta oportunista e desejosa do poder.

    Essa política de comunicação do Governo Dilma ainda vai ser objeto de estudo por muito anos, como além de não fazer ainda se tornar pior.

  13. a referida reforma

    a referida reforma ministerial dará tempo à Dilma, com o resfriamento dos ânimos peemedebistas. a questão é se a presidenta – a quem dei votos em 2010 e 2014 – aproveitará esse tempo extra para reaproximar-se, de fato, dos que sustentaram Lula no assim chamado “mensalão”: as camadas populares. e, essas, pouco ligam para “ajustes fiscais”. ao contrário, esperam a manutenção ou incremento do status quo alcançado nos anos 2002-2013.

  14. Dilma é fraquinha, não?

    Caramba. Será que Dilma e o mundo descobriu agora que o PMDB não é um partido, é um ectoplama que se amolda ao Governo?

    O PMDB é uma entidade, um fatasma de várias cabeças e corpo único. Existe, então, um PMDB, mas várias cabeças.

    Nos tempos de Lula, existia um tal de Sarney, que moderava o PMDB, reunia as “bases”, domava essas cabeças (inclusive a de Cunha). Agora, cada cabeça uma sentença.

    E quem substituiui o Sarney? Ninguém.

    No Senado parece ser mais fácil, tem menos gente pra atender. Os Senadores são eleitos como majoritários. Tem o Barbalho, tem o Requião. O Renan também. No Senado é no varejo, com cada um., pois tem os interesses regionais.

    Mas e o Temer. Onde ele apita?

    Ah, coitado. Esse não manda nada mesmo.

    Como assim? É de São Paulo, estado em que o PMDB elegeu 2 Deputados Federais. Em São Paulo, manda o PSDB.

    O Temer tem o Delfim e a FIESP do Skaf. E só. Dilma quis dar uma moral pra ele ir lá conversar com o PMBD da Câmara e coordenar a turma do Cunha. Mas esquece. eles não respeitam o Temer. O Temer não é da turma deles. Eles tem vida própria, e outros interesses. Não querem por azeitona na empada do Temer. E Temer, o grande negociador, então, pôs a culpa em Dilma e disse que não coordenaria mais nada. E quando Dilma foi falar diretamente com os da Câmara, Temer fez beicinho. Vai entender?

    E o PMDB do Rio de Janeiro? Sim, esse fez 8 Deputados Federais, fora os outros do Sudeste que o Cunha ajudou a eleger, com influência inclusive sobre os do PSC, graças à capacidade “arrecadatória” dele. Minguada mais pela Lava Jato, e não menos aparente pelo fim do financiamento privado.

    Aí vem a tal Reforma Ministerial. Temer diz pra Dima que não é pra conversar com ele, Renan fala o mesmo. Cunha idem. Falar com que?

    E na Câmara, como fazer? Bem na Câmara cabe a proporcionalidade. Tem a turma do contra, do Jarbas Vasconcelos, e esses podem ser esquecidos. Tem a turma do Cunha, que sabe a necessidade de fazer vôos solo, pois o grande “arrecadador” foi atingido. E agora? Bem, visibilidade política é importante. Um Picciani precisa se sobressair, afinal teremos eleições pra Governador no Rio de Janeiro, e Picciani é uma bela continuidade, abençoada pelo papai dele, e mais moral pra Paes – quer ser Presiedente (abre o olho Temer), Pezão, Cabral.

    Mas tem outros a serem agraciados, dentro da subdivisão do PMDB. Como o pessoal do Nordeste, com o Henrique Alves. Mas e o pessoal do Temer, vai ficar de fora? Ia ficando, já que o Temer não se sabe pra onde vai. Ora está dentro, ora está fora. Olha, tem o pessoal do Sul – e de Temer também – como o Padilha. Parece que vai.

    Pra ficar de bem com todos, não dá pra ser manos que 6 Ministérios, sendo o da Saúde entregue pra turma do Cunha. O PMDB deve ter um Ministério com tinta na caneta pra que possa ter força nas eleições municipais. Afinal, se o Governo Central vai mal, as prefeituras também vão. Ano que vem tem eleições. E na escassez de dinheiro privado na campanha, o PMDB entende que poder se privilegiar aliados é bom demais.

    E os vetos dela? Só um foi derrubado. A Dilma ainda pode vetar o financiamento privado até o dia 30/09/2015, por ser inconstitucional – nessa o STF ajudou.

    Ela fez o Fachin, e fez o Janot. E parece ter instrumentos no STF pra barrar o “impitim”. Só não agrada a mídia. Pra agradar a mídia, então, a Dilma resolve entregar pro PDT – pro Ciro Gomes – o Ministério das Comunicações – a Dilma vai colocar um gambá na sala do PIG? Será?.  

    Ah, como se prova, Dilma é fraca mesmo, não. Só cedeu nas últimas.

  15. Saudades….

    To sentindo a maior falta de uns comentaristas ácidos e cheios de descompostura.

    Fiquei mal acostumado em poder ver o mundo em uma dimensão paralela.

    Gostavam tanto daquelas frases curtas e agressivas.

    Voltem aí vai, brindem-me com as críticas ácidas e destemperadas que voces mandavam ver.

    Já não me acostumo mais com comentários equillibrados e sensatos.

    Preciso de voces, voltem aí.

    Se voces não voltarem vou fazer beicinho igualzinho ao seu senhor-mor: GM.

  16. Caso esse quadro venha a se confirmar (entrega do Ministério da $aúde a indicado do PMDB), me parece compatível com chantagem: “você nos dá a $aúde e nós deixamos você no cargo…”

    Sem o dinheiro das empresas, o PMDB se “assegura” com o orçamento milionário da $aúde.

     

     

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